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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Internautas denunciam personagem racista do programa ‘Pânico na Band’

Programa é acusado de racismo
Com direito a “black face”, o personagem interpretado por Eduardo Sterblitch se comporta como um selvagem, ridiculariza religiões de matriz africana e faz danças e gestos que remetem a um macaco; preconceito repercutiu até em jornal senegalês: “O Brasil é um país racista? Veja como eles riem dos africanos!”
Por Redação
Exibido na TV aberta todas as noites de domingo, o programa “Pânico na Band” vem fazendo, nas últimas semanas, apologia ao racismo com o novo personagem “Africano”. Interpretado por Eduardo Sterblitch, que é branco e se pinta de preto (black face) para representar um negro, a figura ridiculariza africanos e afrodescendentes com falas, gestos e danças consideradas extremamente preconceituosas e ofensivas.
“Repudiamos a maneira nojenta em que retratam os povos da África a fim de intensificar o mito de que tudo que vem da Africa e todo seu povo não tem educação e merece gargalhadas de escárnio”, escreveram os organizadores do evento “Repúdio ao racismo do personagem Africano no Pânico na Band” no Facebook. Na página, internautas discutem o preconceito exposto e estudam meios para processar o programa e tirar o personagem do ar.
Criado no mês passado, o “Africano” faz parte do quadro “Pânico Chef”, paródia do reallity show de culinária “Master Chef”. Quando aparece, “Africano”, de forma pejorativa, “recebe entidades” – ridicularizando religiões de matriz africana -, não se comunica de forma civilizada, se joga no chão, faz gestos de macaco e em vários momentos é colocado como um ser primitivo. “Planta e colhe”, aparece na legenda de suas “atribuições” como “cozinheiro”.
“A depreciação da imagem do africano e afro-brasileiro está intimamente ligada a um processo de dominação e opressão, a partir do simbólico e da manutenção dos privilégios de uma elite branca e racista. Outro aspecto que merece ser destacado nessa discussão é que as frequências de transmissão dos canais são públicos e as emissoras recebem concessões para explorar esses espaços com o compromisso de zelar pelos interesses públicos. Também é importante destacar que o direito a liberdade de expressão não está acima de nenhum outro direito, sobretudo os direitos humanos e o respeito a dignidade humana”, escreveu, em seu blog, Juninho Palmarino, jornalista e militante do movimento negro no Círculo Palmarino.
Além das redes sociais brasileiras, o preconceito destilado pelo programa atingiu até jornais africanos. O SeneWeb, de Senegal, por exemplo, publicou neste domingo (9), a seguinte postagem seguida de um vídeo do personagem: “O Brasil é um país racista? Vejam como eles riem dos africanos!”
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Foto: Reprodução
Portal Fórum

As Coleguinhas defendem fã agredido em show: ‘Vá aprender a respeitar uma mulher, imbecil’



As Coleguinhas defendem fã agredido em show: ‘Vá aprender a respeitar uma mulher, imbecil’
Foto: Divulgação
A dupla Simone e Simaria é conhecida por sair em defesa das mulheres e representar o gênero no forró. No último sábado (08), 'As Coleguinhas', como são chamadas, se apresentaram na festa 'Vá Tomar no Fusca', realizada em Petrolina, Pernambuco.
Em um determinado momento do show, uma pessoa do público teria sido agredida por outra quando recebeu um 'banho de bebida' proposital. Em um vídeo, divulgado pelo jornal carioca 'O Dia', as irmãs forrozeiras saem em defesa do agredido. "A pessoa veio pra cá, as vezes vendeu o próprio celular, o bujão, não sei o que ela fez pra estar aqui na festa; e ai você pega a sua bebida e molha essa pessoa? Será que essa pessoa merece isso após o esforço que fez para estar aqui?", diz uma das irmãs ao agressor.
No momento da crítica, aparentemente, o homem que realizou o ato discute com Simone e Simaria, fazendo com que as cantoras reajam e mudem seu discurso passando a ofender o rapaz. "Pegue o seu dedo e enfie o seu c*, seu filho da p***. Seu viado, vagabundo. Como você tem coragem de levantar o dedo do meio pra uma mulher? Vá crescer! Venha aqui, eu tenho dois seguranças pra quebrar essa sua cara feia. Vá aprender a respeitar uma mulher, seu imbecil!", disseram elas, sendo aclamadas pelo público. Na festa ainda se apresentaram os baianos Pablo e Igor Kannário. Veja o vídeo:

