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domingo, 4 de dezembro de 2016

OZ BAMBAZ: ‘É preciso deixar o ego de lado’, reflete Rubinho sobre crise da música baiana

por Júnior Moreira
‘É preciso deixar o ego de lado’, reflete Rubinho sobre crise da música baiana
Fotos: Paulo Victor Nadal / Bahia Noticias
É difícil pensar em alguém que admira o pagode baiano e não tenha escutado “Oh, Manuela! Você mexeu mexeu mexeu mexeu, você mexeu mexeu, e o meu coração bateu bateu bateu bateu” em algum momento da vida. Para os saudosos de plantão, podem se reorganizar, pois um dos maiores representantes do ritmo na Bahia anunciou retorno aos palcos com formação original. O grupo Oz Bambaz volta a ser liderado por Rubinho, após três anos de hiato, no qual o cantor se dedicou a um projeto sertanejo em Brasília. “Não voltei porque não deu certo lá, mas pela necessidade de algo novo, assim como aconteceu em 2013 quando parti para carreira solo. Estou renovado. Acho que essas pausas são necessárias. Hoje, tenho certeza do lugar que pertenço. Não me arrependo, pois foi fundamental para meu crescimento e amadurecimento enquanto artista”, inicia o cantor. Em seguida, conta que alinhou a vontade do ‘algo novo’ com a cobrança do público nas redes sociais. “Meus fãs fizeram uma campanha tão intensa que resolvi voltar e está sendo maravilhoso. Sempre fui um cara otimista, porém o que tenho vivido supera tudo. Já passamos por cinco estados, e é lindo ver o povo cantando todos os sucessos. Nossos fãs são muitos fieis”, elogia. 
 

 
A banda foi fundada em 2002 e, ao longo dos anos, gravou quatro CDs e dois DVDs, colecionando sucessos como “Tô Indo”, “Que Quebre”, “Varredeira (Diana)”, “Sei O Que Quer, Tome Aí, “Tome Amor”, “Ela é Dog”, “Raspando”, “Balangandã”, “Tome e Fica”, “Mão na Cabeça”, além de “Manuela”- citada no início do texto. Sem desconsiderar os números, Rubinho anuncia não querer viver do passado e diz ter “consciência que precisamos mostrar coisas boas e novas”. Por isso, apesar do lançamento oficial acontecer somente na próxima quarta-feira (7), em Lauro de Freitas, o conjunto já vem realizando apresentações em diversas cidades. “Precisávamos botar a banda na estrada para dar uma entrosada, que é fundamental, independente de serem as mesmas pessoas, sabe? Era uma necessidade. Sem falar que é bom para testar as novas coisas que estão no EP e já ir conferindo a reação da galera”, aponta ao explicar que o produto contará com oito faixas inéditas e estará disponível também em formato físico. 

Diante do atual cenário da música baiana, com o quadro economicamente distante do início dos anos 2000, quando o Axé e o Pagode tinham mais visibilidade midiática, Rubinho diz estarem prontos para encarar “essa abertura menor” de frente. “Vamos trabalhar. Os shows estão acontecendo, tudo está dando certo. Não estou muito preocupado com essa fase do mercado, pois os admiradores continuam os mesmos, além dos novos que vão chegando”, declara. Porém, ressalta que o estilo precisa apresentar um conteúdo mais limpo. “Às vezes, o que dificulta no nosso Pagode é a apelação, a linguagem indesejada e vulgaridade. Mas não temos essa linha. São letras de qualidade, pois nos preocupamos com isso, fazendo com que as portas se abram”, constata e completa: “Queremos um time de primeiro mundo. Não é só o Harmonia, Léo, É o Tchan e Psirico que vão quebrar essas barreiras. Todos precisamos ter essa consciência, principalmente as novas bandas. O talento existe e necessita de cuidado. Não é à toa que as de maiores durabilidades são as que apresentam um trabalho de qualidade”, levanta. 
 

 
Quando questionado sobre a existência ou não da união no pagode baiano, Rubinho traz um pensamento complexo. “Acho que há e que não há. Na verdade, não há. Veja bem, vamos supor um cenário com mil bandas em que apenas quatro ou cinco são unidas. Esse quadro não funciona, né? Temos que tomar como espelho o sertanejo, no qual um apoia o outro, trazendo sempre renovação. Isso falta aqui”, salienta.  Por fim, levanta que essa crise na música baiana tem como um dos reflexos a antiga postura de alguns músicos baianos. “Existia uma barreira entre o Axé e o Pagode. Eu sofri isso. A ‘cúpula do Axé’ não gostava da ideia de se misturar conosco. Já vivi situações que diziam ‘Se Oz Bambaz entrar no palco, eu não toco’. Entende o que falo? Agora, perceberam que é melhor abraçar todo mundo para fortalecer a música. Acho que precisamos abrir os olhos, mas entender que a união fortalece. É preciso deixar o ego de lado”, frisa.  Além de Rubinho nos vocias, a banda é formada por Esquerdinha (percussão/backing vocal), Bico Jhones (percussão), Ton Lima (bateria), Modu (cavaquinho), Merenda (guitarra), Rodrigo (teclado), Everton (percussão), Papion (sax) e Neo (contrabaixo). 

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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
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