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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

sábado, 13 de agosto de 2016

Mulheres que tomam cerveja têm menos chances de infartar

A cerveja, se apreciada com moderação, protege as mulheres do risco de infartos. Este é o principal resultado de um estudo da Sahlgrenska Academy, centro de pesquisas da Universidade de Gothenburg, na Suécia.
Segundo os cientistas, as mulheres que bebem uma cerveja, uma ou duas vezes por semana, têm 30% a menos de chances de infartar em relação às que consomem quantidades elevadas da bebida ou às que não tomam nada.
Além disso, a pesquisa demonstrou uma conexão estatística significativa entre um elevado consumo de destilados por parte das mulheres – frequência maior que apenas uma ou duas vezes por mês – e um risco de quase 50% a mais de morte por câncer.
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Publicado na revista científica “Journal of Primary Health Care”, o estudo foi realizado durante quase 50 anos, sendo que em 32 deles, de 1968 a 2000, 1,5 mil mulheres de meia idade preencheram um formulário sobre o seu consumo de vinho, cerveja e destilados e os vários sintomas de doenças que tinham.
Dos resultados, descobriu-se que 185 das mulheres que contribuíram para o estudo sofreram com infarto; 162, com derrame; 160, com diabetes; e 345, com câncer.
UOL Mulher

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

NOTA DE ESCLARECIMENTO


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Venho a público externar repúdio as notas e matérias publicadas de forma irresponsável nas últimas horas, sem qualquer compromisso com a verdade. As referidas matérias e notas informam que com a recente decisão do STF de que é de responsabilidade das Câmaras Municipais julgar as contas dos gestores, estaria a Prefeita de Ribeira do Amparo, com as contas de 2013 rejeitadas.

Esclarecemos que as prestações de contas de 2013 e 2014 da gestão da Prefeita TETI BRITTO (PSD) foram aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que é o órgão técnico responsável pela fiscalização da aplicação dos recursos públicos por parte dos governantes. Teti Britto se destaca como uma boa gestora, onde foi capaz de conduzir com absoluta seriedade os gastos públicos em todas as áreas.

Nas listas fornecidas pelo TCM, TCE e TCU, onde foram disponibilizados os nomes dos candidatos inelegíveis, NÃO consta o nome de Tetiana Britto.

As contas do exercício de 2013 da Prefeita de Ribeira do Amparo, foram rejeitadas pela Câmara dos Vereadores. Ocorre que tal rejeição trata-se de manobra política para obstaculizar a elegibilidade da Prefeita. Os Vereadores não fizeram um julgamento técnico como o TCM, e sim um julgamento político, com finalidade exclusiva de deixar a Prefeita fora da disputa das eleições de 2016.

 Vale ressaltar que a decisão da Câmara Municipal de Ribeira do Amparo que rejeita as contas da Prefeita Teti Britto, exercício 2013, foi suspensa pelo Juiz de Direito da Comarca de Cipó, e mesmo Juiz Eleitoral de Nova Soure, Dr. Abraão Barreto Cordeiro, através da Ação Anulatória nº 8000019-16.2016.805.0058, em 03 de junho de 2016. Segue trecho da decisão:

“Presente, na hipótese, os requisitos estabelecidos pelo artigo 300, do Estatuto Processual Civil, razão porque CONCEDO A TUTELA DE URGÊNCIA PLEITEADA, a fim de sobrestar os efeitos do Decreto Legislativo n. 001, de 30 de abril de 2015, da Câmara Municipal de Vereadores de Ribeira do Amparo, bem como a eficácia do julgamento das contas da autora, referentes ao exercício 2013, até o julgamento final do feito ou ulterior deliberação deste juízo”.

Portando conclui-se que TETI BRITTO não encontra-se inelegível, É FICHA limpa!! A convenção da coligação que apoia a Prefeita foi realizada no último dia 5, com uma expressiva participação dos partidos e dos filiados, onde foi homologado o seu nome para registro de candidatura, conforme determina a Legislação Eleitoral, para concorrer ao cargo de prefeita de Ribeira do Amparo. Asseguramos que a decisão da convenção partidária está mantida, e sobretudo preenche todos requesitos de ELEGIBILIDADE (FICHA LIMPA).


TETIANA DE PAULA FONTES CEDRO BRITTO
Prefeita de Ribeira do Amparo

VITOR NASCIMENTO CALMON (OAB/BA 37.139)
Assessor Jurídico de Tetiana de Paula Fontes Cedro Britto

BORA FAFÁ: RELEMBRADO A HISTORIA DE RAFELLE SOUZA - FAFÁ SHOW


Rafaelle, em ação pelo Torneio Internacional de Natal: confiança na seleção brasileira

Depois de concluir o segundo grau em Cipó, a jogadora foi aprovada no vestibular para engenharia da Universidade Estadual da Bahia. Convocada para o Mundial Sub-20 da Alemanha, de 2010, conheceu a lateral-esquerda Leah Lynn, que se tornou famosa por tomar impulso para a cobrança de laterais dando cambalhotas. Filha de pais americanos, mas nascida em São Paulo, Leah mostrou a Rafaelle o caminho das pedras para poder obter uma bolsa de estudos nos Estados Unidos. "Conversava muito com ela, e ela via o meu interesse por estudar. O pai dela me indicou para a Universidade do Mississipi"


Rafaelle foi draftada pelo América-MG e participou da segunda fase do Brasileiro feminino. Depois do fim do campeonato, foi premiada como uma das melhores jogadoras