ARACAJU: Terminal DIA sofre nova ação de vandalismo em poucos dias



Em pouco mais de vinte dias, o Terminal de Integração DIA sofreu novamente ação de vandalismo, desta vez com a quebra das peças de todo o banheiro masculino. O terminal, que está passando pela segunda etapa de sua reforma, já havia sido alvo de pichações nos banheiros, teve pias e portas danificadas, e, embora todo esse dano tivesse sido reparado logo em seguida, os ataques de vândalos se repetiram no domingo, 09.

Foi firmada este ano uma parceria entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju e a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito - SMTT/Aracaju para reformar os terminais de integração, no entanto, tem sido impossível manter os locais em reparo por muito tempo. 

Só na primeira etapa entregue da reforma do Terminal DIA, foram investidos R$ 40 mil para o reparo de toda iluminação e dos banheiros. Mas em poucos dias ações de vandalismo prejudicaram todo o serviço. E para a segunda etapa, estão sendo investidos mais R$ 80 mil, totalizando R$120 mil nesta reforma.


Imagens: ASCOM

Ato de vandalismo semelhante aconteceu também no Terminal Maracaju, que, no dia seguinte após a entrega da sua reforma em maio, teve seus banheiros danificados também. De igual modo, aconteceu com o Terminal da UFS, que estava com a reforma prestes a concluir pela Prefeitura de São Cristóvão, e teve suas instalações pichadas. 

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Alberto Almeida“é lamentável saber que a população mal pode usufruir da reforma por conta dessas ações de vândalos, que, danificando o patrimônio público, estão dando prejuízo à própria população”.

11 ANOS DE PRISÃO: Adolescente é condenado por esfaquear professor e postar no Facebook

Um britânico de 14 anos foi condenado a cumprir 11 anos de prisão por esfaquear um professor e revelar a história com orgulho no Facebook. O post sobre a agressão recebeu 69 curtidas na rede social. O docente, um homem de 50 anos, foi esfaqueado no estômago. 
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Professor foi esfaqueado no estômago e insultado de forma racista. O adolescente relatou o caso, com orgulho, no Facebook. Ataque aconteceu após o professore repreendê-lo pelo uso do celular
(Foto: Reprodução/Mirror UK)
O ataque aconteceu no dia 11 de junho, após o professor de ciências repreender o aluno pelo uso do telefone celular. A advertência dada por Vicente Uzomah revoltou o adolescente, que o esfaqueou com um faca de cozinha e fugiu.
Ele também insultou o professor com frases racistas. O adolescente relatou o caso, com orgulho, no Facebook. Durante o julgamento do caso, o promotor Jonathan Sharp disse que o jovem sentiu aversão imediata por Uzomah.
"Não era particularmente hostil aos outros professores. Mas o senhor Uzomah era negro", comentou. O estudante também teria revelado a um amigo que desejava esfaquear o professor. O adolescente estudava na Dixon Kings Academy, na cidade de Bradford, no Reino Unido, há um ano.
Ele já tinha passagem na polícia por tentativa de assalto e agressão. O professor ficou gravemente ferido e sofreu lesões psicológicas por conta do ataque. Uzomah interrompeu a carreira como docente e, seundo informações da AFP, ainda não se sabe se ele terá condições de voltar a dar aulas após o acontecido.  

