Cuidando Bem da Sua Imagem

Cuidando Bem da Sua Imagem
Sistema Base de Comunicação

GIRO REGIONAL

GIRO REGIONAL
UM GIRO NO NORDESTE

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Bastidores da prisão e da resistência de Lula

Lula sempre encarou qualquer outra alternativa a lutar judicialmente contra sua pena como um atestado de culpa. Mas por que então ele cogitou resistir naqueles dias de Sindicato? E acerca disso não há dúvida. Lula, sim, cogitou resistir.


Foto: Ricardo Stuckert


Por Renato Rovai

Naquela quinta-feira, dia 5, a menos de 24 horas após ter seu pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal numa disputa por 6 a 5, que contou com um voto cavalo de pau da ministra Rosa Weber, o ex-presidente Lula recebeu na sede do Instituto que leva o seu nome a notícia de que o juiz Sérgio Moro havia expedido seu mandado de prisão. Eram aproximadamente 18h.
A informação incendiou os grupos de whatsapp que foram sendo construídos na luta contra o impeachment de Dilma e na resistência à sua prisão . Foi neles que as pessoas tentavam saber o que isso significava, para onde Lula ia, se o xeque mate de Moro, que lhe dava até às 18h de sexta para se entregar, seria obedecido e coisas do gênero.

