O escritório da Cavaleiros do Forró já está colhendo os frutos do anúncio da nova formação, agora com Jailson, Ramon e Peruano. Segundo o empresário Alex Padang, já são mais de 100 shows contratados para os próximos 5 meses em 12 estados.
“A festa vai começar. A partir de março, o projeto mais esperado do Cavaleiros do Forró estará nos palcos de todo Brasil”, disse Padang em seu perfil no Instagran.
A estreia acontece no dia 2 de março em São Paulo. Serão 8 shows na capital paulista.
Um assaltante foi atropelado na tarde do último domingo (25/02), na Praia José Sarney, em Aracaju (SE).
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, dois homens armados com um revólver assaltaram a vítima e correram em direção a pista. Um dos elementos acabou atropelado. A Polícia Militar foi acionada e prendeu o criminoso. Já o comparsa conseguiu fugir. Os pertences da vítima foram recuperados.
“Mas o governo tem hotéis, é?”. Foi o que disse um recepcionista do Hotel Golden Palace, de Irecê (BA), que questionou a reportagem do Spotniks quando ligamos para lá perguntando se o local pertencia ao Governo Federal. A hospedaria, assim como outros 32 estabelecimentos de hospedagem, consta no cadastro de propriedades da União, administrado pelo Ministério do Planejamento. Procurada para se manifestar sobre este e outros três hotéis particulares cadastrados como imóveis da União, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério do Planejamento, silenciou. No entanto, a surpresa permanece: o Governo Federal possui pelo menos 29 hotéis, segundo os dados da secretaria.
A maioria dessas instalações é administrada pelas Forças Armadas. Segundo o levantamento do Spotniks, baseado nos dados do MP, apenas duas colônias de férias estatais são destinadas a servidores civis, sendo que uma delas já foi abandonada e colocada à venda. Porém, evidências indicam que o banco de dados da pasta precisa de revisão. Isso porque, segundo informações das Forças, militares contam com uma rede completa de “hotéis de trânsito” estatais espalhados pelo Brasil, dedicados a hospedar servidores a um custo acessível. São 174 estabelecimentos pertencentes ao Exército, 89 à Aeronáutica e 17 à Marinha.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que possui hotéis de trânsito em diversas localidades de vários estados. “São opções de hospedagem oferecidas pela FAB para apoio ao militar e aos servidores civis, incluindo seus dependentes”, explicou a Força. “Os HTs são utilizados especialmente pelos tripulantes empregados nas diversas missões designadas pelo Comando da Aeronáutica, pelos militares em deslocamento por motivo de serviço e pelos militares que estejam em período de transferência de localidade”, acrescentou. De acordo com a nota enviada ao Spotniks, a taxa média de ocupação dos HT’s da Aeronáutica em 2017 foi de 50% da capacidade. Os valores das diárias variam conforme a graduação do militar hospedado e o dinheiro é recolhido diretamente ao Tesouro Nacional.
Também por nota, a Marinha comunicou que seus hotéis são facilidades colocadas à disposição do seu pessoal e dependentes, “quando em trânsito por determinada localidade, tanto por interesse do serviço quanto em caráter particular”. As receitas geradas com o pagamento de diárias e alimentação são recolhidas ao Fundo Naval e ficam disponíveis para utilização da organização militar (OM) gestora do hotel. “As despesas são custeadas com base nas receitas auferidas”, acrescenta a Marinha. Segundo o portal da transparência do Governo Federal, o orçamento das OM’s não inclui o gasto com a folha de pagamento.
A situação vai muito além da descrita pelos dados do Governo Federal. Ao contrário dos hotéis de trânsito, não existem informações públicas consolidadas sobre a quantidade e a localização dos chamados clubes militares, destinados à recreação e lazer dos integrantes das Forças Armadas. “Toda cidade com um grande número de quartéis conta com um clube militar. Até existe a cobrança de uma taxa de contribuição, mas o problema é que a Força cede funcionários para trabalhar lá e nos HT’s, o que é bancado pelo contribuinte”, declarou Jeremias*, um ex-militar do Exército entrevistado pelo Spotniks. “A estrutura não é pensada para ser sustentável, o dinheiro pago pelos militares é usado, na maior parte, para tornar o clube ainda melhor”, acrescenta.
Em nota enviada ao Spotniks após o fechamento desta matéria, o Exército Brasileiro explicou: “como os militares, devido às características da carreira, estão sempre se deslocando pelo País em cumprimento de diversas missões ou se encontram em trânsito quando são movimentados, os HT tem a finalidades de prestar apoio de hospedagem a esse efetivo”. O EB argumenta também que, em muitas localidades para as quais são designados os militares ou para cumprirem missões temporariamente, não há hotéis para acomodá-los. A receita obtida com as diárias pagas pelos hóspedes é recolhida diretamente ao Tesouro.