As 20 obras mais caras da Odebrecht no exterior financiadas pelo BNDES

70% do crédito de um banco. Este é o valor que a Odebrecht totalizou em contratos com o BNDES para operações no exterior entre 2007 e 2015, segundo dados divulgados pelo banco no último mês de junho. Foram US$ 8,4 bilhões – cerca de R$ 28,3 bilhões na cotação atual – em financiamentos só para a empreiteira de Marcelo Odebrecht, um sujeito curioso sobre quem falamos recentemente aqui.
Os empréstimos foram feitos com taxas, em média, muito abaixo do mercado. Em alguns casos, os valores são inferiores até à meta de inflação e possuem prazos para pagamento que se estendem, literalmente, por décadas. Não é preciso ser um gênio para perceber que esse é um ótimo negócio para as empreiteiras e um péssimo negócio para o banco, que por ser público, repassa esses prejuízos para o seu bolso.
Os dados ainda não estão completos: começam somente em 2007 e o banco ainda optou por manter o sigilo sobre certas operações, algumas delas já conhecidas – como o caso do Metrô de Lima, no Peru, e do Metrô do Panamá, obra sob investigação do Ministério Público panamenho, ambas operadas pela Odebrecht.
Mas mesmo incompletos, os dados divulgados pelo banco oferecem uma boa perspectiva sobre como atuou a Odebrecht no exterior, algumas vezes envolvida em escândalos de corrupção esob tutela do ex-presidente Lula.
Separamos os 8 países em que a empreiteira atuou, suas principais obras, valores e condições em que foram executadas. Prepare o estômago: você irá descobrir o triste destino que parte de seu suado dinheiro teve na última década.

ANGOLA: US$ 2,6 BILHÕES

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Desde 2007, a Odebrecht já conduziu 42 obras em Angola, que contaram com um crédito de mais de 2 bilhões de dólares – mais de 8,7 bilhões de reais – do BNDES.
Cada uma das 42 linhas de crédito possuem um prazo de 10 anos para serem reembolsadas, a uma taxa média de juros de 5% ao ano – menos que a inflação e a taxa SELIC atuais.
As obras, no entanto, estão sendo alvo de investigações pela relação entre a construtora, o governo do país e o ex-presidente Lula, acusado de tráfico de influência. Informações obtidas pela revista Época apontam que algumas das viagens de Lula à África foram bancadas pela construtora, incluindo sua passagem por Angola, o que levou o Ministério Público a suspeitar de que ex-presidente estivesse exercendo alguma influência sobre governos africanos em favor da Odebrecht.
Os principais apoios do banco às obras no país foram:
  • Construção de uma hidrelétrica em Cambambe: US$ 464 milhões (em 3 linhas de crédito diferentes)
  • Construção de 3 mil unidades habitacionais: US$ 281 milhões
  • Construção de usina hidrelétrica em Laúca: US$ 146 milhões
  • 6ª fase do programa de Saneamento Básico de Luanda: US$ 145 milhões

REPÚBLICA DOMINICANA: US$ 1,8 BILHÃO

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Segundo país com maior atuação da Odebrecht no exterior, a República Dominicana já recebeu obras com crédito público que ultrapassam os 1,8 bilhão de dólares – são mais de R$ 6 bilhões, na cotação atual da divisa.
O alto valor logo chamou a atenção do Ministério Público Federal que, no último dia 16, afirmou que iria abrir uma investigação para avaliar se o ex-presidente Lula esteve envolvido em tráfico de influência em favor da Odebrecht no país. Além da República Dominicana, o Ministério Público deverá também investigar a relação entre o ex-presidente e a empresa em Cuba.
Segundo delatores, o ex-presidente já embarcou em voos para o país custeados pela empreiteira em 2013. Após a suposta viagem, a Odebrecht recebeu mais US$ 1,1 bilhão em linhas de crédito do BNDES para operar obras na República Dominicana e recebeu seu maior crédito desde então: US$ 656 milhões para a construção de uma termelétrica.
Os quatro principais projetos da empresa no país, até agora:
  • Construção de uma central termelétrica a carvão: US$ 656 milhões
  • Corredor Ecológico de Pontezuela: US$ 200 milhões
  • Reconstrução da Estrada Cibao Sur: US$ 200 milhões
  • Obras de melhoria da Rodovia Bavaro-Uvero: US$ 185 milhões

