Site alemão lista BR-116, ilha, SP, aranha e peixe como grandes perigos do Brasil

O portal RP OnLine, da Alemanha, publicou nesta quinta-feira (6) uma reportagem listando o que o Brasil tem de mais perigoso: a rodovia BR-116; a Ilha da Quemada grande, no litoral de São Paulo, repleta de cobras; a aranha armadeira; o peixe Candiru, da Amazônia, que pode entrar pelo canal da uretra ou da vagina no corpo humano; e a cidade de São Paulo. "Mostramos como o Brasil realmente é - e quais lugares o turista deve evitar na Copa do Mundo.

O título da reportagem é "O Brasil é realmente muito perigoso". O texto classifica a BR-116 como a estrada mais perigosa do Brasil. "A BR-116 é a combinação de penhascos íngremes, más condições do asfalto e um extremamente elevado volume de tráfego nesta estrada (leia a reportagem, em alemão). 

O texto alerta os turistas que quiserem se aventurar em lugares pouco conhecidos, evitar a ilha da Queimada Grande, uma ilha situada a apenas 33 km da costa de São Paulo. "O terreno é constituído por escarpas íngremes e tem pelo menos uma cobra venenosa por metro quadrado." A reportagem cita a Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie sui generis, que de tão venenosa pode matar em até dez minutos. "A boa notícia é que a ilha foi preservada e é muito difícil para um barco atracar nela".

Outros animais citados são a aranha armadeira, que pode matar se o antídoto não for tomado em menos de um dia, e o peixe Candiru, que é atraído pela urina. "Melhor dica: não faça xixi na água".

Sobre São Paulo, o texto não cita violência urbana, mas a superpopulação e o caos no trânsito. "São Paulo é agora considerado como uma das cidades mais perigosas do mundo", diz a reportagem.

A seleção da Alemanha vai jogar em Salvador, Fortaleza e Recife na primeira fase da Copa do Mundo.

Sem atingir metas de venda, México liquida pacotes de viagem para a Copa

O jornal econômico "El Financiero" noticia que, no México, as vendas de pacotes para a Copa do Mundo no Brasil não cumpriram com as expectativas do mercado. A agência Mundomex, uma das que têm exclusividade de venda no país, conseguiu vender 12 mil dos 15 mil pacotes que pretendia comercializar. Os preços altos, os protestos no Brasil e o desempenho irregular da seleção mexicana estão entre os fatores citados como prejudiciais às vendas.

Agora há agências oferecendo até 50% de desconto nos pacotes. A opção mais simples, que quinze dias atrás saía por US$ 10.903, passou a US$ 5.450, o que fez com que se esgotasse, informou ao "Financiero" a Aeroméxico, empresa aérea parceira das agências mexicanas.

A reportagem cita um representante da Associação Mexicana de Agências de Viagens que afirma que os preços para acompanhar a Copa no Brasil são muito mais altos que os da África do Sul, anfitriã do torneio em 2010.

Duas agências ouvidas pelo jornal explicaram que os grandes descontos oferecidos agora se devem ao fato de que elas haviam bloqueado assentos nos voos para o Brasil e precisam comerciálizá-los da maneira que for possível.

Jornal inglês mostra grafites do Brasil com temas contra a Copa

O site do jornal inglês The Guardian publicou uma série de fotos de grafites que colorem as ruas das grandes cidades do Brasil com temas contra a realização da Copa do Mundo no país.

A galeria de fotos tem como tema "A arte da rua do Brasil contra a Copa do Mundo".

"Com a Copa do Mundo começando no Brasil esta semana,nós olhamos um pouco da arte de rua que mostra que nem todo mundo está ansioso para ver O Maior Espetáculo da Terra", diz o texto (veja a reportagem original, em inglês).

Os desenhos em muros e paredes mostram temas como a fome, pobreza, violência urbana e conflitos na questão indígena.