Além disso, o Exército informou que muitos de seus hotéis ocupam instalações de antigas organizações militares que foram desativadas. A Força acrescenta que seus homens podem utilizar instalações hoteleiras privadas nos casos de falta de vaga em HTs, inexistência de HT ou decisão pessoal do interessado.
As Forças Armadas também não informaram qual foi o orçamento destinado a custear seus meios de hospedagem, nem a quantidade de pessoas que hospedou em 2016 e 2017. Com exceção da FAB, não fomos informados sobre a taxa de ocupação média da infraestrutura hoteleira. A reportagem também perguntou qual foi o custo de construção e/ou aquisição dos hotéis e clubes militares, mas não recebeu resposta de nenhum dos comandos.
Diante destes dados, nos debruçamos sobre as propriedades que foram localizadas no cadastro de imóveis do Ministério do Planejamento. Essas são as oito colônias de férias do povo brasileiro, destinadas a pouquíssimos cidadãos – entre eles, a mais nova ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), que há poucos dias chamou atenção da opinião pública sobre a necessidade dessas instalações após ter passado o ano novo num hotel da FAB em Fernando de Noronha:
1. Clube do Quartel de Amaralina (Salvador-BA)
O quartel do Exército que se localiza no início da orla de Amaralina, um dos locais mais privilegiados de Salvador, não é apenas um quartel. Ali está instalado um enorme complexo de lazer e turismo voltado para o público militar, que conta com hotel, clube, quadras, piscinas de água doce e salgada e até um grande espaço para eventos, confortável o suficiente para festas de casamento e formaturas com até 350 convidados. Tudo isso com uma linda vista para o mar e acesso particular à praia, características que fazem inveja até a grandes complexos hoteleiros das redondezas. De acordo com o Comando da 6ª Região Militar, uma diária no hotel para duas pessoas sai por R$ 156 na alta temporada, preço bastante inferior ao que é cobrado por hotéis 4 estrelas da região.
Pelo alto, é possível ver algumas das principais atrações do local, como as duas quadras de esportes, as piscinas olímpica e natural e um grande estacionamento. A estrutura tem ainda bar e restaurante, segurança reforçada e até uma capela. Apesar de ter sido erguido em imóvel da União, o acesso ao clube é um privilégio reservado a militares e seus convidados. Para utilizar o local para eventos, é possível realizar uma reserva pelo valor de R$ 6.500. Tamanha estrutura, é claro, tem seu custo: em 2013, o Comando finalizou uma reforma de mais de R$ 300 mil para “adequação” do espaço de eventos.
Além de casamentos e formaturas, o espaço recebe comemorações diversas. Com ingressos que podem chegar a R$ 300, militares e seus convidados puderam, por exemplo, celebrar a chegada de 2018 em grande estilo, em uma festa open bar, com direito a pista de dança, DJ, banda, queima de fogos na praia e capacidade para até 600 convidados.
2. Colônia de Férias da SUNAB (Paraíba do Sul/RJ)
A Associação Nacional de Servidores da SUNAB (ANASS) conta com uma modesta colônia de férias em Paraíba do Sul, interior do Rio de Janeiro, construída com recursos federais. Mesmo com o órgão de controle de preços do Governo Federal tendo sido extinto há duas décadas, a sua entidade de funcionários permanece na ativa. Atualmente, o local é utilizado por servidores ativos e inativos e seus parentes e convidados.
Ao contrário de outros hotéis da União, quem se hospeda no complexo administrado pela ANASS tem poucos luxos além do campo de futebol e da grande piscina. São 20 quartos; cada um tem duas camas, uma televisão e ventilador de teto. Nada de ar-condicionado por aqui. Além dos associados e seus convidados, interessados em geral também podem usufruir da estrutura, mediante o pagamento de diárias (R$ 50 por pessoa). Além de pousada, o espaço também pode ser alugado para festas e eventos.
3. Hotel de Trânsito da Marinha – A Ressurgência (Arraial do Cabo/RJ)
Se os oficiais do Exército contam com o belo hotel em Amaralina, seus colegas da Marinha contam com local privilegiado em Arraial do Cabo (RJ) , “a cidade onde o sol passa o inverno”. De frente para o mar, na Praia dos Anjos, o Hotel de Trânsito (HT) “A Ressurgência” conta com duas suítes para oficiais-generais, dez apartamentos duplos e oito familiares, wi-fi, sauna, bar, restaurante, salas de TV, leitura e musculação, churrasqueira e estacionamento. Gerenciado pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, o local ainda tem estrutura para receber eventos pequenos em seu auditório de 100 lugares.
