Além da chuva, a semente de boa qualidade também influenciou na boa safra
Máquinas e trabalhadores estão em ritmo intenso de trabalho no campo. Adustina, no nordeste da Bahia, a 356 quilômetros de Salvador, e mais 13 cidades vizinhas formam a maior região produtora de feijão de inverno da Bahia.
Clique AQUI e assista a reportagem do Globo Rural que foi ao ar na manhã desta quarta-feira (18).
A colheita começou há um mês e ainda vai durar muito tempo. Os campos estão cheios de pés de feijão.
O ano passado, a seca castigou a área. Foi uma longa estiagem, que fez açudes e riachos secarem, mas nos últimos 10 meses a chuva caiu com força e tudo mudou.
José Feitosa é produtor há mais de 50 anos e não esconde a felicidade. Ele vai colher bastante.
Parte da colheita é manual, mas a maioria do processo é mecanizado. No fim do dia, os tratores partem carregados. A todo momento, caminhões chegam à cidade trazendo mais sacas. A maioria vai para os depósitos.
A produção é tão grande que uma praça, geralmente usada para grandes shows na cidade, está ocupada pelos produtores rurais. Sem espaço nas propriedades, eles usam o local para fazer a secagem dos grãos.
A praça está tomada, coberta de feijão de ponta a ponta. Os agricultores e funcionários passam o dia movimentando os grãos.
Além da chuva, a semente de boa qualidade também influenciou na boa safra e antes de chegar ao consumidor final, cerca de 30% da produção passa ainda pelo beneficiamento. Nas máquinas, as impurezas, como pedras e torrões, são removidas. O feijão sai mais puro e ainda mais valorizado no mercado.
A produção de feijão de Adustina e cidades vizinhas já está influenciando no preço final do produto. A saca que chegou a custar até R$ 150 o ano passado, agora está variando de R$ 50 a R$ 110.
O preço do quilo caiu na região, de quase R$ 9 para, em média, R$ 4. Dependendo da qualidade, ele pode ser encontrado até por R$ 2 e por causa disso, quem produziu vai esperar a melhor hora para vender.
A previsão é que, até o final da safra, 24 mil toneladas de feijão sejam colhidas na região de Adustina.
Fonte: Reportagem Globo Rural
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