New York Times destaca os feriados que Brasil terá em dia de jogo da Seleção

O site do jornal “The New York Times” publicou reportagem sobre os feriados decretados no Brasil por conta dos jogos da Copa do Mundo. "Trabalhar ou não trabalhar?... A resposta é, provavelmtente, não", diz o texto.(leia a reportagem, em inglês)

No Brasil, as escolas anteciparam as férias e os bancos terão expediente mais curto em dias de jogos da Seleção. Cada cidade ficou livre para decidir se em dia de jogos será feriado, meio expediente ou os trabalhadores terão uma pausa para assistir as partidas.

Essas paralisações ocasionadas pelo Mundial, não são incomuns, segundo a reportagem. “Na Itália, em 1990, foi difícil conseguir uma refeição enquanto o time anfitrião estava jogando porque todos os garçons tinham os olhos colados nas telas da televisão.”

CNN mostra acampamento de sem-teto formado próximo à Arena Corinthians

O site do canal de televisão americano CNN publicou nesta quarta-feira (11) uma reportagem sobre os trabalhadores sem-teto que acamparam próximo à Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, como forma de pressionar o governo para conquistar uma casa própria. O estádio vai receber o jogo de estreia da Copa do Mundo nesta quinta-feira (12) (leia e assista a reportagem em vídeo, em inglês).

A repórter visitou o local e conversou com os moradores. Uma das entrevistadas é a manicure Jucilene de Oliveira que ajudava a preparar as refeições na cozinha comunitária do acampamento. Ela disse que morava de aluguel na Zona Leste de São Paulo, mas o valor quase dobrou quando o estádio estava sendo construído. “Pagamos R$ 700 no aluguel, então com comida e roupas, era muita coisa”, diz.

Jucilene, o marido e as quatro filhas agora acampam em uma pequena barraca com colchões empilhados, na esperança de persuadir o governo a construir habitação subsidiada nas terras ocupadas.

“Não queremos nada de graça, mas precisamos de algo que podemos pagar. Se podemos pagar R$ 700 por mês para alugar, podemos pagar isso em parcelas para uma casa”, afirma.

Jornal alemão vai acompanhar protestos no Brasil em tempo real

A "Tageszeitung", jornal de linha alternativa aos grandes diários conservadores da Alemanha, abriu em seu site uma página para acompanhar os protestos contra a Copa no Brasil em tempo real. "Entre os brasileiros, a empolgação com a Copa no próprio país é bastante limitada. A maioria enxerga sobretudo os efeitos colaterais negativos do evento: altos custos, expulsão de moradores, e ações militares e policiais sem compromisso", diz a "TAZ", como também é conhecida a publicação.

"Os afetados protestam há meses e usarão a Copa como palco para suas exigências. Diante de si, eles têm cerca de 150 mil homens das forças de segurança. Nossa cobertura estará sempre junto".

CNN destaca jornalistas feridas durante protesto em São Paulo

A rede norte-americana CNN noticiou com destaque em seu site que duas jornalistas da empresa ficaram feridas na cobertura do protesto contra a Copa realizado na manhã desta quinta-feira (12) em São Paulo. Na TV, o canal exibia uma entrada ao vivo do local quando policiais militares entraram em confronto com cerca de 20 manifestantes.

Segundo o Twitter do jornalista Alex Thomas, também da CNN, a produtora Barbara Arvanitidis foi levada ao hospital com suspeita de ter quebrado o braço. Thomas afirmou que a repórter Shasta Darlington também se feriu, mas com menos gravidade.

A reportagem do canal destacou que pelo menos uma pessoa foi detida no protesto e que o incidente ocorreu a 11 km do estádio onde ocorre o primeiro jogo da Copa, entre Brasil e Croácia. A manifestação aconteceu na Estação Carrão do Metrô que, assim como a Arena Corinthians, fica na Zona Leste de São Paulo.

A publicação destaca que muitos brasileiros estão “furiosos com o governo” por causa dos gastos de US$ 11 bilhões (R$ 24,5 bilhões) com a Copa do Mundo, em vez de moradia, hospitais e escolas para pessoas de baixa renda.