Além da localização privilegiada e das comodidades, o preço é outro grande atrativo. Na alta temporada, a diária de um quarto para duas pessoas pode sair por, no máximo, R$ 200 para convidados de oficiais. O valor é muito mais em conta do que o praticado por hotéis privados semelhantes em Arraial do Cabo.
No entanto, a Marinha parece não ter aprendido a lição do Plano Cruzado. Com farta demanda, preços congelados e oferta inelástica de acomodações, “A Ressurgência” deveria ter esse nome em alusão aos felizardos que conseguem vencer a espera por uma vaga. “Há muita procura por ser barato, consequentemente não atende à demanda e a fila é por antiguidade, nem Oficial 1º Tenente consegue”, comenta o militar Francisco Magaldi na página do hotel no Google Maps.
4. Retiro Paraíso (Engenheiro Paulo de Frontin/RJ)
Colocada à venda por R$ 4,2 milhões no início de 2016, a propriedade localizada no município de Engenheiro Paulo de Frontin possui área total de quase 336 mil metros quadrados, incrustada na Serra das Araras, interior fluminense. No local, a Associação dos Servidores do Patrimônio da União (ASPU) manteve durante décadas uma colônia de férias com vista privilegiada das montanhas do Rio de Janeiro, como é possível ver na primeira foto a seguir, tirada em maio de 2015, pouco antes do estabelecimento ser desativado.
O hotel já foi privado antes de passar para as mãos do Estado: em 24 de dezembro 1939, um pequeno anúncio no Correio da Manhã colocava o imóvel à venda. A publicação destacava a distância de apenas duas horas do centro do Rio, com ônibus diários saindo da Praça Mauá, além de nascente própria de água na “Suíça Brasileira”. O mesmo anúncio voltou a ser veiculado em janeiro de 1940. Por fim, segundo os registros encontrados em arquivos públicos, o “Retiro Paraíso” passou a abrigar a colônia de férias da Aeronáutica em 1946.
O local foi cedido pelo Governo Federal à ASPU em março de 1966. Em outubro daquele ano, o Congresso Nacional autorizou crédito extraordinário de CR$ 10,6 milhões para realização de obras emergenciais no hotel, em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro. Em valores atualizados pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), a obra executada pela própria SPU custou mais de R$ 150.000.
Fotos mais recentes, porém, mostram o estado de abandono do imóvel para o qual a União busca um comprador. Pelas fotografias feitas por um morador da cidade e postadas no Facebook, há rachaduras nas paredes, muita sujeira, mato alto, piscina destruída, pichação e vidros quebrados.
5. Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército em Matinhos (PR)
Em julho de 2006, Luiz Carlos Alborghetti, popular radialista paranaense, criticava o então governador Roberto Requião por não possuir um apartamento nas praias do Paraná que, na sua visão, eram um esgoto a céu aberto. Alborghetti, falecido em 2009, não conseguiu ver sua crítica ser remediada pelo atual governador Beto Richa, proprietário de dois imóveis à beira-mar em Matinhos, litoral paranaense.
O radialista também não sabia que o Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército de Curitiba ocupou durante décadas uma sede praticamente dentro da Praia de Caiobá, em Matinhos, destinada ao lazer dos militares. Segundo uma funcionária do Clube, o imóvel foi desocupado há mais de quatro anos e entregue ao Comando da 5ª Região Militar. Hoje, a colônia de férias dos militares curitibanos fica em Canoas, também no litoral paranaense.
O hotel em Matinhos tem área total de 1.139,87 metros quadrados, sendo 535,67 de área construída. A maior atração do imóvel parece ser mesmo a sua localização. Sem luxos, nem piscina, nem campo de futebol, ar condicionado ou quadra de esportes, resta ao lote apenas seu acesso privilegiado ao mar paranaense.
6. Círculo Militar de Ponta Porã (MS)
Vinculado aos militares do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, o Círculo Militar de Ponta Porã, conhecido como CIMPORÃ, foi jocosamente apelidado de “Clube dos Bolsominions – Bar gay” por um usuário do Google Maps.
Localizado em uma área de 12.215 metros quadrados, o Círculo funciona desde 1979 e é um espaço conhecido nas redondezas, palco de diversas celebrações, desde casamentos e festas a competições hípicas e festivais. Segundo o último contrato disponível, a organização pagou R$ 1.489,08 por um ano de aluguel, entre agosto de 2015 e agosto de 2016. Além de infraestrutura para eventos, o clube conta também com um centro hípico, piscinas adulta e infantil, estacionamentos, quadra de tênis, quadra de vôlei de praia, campo de futebol, galpão com churrasqueira e salão de jogos.
