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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O CORONELISMO BAIANO NO SERTÃO SERGIPANO

Rangel Alves da Costa*


Por muitos anos, a partir da estreita relação com o poder, a política e o cangaço, o coronelismo das terras sertanejas da Bahia expandiu sua influência ao vizinho estado de Sergipe, mais de perto na região sertaneja do São Francisco, principalmente nas terras de Poço Redondo e Canindé do São Francisco.
Chamava-se João Maria de Carvalho este senhor de poder e de mando, cuja força coronelista foi muito além das fronteiras de sua Serra Negra, atual Pedro Alexandre. Aquela região baiana, aliás, foi palco de senhores poderosos que marcaram suas épocas pelo mandonismo acobertado pela força política. Neste contexto se sobressaíram o próprio João Maria e o coronel João Gonçalves de Sá, de Jeremoabo (mais tarde homenageado com nome do município Coronel João Sá).
Filho de Pedro Alexandre, contando com mais treze irmãos, João Maria de Carvalho possui uma história singular na saga dos grandes sertanejos. Tenente de patente militar, porém coronel hierarquizado pelo poder econômico e político, foi homem que soube como nenhum outro confluir para si forças antagonistas e transformá-las num poder pessoal tamanho que se fez reconhecido, respeitado e temido por todo o sertão.
Sua extraordinária capacidade de dialogar com situações opostas - e de tudo tirar proveito -, o colocaria também como magistral estrategista. Basta citar o exemplo de sua opção por dar guarida a perseguidos pela polícia, injustiçados e cangaceiros, enquanto seu irmão, o famoso Tenente-coronel Liberato de Carvalho, comandante da força baiana, esteve por muito tempo pelos sertões alagoanos, sergipanos e baianos no encalço de pessoas por ele protegidas.
Situação deveras interessante, e até incompreendida, mas se os cangaceiros que Liberato de Carvalho tanto perseguia debandassem para as terras da Serra Negra e ali pedissem refúgio a João Maria, seu irmão, certamente teriam acolhida. E o coito era tal que nenhuma força policial se atreveria a abalar o mando do grande coronel. Quer dizer, enquanto Liberato queria prender, João Maria procurava proteger da prisão.
Assim agia o coronel João Maria porque sabia que protegendo o homem da terra, por este seria reconhecido e o seu prestígio se tornaria incontestável. E assim de fato ocorreu. Por isso mesmo não mostrava receio em dar coito e abrigo nas suas vastas terras mesmo àqueles chegados de outros estados, principalmente de Sergipe. Acolheu o cangaço como uma causa justa, abrigou sertanejos perseguidos porque se via como grande pai e protetor dos oprimidos.
Limitando com Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Canindé de São Francisco, pelo lado sergipano, Serra Negra era vista quase como uma povoação do sertão de Sergipe. Daí que o coronel baiano, acolhendo os enviados por amigos políticos ou aqueles de reconhecida periculosidade, ao mesmo tempo expandia sua influência além fronteiras. Por isso fez fama em toda a região e até interferia politicamente nos pleitos eleitorais das terras sergipanas.
Não era incomum se ouvi dizer que este ou aquele candidato era apoiado pelo coronel João Maria da Serra Negra. E bastava tal fato para que o pleiteante ganhasse força e prestígio. Do mesmo modo, as lideranças políticas sertanejas tudo faziam para não contrariar o poderoso da região. E mais. O próprio governo estadual sentia de tal modo a influência do baiano que lançava todas as suas forças contra o candidato por ele apoiado.
Assim aconteceu com José Francisco de Nascimento, mais conhecido como Zé de Julião, um ex-cangaceiro (Cajazeira) que pleiteava ser o primeiro prefeito do então emancipado município de Poço Redondo, nas eleições de 1953. João Maria tornara-se amigo do influente e já falecido pai do candidato, e este já havia recebido a proteção do baiano quando a polícia foi em seu encalço após a chacina de Angico, por fazer parte do bando de Lampião. E mais tarde o apoiou nas suas pretensões políticas.
À época, no início da década de 50, o poder estadual estava nas mãos do PSD. Mesmo sendo da UDN baiana, o coronel João Maria indicou Zé de Julião como candidato do PSD sergipano. Contudo, para afastar a influência do baiano, o governo estadual apoiou um candidato do PR, que era partido da base governista. Não só apoiou como trabalhou maciçamente para que “um ex-cangaceiro” não desonrasse os destinos de Poço Redondo. A intenção maior, entretanto, era derrotar o coronel baiano. E conseguiu.
Mesmo tendo seu candidato derrotado e sentindo que Zé de Julião não se abatera e desejava ser mais uma vez candidato, eis que João Maria novamente o apoia. Mesmo que agora o governo estadual já estivesse nas mãos de Leandro Maciel da UDN, o mesmo partido de João Maria, não houve acordo entre os líderes e a força perseguidora leandrista lançou todas as armas contra o PSD de Zé de Julião.
Num pleito marcado por fraudes e favorecimentos ao candidato governista, Zé de Julião foi derrotado e em seguida perseguido pela polícia por haver roubado três urnas e rasgado as cédulas de votação. Então o protegido do coronel baiano buscou no amigo a guarida contra a morte certa. E novamente foi acolhido até retomar seu destino.


