O hotel paulistano que cobra diárias de até R$ 38 mil adere a eventos corporativos na expectativa de faturar R$ 100 milhões este ano
Oásis urbano: Celso do Valle, diretor do Palácio Tangará, na piscina do hotel que é também um clube (Crédito: Claudio Gatti)
O Palácio Tangará, hotel seis estrelas instalado no Parque Burle Marx, em São Paulo, completa dois anos em maio. Em 2017, quando abriu as portas, o momento econômico não era nada propício. O País estava naufragado numa crise econômica e não havia boias salva-vidas à vista. Hoje, no entanto, o empreendimento mostra vitalidade. Com faturamento projetado de R$ 100 milhões para este ano, o hotel da rede europeia Oetker Collection deve chegar a uma taxa de ocupação anual de 60% em 2019, cerca de 15% superior à do ano passado. O Tangará tem 141 quartos — todos com vista para a vegetação — e 59 suítes. A diária mais cara chega a R$ 38 mil. Para rentabilizar o luxo de suas instalações, o Tangará decidiu apostar em outros atrativos: gastronomia, eventos e entretenimento já são responsáveis por mais de 50% do faturamento.
Construído nos anos 1940, mas totalmente reformulado para abrigar o empreendimento, o Palácio Tangará tem 27 mil m² e fica num ambiente privilegiado, nos 138 mil m² de vegetação do Parque Burle Marx, um oásis verde às margens do rio Pinheiro, na zona sul da cidade.
Hoje, o local é alugado frequentemente para cerimônias de casamento. Só em 2018 foram 30, número que deverá ser superaro este ano. O aluguel de um salão para 70 pessoas sai por R$ 20 mil. No salão maior, que comporta mais de 500 pessoas, o valor quadruplica. Como esses espaços costumam ser muito procurados para o segmento corporativo, o hotel estreou, em fevereiro, o Tangará House, uma nova área dedicada a eventos que conta com nove salas, todas com acesso ao terraço e vista para o parque. “Estamos com um share de presença de 45% no corporativo e 55% no lazer”, diz Celso do Valle, diretor do Palácio Tangará. Lazer, neste caso, não se refere apenas a hóspedes que visitam São Paulo como turistas, mas também aos que veem o próprio hotel como uma atração. E ele vale mesmo a viagem.
O restaurante Jean-Georges, do chef francês Jean-Georges Vongerichten, inaugurado junto com o hotel, tem ganhado destaque na cena paulistana. Em 2018, ele conseguiu sua primeira estrela no Guia Michelin. Por conta disso, o restaurante decidiu criar um menu degustação de seis pratos a R$ 420. O Tangará conta ainda com o Parque Lounge & Terrace, que serve chá da tarde ao estilo inglês todos os dias, acompanhado por um duo de piano e violoncelo. No domingo, oferece o Sunday Brunch & Jazz a R$ 225 por pessoa.
ARTES VISUAIS E não é só aos domingos que a música preenche os salões do palácio. Às quintas-feiras, apresentações abertas ao público quebram a sobriedade eleganmte do Burle Bar com o evento Jazz & Blues. Já se apresentaram por lá o guitarrista americano Mark Lambert e o trompetista brasileiro André Busic. Na próxima quinta-feira 28 é a vez da cantora e compositora Luciana Pires. Em janeiro deste ano, o hotel abriu espaço também para as artes plásticas. Bia Doria, primeira-dama do governo paulista fez a inauguração com a exposição “Natureza, Arte e Luz”. O próximo artista convidado é o escultor Caciporé Torres. “A nossa ideia é ter uma artista diferente a cada três meses”, diz Celso do Valle.
Além de tudo isso, o Tangará ainda funciona como um clube. O programa de associados SOU (Seu Oásis Urbano), permite acesso às áreas comuns, como as piscinas, a academia de ginástica e os tratamentos do SPA da Sisley Paris. A taxa anual é de R$ 13 mil para uma pessoa, R$ 18 mil para um casal e R$ 24 mil para uma família de quatro pessoas. “Já vendemos 22 títulos, mas queremos chegar a 60 ou, no máximo 70”, afirma Valle.