7. Centro Recreativo de Oficiais do Exército de Sete Lagoas (MS)
A Guarnição de Sete Lagoas (MG) do Exército, onde se localiza o 4º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), possui infraestrutura hoteleira e de lazer para seus servidores. Há na cidade um hotel para Oficiais, Subtenentes e Sargentos, vinculado a centros recreativos para militares. Com sete suítes – todas equipadas com telefone, televisão, internet e frigobar –, o estabelecimento possui prédio independente das demais instalações do Exército na cidade e ainda serve café da manhã.
Sem muito luxo, o maior atrativo do hotel é sua ligação com o Centro de Recreação de Oficiais do Exército, localizado literalmente na frente da hospedaria. No clube, os oficiais contam com piscina, toboágua, quadra, salão de jogos, churrasqueira e serviço de bar.
Em 2016, o 4º GAAAe esteve no mercado para negócios. De acordo com o Ministério do Planejamento, a unidade gastou mais de R$ 1,6 milhões em compras de materiais. Nessa conta, foram mais de R$ 250 mil com aparelhos de ar-condicionado e mais de R$ 50 mil com a compra de televisores. No último ano, foram gastos ainda R$ 39.816 com serviços de lavanderia apenas para o Hotel e, até junho do ano que vem, serão mais R$ 43 mil. Para o café da manhã, foram mais de R$ 15 mil para custear o fornecimento de pão.
8. Área de Lazer do Alto Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira/AM)
O Amazonas tem suas belezas naturais e o ecoturismo como principais atrativos para viajantes nacionais e internacionais. Segundo dados do Governo Federal, são 30 municípios amazonenses com vocação para o turismo. Um desses destinos é São Gabriel da Cachoeira, localidade do extremo-norte do estado, na divisa com Colômbia e Venezuela, às margens do Rio Negro.
SGC também é marcada pela forte presença militar, com sete organizações do Exército ali instaladas. Um dos locais favoritos dos Oficiais é o Hotel de Trânsito sediado no interior da Área de Lazer do Alto Rio Negro (ALARNE), um imóvel da União localizado nas proximidades Praia do Rio Negro. As acomodações incluem 12 suítes com ar-condicionado, frigobar e televisão, além de café da manhã, piscinas e vista privilegiada para a praia. Assim como em outros clubes militares do Brasil, na ALARNE também é possível realizar eventos, como aniversários, festas e formaturas.
*Nome fictício, para proteger a identidade do entrevistado.
Atualizado no dia 17/01/2018 às 12h01 para acréscimo de nota explicativa do Exército Brasileiro.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará na próxima semana, entre os dias 13 e 14 de março, nove deputados de Sergipe acusados de desvio. As preliminares dos processos começam no dia 08.
Os parlamentares foram condenados no caso das verbas de subvenções. Segundo a acusação, eles desviaram verbas destinadas a entidades filantrópicas para benefícios em campanhas políticas.
Foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE): Augusto Bezerra (DEM), Paulinho das Varzinhas (PT do B), Samuel Barreto (PSL), João Daniel (PT), Adelson Barreto (PTB), Gustinho Ribeiro (PSD), Jeferson Andrade (PSD), Venâncio Fonseca (PP) e Zezinho Guimarães (PMDB). Se condenados pelo TSE, os parlamentares perdem o mandato de forma imediata.
O cantor Daniel Diau anunciou nesta terça-feira (20) seu retorno à banda Calcinha Preta.
Em um vídeo gravado para as redes sociais, ele promete novidades e diz: “os bons filhos à sua casa retornam”.
Não é de hoje que se fala no retorno de Daniel. Os rumores ganharam mais força após ele encerrar o projeto Gigantes do Brasil com as cantoras Paulinha e Silvânia.
A política brasileira é um tanto quanto heterogênea no que tange à erudição de seus representantes. Há exemplos que vão desde a escolha rebuscada de palavras aos termos mais chulos do dicionário. De acordo com os anais da Câmara dos Deputados, a palavra “merda” já foi oficialmente pronunciada pelo menos 25 vezes por um orador no plenário da casa de leis desde 2002. Já o termo “porra” escapuliu 14 vezes das bocas dos parlamentares.
Um dos deslizes foi cometido pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Ao criticar a reforma da previdência proposta pelo governo Temer, o petebista afirmou que pesquisadores renomados não entendem “porra nenhuma” sobre a previdência.
Querem, na verdade, vender as dificuldades da Previdência para fazer o jogo deslavado da iniciativa privada. É isso o que querem. E digo isso até porque a Previdência Social não é deficitária, mesmo carregando nas costas todos os benefícios assistenciais e rurais.
Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, vamos colocar as coisas às claras e não ficar dependendo das contas do IPEA, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, de onde veio o Secretário-Geral da Previdência.
A GloboNews reprisou um programa três vezes, mostrando as dificuldades, sempre com a presença dos caras do IPEA, Paulo Tafner, Marcelo Abi-Ramia Caetano e Fábio Giambiagi. Do que é que esses caras entendem? Entendem de porra nenhuma! Eles são uns babacas! Eles são uns falastrões e vivem colocando a culpa no desgraçado do aposentado e da pensionista.”