ARGENTINA: US$ 1,6 BILHÃO

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A Argentina aparece como um dos países com atuação mais intensa da construtora: foram 348 linhas de crédito concedidas pelo BNDES desde 2007 para obras no país, totalizando 1,6 bilhão de dólares em empréstimos, com taxas de juros subsidiadas, em média de 4,96% ao ano. Todos os empréstimos possuem prazos de pagamento que variam entre 10 e 12 anos.
Assim como outras obras, as construções na Argentina também não escampam dos radares da polícia: obras realizadas em 2005 no país, também com apoio do BNDES, foram acusadas de revelar um escândalo de corrupção junto ao ex-presidente Néstor Kirchner.
Em 2012, a empreiteira foi inocentada das acusações na Argentina. Investigações que vinham sendo conduzidas pela Polícia brasileira desde 2011, porém, revelaram traços em comumentre o esquema de corrupção da Lava Jato e os desvios supostamente operados na Argentina. Diante das suspeitas, a Superintendência da Polícia Federal chegou a contatar os investigadores da Lava Jato para relatar o caso, em novembro do ano passado.
Na época, a Odebrecht operou em conjunto com a Transportadora de Gas del Sur (TGS) na ampliação e construção de gasodutos no país, que continua sendo uma de suas maiores parceiras em obras realizadas na Argentina até hoje.
De acordo com os dados mais recentes do BNDES, estas foram as principais linhas de crédito concedidas para obras da Odebrecht aos nossos hermanos, a maioria delas para obras operadas em parceria com a TGS:
  • Expansão de gasodutos da distribuidora Cammesa: US$ 636,8 milhões
  • Ampliação dos gasodutos da TGS e TGN: US$ 436,4 milhões
  • Sistema de tratamento e distribuição de água do Rio Paraná de Las Palmas: US$ 293,8 milhões
  • Gasoduto de San Martin: US$ 226 milhões

EQUADOR: US$ 227 MILHÕES

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Os equatorianos conhecem de perto a Odebrecht. Por esse motivo, são um dos menores clientes da empresa.
Em 2007, rachaduras e defeitos em turbinas numa hidrelétrica construída pela Odebrecht no país levaram a um incidente diplomático entre o Brasil e o Equador, que exigia indenizações pelos transtornos causados pela má construção.
A Odebrecht teve seu contrato com o governo rescindido e seus executivos foram sumariamente expulsos do país. Uma investigação recente da Brio Media revelou que no auge da crise, a empresa chegou a pagar 20 milhões de dólares para enterrar o caso no país.
A propina aparentemente surtiu efeito: os ânimos do presidente Rafael Corrêa se acalmaram, mas não foram suficientes para limpar a imagem da empresa, que desde então  recebeu apoio do BNDES para obras no Equador em duas ocasiões: em novembro de 2012 e em agosto de 2013. No total, o crédito concedido pelo banco totalizou US$ 227 milhões, com taxas de juros de 3,27% e 4,22% ao ano, respectivamente, e 10 anos de prazo para quitação.
As obras são:
  • Construção de hidrelétrica em Manduriacu: US$ 90,2 milhões
  • Projeto de Irrigação Transvale Daule-Vinces: US$ 136 milhões

GUATEMALA: US$ 280 MILHÕES

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Em 2013, a Odebrecht recebeu uma linha de crédito no valor de 280 milhões de dólares, para obras de ampliação da rodovia Centro Americana na Guatemala. A uma taxa de juros de 4,94% ao ano, o crédito deverá ser quitado num prazo de 180 meses.
Foi a primeira operação da empresa no país, que teve início de fato em abril deste ano. Mas a contratação da empresa pelo governo guatemalteco não foi recebida com bons olhos pela imprensa local – o jornal GuateVision foi um dos veículos que fez questão de noticiar os recentes desdobramentos da Operação Lava Jato, destacando a relação entre a empresa brasileira e o governo do país.
A aparente rejeição da construtora brasileira não é por acaso: outra empreiteira brasileira investigada na Lava Jato, a OAS, vem sendo acusada de corrupção no país. Documentos recentes apreendidos com executivos da companhia sugerem que ela doou um milhão de dólares para a campanha presidencial de Alejandro Sinibaldi.
Em meio a diversas denúncias de corrupção, Sinibaldi desistiu da corrida pela presidência da Guatemala faltando apenas 12 dias para o pleito, deixando um rastro de corrupção que atingiu a imagem das construtoras brasileiras no país.