Num primeiro momento alguns falavam que quem quisesse estar com Lula deveria ir para o Instituto, mas rapidamente a informação foi corrigida e ficou claro que a sede da resistência seria o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que já havia sido escolhido anteriormente pelo próprio Lula. “Isso já havia sido definido bem antes. Chegou-se até a discutir a hipótese de ir pra Garanhuns, mas decidiu-se pelo ABC que foi onde ele nasceu como Lula”, revela João Paulo Rodrigues, da direção do MST.
Depois da votação no STF, entre os que grupos que se colocaram à frente na defesa do ex-presidente era sabido que o mandado de prisão poderia acontecer a qualquer momento, mas ninguém esperava que ele seria tão rápido. “A gente saiu da sede do Instituto naquela quinta-feira e disse para o Lula que não haveria prisão naquele momento porque não havíamos exaurido a segunda instância ainda”, contou em debate com este repórter à rádio do MST a advogada Valeska Zanin. “Mas quando estávamos (ela e o marido Cristiano) no carro saindo do Instituto recebemos a notícia que o Moro tinha decretado a prisão e tivemos que voltar pra dizer isso ao presidente”, acrescentou.
Quando o STF negou o habeas corpus a Lula na noite anterior, quarta-feira (4/4), decidiu-se que não se deveria discutir o que fazer naquele clima. E uma reunião foi agendada para o Instituto no dia seguinte. O ex-prefeito de Osasco e atual tesoureiro do PT, Emídio de Souza, junto com o vice-presidente da sigla, Márcio Macedo, foram os responsáveis por convidar tanto pessoas mais próximas a Lula quanto dirigentes nacionais. Entre outros participaram Fernando Haddad, José Genoíno, Rui Falcão e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que adiou uma ida sua ao Ceará que estava agendada.
Lula não participou dessa conversa onde se definiu um ato para sexta-feira no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e um evento com intelectuais em São Paulo, que deveria acontecer ou no Largo São Francisco ou na Casa de Portugal. Depois, numa reunião no PT, este ato seria transferido também para São Bernardo. E acabou não acontecendo por conta da decretação da prisão.
Nesta mesma reunião, em que os advogados de Lula informaram que até o dia 10 não haveria a expedição do mandado de prisão, o senador Lindbergh trouxe a informação de que havia conversado com o penalista Celso Vilardi e que ele dissera que havia precedentes. E que, sim, Moro podia decretar a prisão de Lula a qualquer momento. Eram aproximadamente 14h quando isso ocorreu. A informação trouxe apreensão, mas o que havia sido definido foi mantido.
Anúncio pela imprensa
Moro foi coerente em todos os momentos do julgamento que levou Lula à prisão. O juiz de Curitiba sempre dificultou o trabalho dos advogados, autorizando até a instalação de grampos nos telefones do escritório, o que lhe permitiu saber cada passo que a defesa iria dar, segundo Valeska Zanin. Na expedição do mandado de prisão não foi diferente, a imprensa foi informada antes da defesa.
Quando soube da notícia, porque o Brasil já sabia, Lula decidiu tomar a decisão que havia sido definida antes. Foi de carro para o Sindicato dos Metalúrgicos, onde rapidamente começaram a chegar lideranças e militantes. Aquela noite de quinta-feira foi longa.
O MTST que tinha algumas centenas de pessoas acampadas nas proximidades agiu rápido. Eram aproximadamente 20h quando esses militantes chegaram em marcha e montaram acampamento na lateral do Sindicato. Ao mesmo tempo vereadores, deputados, dirigentes sindicais etc. iam aparecendo. Lula se instalou no segundo andar e assumiu uma das salas de um conjunto que ficou interditado e que tinha mais umas cinco ou seis salas por onde se espalharam os visitantes mais ilustres e seus amigos mais próximos e familiares.
O repórter conseguiu entrar e ficar no local. A movimentação era intensa e Lula saia a todo momento para abraçar os que chegavam e fazer selfies. Era ele quem consolava os visitantes. E não ao contrário. Muitos se debulhavam em choro quando o viam, principalmente as pessoas mais simples.
Entre os seus assessores, alguns também não conseguiam conter a emoção. Como disse uma importante liderança do PT ironizando a situação: “aqui o choro é livre, mas a segurança é zero”. Ou seja, era muito simples infiltrar agentes no prédio e mesmo nas salas onde Lula estava. E isso acabou acontecendo, como se soube depois.
Na quinta à noite, Haddad e Dilma estavam entre os que ficaram nesse conjunto de salas. Fórum entrevistou ambos. No momento em que se preparava para conversar com o repórter, Dilma atendeu a um telefonema do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. No dia seguinte ela mudaria o seu domicílio eleitoral para o estado e anunciaria a sua candidatura ao Senado por lá.
Na conversa, de forma rápida e discreta,  informou Pimentel que a disposição de Lula naquele momento era a de resistir ao que Moro determinara. Dilma achava aquilo arriscado, confidenciou depois ao repórter. Principalmente pelos riscos que um enfrentamento implicava. E na entrevista defendeu que a opção do PT era “a  radicalização da opção democrática”. E que os gestos e atos autoritários teriam de ser exclusividade dos adversários.
A prisão ia se naturalizando com o passar das horas. Poucos ou praticamente ninguém falava em radicalizar na resistência. O que se discutia era como Lula deveria se entregar. Discutia-se, fundamentalmente, a foto. A grande preocupação era a narrativa que circularia pelo mundo. Era a imagem que se teria de Lula naquele momento crucial de sua história política. Por outro lado, uma outra decisão se cristalizava, Lula não se entregaria em Curitiba. Não iria obedecer a determinação de Moro.
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, cravou: “Lula não vai se entregar em Curitiba porque não tem dinheiro pra ir pra lá”. Era uma forma irônica de avisar o juiz Sérgio Moro de que as coisas não se dariam do jeito que ele queria.
Até quando e como resistir
A militância pedia e de vez em quando Lula saia à janela para fazer acenos. Numa das vezes comentou para os que estavam mais próximos. “Vamos ver como vai estar amanhã.” Era a senha para discutir a resistência. Ele ia decidir o que fazer a partir da quantidade de pessoas que partissem para SBC naquela sexta-feira, 6/4. Como disse uma das fontes da matéria: “claro que seria diferente se tivéssemos 100 mil pessoas cercando o Sindicato”.
Mesmo assim é importante dizer que Lula, para os que conversaram com ele antes da decisão final de Moro, não aceitava nem que fossem discutidas outras opções que não a de cumprir a determinação judicial. Foram vários, incluindo gente graúda do PT e até um dos seus governadores, que lhe recomendaram que se asilasse numa embaixada ou fosse para fora do país e de lá liderasse a resistência. Como resposta, fazia piadas, do tipo: “você quer mesmo se ver livre de mim, né”. Ou ficava com a cara fechada.
Numa dessas ocasiões, disse para um  interlocutor que ele ficasse tranquilo, porque se fosse preso iria virar Mandela. E ouviu uma resposta distinta das que estava acostumado. A de que seus algozes o tratariam na prisão como se fosse um Fernandinho Beira Mar e nunca um Mandela. E que por isso deveria discutir seriamente o asilo político.
Nem essa frase de impacto lhe fez debater o assunto. “Deixa eles fazerem comigo o que quiserem”, teria respondido. “A única defesa que eu tenho é a minha inocência. E quem foge não pode se dizer inocente”, repetia como um mantra.
Lula sempre encarou qualquer outra alternativa a lutar judicialmente contra sua pena como um atestado de culpa.
Mas por que então ele cogitou resistir naqueles dias de Sindicato? E acerca disso não há dúvida. Lula, sim, cogitou resistir. Chegou sim a pensar em “esticar a corda”, como alguns falavam pelos corredores. E pensou em manter o “braço de ferro” com Moro por um tempo maior. Pensava nisso, porque havia os que defendiam que isso forçaria o STF a tomar uma decisão sobre as ADCs. Mas acabou desistindo não por ter sido convencido por A ou por B. Mas por uma série de acontecimentos que foram se desenrolando naquelas horas de resistência.
Quem decidiu tudo foi Lula
“Para mim nunca houve terceira hipótese, era ou entrar numa embaixada ou cumprir o mandado judicial”, afirma o deputado federal Wadih Damus (PT-RJ). “Transformar o Sindicato numa fortaleza e enfrentar a PF para mim nunca foi uma hipótese”, acrescenta. “Mesmo que tivesse muita gente, se eles chegassem ali atirando bomba para tudo quando é lado, haveria dispersão, poderia morrer gente e Lula seria arrancado dali de um jeito muito pior. Eu considero aquele ato trágico da apresentação do Lula uma vitória política”, afirma Wadih Damus.
Damus fala das fotos que rodaram o mundo com Lula nos braços do povo. Em especial a feita do alto por Francisco Proner, um garoto de 18 anos, filho dos advogados Francisco Ramos Filho e Carol Proner.
(Foto: Francisco Proner)
Foi Damus a quem Lula mandou chamar quando decidiu que iria negociar sua “apresentação” na PF. Ao invés de usar o termo se entregar, preferiu-se o “apresentar”.
“Eu nem estava nesta reunião da decisão. O Paulo Pimenta foi me chamar lá fora dizendo que o Lula queria que eu fosse na PF negociar os termos. E aí, por determinação de Lula, fomos eu, o Sigmaringa Seixas e Emídio de Souza”, explica Damus.
Por Lula participaram esses três e pela PF, além do superintendente de São Paulo, também se reuniu via teleconferência o superintendente do Paraná. Ali ficou estabelecido que não seria realizado nenhum ato que pudesse desmoralizar o ex-presidente. Que ele não teria o cabelo raspado ou barba cortada, que o carro que iria busca-lo estaria descaracterizado, que Lula participaria da missa pela dona Marisa no dia seguinte e ainda foi tentado que ele se apresentasse apenas na segunda-feira, mas neste caso, a PF foi irredutível. E topou que isso pudesse acontecer até às 17h do sábado. Ao final, isso acabou se dando apenas às 19h, porque um grupo pequeno mais entusiasmado não permitiu que o carro com Lula saísse da sede do Sindicato, como projetado. E a solução de sair daquela forma e por aquele local foi dos policiais federais. “A PF sabia de tudo que ocorria no Sindicato. Eles tinham o mapa de tudo”, confirma João Paulo Rodrigues.