– Arnaldo Faria de Sá, 19/09/2016
Os impropérios não param por aí. As notas taquigráficas da Câmara dos Deputados registram também uma ofensa de Ivan Valente (PSOL-SP) ao presidente da CPI da Funai, Alceu Moreira (PMDB-RS). De acordo com o documento, o psolista chamou Moreira de “presidente de CPI de merda”. O registro aparece em meio a um tumulto que se armou no plenário no dia 16 de maio do ano passado, quando a casa votava a MP 758, de 2016, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós.
No plenário, a preocupação constante com o decoro parlamentar impede que os insultos sejam abundantes. Porém, do lado de fora do Congresso, a conversa é outra. Nas ruas e nas redes sociais, os episódios de desrespeito de políticos contra cidadãos se multiplicam.
Geddel “sua mãe” Vieira Lima
O ex-ministro da secretaria de Governo e atual presidiário da Papuda, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), tinha um estilo peculiar de lidar com internautas que o criticavam no Twitter. Maior conhecedor das progenitoras alheias da internet, a resposta do baiano para toda e qualquer crítica era “sua mãe”. Algumas vezes, a ofensa vinha acompanhada de outros termos pouco republicanos, como “babaca” e “otário”. Ao se defender de quem questionava sua postura, Geddel afirmou: “aqui as pessoas acham que tem o direito de dizer o que quer e não querem ouvir. Sou tuiteiro antigo”
Em um episódio que ganhou repercussão na rede de microblogs, um internauta questiona se o então ministro foi solidário com o deputado Eduardo Cunha. À ironia, Geddel respondeu: “não, me aquecia na casa da sua mãe”.
Ao ser cobrado pela Folha de S. Paulo, o baiano afirmou que não se manifestava em seu twitter como um ministro de estado, mas como mero tuiteiro. “Não será a primeira nem a última vez que respondo duro a quem, na minha avaliação, vai ali para me agredir. Quem me acompanha sabe que tenho vários debates civilizados no Twitter”, disse Geddel.
Alvo de diversas denúncias de corrupção, Geddel está preso em Brasília desde setembro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento em Salvador que ficou conhecido como “bunker de Geddel”.
Mesmo na prisão, Vieira Lima mantém o apetite por discutir, principalmente com Ricardo Saud (executivo da JBS) e Lucio Funaro (doleiro denunciado na Lava Jato), que também estão encarcerados na Papuda. Por questão de segurança, estão alocados em pontos diferentes do complexo; mesmo assim, trocam ameaças aos berros.
Segundo relatos divulgados pelo Estado de S. Paulo, o seguinte diálogo aconteceu na penitenciária:
– Saud, vou te matar! (Funaro)
– Saud, também vou te matar. (Geddel)
– Cala a boca, seu gordo! (Saud)
Teve aquela vez que João Dória “xingou” um paulistano de “Lula”
Se há alguém na política que encarnou com força o discurso anti-PT e anti-Lula, esse alguém é João Dória (PSDB-SP). Eleito para a Prefeitura de São Paulo em primeiro turno com uma campanha recheada de ataques ao petismo, o empresário não baixou o tom após tomar posse como mandatário da capital paulista.
Em fevereiro do ano passado, o prefeito bem que tentou curtir o carnaval nas ruas de São Paulo, mas teve de enfrentar críticas e gozações dos foliões que ocuparam as vias da cidade. No bairro de Pinheiros, na parte rica da cidade, o edil foi recebido com gritos de “fora” e manifestações bem-humoradas, como a de uma moça fantasiada de muro pichado.
Quando estava prestes a ir embora, foi xingado por um cidadão e perdeu a paciência. Gritando “vem aqui”, o prefeito fez menção de partir para a briga com o sujeito que o ofendeu, mas foi contido por assessores. Antes de ir embora, “xingou” seu detrator de “Lula”, aos risos.
Na hora de ir embora, Doria chama para perto eleitor que o xingou, mas assessores fazem um “deixa disso”. Ele chama o rapaz de “Lula”. pic.twitter.com/3fhtKtxkSK
Romário perdeu a carteira de motorista e a paciência com seus seguidores
Em 2011, o então deputado federal Romário (Podemos-RJ) teve a carteira de habilitação apreendida após se recusar a fazer o teste do bafômetro em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. O caso foi noticiado pelo jornal O Dia e levou o parlamentar a se explicar aos seus seguidores do Twitter. Ao se defender, o parlamentar disse que tinha o direito de não soprar o aparelho que mede o grau de alcoolismo dos motoristas.
O craque do tetra passou a ser criticado por seus seguidores e não deixou barato, respondendo às provocações. Cansado de ser atacado, perdeu o controle e distribuiu ofensas aos internautas.