VENEZUELA: US$ 747 MILHÕES

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Em operação desde 2009, a construção da Linha II do Metrô de Los Teques e da Linha V do Metrô de Caracas são dois projetos da Odebrecht que já estão na mira da Lava Jato.
Com 747 milhões de dólares em crédito do BNDES, as duas obras iniciaram-se ainda no governo Chávez, sob a tutela do ex-presidente Lula, em 2009. A obra da Linha V foi iniciada sem licitação, triplicou de valor e está atrasada mais de 6 anos.
Com tantos indícios de irregularidades, o projeto chamou a atenção do Tribunal de Contas da União, que encontrou diversos problemas em sua execução. Primeiramente, o BNDES concedeu o crédito sem exigir garantias por parte da Odebrecht, o que causou um descompasso entre o dinheiro fornecido pelo banco e o avanço das obras.
Pelos cálculos do Tribunal, US$ 201 milhões foram antecipados pelo banco na obra em Los Teques, sem justificativa.
Segundo a revista Época, Lula teria voltado ao país em 2011, ao lado de executivos da Odebrecht, para cobrar o então presidente Chávez dos empréstimos feitos pelo BNDES e ajudar a empreiteira em outras negociações com o governo do país.
A Venezuela é uma grande cliente de empreiteiras brasileiras: no final de 2009, o país acumulava mais de R$ 20 bilhões em contratos, valor que dobrou na passagem de 2008 para 2009. 
Segundo o BNDES, estas foram as linhas de crédito concedidas para as obras:
  • Construção da Linha II do Metrô de Los Teques: US$ 527 milhões
  • Construção da Linha V do Metrô de Caracas: US$ 219 milhões

MOÇAMBIQUE: US$ 125 MILHÕES

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Assim como as obras de Angola, os projetos da Odebrecht em Moçambique também são acusados de receberem um empurrãozinho do ex-presidente Lula.
Após Lula visitar o país, em 2012, patrocinado pela Camargo Corrêa – outra construtora envolvida na Lava Jato -, a resistência local com a presença de construtoras brasileiras diminuiu, segundo aponta a revista ÉPOCA.
No país, a Camargo Corrêa já era uma das maiores construtoras em operação. A Odebrecht, que não possuía muitas obras em Moçambique, recebeu uma linha de crédito do BNDES para “obras complementares” em 2013. Desde 2011, a empresa já contava com auxílio do BNDES na construção de um aeroporto em Nacala.
Com os dois créditos, a Odebrecht totaliza 125 milhões de dólares em auxílios prestados pelo BNDES para sua operação no país.
  • Construção do Aeroporto Internacional de Nacala: US$ 80 milhões
  • Obras Complementares do Aeroporto Internacional de Nacala: US$ 45 milhões

CUBA (PORTO DE MARIEL): US$ 832 MILHÕES

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De longe, o projeto da Odebrech com maior financiamento pelo BNDES foi o polêmico Porto de Mariel, em Cuba: um empréstimo de 832 milhões de dólares, que na cotação atual equivalem a mais de 2,8 bilhões de reais, oferecidos com juros abaixo da taxa de mercado e longos prazos de pagamento.
O financiamento da construção foi feita em 5 linhas de crédito, com valores e taxas de juros diferentes, que variam dos 4,44% até os 7,02% ao ano. Com exceção da última linha de crédito emitida em agosto de 2014, no valor de US$ 150 milhões, com prazo de 180 meses, todas os outros quatro repasses, emitidos entre 2009 e 2013, deverão ser reembolsados pela empresa em 300 meses – ou 25 anos.
As obras foram tocadas pela Companhia de Obras e Infraestrutura, braço da Odebrecht autorizado a operar na ilha.
O projeto foi criticado desde antes de sua conclusão. Por conta dos baixos investimentos do Brasil em sua própria infraestrutura, o Porto de Mariel foi amplamente acusado de ser uma estratégia política do governo Dilma para financiar as operações do irmãos Castro no Caribe.
Em julho de 2013, um informe do governo do Panamá apontou que o porto foi utilizado como rota de transporte de armamentos, incluindo dois caças MiG-21, que tinham como destino a Coreia do Norte. Os armamentos foram escondidos ilegalmente num navio e só foram descobertos após a embarcação atracar no canal do Panamá. Mais tarde, em abril de 2014, um relatório da ONU sobre o assunto confirmou o envolvimento de Cuba no tráfico de armas para a Coreia do Norte, que teriam sido embarcadas no Porto de Mariel, em condições pouco esclarecidas.
Com a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, a obra voltou a ser manchete, após Raúl Castro iniciar negociações com a Câmara de Comércio dos Estados Unidos para que empresas americanas pudessem operar no porto, em junho do ano passado. A notícia foi tomada como uma “traição” do governo cubano, que estaria entregando o porto construído com esforços brasileiros para os americanos.
Além do dinheiro para os obras da empreiteira, estima-se que o governo cubano tenha recebido mais 107 milhões de dólares do Tesouro Nacional para modernizar Mariel – dinheiro que saiu do seu bolso, a fundo perdido e ainda serviu para dar um empurrãozinho nos projetos de Kim Jong-un. Nada mal, hein?

