11 são presos com R$ 40 mil; deputada e vereador estariam envolvidos

Operações da Polícia Federal e PRF prenderam 11 pessoas suspeitas de compra de votos em duas cidades paraibanas: Patos e Campina Grande.

Com os suspeitos foram apreendidos mais de R$ 40 mil e cestas básicas. Policiais também apreenderam listas com nomes de eleitores, pacotes de fraldas e material de propaganda eleitoral. As primeiras prisões foram em Campina Grande (a 126 km de João Pessoa), noite de sexta-feira, dia 3. Três homens foram abordados por policiais. Eles se encontravam em um veículo adesivado, portando listas com nomes de eleitores, pacotes de fraldas, R$ 1,6 mil e várias faturas de água e energia pagas naquele dia. Foram liberados mediante o pagamento de fiança.

Em outro flagrante na mesma noite, em Campina Grande, foram presos um homem e uma mulher que se encontravam em um veículo adesivado, portando material de propaganda e uma lista de nomes de pessoas.

No sábado, dia 4, por volta do meio-dia, em Campina Grande, a Polícia Rodoviária Federal prendeu e conduziu à Delegacia da Polícia Federal, duas pessoas em dois veículos. Eles estariam transportando quatro envelopes com R$ 27 mil e uma lista com nomes de pessoas e endereços, elem de material de propaganda de uma deputada estadual, candidata à reeleição.

Também no sábado, em Patos, no Sertão (a 300 km de João Pessoa), foi apreendida a quantia de R$ 15.114,00. O dinheiro estava com um homem que estava ao volante de uma picape estacionada em um posto de combustíveis. Ele disse ser comerciante e alegou que estava recebendo o pagamento de seus clientes. Ele prestou depoimento e a quantia foi apreendida.

Na madrugada deste domingo (por volta das 2h), dia 5, em Campina Grande, foi preso em flagrante, no bairro das Malvinas, um vereador que é candidato a deputado estadual e mais dois parentes. Eles estavam com quatro cestas básicas. Os três foram soltos após pagamento de fiança de R$ 50 mil.

Jãmarrí Nogueira – MaisPB

FRAUDE: Mulher é presa no DF com cinco títulos de eleitor

Da Agência Brasil

A mulher foi presa no Recanto das Emas acusada de fraude eleitoral

Foto: Divulgação

Mulher foi presa e encaminhada à Polícia Federal na manhã de hoje (5) no Distrito Federal portando cinco títulos de eleitor e cinco carteiras de identidade. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a mulher, cujo nome está sob sigilo, foi presa no Recanto das Emas, Região Administrativa do Distrito Federal, acusada de fraude eleitoral. O TRE confirmou a detenção de outras 15 pessoas em todo o Distrito Federal acusadas de fazer boca de urna.

Ao todo foram distribuídas 64 mil urnas eletrônicas no Distrito Federal. Segundo o TRE, dezenove apresentaram problemas, mas só uma decorrente de falha técnica. Esta precisou ser trocada. Os problemas das demais surgiram em razão de falha humana.

O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, desembargador Romão de Oliveira, assegurou que, quem permanecer em fila até o horário de encerramento (17h), vai receber senha para poder votar mesmo depois do limite de horário.

FALTA DE AVISO NÃO FOI: Eleitor é preso por tirar selfie na cabine de votação

Do NE10

Terceiro boletim foi divulgado pelo diretor geral do TRE-PE, Robson RodriguesFoto: Malu Silveira / NE10

Um eleitor foi preso no município de Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco, por tirar uma "selfie" - espécie de autorretrato - na cabine de votação, o que configura violação do sigilo do voto. Além deste caso, o TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco) registrou mais três prisões: um eleitor foi preso por compra de votos em Pesqueira, também no Agreste, e outros dois foram detidos em flagrante por portar arma de fogo dentro da seção, em Moreno, no Grande Recife. Ainda segundo o terceiro balanço das eleições 2014 em Pernambuco, das quase 19 mil urnas espalhadas pelo Estado, 295 delas apresentaram problemas simples e 167 - entre tradicionais e biométricas - precisaram ser trocadas.