Desde pequena, Rafaelle Leone Carvalho Souza, zagueira da seleção brasileira de futebol, soube que teria que dar exemplo. Filha da professora de matemática e sobrinha da diretora da escola onde estudava, em Cipó, na Bahia, tratava de tirar boas notas. As dificuldades financeiras também a pressionaram a dividir bem o seu tempo entre a paixão pela bola e os estudos. "Eu sempre quis ter uma vida menos difícil financeiramente, vendo o aperto em que meus pais viviam. E nunca achei que ia mudar de vida jogando bola. Jogava porque gostava, na rua, com os meninos, na escola".
Os dois interesses proporcionaram a união entre o útil e o agradável. Hoje, a defensora é engenheira civil, um nível de instrução raro no futebol. "Não conheço nenhuma outra jogadora-engenheira", diz Rafaelle, hoje mais exemplo do que nunca.
A mudança foi fundamental para Rafaelle conciliar estudos e bola. "No Brasil era difícil fazer as duas coisas, porque a faculdade era em tempo integral. Concluí o curso em um ano e meio nos Estados Unidos. Gostei muito da mentalidade deles. Sabem valorizar os atletas. Quando faltava a alguma aula para competir, escalavam professores particulares para completar o conteúdo. Os laboratórios também eram de primeira".
A engenheira é muito admirada por suas colegas. "As meninas acham o máximo. Dizem que sou fera e que vão me chamar para construir a casa delas", sorri. Quando pode, Rafaelle incentiva as amigas a estudar. "Sempre recomendo que estudem, para que não fiquem sem fonte de renda quando pararem com o futebol. Com a seleção permanente, não dá mesmo para elas fazerem faculdade agora. Ao menos algumas delas fazem um curso de inglês on line, para poderem se comunicar se forem jogar no exterior".
Rafaelle nota que tem mais facilidades para entender recomendações táticas e para se concentrar nos treinos. "Para fazer algumas movimentações, você tem que estar focado, memorizar instruções. O futebol exige bastante da parte psicológica e do intelecto. As meninas demoram mais para pegar alguma coisa que o técnico fala, talvez por causa da falta de instrução. Acho que a experiência que tive estudando me ajuda no campo, sim".
Depois de se formar, Rafaelle trocou o futebol universitário pelo profissional, assinando contrato com o Houston Dash. "O futebol feminino lá tem muito apoio. Meu time universitário tinha patrocínio. Voávamos com avião particular, ficávamos em ótimos hotéis, o estádio lotava".
Atuando como meia-atacante pela Universidade do Mississipi, Rafaelle foi artilheira da Conferência Sudeste em 2013, com 22 gols
No início do ano passado, a atleta tinha um pré-contrato com o Kansas City, mas abriu mão para aceitar a convocação da seleção brasileira, que está treinando em regime permanente, concentrada num resort em Itu. No final do ano, entretanto, não conseguiu resistir a uma polpuda proposta do Changchun, da China.
"O que pesou mesmo foi a proposta financeira. É cinco vezes mais do que se ganha no Brasil. Lá a gente consegue viver do futebol. No Brasil, é complicado". Antes de aceitar a oferta chinesa, Rafaelle viveu um dilema. Ela acha que corre o risco de não ir à Olimpíada por ficar "escondida" na China. "Vou estar jogando longe. Ninguém vai me ver. E vão chamar outra jogadora para a seleção permanente, que acho que vai ficar mais perto de uma convocação".
Uma conversa com Vadão, o técnico da seleção feminina brasileira, a tranquilizou. Ademais, cerca de 30% das convocadas estão jogando no exterior. A certeza da presença na Olimpíada, no entanto, ela só poderá ter no final de junho, quando o treinador vai divulgar a lista final.
A jogadora acredita que a opção pela seleção permanente está dando resultados. "Antes a seleção dependia mais de duas ou três jogadoras mais capazes e qualificadas para resolver", diz Rafaelle, citando Marta, Cristiane e Formiga. Hoje eu vejo nosso time mais como um grupo. Claro que essas três ainda são muito importantes e nos ajudam pra caramba, mas a dependência em relação a elas diminuiu".
Esse progresso leva Rafaelle a acreditar na possibilidade de conquista de mais uma medalha olímpica, apesar de uma relativa decadência da seleção, eliminada nas oitavas de final do Mundial do Canadá, no ano passado, pela Austrália. O Brasil conseguiu a medalha de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008.
"Acho que temos condições de buscar uma medalha sim, não só pela história. Empatamos recentemente com as campeãs mundiais (Estados Unidos, em outubro, em Seattle), tendo mais posse de bola e finalização. Acho que o futebol é muito injusto e o resultado às vezes não demonstra o que se produz em campo. Fomos eliminadas pela Austrália por causa de uma única falha. Foi o único gol que tomamos no Mundial".
Talentosa no jogo aéreo, Rafaelle marcou dois gols na vitória do Brasil sobre o México por 4 a 2, na semifinal do Pan de Toronto. O Brasil conquistou o ouro
Depois dessa triste experiência e de meses de treinamento puxado na seleção permanente, Rafaelle, já aproveitando a saúde robustecida de sua conta bancária graças ao Changchun, deu uma de Mamãe Noel em Cipó, distribuindo brinquedos a crianças carentes na Escolinha de Futebol Feminino Cipoense. "Não há nada que possa me proporcionar uma alegria maior do que ver o sorriso de uma criança, que passaria o Natal em branco, recebendo um presente", diz a jogadora baiana, que pretende deixar o diploma repousando numa gaveta até pendurar as chuteiras. "Vou querer com certeza trabalhar na minha área. Gosto bastante e me dediquei muito para me formar".
Fonte Ig Esportes - Postagem: Flavinho Leone / Arildo Leone

RIBEIRA DO AMPARO: HOMEM É PRESO POR ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR CONTRA CRIANÇA DE 10 ANOS

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Um homem foi preso na tarde da última terça-feira (09/08), por volta das 14h00, na fazenda Fervente, zona rural de Ribeira do Amparo/BA, é cumprimento a uma decisão judicial que o condenou por atentado violento ao pudor ocorrido no ano de 1998.
De acordo com informações, Manoel Lima, de 56 anos, recebeu a pena de sete anos de reclusão no regime semiaberto, após ser acusado de coagir Joeline Barbosa de Souza, à época com 10 anos, para realizar diversos atos libidinosos com ele por quatro vezes, sendo a última em 05/01/1998, por volta das 16h00, na fazenda Fervente.
Manoel foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Cipó, onde aguarda transferência para um estabelecimento penal adequado. Ele foi julgado no artigo 213 do código penal, extinto após a aprovação da lei nº 12.015/09, mas que vigorava na época. Com esta modificação, o atentado violento ao pudor passou a ser considerado estupro.
Fonte: Radio Povo / Arildo Leone

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

EDUCAÇÃO: 100 erros de português frequentes no mundo corporativo, confira!

De A a Z, confira os erros de português mais frequentes no universo corporativo.
Especialistas advertem: tropeçar no português pode prejudicar a sua carreira. Mas é certo também que há erros que saltam aos olhos e há aqueles que quase passam despercebidos.

A lista de equívocos frequentes no mundo corporativo é grande e é bem provável que você já tenha cometido alguns deles. Para chegar aos 100 erros, EXAME.com consultou professores de português e também o livro de Laurinda Grion “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. De A a Z, confira os tropeços mais comuns e as dicas para nunca mais errar:

1. A/há

Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.

2. A champanhe/ o champanhe

Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.

Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional

3. A cores/ em cores

Erro: O material da apresentação será a cores
Forma correta: O material da apresentação será em cores

Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer material em cores, explica Laurinda Grion no livro "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).

4. A domicílio/ em domicílio

Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio
Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio

Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.

5. A longo prazo/ em longo prazo

Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.

Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, em curto prazo e em médio prazo.

6. A nível de/ em nível de

Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo.
Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo

Explicação: De acordo com o professor Reinaldo Passadori, o uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão "em nível de" está utilizada corretamente quando equivale a "de âmbito" ou "com status de". Exemplo: O plebiscito será realizado em nível nacional.

7. À partir de/ a partir de

Erro: À partir de novembro, estarei de férias
Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias.

Explicação: Não se usa crase antes de verbos

8. A pouco/ há pouco

Erro: O diretor chegará daqui há pouco.
Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.

Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.

9. À prazo/ A prazo

Erro: Vamos vender à prazo
Forma correta: Vamos vender a prazo.

Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina.

10. À rua/ Na rua

Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.

11. A vista/ à vista

Erro: O pagamento foi feito a vista.
Forma correta: O pagamento foi feito à vista.

Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas. Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista.

12. Adequa/ adequada

Erro: O móvel não se adequa à sala
Forma correta: O móvel não é adequado à sala.

Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em todas as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas apenas primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós adequais).

13. Agradecer pela/ agradecer a

Erro: Agradecemos pela preferência
Forma correta: Agradecemos a preferência

Explicação: O certo é agradecer a alguém alguma coisa. Exemplo: Agradeço a Deus a graça recebida.

14. Aluga-se/ alugam-se

Erro: Aluga-se apartamentos
Forma correta: Alugam-se apartamentos

Explicação: O sujeito da oração (apartamentos) concorda com o verbo.

15. Anexo/ anexa/ em anexo

Erro: Segue anexo a carta de apresentação.
Formas corretas: Segue anexa a carta de apresentação. Segue em anexo a carta de apresentação.

Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se refere, em gênero e número. A expressão em anexo é invariável. Laurinda Grion, autora de "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)" lembra que alguns estudiosos condenam o uso da expressão em anexo. Portanto, dê preferência à forma sem a preposição.

16. Ao invés de/ em vez de

Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.
Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo terminada em de normalmente.