Sem mocinhos e nem bandidos
Desde que o ex-ministro José Eduardo Cardoso relatou numa reunião na sexta-feira, às 14h, os riscos de uma prisão preventiva, tanto Lula como muitos dos que ainda pensavam em “esticar mais a corda” passaram a confluir para a decisão de não correr esse risco. A prisão preventiva deixava Lula nas mãos de Moro, porque ele ainda responde mais dois processos com o juiz de Curitiba. “Ali naquele momento iniciou-se um debate sobre até onde se podia ir na resistência”, relata um ex-dirigente nacional do PT muito próximo a Lula e a Zé Dirceu.  “Sim, houve debate de posições, mas isso não significa que o resultado implicou em vencedores e perdedores. Quem decidiu tudo foi Lula”, confirma o ex-presidente do PT, Rui Falcão.
PSoL, o MTST e o senador Lindbergh ficaram de um lado. CUT, MST, advogados e quase toda a direção do PT do outro. João Paulo Rodrigues confirma que o MST foi um dos primeiros a se posicionar por negociar. Não havia condições de resistência na sua opinião. Em especial, porque Lula não havia aceitado uma proposta feita a ele pelos dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos e do MST, de organizar um acampamento com umas 10 mil pessoas para permanecer na frente do Sindicato por um longo período, se o mandado de prisão se concretizasse. “Foi ali que Lula se decidiu pelo que iria fazer no dia. Quando nós e os Metalúrgicos propusemos isso e ele não topou”, diz João Paulo. “Ele sabia dos riscos da resistência e não arriscaria um banho de sangue”, confirma Damus. “Nós também nos manifestamos por cumprir a ordem judicial, negociando-a ao máximo, porque sabemos que o Lula é um líder institucional”, disse Walter Sorrentino, que foi designado pela direção do PCdoB para acompanhar todo o processo do Sindicato. “Quando constatamos que havia controvérsia em relação a decisão de se entregar, nos posicionamos por respeitar a decisão que Lula tomasse. O que aliás, foi o que quase todo mundo fez. Lula decidiu por aquilo que achou ser melhor para ele”.  “Em nenhum momento existiu aquela conversa que o Lindbergh relatou ao Paulo Henrique Amorim”, afirma o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