Spotniks

Se você não faz a menor ideia de quanto custa um político no Brasil, precisa ler essa matéria

Quanto custa um político eleito no país? A resposta é: depende do cargo. Presidente, vice-presidente, governadores, senadores, deputados, vereadores, prefeitos… Existem hoje mais de 64 mil políticos democraticamente eleitos no Brasil, pagos com o dinheiro do seu imposto.
Só em 2013, nosso Congresso, composto pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, teve um orçamento de R$ 8 bilhões. Falando assim, em números totais, parece apenas mais alguns dosnlhões gastos pelo governo todo ano. Mas não se deixe enganar: é realmente muito dinheiro. É um gasto, aproximado, de quase 16 mil reais por minuto. São 23 milhões de reais por dia.
O que o Congresso gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio matriculados na rede pública de ensino. É também equivalente ao gasto anual de 1533 alunos do ensino superior das Universidades e Faculdades públicas do país. Parece mais dinheiro agora, não?
Incluindo salários, auxílios e demais verbas, cada deputado custa, em média, 147 mil reais aos cofres públicos todos os meses, segundo dados da própria Câmara. Isso representa um gasto anual de quase 2 milhões, para cada deputado em exercício.
De todos esses bilhões gastos pelo Senado brasileiro, R$ 1,3 bilhão são usados só para pagar aposentadorias de ex-senadores e ex-servidores da Casa – 35% do orçamento. Das despesas atuais, que somam R$ 2,3 bilhões – cerca de 63% –, pelo menos 8 milhões são destinados somente ao pagamento de horas extras.
Nessa semana, o Congresso aprovou o Orçamento Geral da União de 2015 inflado, triplicando a verba para o Fundo Partidário prevista no Orçamento da União, que passou de R$ 289,56 milhões para R$ 867,56 milhões. O Fundo Partidário é o financiamento público dos partidos políticos brasileiros, que não se restringe às campanhas eleitorais – a distribuição dos recursos é feita pelo TSE e a cota de cada partido é proporcional à sua representação parlamentar.
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Mas em se tratando de política, a Lei de Murphy parece ter um peso especial.
Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a Paridade de Poder de Compra, o custo de cada congressista (deputado ou senador) brasileiro é o segundo mais caro do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste diante dessa derrota, caro contribuinte – ainda estamos na frente de 108 países nesse ranking.
Segundo os autores da pesquisa, desenvolvida em parceria com a União Interparlamentar dos Estados Unidos, o brasileiro carrega um fardo equivalente a US$ 7,4 milhões todos os anos para cada um dos 594 parlamentares em exercício. Já nos Estados Unidos, país com um uma renda per capita 3,7 vezes maior que a brasileira, cada assento do congresso sai 9,6 milhões de dólares por ano.
Apesar das altas cifras gastas pelos oficiais do Judiciário, o político mais caro do país é, sem dúvidas, o presidente. Mesmo com um salário ligeiramente menor que o valor pago aos senadores e deputados – atualmente, o salário presidencial está estabelecido em R$ 30,9 mil, contra R$ 33,8 mil pago aos parlamentares –, um presidente possui diversos outros benefícios que não estão disponíveis às outras esferas do poder. Entre acesso ao Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe de Estado, carros oficiais, funcionários, seguranças, avião presidencial e secretários, o Gabinete Presidencial tem um custo que pode bater os bilhões de reais. Como os dados não são totalmente divulgados – cerca de 98% dos gastos do gabinete presidencial são sigilosos – não dá para saber exatamente quanto a presidente Dilma Rousseff gasta. Mas dá para estimar!
Considerando-se só os Cartões de Pagamento do Governo Federal, a presidência e suas entidades vinculadas gastaram R$ 21 milhões no ano de 2014. Mais uma vez, é um número que já não salta à vista do calejado contribuinte. Mas olhe novamente. Foram 21 milhões de reais gastos no cartão. E que foram cobertos pelos cofres públicos.