17. Aonde/onde

Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor
Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor

Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com "onde" exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo "aonde". Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das visitas?

18. Ao meu ver/ a meu ver

Erro: Ao meu ver, a reunião foi um sucesso
Forma correta: A meu ver, a reunião foi um sucesso.

Explicação: Não existe a expressão ao meu ver. As formas corretas são: a meu ver, a nosso ver, a vosso ver.

19. Às micro/ às micros

Erro: O pacote de tributos refere-se às micro e pequenas empresas
Forma correta: O pacote de tributos refere-se às micros e pequenas empresas

Explicação: Por se tratar de adjetivo, micro é variável e por isso deve ser grafada no plural quando for o caso.

20. Através/ por

Erro: Fui avisada através de um email de que a reunião está cancelada.
Forma correta: Fui avisada por email de que a reunião está cancelada.

Explicação: “Para muitos gramáticos, através se refere ao que atravessa”, diz Vivien Chivalski, do Instituto Passadori. Prefira “pelo e-mail”, “por email”.

21. Auferir/ aferir

Erro: No fim do expediente, o gestor deve auferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.
Forma correta: No fim do expediente, o gestor deve aferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.

Explicação: Os verbos aferir e auferir têm sentidos distintos. Aferir: conferir de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular. Auferir: colher, obter, ter. Exemplo: O projeto auferiu bons resultados.

22. Aumentar ainda mais/ aumentar muito

Erro: Precisamos aumentar ainda mais os lucros.
Forma correta: Precisamos aumentar muito os lucros.

Explicação: Aumentar é sempre mais, não existe aumentar menos, conforme explica Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. Portanto são formas redundantes: aumentar mais, aumentar muito mais e aumentar ainda mais.

23. Bastante/ bastantes

Erro: Eles leram o relatório bastante vezes.
Forma correta: Eles leram o relatório bastantes vezes.

Explicação: Para saber se bastante deve variar conforme o número é preciso saber qual a classificação dele na frase. Quando é adjetivo (como no caso acima) deve variar. Exemplo: Já há provas bastantes para incriminá-lo (= provas suficientes). Se for advérbio é invariável. Exemplo: Compraram coisas bastante bonitas (= muito bonitas). Se for pronome indefinido é variável. Exemplo: Vimos bastantes coisas (= muitas coisas). Se for substantivo, não varia, mas pede artigo definido masculino: Os animais já comeram o bastante (= o suficiente).

24. Bi-campeão /bicampeão

Erro: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bi-campeão mundial, sob o comando de Telê Santana.
Forma correta: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bicampeão mundial, sob o comando de Telê Santana.

Explicação: A forma correta de usar os prefixos numéricos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta”, “hexa”, “hepta” (etc) é sem hífen. “O Novo Acordo Ortográfico nunca exigiu nem exige alteração gráfica”, diz o professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, Diogo Arrais.

25. Caiu em/ caiu

Erro: O lucro caiu em 10%.
Forma correta: O lucro caiu 10%.

Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo cair é intransitivo.

26. Chegar em/ chegar a

Erro: Chegamos em São Paulo, ontem.
Forma correta: Chegamos a São Paulo, ontem.

Explicação: o verbo exige a preposição a. Quem chega, chega a algum lugar, ou a alguma coisa.

27. Chove/ chovem

Erro: Chove emails com reclamações de clientes.
Forma correta: Chovem emails com reclamações de clientes.

Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre o singular. Mas no sentido figurado, como acontece acima, flexiona-se normalmente.

28. Comprimento/cumprimento

Erro: Entrou e não me comprimentou.
Forma correta: Entrou e não me cumprimentou.

Explicação: Comprimento está relacionado ao tamanho, à extensão de algo ou alguém. Exemplo: Não sei o comprimento da sala. Cumprimento relaciona-se a dois verbos diferentes: cumprimentar uma pessoa (saudar) e cumprir uma tarefa (realizar). Exemplos: Cada pessoa tem um jeito de cumprimentar. O cumprimento dos prazos contará pontos na competição.

29. Consiste de/ consiste em

Erro: A seleção consiste de cinco etapas.
Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas.

Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição em.

30. Continuidade/ continuação

Erro: O sindicato optou pela continuidade da greve.
Forma correta: O sindicato optou pela continuação da greve.

Explicação: Continuidade refere-se à extensão de um acontecimento. Exemplo: dar continuidade ao governo. Continuação refere-se à duração de algo. Exemplo continuação da sessão.

31. Correr atrás do prejuízo/ correr atrás do lucro

Erro: É hora de correr atrás do prejuízo.
Forma correta: É hora de correr atrás do lucro.

Explicação: Pode-se correr do prejuízo, mas nunca deve-se correr atrás dele. A forma correr atrás do prejuízo não faz o menor sentido, diz Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

32. Da onde/ de onde

Erro: Fortaleza é a cidade da onde vieram nossos colaboradores.
Forma correta: Fortaleza é a cidade de onde vieram nossos colaboradores.

Explicação: A forma de onde indica origem. Não existe a forma “da onde”.

33. Daqui/ daqui a

Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias.
Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.

Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a preposição a.

34. De encontro aos/ ao encontro dos

Erro: A sua ideia vem de encontro ao que a empresa precisa neste momento.
Forma correta: A sua ideia vem ao encontro do que a empresa precisa neste momento.

Explicação: De encontro a é estar em sentido contrário, em oposição a. Ao encontro de é estar de acordo, ideia de conformidade.

35. Debitou na/ debitou à

Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.
Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.

Explicação: quem debita, debita a.

36. Desapercebidas/ despercebidas

Erro: As mudanças passaram desapercebidas pelos nossos executivos
Forma correta: As mudanças passaram despercebidas.

Explicação: Desapercebido significa desprovido de, desprevenido. Exemplo: Não parei para cumprimenta-lo porque estava desapercebido. Despercebido significa não notado, não percebido. Exemplo: O erro passou despercebido pela equipe da redação do jornal.

37. Descrição/ discrição

Erro: Ela age com descrição.
Forma correta: Ela age com discrição.

Explicação: Descrição refere-se ao ato de descrever. Exemplo: Ela fez a descrição do objeto. (ela descreveu). Discrição significa ser discreto.

38. Descriminar/ discriminar

Erro: Descrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.
Forma correta: Discrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.

Explicação: Descriminar significa absorver, inocentar. É o que o prefixo “des” faz – indica uma ação no sentido contrário – e, nesse caso, quer dizer tirar o crime. Exemplo: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas Discriminar significa distinguir, separar, diferenciar, especificar. Isso pode ser feito com ou sem preconceito. Quando há preconceito, o sentido é de segregação. Exemplo: A discriminação racial deve ser combatida sempre.

39. Devidas providências

Erro: Peço as devidas providências.
Forma correta: Peço providências

Explicação: Trata-se de um vício de linguagem, segundo Vivien Chivalski, do Instituto Passadori - Educação Corporativa. O adjetivo (devidas) é desnecessário e redundante. “Quem pediria providências indevidas”, diz Vivien.

40. Dispor/dispuser

Erro: Se ele dispor de tempo, poderá atende-lo em breve.
Forma correta: Se ele dispuser de tempo, poderá atende-lo em breve.

Explicação: A conjugação correta do verbo dispor na terceira pessoa do singular no futuro do pretérito é se ele dispuser. A conjugação acompanha a do verbo pôr.

41. Dois por cento/ dois pontos percentuais

Erro: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2%.
Forma correta: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2 pontos percentuais.

Explicação: A queda de 10% para 8% não é de 2% e, sim, de 2 pontos percentuais.

42. E nem/ nem

Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.
Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.

Explicação: A conjunção nem significa “e não”.