SITE DO JORNAL DE SERGIPE ANUNCIA SEU FIM NA INTERNET

Resultado de imagem para Jornal de Sergipe

FIM do Jornal de Sergipe

Aos internautas, o nosso agradecimento 

Hoje, 25 de abril de 2018, estamos anunciando o FIM do Jornal de Sergipe.
Queremos agradecer a todas as pessoas que colaboraram para o Jornal de Sergipe ter se tornado o maior jornal digital de Sergipe.
Sem financiamento governamental, sem apoio de político ou partido, e sem investimento inicial algum, alcançamos um público enorme e fizemos a diferença num Estado onde boa parte da mídia é vendida.

Infelizmente a nossa receita (publicidade do Google) caiu em mais de 70% durante os dois últimos anos, não cobrindo sequer os custos mínimos para mantê-lo no ar. Quem acompanha o Jornal de Sergipe desde o começo deve ter percebido a diminuição de notícias nos últimos dois anos. Decisão difícil, mas necessária.
Foram mais de 2 mil matérias. Criticamos os políticos corruptos e hipócritas, alertamos, ajudamos pessoas portadoras de doença com campanhas, isso tudo com a ajuda de vocês. Muitas pessoas foram ajudadas através de vocês, internautas, que acompanham o Jornal de Sergipe.

Queremos agradecer imensamente o respeito e a atenção que vocês nos deram nos 7 anos de Jornal de Sergipe.

Por razões ideológicas, decidimos em não vender o Jornal de Sergipe. Seria triste ver o jornal se tornar palanque para político, o que provavelmente ocorreria.

Fica o meu singelo agradecimento a todos vocês, de coração, pela confiança depositada. Permaneçam de olhos abertos, principalmente agora nas eleições. Os hipócritas sairão da toca. E não acreditem em matérias de mídia que bajula político. Fiquem atentos!
Mais uma vez, obrigado!

Atenciosamente,
Bruno Matos Franco
Fundador do Jornal de Sergipe digital

Resultado de imagem para Jornal de Sergipe

Pai e filho são decapitados na cidade de Itaporanga D’ Ajuda

A Polícia Militar do município de Itaporanga D’Ajuda, distante 29 km da capital Aracaju, registrou as mortes a tiros de pai e filho no Povoado Nova Descoberta. 
Em entrevista ao Portal G1, a delegada Mariana Amorim explicou que três homens armados e encapuzados pediram para que o homem, de 34 anos, abrisse a porta da residência, alegando que eram da polícia.
Foto: arquivo/SSP/SE
Ele foi atingido por vários tiros e depois teve a cabeça arrancada. A esposa da vítima também estava na residência, mas conseguiu fugir. Ainda de acordo com a delegada, os mesmos homens foram à casa do pai da vítima, de 54 anos, e também o matou a tiros e arrancou a cabeça.
O caso foi registrado na Delegacia de Itaporanga D’Ajuda. A Polícia pede a colaboração da população por meio do Disque-Denúncia- 181, do 190 da Polícia Militar ou ainda através do aplicativo Disque Denúncia SE.
O Instituto Médico Legal (IML) informou que os corpos foram liberados para sepultamento no final da manhã.
Com informações do G1 Sergipe