@belleskid e vc vai aprender a escrever português direito !
Um cidadão escreveu para o parlamentar: “Essa lei não é feita para quem bebe, e sim para quem não pode pagar a multa. Você é muito safado.” Em seguida, veio a turma do deixa-disso, que se limitou a aconselhar que o político bloquear os críticos. Mas o peixe nunca foi de fugir da briga:
Esquecendo o significado de decoro, o baixinho respondeu: “Vou respeitar a tua família. Safado é você e vai lá praquele lugar bem escuro…” E seguiu tuitando: “Aqui é o seguinte, rápido e objetivo: fala o que quer e muitas vezes vai ouvir o que não quer!”
Mais recentemente, o senador resolveu assumir o posto de xingador de mães. Quando um seguidor o acusou de “palhaço” no Instagram, o camisa 11 rebateu de primeira: “palhaço é o c* da sua mãe, seu filho da p…”.
O prefeito que agrediu um eleitor por causa de uma provocação a Lula
Então prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho (PT), discutiu e puxou a camisa de um eleitor durante a chegada do ex-presidente Lula a um colégio da cidade para votar na eleição municipal de 2016. “Respeita o presidente, rapaz”, advertiu o prefeito, aos trancos. O jovem foi identificado como Paulo César Vieira da Costa, um inspetor de qualidade.
Ao ser entrevistado pela reportagem do UOL, Marinho ofendeu o eleitor: “é um babaca”. O inspetor gritou para o ex-presidente que queria “passar uma semana no triplex”, em referência ao apartamento do Guarujá pelo qual o ex-presidente foi condenado recentemente em segunda instância.
No interior de São Paulo, um vereador deu um tabefe em um cidadão em plena Câmara Municipal
Há dois anos, Luiz Vergara (PSB-SP), líder sindicalista e vereador de Franca, interior de São Paulo, foi o protagonista de uma cena que correu as redes sociais e o noticiário nacional. Em plena sessão plenária, o parlamentar abandonou a tribuna e se dirigiu a um cidadão que o criticava. “Eu vou dar um tapa na sua cara que cê vai ver, tá?” E assim o fez, com as costas da mão.
O tabefe foi endereçado ao marceneiro Hélio Pinheiro Vissoto, que cobrava explicações sobre a votação da lei de transparência. Após a agressão, o político disse que o munícipe mereceu ser tratado com violência e ainda registrou boletim de ocorrência por difamação. Porém, 16 dias depois, o vereador emitiu nota na qual lamentou o ocorrido e se disse arrependido.
Não adiantou pedir desculpas: Vergara foi impedido de participar das votações internas do PSB por 18 meses e levou uma suspensão de 60 dias dos trabalhos da casa de leis de Franca.
E tem o Roberto Requião
Senador pelo MDB do Paraná, Requião é um dos principais representantes da esquerda nacionalista e desenvolvimentista brasileira. E também é umas das figuras mais rudes de todo o espectro partidário do país. Ele é capaz de falar com seus seguidores assim:
Longe do decoro parlamentar, o paranaense usa de palavras como “imbecil”, “idiota”, “sua mãe” e ofensas diversas sobre a capacidade intelectual de quem ousa discordar de seus vaticínios.
Quando foi relator do projeto de lei de abuso de autoridade, suas ofensas passaram a ganhar destaque e logo foram parar no noticiário nacional. Ao chamar manifestantes de “muares e equinos”, mandando-os comer alfafa, o parlamentar não sustentou as palavras após elas ganharem repercussão e apagou seus tuítes.
Se engana o contribuinte que acha que as ofensas saem barato. Integrante da Comissão Especial Extrateto do Senado, que foi responsável por investigar salários acima do teto constitucional, Requião recebe quase duas vezes o teto: além dos R$ 33,7 mil que recebe como senador, também ganha outros R$ 30,4 mil de aposentadoria de ex-governador. Apesar da incoerência, não há ilegalidade no recebimento dos valores.
Há cinco anos, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) recorreu ao insulto contra um de seus seguidores que discordava da criminalização da homofobia proposta pelo parlamentar. Para Jean, é “mais que burrice” – “é o fim do mundo!” – que um homem “negro e gordo” se posicione de maneira contrária a um projeto “anti-discriminação de minorias”. O “ódio do bem” do psolista gerou grande repercussão nas redes sociais.
@valmirmomo um negro gordo se opondo a um projeto anti-discriminação de minorias é mais que burrice: é fim de mundo!
A discussão era referente ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propunha a criminalização dos preconceitos motivados pela orientação sexual e pela identidade de gênero, equiparando-os aos demais preconceitos que já são puníveis por lei. A proposta chegou a ser aprovada pelo plenário da câmara baixa, mas acabou sendo engavetada pelos senadores.