Até o momento, foram lavrados 59 TCOs (Termo Circunstanciado de Ocorrência). Segundo Robson Rodrigues, diretor geral do TRE-PE, o número de urnas trocadas está dentro do esperado. "Essas 167 urnas trocadas representam 0,8% do total. Isso significa que nossa eleição está mais do que na normalidade. Esses números não são surpresa para o TRE", afirmou durante coletiva. Ainda de acordo com Rodrigues, todos os casos de TCOs foram com eleitores. 

No segundo boletim do dia, divulgado no final da manhã na sede do órgão, no bairro do Derby, área central do Recife, o TRE havia informado que um candidato havia sido detido por divulgação de propaganda. O candidato em questão é Antônio Resende, que concorre a vaga de deputado estadual pelo Partido Progressista (PP). Foi apurado pelo TRE que Resende levava a família para o local de votação, no Cabo de Santo Agostinho. Depois de prestar esclarecimentos, o candidato foi liberado. O veículo que o transportava ficou retido por problemas na documentação. 

Questionado sobre a situação da eleitora Sandra Branco, que foi impedida de votar no final da manhã por descobrir que já haviam votado por ela, o TRE-PE afirmou que o caso será averiguado. "Este com certeza não foi um problema de biometria. Em um universo de 85 mil mesários, pode ter ocorrido algum equívoco no processo manual. O TRE vai averiguar e a eleitora não vai ser prejudicada", ressaltou Rodrigues. 

Os relatos de grandes filas nas seções por problemas na execução da biometria também foi abordado neste terceiro balanço. "Nós temos 85 mil mesários e treinamos todos eles. Mas isso não significa que todos vão ter a mesma performance. Já identificamos os problemas e comparecemos pontualmente para resolver o problema", afirmou o diretor-geral do TRE-PE.

VÍDEO: Candidato ao Senado, Coronel Brito agride eleitora e TRE manda prendê-lo

Vídeo mostra agressão de Coronel Brito (PEN)
a uma eleitora (Foto: Reprodução)

O candidato à vaga de Alagoas ao Senado pelo PEN, Coronel Brito, foi flagrado em vídeo dando um tapa no rosto de uma eleitora que estava na fila para votação seção eleitoral na Escola de Ensino Fundamental Padre Pinho, no bairro da Cruz das Almas, em Maceió. O vídeo que mostra o momento da agressão (clique aqui para assistir) circulou em aplicativos para smartphone e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) determinou a prisão de Brito.

A reportagem do G1 tentou entrar em contato com o candidato, mas não obteve sucesso.

A assessoria de comunicação do TRE confirmou que a determinação para prender Coronel Brito partiu da presidente do Tribunal, a desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento.

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Segundo testemunhas, Brito agrediu com tapas e cotoveladas Marta Celeste de Oliveira, 39, que aguardava na fila para votar. De acordo com o marido da vítima, Amaury Franco, o candidato chegou à seção acompanhado de assessores e do candidato ao governo do estado Coronel Goulart (PEN) e passou na frente dos eleitores que aguardavam na fila.

"Ele estava com os assessores e queriam furar fila, aí as pessoas começaram a reclamar. Um rapaz que também estava na fila começou a discutir com ele, aí como minha mulher estava perto, ele deu dois tapas no rosto dela e uma cotovelada. Ele ainda chamou a polícia para querer prender o rapaz", conta o marido da vítima.

A promotora de Justiça, Maria José Alves, esteve, por coicidência, na Escola de Ensino Fundamental Padre Pinho, minutos depois do ocorrido. E diante dos fatos, tomou as medidas cabíveis como orientar a vítima e testemunhas a prestarem queixa na Central de Flagrantes. "O crime foi configurado como contravenção penal de vias de fato. É por esse ilícito que ele deverá ser denunciado pelo Ministério Público, sendo enquadrado na Lei nº 9.099/95, acrescentou a promotora.