Poeta e cronista
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OS CORONÉIS JAGUNCISTAS

Rangel Alves da Costa*


Para o bem ou para o mal, verdade é que o coronelismo por muito tempo ordenou o fazer e o viver pelos sertões nordestinos. Grandes latifundiários, senhores financeiramente aquinhoados, influentes amigos do poder e do mando em outras esferas, se arvoravam de comandar a vida não só de empregados seus como de todos aqueles que vivessem ao seu redor, encurralados que eram pelas esmolas aviltantes, pelos assistencialismos ou pelo temor espalhado.
E foi num cenário assim, num quadrante de sol sangrando pelas tocaias e emboscadas, em meio a nojentas tramas de coronéis, que se passou a história adiante relatada. Dizem que muitos anos atrás, sob o manto da desvalia e o sangue dos inocentes e destemidos molhando a terra rachada, quando o latifúndio era o poder e o mandonismo era a ordem, os coronéis anteciparam o poema drummondiano: Coronel Quintiliano odiava o Coronel Tertuliano, que odiava o Coronel Hercilino, que odiava todo mundo, menos a jagunçada.
Na verdade, ninguém com mando e poder podia odiar a jagunçada. Os jagunços eram seus mensageiros, seus escudos e emblemas, suas vozes mais ignorantes, seus atos quando era impossível dar cabo de qualquer coisa com as próprias mãos. Do mesmo modo que Antonil cita que os escravos eram os pés e as mãos do Senhor de Engenho, os jagunços o eram para os coronéis nordestinos.
Coronel que respeitasse sua patente forjada ou adquirida no coito da Guarda Nacional, não podia deixar ter, no mínimo, uma trinca de celerados à sua disposição. Ou fazia assim, mantendo sob suas ordens uma leva de destemidos malfeitores, ou corria grande risco de ter o seu terno de linho branco manchado do sangue da vingança perpetrada pelos seus tantos e igualmente poderosos inimigos. Era máximo deleite de um saber que o outro tombou com mancha vermelha no linho branco.
Era fera engolindo fera, como se dizia nos segredos de quixabeira. Mas tudo covarde, tudo fumaçando valentia através da crueldade do seu servo das atrocidades, que era o jagunço. Dificilmente se encontrava um coronel que se dispusesse a resolver suas vinditas pessoalmente, pois se refestelando nos casarões a ingrata sorte de todos, do maior ao menor. Eis que todo mundo era seu potencial inimigo, principalmente o seu cabra de mando, de quem tinha medo de se mijar nas calças.
E foi neste cenário de poucos donos e tantas vítimas, que um dos mais afamados mandonistas, daqueles coronéis que mandava fechar cabaré para seu desfrute pessoal, resolveu que deveria aumentar suas terras a qualquer custo. Achava pouco meio mundo de terra, bicho e gente. E para tal inventou uma mentira e ordenou que um de seus cabras fosse espalhá-la nas proximidades dos ouvidos do coronel inimigo.
O mensageiro, cabra escolhido a dedo, sabendo que não tinha acesso ao coronel desafeto do patrão, chegou diante um de seus jagunços e disse que avisasse ao patrão que o coronel fulano de tal iria lhe tocaiar para matar. Logicamente que o coronel era outro e não aquele a quem estava a mando, e tudo pra forçar um confronto entre eles.
Se a lógica acontecesse seria tudo claro demais. Inventando a mentira, o Coronel Quintiliano queria inimizar ainda mais e colocar em confronto aberto os Coronéis Tertuliano e Hercilino. Dizendo que um iria matar o outro, logicamente que um se anteciparia e daria logo cabo da vida do inimigo. E seria menos um desafeto para o coronel mentiroso. Do outro daria um jeito para mandar tocaiar depois. Jagunço servia pra isso mesmo.
Só que o Coronel Quintiliano não estava esperando que tudo ocorresse de modo diverso do planejado. Quando o Coronel Tertuliano soube da promessa de morte feita pelo Coronel Hercilino, logo decidiu que se estava correndo risco de ser tocaiado, então teria que primeiro dar cabo à vida de um inimigo de longa jornada, pois não poderia morrer sem matar primeiro o temível concorrente e opositor Coronel Quintiliano. O mentiroso.
Esperando somente saber o resultado do confronto entre os outros dois coronéis, o Coronel Quintiliano ficou de corpo aberto, à mercê do enraivecimento dos capangas do Coronel Tertuliano. E quando saiu para galopar ao entardecer, e sem estar acompanhado de nenhum dos seus jagunços, recebeu um tirombaço vindo de trás de um tufo de mato.
Assim, tornou-se vítima da própria mentira. Mas sua morte fez flamejar ainda mais o dantesco quadro de disputas e mortes tão próprias daqueles tempos medonhos. Eis que os outros dois coronéis passaram a se armar ainda mais para aumentar sua força política e de mando sobre tudo e todos, mas principalmente pelas terras deixadas pelo coronel desaparecido.
De lado a lado os jagunços esquentaram suas armas. Dizem que daí em diante se deu uma guerra tão violenta que quase põe fim ao mundo. Mas não. Apenas do mundo dos coronéis jaguncistas, pois o tempo chamou para si o dever de ir, aos poucos, ceifando aquelas ervas daninha.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Delegado da PF fala como Clovis Nunes fraudava a Campanha do Desarmamento