Veículos com final de placa 3 têm até 30 de abril para quitar o licenciamento

Proprietários de veículos que possuem placa com final 3 devem ficar atentos ao calendário de Licenciamento Anual 2018 do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SE). O prazo para quitar a taxa sem a incidência de juros e multa é 30 de abril – em cota única ou última parcela.
Para quem tem placas com terminação 4 ou 5 e optou pelo parcelamento, o dia 30 de abril também é a data de vencimento das 2ª e 1ª parcelas, respectivamente. O calendário completo com todas as datas do licenciamento 2018 pode ser conferido no site do Detran/SE.
Foto: ASN
Para gerar os boletos, o cidadão pode acessar no portal de autoatendimento, em “Serviços de Veículos”; no aplicativo ‘Detran-SE Digital’; nos totens das unidades da autarquia ou nos caixas eletrônicos do Banese. O usuário pode optar por pagar por meio de Documento Único de Arrecadação (DUA) ou por ficha de compensação (Banese ou Outros Bancos, respectivamente), determinar o número de parcelas (em até três vezes) – atentando-se à data de referência do final de placa – e a quantidade de cópias do documento.
Há ainda como escolher entre receber o Certificado de Registro de Licenciamento Veicular (CRLV) em seu endereço (devendo estar atualizado) ou em uma unidade de atendimento.
Por ASN

Eleições 2018: o voto nulo pode anular uma eleição?

Todo ano de eleição surgem os defensores do voto nulo. Eles alegam que se a metade dos votos for nulo, a eleição pode ser cancelada. O Portal SE Notícias produziu essa reportagem para superar de vez essa ideia e entender, de fato, qual função pode ser atribuída ao voto nulo e ao voto em branco.
No Brasil o voto é obrigatório, mas isso quer dizer apenas que o eleitor deve comparecer à sua seção eleitoral na data do pleito, dirigir-se à cabine de votação e marcar algo na urna, ou justificar sua ausência.
Mas o eleitor não é obrigado a escolher um candidato, ele pode votar em branco ou nulo. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois tecla “confirma”.
Foto: TSE
O art. 224 do Código Eleitoral prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país. No entanto, a nulidade a que se refere o Código trata da constatação de fraude nas eleições, como, por exemplo, eventual cassação de candidato eleito condenado por compra de votos.
Nesse caso, se o candidato cassado obteve mais da metade dos votos, será necessária a realização de novas eleições, denominadas suplementares.
O Tribunal Superior Eleitoral esclarece que
os “votos nulos são como se não existissem: não são válidos para fim algum. Nem mesmo para determinar o quociente eleitoral da circunscrição”.
É importante que o eleitor tenha consciência de que, votando nulo, não obterá nenhum efeito diferente da desconsideração de seu voto. Quando muito, os votos nulos e brancos servem para fins de estatística.
O voto branco
Do mesmo modo, o voto branco. Antigamente, quando o voto era marcado em cédulas e contabilizado pela junta eleitoral, a informação sobre a possibilidade de o voto em branco ser remetido a outro candidato poderia fazer algum sentido.
Isso porque na contabilização, as cédulas em branco poderiam ser preenchidas com o nome de outro candidato. Mas isso em virtude de fraude, não em decorrência do regular processo de apuração.
Atualmente a eleição e o processo de apuração são realizados de forma eletrônica, e a possibilidade de fraudar os votos em branco não persiste. O que se mantém é a falsa concepção de que o voto em branco pode servir para beneficiar outros candidatos, o que é uma falácia.
De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos.
A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988 que diz:
“é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”. Por exemplo, se 99% dos votos forem nulos e brancos, o 1% de votos válidos serão contabilizados e determinarão o vencedor do pleito.
Voto em legenda
A mudança nos artigos 108 e 109 do Código Eleitoral aprovada em 2015 passou a valer nas Eleições de 2016. Ela exige que os candidatos a deputado federal, deputado estadual e vereador tenham, individualmente, pelo menos 10% do quociente eleitoral para se eleger.
O quociente eleitoral, por sua vez, é calculado dividindo o número de votos válidos da eleição (excluindo brancos e nulos) pelo número de cadeiras disponíveis na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa ou na Câmara Municipal.
Isso significa que um candidato bem votado só conseguirá “puxar” outros candidatos do seu partido se esses outros candidatos tiverem, pelo menos, 10% do quociente eleitoral.
Exemplo: nas Eleições de 2014, o candidato a deputado federal Celso Russomanno recebeu sozinho mais de 1,5 milhão de votos. Isso permitiu que o seu partido, o PRB, garantisse oito vagas na Câmara dos Deputados. Com a regra atual do voto de legenda, a bancada de São Paulo do PRB teria ficado com duas vagas a menos.
Com a mudança, os candidatos estão pedindo aos eleitores que abandonem a prática do voto de legenda, em que o eleitor escolhe apenas o partido sem especificar os candidatos. O voto na legenda continua ajudando o partido, pois determina o quociente partidário e o número de vagas ao qual o partido terá direito.
Mas para eleger especificamente um candidato a deputado federal, deputado estadual e vereador – seja da forma tradicional ou “puxado” – será necessário que o candidato tenha, individualmente, pelo menos 10% do quociente eleitoral.
Se o partido não tiver um candidato com o mínimo de votos exigido, essa vaga é transferida a outro partido após novo cálculo.
Da Redação do SE Notícias