43. Em conformação à/ em confirmação da

Erro: Em confirmação à minha proposta, envio os valores para execução do serviço.
Forma correta: Em confirmação da minha proposta, envio os valores para execução do serviço.

Explicação: Confirmação é um substantivo feminino que pede a preposição “de”.

44. Em mãos/ em mão

Erro: O envelope deve ser entregue em mãos.
Forma correta: O envelope deve ser entregue em mão.

Explicação: Ninguém escreve a mãos, nem fica em pés. O correto é em mão, cuja abreviatura é E. M.

45. Em vias de/ em via de

Erro: Estou em vias de finalizar o projeto.
Forma correta: Estou em via de finalizar o projeto.

Explicação: A locução é “em via de” e significa “a caminho de”, “prestes a”.

46. Eminente/ iminente

Erro: A falência é eminente.
Forma correta: A falência é iminente.

Explicação: Eminente é um adjetivo que significa alto, grande, elevado, saliente, pessoa importante, notável. Exemplos: Era um eminente orador. A montanha eminente surge na paisagem. Iminente também é um adjetivo e indica que algo está prestes a acontecer. Exemplo: A sua morte é iminente.

47. Ensinar a executarem/ ensinar a executar

Erro: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executarem as tarefas.
Forma correta: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executar as tarefas.

Explicação: Não se flexiona infinitivo com preposição que funcione como complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal. Exemplo: As mulheres conquistaram o direito de trabalhar fora de casa.

48. Entre eu e ele/ entre mim e ele

Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo.
Forma correta: Entre mim e ele não já conversa nem acordo.

Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito (ou predicativo do sujeito) e não de complemento.

49. Falta/faltam

Erro: Falta 30 dias para minhas férias começarem
Forma correta: Faltam 30 dias para minhas férias começarem.

Explicação: O verbo deve concordar com o sujeito da frase. Laurinda Grion, autora de “Os erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, ensina um macete para encontrar o sujeito: “pergunte, antes do verbo, quem é que...? (para pessoas) ou que é que...? (para coisas)”. No exemplo acima a resposta é: 30 dias faltam.

50. Fazem /faz

Erro: Fazem oito semanas que fui promovida.
Forma correta: Faz oito semanas que fui promovida.

Explicação: Verbo fazer quando sinaliza tempo que passou fica na 3ª pessoa do singular.

51. Fazer uma colocação/ emitir uma opinião

Erro: Deixe-me fazer uma colocação a respeito do tema da reunião.
Forma correta: Deixe-me emitir uma opinião a respeito do tema da reunião.

Explicação: o padrão formal é emitir uma opinião e não fazer uma colocação, embora esta seja uma forma bastante usada.

52. Ficou claro/ ficou clara

Erro: Ficou claro, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.
Forma correta: Ficou clara, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.

Explicação: A necessidade de corte de gastos é o que ficou clara, durante a reunião.

53. Foi assistida/ assistiu à

Erro: A palestra foi assistida por muita gente
Forma correta: Muita gente assistiu à palestra.

Explicação: Verbo assistir no sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto e a voz passiva só admite verbos transitivos diretos.

54. Fosse... comprava/ fosse...compraria

Erro: Se eu fosse você eu comprava aquela gravata.
Forma correta: Se eu fosse você eu compraria aquela gravata.

Explicação: Atente à correlação verbal. Imperfeito do subjuntivo (se eu fosse) é usado com o futuro do pretérito (compraria).

55. A grosso modo/ grosso modo

Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.
Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.

Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.

56. Guincho/guinchamento

Erro: Sujeito a guincho
Forma correta: Sujeito a guinchamento

Explicação: Guincho é o veículo que faz a ação, isto é, o guinchamento.

57. Há 10 anos atrás/ há 10 anos

Erro: Há 10 anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.
Formas corretas: Há 10 anos, eu decidi comprar um imóvel. Dez anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.

Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase. O verbo haver impede a palavra atrás em seguida sempre que estiver relacionado a tempo, à ação que já se passou. Há, portanto, duas formas corretas para a frase: “há dez anos” ou “dez anos atrás”.

58. Hora/ora

Erro: Você pediu minha decisão, por hora ainda não a tenho.
Forma correta: Você pediu minha decisão, por ora ainda não a tenho.

Explicação: A expressão “por hora”, quando escrita com a letra “h”, refere-se ao tempo, a marcação em minutos. Exemplo: O carro estava a cento e vinte quilômetros por hora. A expressão “por ora”, quando escrita sem o “h”, dá a ideia de no momento ou agora. É um advérbio de tempo, expressa sentido de por enquanto, no momento, atualmente. Exemplo: “Por ora estou muito ocupado”.

59. Horas extra/ horas extras

Erro: Você deverá fazer horas extra para terminar o relatório.
Forma correta: Você deverá fazer horas extras para terminar o relatório.

Explicação: Neste caso, extra é um adjetivo e, portanto, é variável.

60. Houveram/houve

Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.

Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.

61. Implicará em/implicará

Erro: A sua atitude implicará em demissão por justa causa.
Forma correta: A sua atitude implicará demissão por justa causa.

Explicação: o verbo implicar, quando é transitivo direto, significa “dar a entender”, “pressupor” ou “trazer como consequência”, “acarretar”, “provocar”. E se a transitividade é direta, isso quer dizer que não pede preposição.

62. Independente/ independentemente

Erro: Independente da proposta, minha resposta é não.
Forma correta: Independentemente da proposta, minha resposta é não.

Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O enunciado acima pede o advérbio.

63. Insisto que/ insisto em que

Erro: Insisto que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.
Forma correta: Insisto em que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.

Explicação: O verbo insistir é transito indireto, quando objeto for uma coisa usa-se a preposição em e a preposição com aparece quando há referência a uma pessoa. Exemplo: Insisto nisso com o diretor.

64. Junto a/ no/ ao

Erro: Solicite junto ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.
Forma correta: Solicite ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.

Explicação: As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam "perto de", "ao lado de". Não cabem na frase acima. Para você lembrar, não desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma dívida junto aos credores e sim com os credores Evite empregar a expressão “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conseguimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”, indica Vivien Chivalski, facilitadora do do Instituto Passadori - Educação Corporativa.

65. Maiores informações/ mais informações

Erro: Caso precise de maiores informações, entre em contato conosco.
Forma correta: Caso precise de mais informações, entre em contato conosco.

Explicação: Conforme explica Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “maior” é comparativo, não deve ser utilizado nesse caso.

66. Mal/ mau

Erro: Era um mal funcionário e foi demitido.
Forma correta: Era um mau funcionário e foi demitido

Explicação: Reinaldo Passadori, professor e CEO do Instituto Passadori, explica que mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber ouvir”.

67. Mal humorado/ mal-humorado

Erro: Estava mal humorado e isso afetou a todos da equipe.
Forma correta: Estava mal-humorado e isso afetou a todos da equipe.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educaional, explica que as formações vocabulares com MAL- exigem hífen caso a palavra principal inicie-se por vogal, h ou l: mal-estar, mal-empregado, mal-humorado, mal-limpo.

68. Mão-de-obra/ mão de obra

Erro: A falta de mão-de-obra qualificada é um dos gargalos da economia brasileira.
Forma correta: A falta de mão de obra qualificada é um dos gargalos da economia.

Explicação: Com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção) não se usa hífen, segundo Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori de Educação Corporativa.

69. Meio-dia e meio/ meio-dia e meia

Erro: Entregarei o relatório ao meio-dia e meio.
Forma correta: Entregarei o relatório ao meio-dia e meia.