Por meio de nota à imprensa, a Polícia Militar informou que já tomou conhecimento dos fatos e que tomará as medidas cabíveis. A PM disse ainda que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar se houve omissão por parte dos militares que presenciaram a agressão.

Veja nota na íntegra
O Comando da Polícia Militar de Alagoas, ao tomar conhecimento do vídeo que circula nas redes sociais, assim como nos meios de comunicação do Estado, acerca da ocorrência policial, de cunho particular, envolvendo o candidato ao senado e coronel da reserva, Marcos Antônio Brito, informa que a vítima foi encaminhada à Central de Flagrantes, sendo orientada a procurar a Corregedoria-geral da PM para a instauração das medidas correcionais cabíveis.

Duas guarnições estão neste momento realizando diligências a fim de conduzir o candidato à Central de Flagrantes. Iremos, ainda, abrir procedimento administrativo através da Corregedoria, a fim de apurar possível transgressão cometida pela guarnição responsável pelo policiamento na seção eleitoral.

MAIS UM CASO: Eleitora diz que não conseguiu votar porque voto já tinha sido registrado

Mesmo sem ter conseguido votar, eleitora de
Curitiba saiu com o comprovante em mãos (Foto:
Arquivo pessoal)

Uma eleitora de Curitiba afirmou ao G1 que não conseguiu votar neste domingo (5) porque, ao chegar à seção eleitoral, foi informada pelos mesários que o voto já tinha sido registrado. A situação aconteceu com a administradora Denise Helena Viegas Barros, de 26 anos, no Colégio Marista Paranaense. “Quando cheguei, o mesário me falou que tinha destacado o meu comprovante [de votação] por engano. Quando a outra mesária foi digitar o meu número [de inscrição], deu que eu já tinha votado. Eles chamaram um fiscal que ligou para alguém, acho que alguém do TRE [Tribunal Regional Eleitoral], explicando a situação”, relatou.

De acordo com a eleitora, ela não chegou nem a registrar a impressão digital na biometria. Denise também disse que, após a ligação feita pelo fiscal, foi repassado que ela só conseguiria resolver o problema na segunda-feira (6). Apesar de não ter votado, Denise saiu da zona eleitoral com o comprovante em mãos, já que ele não tinha sido entregue para outro eleitor, apenas destacado.

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“Acho que foi falta de atenção. Me espanta ter passado o meu número e a minha digital. Não sei o que aconteceu, se alguém votou mesmo no meu lugar ou se ninguém votou. Não quero pensar que foi algo mais grave”, disse Denise. Ela lamentou o fato: “fiquei triste”.

O G1 entrou em contato com o TRE para comentar a situação. A assessoria de comunicação do tribunal informou que só poderá explicar o ocorrido após o fim das eleições, com a leitura da ata que é feita pelo presidente de cada seção eleitoral com a descrição dos acontecimentos. Contudo, há uma possibilidade de ter sido erro humano, conforme informou o TRE baseado no relato da eleitora.

No Recife, eleitora é impedida de votar e descobre que já votaram por ela

Do NE10

Foto: Cortesia

Na Zona Sul do Recife uma eleitora foi impedida de ir à urna. A jornalista Sandra Maria Branco chegou à escola onde vota em Boa Viagem e foi informada pelos mesários que seu voto já havia sido computado. "Entrei na minha seção, entreguei o título e minha carteira de identidade e fiquei esperando minha vez. Foi aí que a mesária me disse que eu já tinha votado. Perguntei se tinha alguém com o nome parecido, mas não. Ninguém soube me explicar o que tinha acontecido e fui embora sem votar e sem comprovante algum", explicou.

Foto: Reprodução/Facebook

Ao chegar em casa, a jornalista entrou em contato com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) para saber como poderia resolver a situação, mas foi informada de que deveria ligar para a ouvidoria nesta segunda-feira e registrar uma queixa. "Não quero formalizar a situação. Quer exercer o meu direito e votar, mas não deixam porque disseram que eu não vou poder fazer isso", disse Sandra.