PRF inicia ‘Operação Dia do Trabalhador’ nesta sexta

A partir da 0h desta sexta-feira, 27, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciará a ”Operação Dia do Trabalhador 2018” em todo o Brasil. As ações de fiscalização serão realizadas até a meia-noite do feriado de terça-feira, 1º, e contará com reforço no efetivo operacional.
Com o feriado prolongado, aumenta o número de veículos trafegando nas rodovias e, consequentemente, o risco de mais registros de acidentes e ocorrências criminais. Com o objetivo de minimizar esses riscos e atender às necessidades do período, a PRF em Sergipe intensifica a fiscalização e adota medidas operacionais especiais em trechos considerados críticos nas rodovias federais do estado.
Foto: PRF
Fiscalização
Estima-se que entre a sexta e a terça-feira, mais de 1,2 mil veículos sejam fiscalizados nas cinco Unidades Operacionais da PRF em Sergipe e nas abordagens de patrulhamento ostensivo. O objetivo é coibir condutas criminosas e de imprudência no trânsito, que possam acarretar em acidentes ou agravar lesões como, ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade, falta de equipamentos de segurança (capacete, cinto de segurança ou dispositivos de retenção para crianças) e embriaguez ao volante.
Excesso de velocidade
O objetivo é reforçar as ações de policiamento e fiscalização com radares portáteis nas rodovias sob a circunscrição da PRF no Estado, com foco na prevenção e redução dos acidentes de trânsito, principalmente a gravidade desses.
Só este ano, mais de 6 mil veículos foram flagrados circulando acima da velocidade máxima permitida nas rodovias federais de Sergipe. Além de colocarem suas vidas e a de outros usuários em risco, os condutores serão notificados e pagarão multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41. A pontuação a ser lançada nos prontuários de CNH é de 4 a 21 pontos.
Os locais onde ocorrem as fiscalizações de velocidade são definidos de acordo com levantamento estatístico de acidentes nas rodovias federais e a sua relação com o excesso de velocidade.
Embriaguez ao volante
Desde novembro de 2016, dirigir sob influência de álcool, conforme artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é uma infração gravíssima punida com suspensão do direito de dirigir por até doze meses e multa de R$2.934,70. A mesma multa é aplicada ao condutor que se nega a se submeter aos testes. Além da esfera administrativa, o condutor também pode ser preso em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante, conforme previsto no artigo 306 do CTB. Quando a medição do etilômetro (conhecido como bafômetro) indicar 0,34 ou mais miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, o condutor será encaminhado à autoridade judiciária.
Educação para o trânsito – Além do patrulhamento ostensivo, a PRF também promoverá ações educativas buscando sensibilizar motoristas e passageiros de seus papéis na construção de um trânsito mais seguro. Em alguns postos, o condutor será convidado a assistir a vídeos que mostram comportamentos inadequados no trânsito e as consequências dessas condutas. Os motoristas têm a oportunidade de fazer uma reflexão sobre suas atitudes e assimilar novos hábitos.
Restrições de tráfego
Como acontece em todos os feriados prolongados, quando o fluxo nas rodovias aumenta consideravelmente, o tráfego veículos portadores de autorização especial de trânsito (AET) será restrito nos trechos de pista simples em determinados dias e horários.
A restrição tem o objetivo de aumentar a fluidez do trânsito e diminuir o risco de acidentes nas rodovias de pista simples, maior parte da malha viária do país. Portanto, caminhões bitrens com dimensões excedentes, caminhões cegonhas e de transporte de veículos e cargas paletizadas devem obedecer à restrição e não trafegar nos seguintes dias e horários: Sexta-feira, 27/04/2018, das 16h00 às 22h00 eTerça-feira, 01/05/2018, das 16h00 às 22h00;
A PRF recomenda algumas condutas para a realização de uma viagem segura:
– Lembre-se que os faróis ligados são obrigatórios em rodovias, durante o dia e a noite;
– Faça uma revisão atenta no veículo antes de viajar. Verifique principalmente pneus (inclusive o estepe), palhetas dos limpadores de para-brisa e itens de iluminação e sinalização;
– Planeje a viagem, lembre-se de programar paradas em locais adequados para alimentação, abastecimento e descanso;
– Respeite a sinalização e os limites de velocidade: eles existem para proteger a sua vida;
– Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento. Isso pode confundir os outros motoristas e causar um acidente;
– Use sempre o cinto de segurança, este equipamento é obrigatório para todos os ocupantes do veículo;
– Aumente a distância do veículo à frente e diminua a velocidade;
– Viagem com crianças: o art. 83 do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que nenhuma criança (pessoa até 12 anos incompletos) poderá viajar para fora da Comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável (tutor ou guardião), sem expressa autorização judicial.
Essa autorização não é exigida quando a criança estiver acompanhada de ascendente (avô ou bisavô) ou colateral (irmão ou tio), maior de dezoito anos. O parentesco deve ser comprovado por documentos do parente e da criança.
Tampouco é necessária a autorização judicial quando a criança viajar acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
Em caso de emergência ou denúncia, o usuário da rodovia pode entrar em contato com a PRF através do número 191. A ligação é gratuita, pode ser feita também pelo celular e o sigilo do denunciante será mantido.
SE NOTÍCIAS / Fonte: Ascom PRF/SE