Explicação: O termo meio pode ter duas funções: adjetivo e advérbio, segundo explica Laurinda Grion no livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer). Quando advérbio, meio quer dizer “um pouco” e é invariável. Quando adjetivo, meio quer dizer “metade de” e é variável, ou seja, concorda com o termo a que se refere.

70. No aguardo/ ao aguardo

Erro: Fico no aguardo da sua resposta.
Forma correta: Fico ao aguardo da sua resposta.

Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de”, segundo Laurinda Grion, autora do livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).

71. No ponto de/ a ponto de

Erro: A demanda da chefia é tão alta, que estou no ponto de mandar tudo às favas.
Forma correta: A demanda da chefia é tão alta, que estou a ponto de mandar tudo às favas.

Explicação: Para dar a ideia de estar “prestes a”, “na iminência de”, use a expressão “a ponto de”, indica Laurinda Grion.

72. O mesmo/ele

Forma correta: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar.

Explicação: De acordo com Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “o mesmo” não serve para substituir uma palavra anteriormente dita. Quem está nas empresas, portanto, deve preferir os pronomes ele(s) ou ela(s), cuidando para adequar a partícula “se” à nova sentença.

73. Onde/ em que

Erro: Vamos à reunião onde decidiremos os rumos da companhia.
Forma correta: Vamos à reunião em que decidiremos os rumos da companhia.

Explicação: de acordo com Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, reunião não é lugar e as palavras onde e aonde se referem apenas a lugares. Prefira “a reunião em que” ou “na qual decidiremos sobre”.

74. O quanto antes/ quanto antes

Erro: Voltarei ao escritório o quanto antes.
Forma correta: Voltarei ao escritório quanto antes.

Explicação: Antes da locução adverbial “quanto antes” não se usa artigo definido “o”, diz Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

75. Parcela única/ de uma só vez

Erro: O pagamento será feito em parcela única.
Forma correta: O pagamento será feito de uma só vez.

Explicação: Parcela significa parte de um todo, diz Laurinda Grion. Logo se não há parcelamento, o certo é dizer “de uma só vez”.

76. Por que / porque

Erro: Não a vi ontem por que eu estava fora da cidade.
Forma correta: Não a vi ontem porque eu estava fora da cidade.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica: porque é uma conjunção e serve para ligar duas ideias, duas orações. É usado ando a segunda parte apresenta uma explicação ou causa em relação à primeira. A forma “por que” é um advérbio interrogativo de causa e é usada quando pedimos por uma causa ou motivo. Caso mais incomum para o uso da forma “por que” é quando ela pode ser substituída por “para que”, “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, pelas quais. Exemplos: Lutamos por que (para que) a obra terminasse antes da inauguração. Este é o caminho por que (pelo qual) passamos.

77. Porquê/ por quê

Erro: A diretriz mudou, não sei porquê.
Formas corretas: A diretriz mudou, não sei por quê. A diretriz mudou, não sei o porquê.

Explicação: Segundo explicação de Viven Chivalski, “porquê” substitui as palavras razão, causa ou motivo. É um substantivo e, como tal, tem plural e pode vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. A palavra geralmente é antecedida de artigo “o” ou “um”.
Use a expressão “por quê” quando ela estiver no fim da frase. Alguns autores dizem que isso vale também quando houver uma pausa, uma vírgula, não importa que seja pergunta ou não, diz Vivien. Exemplos: Não aprovaram a proposta e não sabemos por quê. Não temos o resultado da concorrência. Por quê? Não sabemos por quê, onde e quando tudo aconteceu.

78. Penalizado/ punido

Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.

Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir, indica Laurinda Grion.

79. Por causa que/ porque/ por causa de

Erro: Não fui à aula por causa que está chovendo muito.
Formas corretas: Não fui à aula porque está chovendo muito. Não fui à aula por causa da chuva.

Explicação: O certo é usar “porque” ou “por causa de”.

80. Por cento veio/ por cento vieram

Erro: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede.
Forma correta: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.

Explicação: Números percentuais exigem concordância.

81. Precaver/ prevenir

Erro: É importante que a empresa se precavenha contra invasões.
Forma correta: É importante que a empresa se previna contra invasões.

Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações. No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precavemos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo.

82. Precisam-se/ precisa-se

Erro: Precisam-se de bons vendedores.
Forma correta: Precisa-se de bons vendedores.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica que sempre que houver uma preposição depois do pronome “se” (de, por, para, com, em, etc.) não haverá plural, apenas singular. Exemplo: Trata-se de ideias inovadoras.

83. Prefiro ... do que/ prefiro... a

Erro: Prefiro sair mais tarde do trabalho do que ficar parado no trânsito.
Forma correta: Prefiro sair mais tarde do trabalho a ficar parado no trânsito.

Explicação: Não há necessidade do comparativo “do que” porque, conforme a explicação de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, não há comparação. “Não há necessidade de palavras como mais, mil vezes, do que”, diz o professor.

84. Preveram/ previram

Erro: Os analistas preveram tempos de crise.
Forma correta: Os analistas previram tempos de crise.

Explicação: A conjugação do verbo prever segue a do verbo ver. Logo, se o certo é dizer eles viram, é certo dizer eles previram.

85. Quadriplicar/ quadruplicar

Erro: O número de funcionários quadriplicou no ano passado.
Forma correta: O número de funcionários quadruplicou no ano passado.

Explicação: Quádruplo é o numeral e significa multiplicativo de quatro, quantidade quatro vezes maior que outra. Quadruplicação, quadruplicar e quádruplo são as formas corretas, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria comete)”, da editora Saraiva.

86. Qualquer/ nenhum

Erro: Informo-lhes que não mantenho qualquer tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.
Forma correta: Informo-lhes que não mantenho nenhum tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.

Explicação: De acordo com a explicação de Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, qualquer é pronome de sentido afirmativo. “Logo, em construções negativas, deve-se empregar nenhum”, diz Laurinda, no livro.

87. Quantia/ quantidade

Erro: Informe a quantia exata de itens no estoque.
Forma correta: Informe a quantidade de itens no estoque.

Explicação: Usa-se quantia para dinheiro e quantidade para coisas, diz Laurinda Grion.

88. Que preciso/ de que preciso

Erro: Os documentos que preciso estão na gaveta.
Forma correta: Os documentos de que preciso estão na gaveta.

Explicação: O verbo precisar pede a preposição “de”, explica Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori.

89. Reaveu/reouve

Erro: A homenagem reaveu nossa motivação.
Forma correta: A homenagem reouve nossa motivação.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, explica que o pretérito perfeito de reaver é reouve. Gramaticalmente, o verbo REAVER é defectivo, só se conjuga nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

90. Responder o/ responder ao

Erro: Vou responder o email daqui a pouco.
Forma correta: Vou responder ao email daqui a pouco.

Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta, é sempre indireta, ou seja, pede a preposição “a”.

91. Retificar/ ratificar

Erro: O homem retificou as informações perante o juiz.
Forma correta: O homem ratificou as informações perante o juiz

Explicação: Reinaldo Passadori explica o significado dos verbos ratificar e retificar. “Ratificar, do latim medieval, possui os seguintes significados: confirmar, reafirmar, validar, comprovar, autenticar. Retificar, também do latim com base na palavra rectus, se refere ao ato de corrigir, emendar, alinhar ou endireitar qualquer coisa”, explica o professor Passadori.

92. Rúbrica/ rubrica

Erro: Ponha a sua rúbrica em todas as páginas do relatório, por favor.
Forma correta: Ponha a sua rubrica em todas as páginas do relatório, por favor.

Explicação: Rubrica é paroxítona, sem acento.

93. Senão/ se não

Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta.
Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta.

Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só palavra) tem vários significados, segundo explicação de Laurinda Grion: do contrário, de outra forma, aliás, a não ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também, defeito, erro, de repente, subitamente.

94. Seríssimo/ seriíssimo

Erro: O problema é seríssimo.
Forma correta: O problema é seriíssimo.

Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante possuem o superlativo com ii, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

95. Somos em/ somos

Erro: No escritório, somos em cinco analistas.
Forma correta: No escritório, somos cinco analistas.

Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.

96. Tão pouco/ tampouco

Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol.
Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol

Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode significar: também não, nem sequer e nem ao menos.

97. Vem/ veem

Erro: Eles vem problemas em todas as inovações propostas
Forma correta: Eles veem problemas em todas as inovações propostas.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, mostra as conjugações no presente do verbo ver: ele vê (com acento), eles veem (sem acento, segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Exemplos: Ele vê os filhos aos sábados. Eles veem o pai uma vez por semana. O verbo vir, no presente, é conjugado assim: ele vem, eles vêm (com acento). Ele não vem sempre aqui. Eles vêm a São Paulo uma vez por ano.

98. Vir/ vier

Erro: Se ele não vir amanhã, vai perder mais uma reunião importante.
Forma correta: Se ele não vier amanhã, vai perder mais uma reunião importante.

Explicação: No caso do verbo vir, temos as seguintes formas no futuro do subjuntivo, explica Vivien Chivalski: quando eu vier, ele vier, nós viermos, eles vierem.

99. Visar/ visar a

Erro: Augusto visa o cargo de diretor comercial da empresa.
Forma correta: Augusto visa ao de diretor comercial da empresa.

Explicação: Visar com o sentido de pretender é transitivo indireto, isto é, exige a preposição “a”.

100. Zero horas/ zero hora

Erro: O novo modelo entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: O novo modelo entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.

Explicação: O adjetivo composto zero-quilômetro é invariável, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

Fonte: Portal FBDE
Post. Eloídes Nunes.


Modernos! Professores inovam e aderem ao Snapchat para incentivar alunos

Dez segundos. É do que precisa o professor de Química Victor Benevides para lançar,  para mais de cinco mil estudantes,  um desafio. Melhor, um Snap Desafio. Os avessos à tecnologia dificilmente saberão do que se trata. Mas os seguidores dele sabem que terão 24 horas para visualizar e responder ao teste. É que no Snapchat, aplicativo com mais de 150 milhões de usuários ativos no mundo – o Twitter já ficou para trás, com 136 milhões –, os vídeos e fotos  postados expiram em 24 horas.  O app já virou ferramenta de estudo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
E dá pra estudar assim? – perguntam os mais conservadores. O professor Victor, que dá aulas de Química na Fundação Baiana de Engenharia, no colégio e cursinho Galileu (Itabuna) e no curso Universitário, em Salvador, garante que sim. “Não a aula completa, mas dicas. A gente brinca que vai ser uma ‘snapdica’, um conselho, uma palavra de conforto, de superação, quase um coach e obviamente tudo relativo à Química”, aponta. 
O professor Victor Benevides vai para um laboratório gravar os vídeos para o Snapchat: experimentos viram dicas e desafios para os alunos (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)
O resultado é que, em média, 800 estudantes visualizam cada um dos pequenos vídeos postados pelo professor desde 2014. Ele conta que criou a conta por indicação dos próprios alunos. Além das dicas, aos poucos vão surgindo aulas. A ideia é, de 10 em 10 segundos, repassar o conteúdo. “Já surgiram este ano aulas além das dicas. É uma nova forma da gente interagir com o aluno. Querendo ou não, você reforça o conteúdo dado em sala de aula nas redes sociais e tem funcionado. O retorno deles é positivo”, completa Victor, que grava os vídeos num laboratório.
E ele não é o único. O CORREIO mapeou sete contas no Snapchat em que professores e pedagogos dão dicas, convidam para desafios e incentivam o estudo para os seus seguidores. O que faz dar certo é o fato de o Snapchat ser a nova febre entre os jovens –  as publicações desaparecerem a cada 24 horas, o que faz com que eles corram para ver assistir e se sintam mais à vontade na hora de postar.
O Descomplica, curso pré-vestibular e Enem com aulas online, garante ter milhares de visualizações por snap – ou postagem.
“A gente faz dicas de professores, manda informações de bastidores. Eles pedem dicas e, no final, vamos ter um minuto de vídeo, mas vamos cortando ou postamos a foto de uma fórmula. É perfeitamente possível”, diz a gerente de Marketing do Descomplica, Maria Fernanda Borsatto.
LinguagemAs responsáveis pelo canal SOS Tenho Prova, Roberta Bento e Taís Bento – mãe e filha – contam que foi depois de entrar para o Snapchat que passaram a ser convidadas para dar palestras para estudantes. Antes disso, Roberta, que é formada em Letras, e Taís, pedagoga, mantinham o projeto Socorro! Meu filho não Estuda – e por meio dele falavam com pais e professores. Mas os que o público queria é que as duas falassem com os alunos.
Taís e Roberta Bento, do SOS Tenho Prova: app é complementar (Foto: Divulgação)
“Descobrimos que usando o canal e a linguagem que eles acreditam, eles assimilam e gostam de receber o conteúdo. Essa é uma descoberta que faz muita diferença. Todo mundo tenta falar com o jovem, mas querendo usar o canal que é bom para o pai ou o professor. Mas dentro da linguagem dele, trazendo dicas de alta aplicação, foi uma conquista para aprendizagem”, explica Roberta.
A conta estourou há três meses. E, além de dicas, as duas recebem o retorno dos estudantes – são cerca de 200 mil visualizações por semana e pelo menos 50% do público está estudando para o Enem, segundo Roberta. “Além de mandar dúvidas, botam os resultados, voltam para contar a  nota da prova”, completa a pedagoga Taís. É ela quem grava os vídeos diários – alguns contam com a participação da mãe.
AdequaçãoAluna do 3º ano do Colégio Galileu, em Itabuna, a estudante Stefane Neves, 17 anos, começou a acompanhar o Snapchat do professor Victor no início do ano. “Ele posta vídeos de experiências. As reações que a gente não consegue ver na sala, ele mostra na prática pelo Snap. Quando a gente vai responder questões, a gente lembra dos vídeos”, diz.
Stefane, que quer cursar Medicina, conta que já começou a procurar outros professores que utilizam o app. Uma das alternativas para ela pode ser o professor de Espanhol Danilo Santiago, do Colégio oficina, em Salvador.
Antes ‘peixe fora d’água’, agora Danilo é ativo no app. “Me senti um estranho, porque ou quem tinha era artista ou aluno. Mas é legal a coisa do aluno ver a gente, aproxima”, diz.
Para especialista, Snap  não pode ser deixado de ladoPara o professor Edvaldo Couto, pós-doutor em Educação e um dos coordenadores do grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Snapchat é uma ferramenta que pode e deve ser utilizada por professores e alunos para estudos e preparação de avaliações como o Enem. “Vivemos em estado de urgência, no fluxo das narrativas em tempo real. A era das conectividades, com usos intensos de tecnologias móveis, nos coloca no centro das dinâmicas velozes da instantaneidade. O Snapchat é um desses ambientes. É mais um aliado da educação que não pode ser deixado de lado na cultura digital”, explica.
Mas é preciso aliar o uso do Snap às outras formas de estudar. “Ele não deve substituir a sala de aula, as aulas, as orientações de professores, o convívio dos colegas, outros ambientes de rede onde se arquiva tudo que foi postado”, diz. Para Taís Bento, do SOS Tenho Prova, o Snapchat aproxima professor e aluno, mas há limites. “Ele vai ter que deixar o celular de lado em algum momento”, diz.