Ofender quem não concorda não chega a ser uma novidade para o ex-BBB. Em mais de uma oportunidade, Jean chamou seus discordantes de ignorantes. No ano passado, por exemplo, ele pegou o microfone do plenário da Câmara para dizer que os colegas de parlamento autores de uma moção de repúdio à exposição Queermuseu eram burros e não entendiam nada de arte. O pronunciamento gerou uma discussão infantil entre Jean e o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) nos microfones da casa.
Em uma entrevista à TV Câmara, o parlamentar já declarou que é contra a realização de um plebiscito para decidir sobre o casamento gay. Segundo ele, a população não é “bem informada” sobre o assunto e tomaria uma decisão errada. Para ele, o mesmo se aplica a temas como pena de morte e redução da maioridade penal.
@AdrianoArgolo Não argumento com gente incapaz de distinguir RT, informação e opinião. Sorry. Vá se informar e aprender a usar o TT. Abs.
Outra que recorre ao “ódio do bem” é a deputada Maria do Rosário (PT-RS), famosa pela discussão que teve com o deputado Jair Bolsonaro em 2013, quando ele a chamou de “vagabunda” quando ela afirmou que ele incentiva o estupro por meio de seus discursos “mesmo sem ter consciência disso”.
Em 2016, o tuiteiro Anderson Pereira questionou a deputada por sua defesa do ex-presidente Lula. O jovem afirmou que as conquistas do governo petista não são justificativa para corrupção e que a parlamentar em breve visitará Lula na prisão. Em bom tom, Rosário disse que visitará o petista no Planalto. O jovem riu: “da Papuda ou de Curitiba não dá pra se candidatar”. Foi aí que o ódio do bem consumiu a deputada, que mandou Pereira procurar sua turma, que, “de certo deve ser das mais racistas”.
@AndersonPereira procura tua turma. Decerto deve ser aquela mais racista e preconceituosa.
No final do ano passado, o site O Antagonista divulgou um vídeo no qual o deputado federal Carlos Marum (PMDB/MS), atual ministro da Secretaria de Governo, discute com seus eleitores em uma rua de Campo Grande, após ter sido xingado de ladrão por um casal de motociclistas, quando deixava a sede regional do partido. “Ladrão é a p* que pariu”.
E tem mais: o parlamentar montou no carro e foi atrás de quem o ofendeu, para revidar: “Vocês são vagabundos. É isso que eu quero lhes dizer”, respondeu Marun. “Você é vagabundo, e você é vagabunda. É isso”, prosseguiu apontando para ambos. “Aprende a respeitar quem você não conhece, seu m…”, finalizou.
Recentemente, o ministro fez comentários escrachados aos jornalistas que criticaram o vídeo que mostra a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) – escolhida pelo presidente Michel Temer para assumir o Ministério do Trabalho – em uma lancha rodeada de quatro homens sem camisa, afirmando não dever nada. Marun chamou os jornalistas de “talebãs”, e afirmou que o que é mais importante não está sendo discutido.
“Muita gente bate bumbo pela liberdade, mas na verdade são uns talebãs (sic) enrustidos. Queriam que ela tivesse de burca, eu acho, lá na praia. Na praia a gente anda assim. Eu não sei vocês. Vocês vão de quê? De quimono? De burca? Eu devo confessar a vocês que quando vou à praia vou de calção de banho”, disse o ministro, fazendo ironia ao afirmar que os jornalistas, hoje em dia, “são baluartes da moral e dos costumes e da roupagem adequada.”
Tem até prefeito mandando munícipe tomar naquele lugar
Quem também não tem paciência com cidadão intrometido é Otto Magalhães (vulgo “Dr. Otto”), prefeito do PCdoB da cidade de Poções, no sul da Bahia. Em 2016, o edil foi filmado quando ofendia um grupo de manifestantes contrários à derrubada de árvores em uma praça próxima a sede Prefeitura.
“Diga que mandei tomar no c…! Viadinho que vier querer barrar a obra do município eu mando tomar no c…, e enfrento eles de qualquer jeito. Pode dizer pra eles que o prefeito mandou tomar no c… Aqui tem homem nessa p…, não tem viado não”.
A divulgação do vídeo pode não ter caído muito bem para o eleitorado de Poções. Ao disputar a reeleição naquele ano, Otto foi derrotado por Léo (PTB), atual prefeito da cidade, por uma margem de 418 votos.
“Vagabundo” é que nem água no vocabulário de ofensas
Após receber inúmeras reclamações sobre a sujeira nas ruas do bairro de Ocian, o prefeito da Praia Grande (SP), Alberto Mourão (PSDB), vistoriava uma praça quando um morador gritou da janela de um dos prédios que estava tudo sujo. Foi aí que o tucano abriu o bico: “Desce aqui, seu vagabundo, desce seu vagabundo, tá com medo? Desce aqui que eu quebro a tua cara”.