No total, o Órgão Superior Presidencial gastou 7 bilhões no ano, valor superior ao custo de diversos Ministérios – como o Ministério das Comunicações e o Ministério do Planejamento, que juntos gastaram cerca de 6 bilhões no ano. A maior parte desse dinheiro foi para a Advocacia Geral da União, que consumiu 2,1 bilhões no ano.
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Além do presidente em exercício, os ex-presidentes também geram gastos para o país. Cada um deles tem direito a 8 assessores, 2 veículos oficiais, seguranças, combustível e outros pagamentos, totalizando gastos estimados entre R$ 500 mil e 760 mil. No total, os quatro ex-presidentes vivos, incluindo o ex-presidente Collor, que renunciou ao cargo sob ameaça de impeachment, somam gastos da ordem dos R$ 3 milhões todos os anos.
Fora da esfera do Poder Federal, os custos também são espantosos. Governadores, por exemplo, possuem salários que muito se aproximam dos valores pagos à presidente Dilma Rousseff. Como os valores são definidos individualmente, em cada estado, existe uma grande variação entre os valores pagos. Um levantamento realizado pela Revista EXAME, em 2013, mostrou diferenças de 178% nos salários dos governadores.
O valor mais alto, até então, era o salário de Beto Richa, então governador do Paraná, que recebia mensalmente R$ 26.723. Já o mais baixo, era o salário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que recebia R$ 9.600. Considerando-se todos os salários pagos, a média recebida pelos políticos seria de R$ 19.867.
Além dos salários, governadores e ex-governadores podem ter outras regalias, dependendo das leis locais. Na Bahia, uma lei aprovada em 2014 garantiu aposentadorias de quase R$ 20 mil aos ex-governadores, que também passaram a gozar de benefícios como motorista e segurança. Além da Bahia, mais 21 estados pagam pensão vitalícia para seus ex-governadores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pará, Roraima, Acre, Rondônia, Maranhão, Amazonas, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Piauí.
Destes, os primeiros 11 – contando a Bahia – ainda pagarão o benefício para os governadores que deixaram o cargo em 2015. Nos outros 10, o dinheiro não é mais pago desde que as leis sobre pagamento de pensões foram revogadas, mas, os governadores que iniciaram o mandato quando as leis ainda estavam em vigor continuam recebendo o pagamento.
Em todo o país existem hoje 104 ex-governadores e 53 ex-primeiras-damas que recebem o benefício. Conforme revelou um levantamento do jornal O Globo, os valores variam entre R$ 10 mil e 26 mil. Colocando na ponta do lápis são 46,8 milhões anuais, custeados pelos estados.
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Ainda na esfera de poder dos estados, os deputados estaduais recebem pagamentos consideravelmente altos. O teto, para um membro das Assembleias é de R$ 25.322, valor que corresponde a 75% do rendimento de um deputado federal – até o final de 2014, o teto era de R$ 20.042. Porém, como a transparência do dinheiro gasto pelo Legislativo Estadual varia de estado para estado, é difícil saber como realmente eles estão sendo pagos. Conforme uma matéria do Jornal O Globo revelou, em 2014, muitos dos políticos que ocupam assentos nas Assembleias ganham benefícios maiores que deputados federais. Boa parte consegue cargos em comissões permanentes e passam a receber adicionais que podem chegar a R$ 11 mil, enquanto na Câmara tais funções dão direito a pagamentos de “somente” R$ 1,2 mil.
Além dos pagamentos, em alguns estados, como Roraima, existem benefícios para ocupantes do cargo, como auxílio-moradia e auxílio-transporte, o que eleva os pagamentos mensais para R$ 50 mil, valor maior que o recebido pelos parlamentares roraimenses em Brasília. Os deputados estaduais do estado ainda possuem quase o dobro de benefícios em viagens aéreas, quando comparados com seus colegas de Brasília: são R$ 900 para viagens dentro do estado, R$ 1.700 para viagens nacionais para outras localidades e R$ 2.024 para destinos no exterior.
Considerando-se somente os salários pagos, sem os benefícios, os deputados estaduais custarão, em 2015, R$ 72,8 milhões aos cofres dos estados brasileiros, valor que aumentou R$ 5 milhões em relação ao ano passado, já que boa parte das Assembleias aprovaram reajustes recentemente.