Augusto Bezerra e Paulinho da Varzinhas são condenados a mais de 12 anos de prisão

O julgamento do desvio de verbas de subvenções da Assembleia Legislativa de Sergipe, referente ao ano de 2014, foi retomado na manhã desta quarta-feira (25), após pedido de vista do desembargador Alberto Romeu Gouveia, realizado no último dia 11.
Deputados foram condenados a 12 anos de prisão em regime fechado (foto: arquivo/ César de Oliveira/Alese)
Durante o pleno do Tribunal de Justiça de Sergipe, os desembargadores votaram, em sua maioria, pela condenação em regime fechado dos deputados estaduais Augusto Bezerra (PHS) e Paulinho da Varzinhas (PSC), ambos condenados a 12 anos, sete meses e um dia, além de pagamento de multa. A defesa dos deputados informou que vai recorrer da decisão.
O empresário Nollet Feitosa foi condenado a nove anos e um mês em regime fechado e a pagamento de multa. Outros três réus citados no processo foram condenados a regime semiaberto e pagamento de multa.
O advogado de defesa de Nollet, Israel Mendonça Souza, reafirmou que o cálculo dos crimes estava errado e os dois votos divergentes ao do relator confirmar o que havia dito antes. “E vou além, não me conformo com o crime de lavagem de dinheiro do meu cliente, porque não existe localização, não existe dissimulação, não existe nada que venha a se incidir esse crime. Vou recorrer em relação a esse tipo e também a delação premiada, porque a majorante seria dois terços, pois o meu cliente entregou as provas materializadas. Sem esses fatos não haveria procedentes da ação penal”, desabafa o advogado de defesa, Israel Mendonça Souza.
Com informações do G1 SE / SE NOTÍCIAS

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

AS MAIS COMPARTILHADAS NA REDE

AS MAIS LIDAS DA SEMANA