Em entrevista ao G1, o prefeito disse que parte do lixo havia sido jogado por funcionários de um estabelecimento próximo. “Soube que foi um comerciante que fechou o boteco e deixou ali na frente. Então, quer dizer que o cara fecha o boteco, o comércio, e joga o lixo na frente na praça? Não é certo né?”, indignou-se.
Foi aí que ele disse ter ouvido que a sujeira era o espelho da cidade. “Aí eu me ofendi. Aquilo quem faz são eles, que desceram e colocam o lixo lá. Eu não sabia quem era, pois o cara não apareceu. Eu falei para ele descer”. O prefeito admitiu que cometeu um excesso, mas disse que não tem sangue de barata: “Eu sofro também. Eu tenho minhas depressões de manhã, eu tenho meus dissabores”, confessou.
Gilberto Kassab que o diga
Foi com empurrões e gritos de “sai daqui” e “vagabundo”, que o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-PFL, atual PSD) expulsou um cidadão de uma unidade de saúde que inaugurava, em 2007. Atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o político arrastou o manifestante para fora da unidade, sob os olhares atônitos de assessores e guardas civis.
O cidadão em questão era Kaiser Paiva Celestino da Silva, que protestava contra a Lei Cidade Limpa, que proibiu outdoors na cidade. Ao ver Kassab, o empresário – dono de uma gráfica que produz faixas e cartazes – decidiu reclamar. Ele estava no posto de saúde para uma consulta agendada.
Na versão de Kassab, o cidadão estava gritando na recepção. “Sai daqui! Respeita doente!”, bradou o prefeito.
Eleitor que critica é “babaca”
No final do ano passado, o prefeito de Palmas e pré-candidato a governador do Tocantins, Carlos Amastha (PSB), revelou que a paciência com quem o critica não é seu ponto forte. Um seguidor comentou na página do prefeito no Facebook que ele deveria se preocupar com a Polícia Federal, em referência ao inquérito que o indiciou por corrupção passiva, associação criminosa e cobrança indevida de IPTU.
Sem pestanejar, Amastha disse que o cidadão era um “babaca” e se defendeu. “Leia o inquérito e encontre uma vírgula errada na minha atuação…Não me confunda com seus bandidos preferidos”, rebateu. A seguir, o socialista despejou uma série de críticas ao seu detrator, assegurando que ele é “eleitor dos bandidos”.
Tem político que não perdoa nem as velhinhas
Em março do ano passado, Valter Suman (PSB) – prefeito do Guarujá (SP) – se envolveu em briga com uma idosa, moradora da cidade, no Facebook. A munícipe iniciou a discussão ao fazer um comentário ofensivo ao filho do mandatário, Lucas Mota Suman.
A senhora criticou o jovem, que marca presença constante nas redes sociais, compartilhando posts e opiniões sobre a gestão de seu pai. “Lucas Mota Suman, pede para o papai te fazer uma lavagem cerebral, pois tá com muita m…”, escreveu a aposentada.
O edil tomou as dores de sua cria e entrou em um “bate boca” virtual com a idosa. “É muita falta de educação, imbecilidade e estupidez para uma senhora de sua idade! Sua halitose deve ser fétida”.
Ao G1, o prefeito confirmou a autoria de seus comentários e se defendeu. “Uso as redes sociais para debater ideias, aceitando sugestões e críticas. No entanto, tudo tem limites, especialmente quando envolve a família. De que forma ofender a família do prefeito vai contribuir para o desenvolvimento da cidade? É evidente que não contribui em nada”, argumentou Suman.
Também por conta do projeto de abuso de autoridade, recebeu críticas do juiz Sérgio Moro. Ao jornal O Globo, o magistrado afirmou que “ninguém é favorável ao abuso de autoridade”, mas que “é necessário que a lei contenha salvaguardas expressas para prevenir a punição do juiz (…) pelo simples fato de agir contrariamente aos interesses dos poderosos”. Para Moro, a redação do projeto de lei, assinado por Requião e Renan Calheiros (PMDB-AL) “não contém salvaguardas suficientes”.
Em uma entrevista à Rádio Bandeirantes, o senador paranaense partiu para a ofensa. “Eu diria que o Moro andou fumando erva estragada porque o meu projeto não diz isso. Meu projeto não criminaliza o erro, que é corrigido em instâncias superiores. O projeto diz que a interpretação divergente, necessariamente razoável, ou seja, a lei diz não, a interpretação não pode dizer sim, não será punida. Ela deve ser necessariamente razoável e fundamentada. Eu jamais iria punir um equívoco de interpretação de um juiz”, disse.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...