Thais Borges e Clarissa Pacheco (mais@correio24horas.com.br)

7 exemplos de como os formadores de opinião tratavam o impeachment nos tempos de Collor

23 anos. É o espaço que separa os protestos pedindo o impeachment de Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff.
Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde a redemocratização, foi também o primeiro presidente a sofrer um processo de impeachment na história do país. A denúncia que lhe derrubou, em 1992, foi aceita pelo Congresso com base num conjunto de evidências que indicavam que não havia como ele não saberdos casos de corrupção envolvendo PC Farias, seu tesoureiro de campanha. Apesar dos indícios, no entanto, não havia qualquer prova irrefutável contra o ex-presidente, que acabou inocentado posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal. Seu impeachment, como jamais foi negado por seus opositores, foi obra política – como é praxe nos processos de impeachment nos países democráticos. Collor havia perdido legitimidade para governar, deixando o país paralisado, completamente entregue aos apuros que seu governo havia criado. Mesmo eleito pelo voto, sua queda, à luz da história, foi justa e inevitável.
Dilma é a presidente mais rejeitada da história. Seu governo não é aprovado por 92% da população brasileira e mais de 2/3 do país pede seu impeachment – número que mesmo Fernando Collor jamais enfrentou. Envolta na pior crise econômica desde a saída de Collor, e em casos de corrupção que abalam seu tesoureiro de campanha, estatais e o primeiro escalão de seu partido, seu governo é mais rejeitado entre os mais pobres do que entre os mais ricos – segundo as últimas pesquisas de opinião69% dos que ganham até 2 salários mínimos são a favor do impeachment, contra 59% dos que ganham acima dos 10 salários (25% dos mais pobres são contra ante 39% dos mais ricos). Da mesma forma, mais mulheres pedem o impeachment do que homens – 67% delas ante 65% deles. 
Apesar das proximidades entre Collor e Dilma, da rejeição, das crises políticas e econômicas e da falta de legitimidade envolvendo ambos os governos, seus tratamentos são bem distintos por aqueles que pretendem formar opinião no país. Classe artística, imprensa, sindicatos, comediantes… Para Collor, não havia divisão: impeachment era uma palavra carregada de consciência democrática e vontade popular; uma expressão sagrada. Para Dilma, carrega meia tonelada de golpismo, elitismo e desrespeito ao voto; virou palavra maldita, discurso subversivo, pecado. 
Aqui, 7 exemplos de como os formadores de opinião mudam seus critérios de julgamento político a bel-prazer.

1) PARA LULA, INDEPENDENTE DO VOTO, POLÍTICOS QUE NÃO CUMPRISSEM SUAS PROMESSAS DE CAMPANHA DEVERIAM SER DESTITUÍDOS.

Há duas décadas, Lula foi uma das grandes estrelas do movimento que derrubou Collor da presidência. Convocou a militância para ir às ruas, organizou politicamente o impeachment. Para ele, ou o Congresso votava o impeachment ou ficava desacreditado. Segundo o ex-presidente, a crise que vivia o país só se resolveria com “a saída do governo” e o impeachment era, antes de qualquer coisa, uma questão de pressão política.
Anos mais tarde, ao comentar sobre o momento num programa de televisão, disse:
“Pela primeira vez na América Latina, o povo brasileiro deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege um político, destituir esse político. Eu peço a Deus que nunca mais esqueça essa lição. Aliás, na Constituinte nós defendíamos uma tese de que na hora que o povo vota num candidato a deputado ou vereador, e depois de um determinado tempo esse vereador não está cumprindo com aquilo que era o programa durante a campanha, que os mesmos eleitores que elegeram a pessoa poderiam destituir a pessoa. Se a gente conseguisse isso, seria a salvação da lavoura nesse país.”
Essa ideia era tão evidente que seu partido também pediria, em quatro ocasiões distintas, o impeachment do presidente Fernando Henrique Cardoso. Além dele, e pouco lembrado atualmente, apesar do curto tempo de mandato, o PT também pediria impeachment do presidente Itamar Franco. Antes, já havia organizado, em 1988, o movimento Fora Sarney.
Em suma, o partido que acusa atualmente o impeachment de ser um ato golpista, pediu o impeachment de absolutamente todos os presidentes eleitos desde a redemocratização.

2) JÔ SOARES NÃO TRATAVA O IMPEACHMENT COMO GOLPE.

Se hoje Jô Soares trata o impeachment de Dilma como golpe, justificando seus votos recebidos, no tempo de Collor, o comediante possuía uma percepção completamente diferente. Além de ser um dos principais críticos do ex-presidente através do humor – o que mais tarde lhe renderia o livro Humor nos Tempos do Collor – seu programa era palco constante de oposicionistas do governo e de discursos que hoje certamente interpretaria como golpistas. Um de seus entrevistados poucos dias antes da queda do ex-presidente, Ulysses Guimarães, disse sob aplausos e olhares de admiração, combatendo a ideia de que Collor seria inimputável por ter sido eleito pelo voto:
“(…) quem irrevogavelmente lavrou essa sentença é o povo. Porque ele [Collor] foi eleito, mas a dimensão de uma eleição é menor do que a de um plebiscito. A praça pública é maior do que na urna. Você sabe que na praça pública as praças estão cheias, as ruas, as praças públicas, nós temos lá a infância, temos o velho com o seu bastão, os estrangeiros. Portanto, se ele foi eleito, ele foi agora repudiado pela praça pública. Ele foi repudiado da Presidência da República. Não é mais presidente. É o Fernando. É o Fernandinho.”
Para Ulysses Guimarães, o ex-presidente já não possuía mais legitimidade e por isso deveria ser destituído. O deputado usou o espaço para convocar a população a aderir ao impeachment.
“Este Collor é um chicharro. Ele morreu civicamente, morreu no respeito da nação e não acredita que morreu. É um fantasma. E a Casa da Dinda está cheia de fantasma. Ele é um fantasma com esses fantasmas todos. Mas é um fantasma que aumenta a inflação, é um fantasma que aumenta o desemprego, que faz a queda das bolsas e lameia o nome do Brasil lá fora. Então temos que exorcizar esse fantasma. E vamos exorcizá-lo de acordo com a nação no dia 29 – anotem os brasileiros esse dia. 29, terça-feira, deste mês. Vamos acabar com esse fantasma pra não nos aborrecer mais, criar mais problema, mais fome, mais miséria neste país.”
A televisão era um palco aberto para o impeachment, sobre os olhares admirados de Jô Soares.

3) O HUMOR ERA UM ALIADO CONTRA O GOVERNO.

Atualmente, o papel crítico do humor em relação ao governo é desempenhado mais em função dos incontáveis anônimos da grande web, que entopem as redes sociais com vídeos e imagens contrários ao governo, do que por comediantes profissionais, em cartaz no palco e na televisão.

Mas no tempo de Collor a situação era completamente diferente. Se figuras como Jô Soares, Millôr Fernandes e Luis Fernando Veríssimo usavam o humor para questionar Collor e pressionar sua queda através dos jornais e da literatura, humorísticos como o Casseta & Planeta desempenhavam o mesmo papel na televisão. Às vésperas do impeachment, vestindo um modelito tomara-que-caia, a trupe entrevistava figuras como Lula, José Dirceu e Jair Bolsonaro em contagem regressiva para a queda. O humor não tinha vergonha em ridicularizar aquilo que era naturalmente ridículo.

4) OS SINDICATOS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS PRESSIONAVAM A QUEDA.