De acordo com as investigações, Carlos Nunes foi flagrado em determinado dia, sacando uma importância em dinheiro equivalente a 85 indenizações de pessoas que teriam entregue armas na Casa da Paz. Vale salientar que toda esta movimentação
Delegado da PF fala como Clovis Nunes fraudava a Campanha do Desarmamento
Fotos Gleidson Santos



























O delegado Wal Goulart contou que a investigação sobre a fraude do desarmamento iniciou-se há três meses, quando ficou constado que a arrecadação de armas em Feira de Santana, era 14% de todo o Brasil, onde a cidade arrecadou mais armas do que em outras cidades maiores como São Paulo e Rio de janeiro.

“Diante disso, o Ministério Público Federal abriu uma investigação e em três meses descobrimos que existe uma organização criminosa, comandada pela pessoa de Clovis Nunes, qual é coordenador nacional do MovPaz, onde está instalado em 27 cidades e 10 estados”, frisou o delegado.

De acordo com as investigações, Carlos Nunes foi flagrado em determinado dia, sacando uma importância em dinheiro equivalente a 85 indenizações de pessoas que teriam entregue armas na Casa da Paz. Vale salientar que toda esta movimentação foi filmada e fotografada pela PF

Ainda de acordo com Goulart, “o coronel Martinho pensando em agilidade ao programa, o mesmo repassou a sua senha para Clovis Nunes, até então, não temos nenhuma prova que vincule o tenente Coronel Martinho e nem o tenente Danilo pela pratica de crime, pois, o erro deles foi ter cedido a senha para essas pessoas, onde se aproveitaram e praticaram a fraude”.

O Golpe
O modo operante da quadrilha, era emitir o protocolo de pagamento de armas artesanais que eram recebidas na ONG e existe também uma suspeita que eles fabricavam as armas, para receberem essas indenizações. Sendo que, a arma artesanal é recebida na campanha, mas não tem direito a indenização.

“Então, devido a facilidade que foi encontrada e começaram a gerar protocolo de forma fraudulenta, recebendo essas indenizações e ainda gerava indenizações. Então essa foi a fraude praticada pelo Carlos Nunes, seu irmão Carlos e vários voluntários, a rede é enorme mais de 50 pessoas, mas nós nos concentramos naqueles principais”.

A fraude chega a mais de R$ 1,3, milhões, mas o grande prejuízo não é nem o financeiro e sim a credibilidade da campanha, mas por outro lado, a campanha pode ganhar mais força, já que a PF prendeu os criminosos que fraudaram a campanha.