A casa que Baby construiu
O prédio onde hoje é o Palácio Tangará foi erguido na década de 40 pelo milionário Baby Pignatari, um dos herdeiros da família Matarazzo. Nos anos 1980, o terreno foi comprado pela construtora Birmann, referência no desenvolvimento de edifícios comerciais na capital paulista, numa sociedade entre o empresário Rafael Birmann e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil). A ideia era construir ali o Four Seasons São Paulo, mas o projeto não vingou. As obras, iniciadas em 1998, foram paralisadas em 2000 quando a construtora entrou em crise. Durante 12 anos, o prédio foi uma construção ameaçada de virar ruína. Em 2013, Birmann vendeu sua parte no empreendimento ao fundo americano GTIS, que comprou também os outros 49% da Previ por R$ 45 milhões. Foi quando o Palácio Tangará começou a ganhar a forma que tem hoje.
Estatal espanhola que é a maior operadora de terminais do mundo paga ágio de 1.010% em leilão de aeroportos no Nordeste. Como ela pretende lucrar?
Muitos aeroportos servem como tela para arquitetos renomados demonstrarem as suas habilidades no traço, mas poucos provocam tanta admiração quanto o terminal 4 de Barajas, em Madri, com o seu teto ondulante que parece flutuar. Utilizado para voos internacionais, ele foi desenhado pelo celebrado escritório do britânico Richard Rogers (também um dos idealizadores do Centro Georges Pompidou, em Paris). O projeto foi eleito em 2006 pelo Prêmio Stirling como a construção de maior impacto para a evolução da arquitetura. Depois de desenhado e construído com esmero, coube à empresa Aena a administração do terminal e de todo o aeroporto madrilenho.
Estatal espanhola voltada à operação dos aeroportos daquele país, a Aena não lembra em nada a nossa Infraero. Responsável pelo funcionamento de 46 aeroportos e de dois heliportos na Espanha, a empresa começou a se internacionalizar em 1997 e hoje é a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros. Em 2018, foram 335 milhões de pessoas. Por meio da Aena Internacional, ela administra 17 aeroportos no México, Colômbia, Jamaica e Reino Unido — o de Luton, próximo a Londres.
Na sexta-feira 15, a Aena aportou no Brasil ao arrematar o bloco mais desejado do último leilão de aeroportos: o do Nordeste, que inclui Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa e Juazeiro do Norte, na Paraíba. Em conjunto, eles devem ter um tráfego de 13,2 milhões de passageiros em 2019. Ao pagar R$ 1,9 bilhão pela concessão de 30 anos, um ágio de 1.010,69% em relação ao preço inicial, a espanhola demonstrou apetite pelo mercado nacional e deixou para trás a Zurich Airport International, que disputou o leilão lance a lance.
A rival suíça ficou com o bloco que inclui os aeroportos de Vitória e de Macaé, no Rio de Janeiro, por R$ 437 milhões. Eles se somam às operações de Florianópolis e de Confins, em Belo Horizonte, que a companhia já havia conquistado em rodadas anteriores. “A vitória da Aena foi inesperada, porque ninguém sabia como ela iria se comportar na disputa”, diz David Goldberg, sócio da consultoria Terrafirma. “Vai ser o maior investimento da empresa fora da Espanha.”
Juan José Álvarez, diretor internacional da Aena, declarou que pretende participar dos próximos leilões para crescer ainda mais no Brasil. A meta é adquirir aeroportos que recebam acima de 7 milhões de passageiros por ano. “A Aena tem um plano estratégico de crescer na América Latina”, disse Álvarez. O governo federal anunciou já na segunda-feira 18 um edital para a sexta rodada de concessões, programada para 2020, que vai incluir 22 aeroportos das regiões Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Há ainda “joias da coroa” à disposição, mesmo depois de aeroportos importantes já terem sido negociados em rodadas anteriores, como os de Recife, Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Brasília (no quadro ao final da reportagem). “Imagino que o mais valioso ativo ficará por último, o aeroporto de São Paulo”, diz o advogado Alberto Sogayar, sócio da área de infraestrutura do L.O. Baptista Advogados.
A Aena tem fôlego financeiro para a disputa. O faturamento da estatal subiu 7,3% para € 4,32 bilhões, em 2018. O lucro líquido cresceu 7,8%, para € 1,33 bilhão. O valor de mercado da companhia, cotada na bolsa de valores espanhola desde 2015, está em € 24,3 bilhões. Álvarez afirma que a empresa usará recursos próprios para bancar tanto o valor de outorga, a ser pago na assinatura do contrato, quanto os R$ 788 milhões para investir nos primeiros cinco anos de operações.
“Ela deve estar projetando um crescimento de tráfego bem agressivo para o Brasil”, diz Thiago Nykiel, CEO da Infraway Engenharia, responsável pelos estudos de viabilidade dos aeroportos leiloados e que deve fazer o mesmo trabalho na próxima rodada. “Como tem acesso, na Europa, a dinheiro emprestado a taxas de juros muito mais baixas, ela topou pagar um grande ágio. As empresas europeias estão acostumadas a retornos mais baixos por investimento, pois atuam em mercados maduros. Uma lucratividade de 3% é aceitável para o acionista.”
Hub do Nordeste Por conta disso, desenha-se uma disputa entre grupos europeus pelos aeroportos do País. Além da Aena e da Zurich, já possuem operações aqui a francesa Vinci Airports (que ganhou a concorrência por Salvador, em 2017) e a alemã Frankfurt Airport Services, vencedora de Fortaleza e Porto Alegre, no mesmo ano. Ambas também participaram da disputa deste mês, mas saíram perdedoras. A expectativa dos analistas é ver qual aeroporto do Nordeste pode se constituir no maior hub de voos entre a América Latina e a Europa. A briga deve ser pesada entre Fortaleza, Salvador e Recife.
A Aena tem uma vantagem extra ao assumir o último aeroporto porque a Azul, do empresário David Neeleman, utiliza o local de forma estratégica. É importante lembrar que o mesmo empresário controla a portuguesa TAP, o que pode tornar provável uma conexão entre Recife e a Península Ibérica. O analista Goldberg, da Terrafirma, destaca que a palavra final costuma ser das empresas aéreas, mas um aeroporto bem administrado pode fazer a diferença no momento da escolha.
O Discovery Channel deveria ser sobre descobertas, não é mesmo? Mas atualmente o que estamos descobrindo são novos escândalos envolvendo o elenco e a equipe dos programas do canal.
A Discovery Communications, proprietária do Discovery Channel, do TLC e do Animal Planet, está habituada à controvérsia, seja enganando o público ou algo muito pior. A rede tem reality shows crivados de criminosos condenados – alguns dos quais são até pedófilos. Embora essas notícias geralmente levem ao cancelamento de um programa, é impossível não se perguntar por que o Discovery Channel parece ser um ímã para esse tipo de comportamento.
Dê uma olhada nos maiores escândalos da história do Discovery Channel. Você não acredita que essas pessoas puderam realmente lucrar com o mau comportamento dos outros.
A misteriosa demissão de Bear Grylls
Não há muito que Bear Grylls não faça (ele até bebeu sua própria urina para sobreviver). Porém, o canal americano resolveu encerrar seu vínculo depois que o britânico se negou a participar de dois novos projetos além de "À prova de tudo" com os quais, aparentemente, havia se comprometido.
Em vez de deixá-lo ficar apenas com o programa que o tornou famoso, eles decidiram demiti-lo por indisciplina. "À prova de tudo" ficou no ar por seis temporadas graças às aventuras nas quais Bear Grylls era exposto com o objetivo de mostrar técnicas de sobrevivência em um ambiente hostil.
A Grande Família do Alasca nem sequer é do Alasca
"A Grande Família do Alasca" tem sido objeto de muita controvérsia porque as pessoas não têm certeza de quanto do programa é realmente verdade. O reality tem como ideia central mostrar o cotidiano de uma família americana que vive há mais de 30 anos em locais isolados do estado do Alasca. Acontece que os participantes nem sequer são do Alasca e, de acordo com uma pesquisa feita pelo noticiário local, o reality foi filmado bem perto do centro da cidade.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...