Impeachment
Fora Collor foi um movimento organizado por grupos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), DCEs, centros acadêmicos, sindicatos e movimentos sociais. Dentre os grupos, uma voz se destacava – a de Lindbergh Farias, então presidente da UNE. Na televisão, o líder estudantil ameaçava colocar o povo na rua caso o Congresso não aprovasse o impeachment.
“Todo mundo sabe que se o Congresso tirar a posição de não aprovar o impeachment está colocando o país num grande impasse. Porque o presidente Collor não tem mais condições de representar nem dentro do país, nem fora do Brasil. E também vai ficar provado para a população brasileira que o fisiologismo político do “é dando que se recebe”, o esquadrão da morte, foi o vencedor. (…) É escândalo atrás de escândalo. Então eu acho que é isso que está motivando as pessoas a irem para as ruas. Eu fico tranquilo porque eu estou do outro lado do Collor, eu estou nas ruas com o povo, eu estou nas ruas com as pessoas que querem as mudanças, então eu fico tranquilo nesse aspecto. Nós da UNE já temos uma posição tomada: se não for aprovado o impeachment, nós vamos chamar o povo para as ruas, vamos apoiar a iniciativa dos trabalhadores de greve geral e vamos tentar chamar todo mundo pra rua.”
Lindbergh, agora senador pelo PT, está na lista dos políticos que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Vinte anos depois, afirma que quem protesta contra Dilma é uma minoria golpista que defende a volta da ditadura militar e ameaça convocar os movimentos sociais para defender o governo.
“É hora de olhar para os movimentos sociais: só vocês podem impedir esse golpe que está em curso. Tem que ser desmascarado. É uma conspiração aberta pra tentar derrubar uma presidente eleita legitimamente. E eu falo porque, se eles vierem com aventura, não esperem de nós covardia. Se eles vierem com essa aventura golpista, nós vamos responder nas ruas.”
Com a mudança de lado, resta saber se agora Lindbergh terá Collor, aliado do governo – e que já está ao seu lado nas manchetes de corrupção – ao seu lado também protestando contra o impeachment.

5) BOA PARTE DOS ARTISTAS APOIAVAM PUBLICAMENTE O IMPEACHMENT.

Se hoje a maioria esmagadora dos artistas se calam em relação aos problemas enfrentados pelo país, no início dos anos 90 a situação era radicalmente oposta. No palco do programa com a maior audiência do país, Lulu Santos defendia a queda de Collor – e do único estilo musical que havia lhe apoiado.
“A última vez que eu estive nesse programa com você, onde a gente tem realmente espaço para expressar a opinião da gente e ter o retorno disso na medida em que as pessoas estão aqui, e isso está acontecendo na hora, era um dia antes das eleições para presidente e eu manifestei, junto com a sua audiência, com a sua platéia, através do seu programa, a minha vontade eleitoral, e eu disse – olê, olê, olê, olá, Lula, Lula. Infelizmente, nem todo Brasil correspondeu a essa coisa progressista que o Rio de Janeiro tem, onde aquele candidato do PT na época teve 70% da votação. E acabou o país investindo na caretice de achar que aquele rapaz que tinha uma aparência dita bonitinha, com aquela gravatinha, queria trazer algum benefício para esse país. Foi caretice da parte da gente ter votado nele, ter acreditado naquele discurso, porque era simples: a gente tinha um homem loiro, alto, rico, extremamente rico, de classe dominante, e do outro lado um brasileiro, que fala mal, que se expressa com dificuldade, mas que é o mais legítimo representante do povo brasileiro. Infelizmente, o povo brasileiro tendeu pro outro lado. Como essa coisa agora está dando uma demonstração clara de que pode vir a acabar do jeito que eu sempre imaginei que ia acabar… (…) No momento, eu estou me sentindo com a tranquilidade dos profetas. Eu sempre percebi que isso ia acabar mal.
A gente fez duas escolhas, mais ou menos, naquela época. Eu lembro bem que saía nos jornais, normalmente na Folha de São Paulo, que o atual presidente da República [Collor], que está enfrentando um processo de impedimento, dizia que quando ele chegasse ao poder iria instituir o que ele chamava de Ministério da Vingança. Naquela época, os artistas que são da minha geração, do meu feitio – Lobão, Paralamas, Legião, enfim, as pessoas do rock nacional; e os artistas de uma forma geral, os cineastas, os diretores de teatro, Chico, Caetano, Gil, quem fosse – todos não deram apoio à candidatura desse presidente. Quem deu apoio à candidatura, e eu não vou falar nomes, mas são as pessoas filiadas ao que se chama de música sertaneja, que eu chamo de música breganeja. Eu tenho pavor desse tipo de música, embora eu acho que haja espaço pra tudo que for desejado acima de tudo pelo público. Só queria lembrar vocês que houve quem desejasse Fernando Collor e houve quem desejasse essa música sertaneja. Eu acho que a música sertaneja foi a trilha sonora dessa malfadada administração. Eu gostaria que uma fosse embora junto com a outra. Muito obrigado.”
Passadas duas décadas, salve raras exceções, a classe artística prefere manter o silêncio em relação à crise política no país. Poucos questionam publicamente o momento conturbado – apesar da rejeição recorde da presidente -, quando não elogiam e servem de peça de propaganda para o governo, como fez Marieta Severo há pouco tempo no mesmo palco em que Lulu Santos pediu a saída de Collor.

6) A TELEVISÃO BRINDOU O IMPEACHMENT AO SOM DE “ALEGRIA, ALEGRIA”.

Era dessa forma que o Jornal Nacional, principal veículo de informação do país, encerrava sua edição de comemoração pelo impeachment de Fernando Collor – ao som de Alegria, Alegria, de Caetano Veloso. A derrocada do ex-presidente era uma vitória do país. E a edição, como não haveria de ser diferente, assumiu um tom histórico e ufanista.
Na abertura do noticiário, era dessa forma que Cid Moreira e Sérgio Chapelin davam início à transmissão:
“Uma terça-feira histórica para o Brasil. Pela primeira vez a Câmara autoriza o Senado a julgar o Presidente da República num processo de impeachment. O voto que mexeu com o Brasil todo veio de Minas Gerais. Multidões em todo território nacional saíram às ruas de olho na votação histórica que acabou em festa. O Jornal Nacional está começando.”
Uma pequena revolução tomou conta do país. E a televisão estava ao seu lado.

7) A IMPRENSA TRATOU O IMPEACHMENT COMO UMA “VITÓRIA DA DEMOCRACIA”.

folha
Se atualmente jornais como O Globo lançam editoriais questionando a ideia de impeachment e chamando a oposição de “inconsequente” – ao mesmo tempo em que são esdruxulamente acusados de golpistas pelos simpatizantes do governo -, se hoje a imprensa acredita que a crise “deveria aproximar os políticos responsáveis de todos os partidos para dar condições de governabilidade ao Planalto”, seu papel foi fundamental para a saída de Fernando Collor há mais de vinte anos.
Durante semanas, Collor foi questionado, acusado, criticado e o impeachment convocado como uma festa popular por uma imprensa que desempenhava, sem o menor pudor, seu papel crítico de quarto poder – acertadamente, diga-se de passagem. O que ontem, porém, era chamado de “vitória da democracia”, hoje é tido como golpe inconsequente; uma palavra maldita, proibida, inconstitucional.
Imprensa, classe artística, movimentos sociais, sindicatos: se a maioria esmagadora da população brasileira não legitima o atual governo, os formadores de opinião tratam de fazê-lo. Um lado está certo. O outro inevitavelmente prestará contas à história.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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