SURPRESA

Clovis Nunes chegou a Feira de Santana no final da tarde de ontem e se disse surpreso com o acontecido e que pode ter acontecido algum erro de dados no programa do Desarmamento. Clovis e Carlos Nunes, além de mais três criminosos já foram conduzidos para o Conjunto Penal de Feira de Santana

TJ-BA é o penúltimo no ranking de cumprimento de meta de julgamento de casos de corrupção

TJ-BA é o penúltimo no ranking de cumprimento de meta de julgamento de casos de corrupção
O cumprimento da Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece que as Cortes brasileiras devam julgar até o final deste ano os processos contra a administração publica e de improbidade administrativa distribuídos até o dia 31 de dezembro de 2011, ainda está longe de ser alcançado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em agosto deste ano, o tribunal era o pior em número de julgamento de processos de corrupção, com 5,2% dos casos julgados. No relatório do CNJ sobre o cumprimento da meta, atualizado diariamente, aponta que, até esta quinta-feira (28), a Corte baiana apresentou uma leve melhora nos níveis de julgamento de casos de corrupção, mas ainda figura em penúltimo lugar no ranking de cumprimento da meta, com 10,29%. O tribunal baiano fica atrás apenas do Tribunal de Justiça do Piauí, que julgou, até o momento, 6,92% dos casos de crimes contra a administração pública. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) aparece em antepenúltimo lugar da lista, com 20,12%. O Tribunal de Justiça do Amapá é o que mais julgou os processos da meta, com 97,05%.

Chuva alaga Barradão e atrapalha treino do Vitória

Chuva alaga Barradão e atrapalha treino do Vitória
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
Uma forte chuva que caiu em Salvador nesta quinta-feira (28), atrapalhou os planos do técnico Ney Franco de comandar um treino tático no Barradão. Com isso, os jogadores trabalharam a parte muscular na academia, supervisionados pelo preparador Éder Bastos. Confira detalhes na coluna Esportes!

Leilão de bens da Varig arrecada R$ 28 milhões

Leilão de bens da Varig arrecada R$ 28 milhões
O Tribunal de Justiça do Rio arrecadou R$ 28 milhões com o leilão de bens das empresas Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas. Foram oferecidos 52 imóveis, sete veículos, equipamentos de escritório e de aviação, além de lotes de obras de arte, estimados, no total, em R$ 40 milhões. De acordo com o TJ, a média de deságio no leilão foi de 50%. Os principais ativos do leilão foram imóveis em Brasília, São Paulo e Fortaleza, além de obras de arte. Alguns itens leiloados com valores muito abaixo do estipulado pelos leiloeiros deverão ser aprovados pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de falência da empresa. Segundo o Tribunal de Justiça, os itens e ofertas também precisarão receber um parecer do Ministério Público antes de ter a venda confirmada. Entre os itens estão dois imóveis na Rua da Consolação, em São Paulo, avaliados em mais de R$ 5,5 milhões. O lance vencedor foi de R$ 2,2 milhões. Outro lote contava com quatro imóveis onde funcionavam lojas da empresa na Av. São Luiz, no bairro da República, em São Paulo. Os imóveis foram avaliados em R$ 1,869 milhão, mas receberam lances de apenas R$ 750 mil. O leilão foi determinado pela 1ª Vara Empresarial da Capital, onde tramita o processo de falência da empresa. O valor arrecadado será juntado a outros R$ 37 milhões arrecadados em outros leilões e já depositados na conta da Varig sob administração do juiz Luiz Roberto Ayoub. O montante será utilizado para o pagamento de dívidas e indenizações trabalhistas estimados, à época da falência, decretada em 2010, em R$ 7 bilhões. Segundo o Tribunal de Justiça, ainda estão previstos mais dois leilões de bens pertencentes à Varig, que deverão acontecer em 2014. A empresa pediu recuperação judicial em 2005. Foi a primeira empresa a se beneficiar da nova Lei de Falências, promulgada quatro meses antes do pedido de recuperação.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Evangélica choca o Brasil ao se encontrar com o assassino do filho, Veja o vídeo



A dona de casa Maria Nice ficou cara a cara com o suspeito de ter assassinado seu filho em dezembro de 2012 no bairro Colinas do Sul, João Pessoa (PB). O suspeito, Alisson Lima dos Santos, foi preso com mais três comparsas apontados como autores de diversos homicídios e tráfico.

Acompanhada de uma advogada, Nice seguiu o carro que levava o suspeito e pediu autorização aos policiais para falar com ele. Ela segurou o queixo do rapaz e disse não nutrir nenhum tipo de ódio. — Eu não tenho um pingo de ódio de você, Alisson, eu só oro todos os dias. Você não me deixou olhar nos olhos do meu filho antes dele morrer, mas te perdoo.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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