Mas, apesar de altos, o salário dos deputados ainda é menor que o de diversos prefeitos. Mesmo exercendo o cargo somente na esfera municipal, o teto do salário de prefeitos é o valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, um prefeito poderia ganhar até R$ 26.723, até 2014 – antes do reajuste realizado nessa semana para R$ 33,8 mil.
Este valor, por exemplo, é o valor pago ao Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, eleito em 2012. Fruet também recebe o maior salário entre os prefeitos das capitais brasileiras. O segundo lugar é ocupado por Edvaldo Holanda Jr., prefeito de São Luís, que recebe R$ 25 mil. A capital cujo prefeito recebe o menor salário é o Rio de Janeiro, governada por Eduardo Paes, que recebe R$ 13,9 mil.
No interior, a diferença de salários também é grande – há cidades onde o valor dos vencimentos pagos ao executivo municipal é igual ou próximo ao teto de R$ 26 mil (como é o caso de Feira de Santana, na Bahia, e de Muriaé, em Minas Gerais) e cidades onde a remuneração mal chega aos R$ 10 mil, como ocorre na cidade de Paranapanema, interior de São Paulo, onde o salário, em 2013, era de R$ 5,8 mil e foi motivo suficiente para que o então prefeito abandonasse o cargo.
Assim como o salário dos prefeitos, o valor da folha de pagamento de vereadores também apresenta grandes variações no país. Entre as capitais, a menor remuneração é a de Maceió: cada membro da Câmara Municipal recebe “somente” R$ 9.000. Já o título de capital com a maior remuneração está atualmente empatado entre Teresina, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belém, Campo Grande, Aracaju e São Paulo, cidades onde cada membro da Câmara recebe R$ 15.031.
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O teto do salário de um vereador é 70% a remuneração de um deputado estadual, para cidades com mais de 500 mil habitantes. Cidades menores possuem teto proporcionalmente menor – o teto mínimo é de 20%, nas cidades com menos de 10 mil habitantes. Além do salário, algumas Câmaras estabelecem alguns benefícios, como auxílio-moradia, auxílio-paletó (é, exatamente isso que você leu), auxílio-alimentação, auxílio-combustível, verba indenizatória, verba para pagamento de assessores e possuem uma cota para manutenção do gabinete. O valor desses auxílios varia conforme a cidade e em algumas, chega a ser maior que o valor do próprio salário.
Em Teresina, cada vereador tem direito a até 20 assessores e uma verba de até R$ 30 mil para pagamento desses funcionários. Já em Salvador, a verba de gabinete é de R$ 50 mil e os vereadores ainda contam com R$ 1,8 mil para pagarem combustível.
Outra capital que chama a atenção é Manaus, onde todas as verbas somam R$ 66 mil e os políticos ainda têm direito a R$ 300 para gastarem com telefone todos os meses. É a capital da Região Norte que melhor remunera seus vereadores.
Mas o vereador mais caro é o paulistano: os benefícios são 18 assistentes, por até R$ 106 mil, além de um auxílio de R$ 17 mil para outras despesas.
Achou tudo muito caro? Espere até o final do ano – com os reajustes dos salários acontecendo, cedo ou tarde o Brasil irá sofrer um efeito cascata: aumenta no Congresso, escorre para as Assembleias e respinga nas Câmaras de Vereadores.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios, se todos os vereadores reajustarem seus salários em 26%, o mesmo valor do último reajuste que ocorreu na Câmara, você, contribuinte, precisaria bancar mais R$ 666 milhões esse ano. Seriam 873 milhões de reais sendo gastos todos os anos com vereadores de norte a sul do país.
Isso significará, depois do aumento nos combustíveis, na conta de luz, no transporte e na conta de água, que cada contribuinte ainda verá alguns aumentos nos impostos ao longo do ano, para custear os novos salários do Poder Federal, Estadual e, principalmente, Municipal.
Este é o grande banquete da democracia. Todos se esbanjam. Mas não se engane: não existe almoço grátis. A conta é sua. E no seu prato restam apenas as migalhas.
Spotniks

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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