De acordo com o desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima, membro da comissão totalizadora, é impossível que isso tenha acontecido. "Ouvimos os rumores, mas não recebemos uma denúncia formal. Não recebemos comunicação das pessoas na zona eleitoral. Ela disse que aconteceu, mas ter acontecido, mesmo, é outra história".

Sandra acionou o advogado e voltou à escola onde vota para tentar resolver o problema, mas não conseguiu. Os dois foram ao cartório eleitoral localizado no Forte das Cinco Pontas e a saíram sem soluções. Em casa, sem poder votar, a jornalista vai acompanhar as eleições sem ter dado sua contribuição, esperando apenas que a queixa seja registrada.

Segundo a assessoria do TRE-PE, o caso vai ser investigado. O que já está confirmado é que não foi um um defeito do sistema biométrico, mas pode ter sido um equívoco por parte do mesário no processo manual.

Até mesários: Eleitores postam selfies e até vídeos durante a votação; prática é crime

Eleitor fez 'selfie' ao votar neste domingo (5) (Foto: Reprodução/Instagram)

No primeiro turno das eleições neste domingo (5), diversos eleitores foram flagrados postando fotos e até fizeram vídeos da urna eleitoral para registrar o voto, prática considerada crime e que pode gerar multa e até a prisão do eleitor

Em redes sociais como Instagram e Twitter, várias pessoas fotografaram a tela da urna mostrando o candidato em quem teriam votado, e fizeram manifestações políticas juntamente com as imagens.

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Algumas pessoas chegaram a gravar vídeos mostrando o momento em que o voto era registrado na urna.

Na maioria das postagens encontradas peloG1, há outros usuários que alertamnos comentários da postagem que a prática de fotografar ou filmar a urna eletrônica é crime, conforme o Código Eleitoral.

Em uma das fotos publicadas, uma mulher, identificada como mesária em uma seção eleitoral no Rio de Janeiro, tira diversos retratos próximo à cabine, além de uma foto da urna e de alguns documentos, incluindo o caderno com as folhas de votação e um crachá de 2º mesário.

Mulher identificada como mesária tira várias fotos dentro da seção eleitoral, incluindo da urna e das folhas de votação (Foto: Reprodução/Instagram)

Crime
De acordo com o Artigo 91 da Lei 9.504, é proibido “portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina de votação”, fazendo com que o eleitor seja obrigado a deixar o dispositivo com o mesário na hora de votar.

O registro também pode ser considerado "boca de urna", punível "com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período" e multa no valor de R$ 5 mil a R$ 15 mil, de acordo com o Artigo 39 da mesma lei.

Além disso, a pena para quem viola ou tenta violar o sigilo do voto, de acordo com o artigo 312 da Lei nº 4.737 do Código Eleitoral, é de até dois anos de prisão.

O presidente do TSE reiterou durante a coletiva de imprensa que concedeu no início da tarde que fazer “selfies” junto à urna eletrônica é crime eleitoral, que pode gerar multa e a prisão do eleitor. A proibição, segundo ele, visa a impedir a coação de eleitores, que poderiam a ser obrigados a fazer a fotografia para comprovar que votaram em determinado candidato.

“O que mais preocupa a Justiça Eleitoral não é a vaidade que a pessoa tem ali na hora de tirar a foto, mas a situação em que a pessoa é coagida a levar um elemento de prova àquele que a coagiu de que ela votou naquele candidato”, enfatizou.

Selfie na urna 'de mentira'
Outros eleitores, sabendo da proibição de fotos da urna na hora do voto, usaram a criatividade e o bom humor para expor suas escolhas de candidato.

Utilizando mostradores de aparelhos eletrônicos como micro-ondas e máquinas de lavar, usuários postaram fotos dos números nos visores, correspondentes à legenda de cada candidato.

Em brincadeira, eleitores tirar selfie em urnas de 'mentira', e usaram mostradores de aparelhos para expor o número de seus candidatos (Foto: Reprodução/Instagram)

Eleitor gravou vídeo registrando o candidato em quem teria votado (Foto: Reprodução/Instagram)

Fotografar ou filmar a urna eletrônica tem pena de até dois anos, de acordo com o Código Eleitoral (Foto: