Agentes penitenciários apreenderam na tarde deste domingo (27), um aparelho celular com fones de ouvido dentro de um pacote de bolachas. A apreensão aconteceu durante revista das pessoas que visitam familiares, que cumprem pena na Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão, no bairro Mangabeira, em João Pessoa. Conforme informações do chefe de Segurança e Disciplina da Penitenciária, Charles Mota, a mulher de 21 anos tentava passar com vários alimentos, mas foi interceptada pela revista que os agentes têm determinação para fazê-la em todo tipo de material levados pelos parentes aos apenados.
A visitante era companheira de um apenado condenado por tráfico, assalto e formação de quadrilha. Os agentes desconfiaram dos modos como a dona de casa agia na hora da revista.
Ele contou que a criatividade entre as pessoas que tentam passar com objetos, principalmente celulares, fones e drogas entre outros para os detentos, não tem limite e cada vez, os agentes se surpreendem com a tentativa das pessoas. Segundo o agente, é um local inusitado, mas fácil de ser detectado, que foi o que aconteceu com a tentativa da mulher.
“Graças a ação sempre atuante dos agentes desta unidade, o crime teve mais uma perda, pois é sabido por todos que celular dentro de um presídio equivale a uma arma, pois serve para fazer desde trotes, até mandar matar possíveis desafetos aqui fora”, informou o chefe de Segurança. A mulher foi detida para depor sobre o delito à polícia.
A Anvisa deve enviar no início de agosto um anteprojeto de lei para acabar com a identidade visual das embalagens de cigarro, proibindo a exibição das marcas. A ideia é que todos os maços tenham o mesmo layout, inibindo o apelo publicitário. Frente e verso serão estampados com imagens de ex-fumantes doentes e outras cenas fortes. Confira mais informações na coluna Justiça.
Suspeito de participar do assassinato de um pequeno agricultor em fevereiro do ano passado, Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau Tupinambá, entregou-se a Polícia Federal no último dia 24 após participar de audiência publica em Brasília. Ele é um dos caciques que atuam no sul da Bahia, região da Serra do Padeiro, e ocupam fazendas para exigir do governo federal celeridade no processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença. Babau participaria de uma audiência com o papa Francisco para denunciar a violência contra os povos indígenas brasileiros. O mandado de prisão foi expedido há mais de dois meses antes, em fevereiro, pelo juiz da Vara Criminal da comarca de Una, no sul baiano. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) acredita que a prisão é uma estratégia do governo para que o líder tupinambá não fizesse as denúncias em Roma, capital da Itália. Babu já havia sido preso em 2010 por comandar ocupações em fazendas de Ilhéus. As informações são da Agência Brasil.
Há 20 anos Roberto Nogueira, 34 anos, conheceu às artes marciais e se apaixonou pela luta.
Há cinco se tornou pastor na Igreja MinistérioInternacional Resgatando de Restaurando Vidas (MIRR), em João Pessoa, e ganhou um título: “Pastor do Tatame”. O seu amor pelo Jiu-jitsu o tornou campeão mundial na modalidade. Com uma vasta experiência no tatame, o pastor-lutador natural do Rio de Janeiro conquistou recentemente mais um título importante para a sua galeria de medalhas: Campeão no Absoluto Mundial no Rio de janeiro. Ele venceu sete lutas e competiu com atletas de diversos países, representando à Paraíba.
Nogueira foi apresentado ao universo da luta quando tinha pouco mais de 12 anos. “Eu era uma criança muito imperativa. Na rua, eu arrumava algumas confusões, briga e daí fui convidado a praticar o esporte e me apaixonei pelo karatê e, consequentemente, o Jiu-jitsu”, comentou.
Em entrevista, Nogueira revelou que em pouco mais de um ano conquistou pódios importantes tanto no Brasil como fora. Em 2013, foi campeão na Alemanha e na Copa Fite de Olinda-PE, vice-campeão no Absoluto no Circuito Nordestino em João Pessoa. Em 2014 conquistou o 1º lugar no Natal Open Nordeste, campeão estadual em João Pessoa, campeão Open Paraíba, sediado em João pessoa, e recentemente se tornou campeão mundial no Absoluto no Rio de Janeiro. O próximo desafio vai ser em novembro na Califórnia, nos Estados Unidos.
Mesmo se consagrando em competições nacionais e internacionais, Roberto Nogueira desenvolve um trabalho social com crianças, jovens e adolescentes, através do esporte e do evangelho. “Sou pastor dos jovens e nessa temática a gente faz um trabalho voltado para eles mostrando sempre o caminho certo”.
Além das atribuições religiosas, o pastor também dar aulas em uma academia, no bairro do Bessa, em João Pessoa, para crianças, adultos e mulheres. Ele integra a equipe ‘Roberto Nogueira Jiu-jitsu”.
A Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública comemora junto a Ten Coronel Fátima Cristina a decisão proferida na data de hoje pela Turma Recursal do Tribunal de Justiça. O Processo Judicial nº 201401001389 versava sobre recurso impetrado pelo Advogado Madson Santana, para reformulação de sentença em primeira instancia, alegando a inobservância do Estado de Sergipe sobre a reserva de vagas de 10% para o efetivo feminino da Policia Militar de forma a preencher suas vagas até o ultimo posto, conforme lei específica nº 5.216/03.
A militar sendo a única mulher que atendia os pré requesitos a época da promoção em 2012, solicitou administrativamente sua promoção com base na referida lei, porém após negativa administrativa a ação se tornou pleito na esfera judicial, tendo hoje decisão por unanimidade da Turma recursal, comprovando que o direito ampara as mulheres militares para sua ascenção na carreira com a observancia do percentual de 10%.
Para a Presidenta da Asimusep, a policial militar Svetlana Barbosa, essa é mais uma comprovação da jurisprudencia de diversas ações que estão sendo acompanhadas pela entidade, comprovando a lisura e bom senso do magistrado ratificando as decisões sobre o tema e mesmo com possibilidade de recurso do Estado, podemos comemorar mais uma grande vitória das mulheres militares.
Segue Sentença:
A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam as Juízas de Direito integrantes da Turma Recursal dos Juizados Especiais de Sergipe, à unanimidade, por conhecer e dar PROVIMENTO ao recurso em análise, reformando a sentença a quo para conceder à autora o direito de acesso ao POSTO DE CORONEL DA PMSE, garantindo a ela todos os direitos atinentes à promoção, mormente a diferença de soldo, desde o dia 25/08/2012, tudo atualizado desde a citação válida, com juros de 0,5% ao mês. Por existir condenação em obrigação de fazer, concedo o prazo de 30 dias após a publicação do acórdão, para cumprimento da determinação, aplicando a multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais) para o caso de descumprimento, até o limitede R$ 10.000,00 (dez mil reais). Condeno ainda o Estado de Sergipe a reparar os danos morais causados por ele à demandante, verba esta que arbitro em R$ 10.000,00, (dez mil reais), que deverá ser reajustada nos moldes das Súmulas 362 e 54 do STJ. Sem ônus sucumbenciais. Aracaju, 24 de Julho de 2014. Maria Angélica França e Souza Juiz(a) Relator(a) Nº do Processo: 201401001389
Dunga manteve por muitos anos um segredo bem guardado: a intermediação de transações em direitos econômicos de jogador de futebol. Quando foi questionado por esta reportagem sobre sua participação na venda do meia Ederson, em 2004, do RS Futebol Clube para o grupo Image Promotion Company (IPC), foi incisivo na negativa. Através da assessoria de imprensa da CBF, afirmou "não ter participação alguma na venda dos direitos sobre o vínculo do referido jogador".
Três documentos públicos, porém, mostram o contrário: uma nota fiscal da "DungaEmpreendimentos, Promoções e Marketing ltda", com a comissão no valor de R$ 407.384,08; o recibo assinado pelo próprio Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga; e o comprovante bancário de transferência do clube para a empresa do treinador, no valor discriminado na nota. Não é o único conflito de interesse com o cargo de comandante da seleção brasileira nessa história: as ligações com os agentes do IPC vão muito além do que um único negócio. » Veja aqui os documentos
Na manhã de ontem, 25, o clima esquentou na audiência na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual. O Estado não paga aos anestesiologistas há 72 dias.
O CRM chegou a pedir a exoneração da Secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva, e o impeachment do governador Jackson Bareto (PMDB). A renovação do contrato do Estado com a Cooperativa de Anestesiologistas (Coopanest) só será renovado no próximo mês de agosto se o governo sanar as dívidas. Foi o que disse o representante da cooperativa, Cárcio Sobral Porto. Ele lembrou que há uma parceria de 20 anos e que, em todo esse período, os anestesiologistas jamais deixaram de prestar serviço ao Estado. Impeachment
Para José Roberto Mellara, é necessário o impeachment do governador:
“O Governo Federal passa para a Secretaria de Estado da Saúde, recursos da ordem de R$ 65 milhões, só que a Fundação Hospitalar de Saúde está recebendo R$ 48 milhões e ficando com o resto, não sabemos porque o dinheiro vem sendo mal gasto, acreditamos que por falta de planejamento. Viemos para a audiência para esclarecer esses pontos ao Ministério Público. Hoje eu diria ser necessário o impeachment do governador e da secretária de Saúde, pois nossa Saúde está de mal a pior. Isso aqui é só a ponta do Iceberg, mas lá em baixo, o problema é muito maior. Usam o dinheiro para marketing. Infelizmente a população vê e não e não enxerga e só vai sentir na pele quando alguém da família precisar do Huse".
Numa conversa tensa em novembro de 2011, o deputado federal Rodrigo Bethlem, do PMDB do Rio de Janeiro, acertava com a empresária Vanessa Felippe detalhes do divórcio dos dois, como o valor que ele pagaria de pensão. Bethlem pedira licença da Câmara dos Deputados naquele ano para servir à prefeitura, como secretário municipal de Assistência Social. A discussão se estendeu por duas horas e meia na casa de Vanessa, num luxuoso condomínio da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Seria apenas uma briga de casal, sem interesse público, não fossem as revelações comprometedoras que Bethlem fez a Vanessa. Bethlem contou que embolsava aproximadamente R$ 85 mil por mês, além de seu salário como secretário. Na conversa, ele sugere que se tratava de propina oriunda de contratos da Secretaria, incluindo um convênio para cadastrar beneficiários do Programa Bolsa Família. Bethlem também afirmou ter uma conta bancária na Suíça e praticamente admitiu caixa dois em suas campanhas eleitorais. Vanessa gravou toda a conversa, mas a manteve em segredo por mais de dois anos. ÉPOCA revela agora o áudio, inédito (ouça abaixo).
Bethlem começou a pagar a pensão em 2012. Em vez de cheques ou depósito na conta bancária, Vanessa conta que recebia em casa pacotes com dinheiro vivo. Cada remessa continha R$ 20 mil em notas de R$ 100. Vanessa reclamava que a quantia era insuficiente para bancar as despesas domésticas. Ela decidiu instalar câmeras escondidas na casa e filmou pelo menos três entregas de dinheiro. Os pacotes eram trazidos por um assessor do gabinete de Bethlem na Câmara dos Deputados em Brasília. ÉPOCA também obteve com exclusividade cópias das filmagens (assista a uma delas ao lado. A gravação recebida por ÉPOCA não tem cortes. Na edição aqui publicada, apenas foi retirado o trecho em que Vanessa conversa com outra pessoa sem relação com o recebimento do dinheiro e se desloca em direção à câmera para pegá-la e virá-la para o jornal que, diz ela, é daquele dia).
A pedido de ÉPOCA, o perito Ricardo Molina analisou os vídeos e também a gravação da conversa de 2011. “Não foi encontrado, ao longo de nenhuma das três gravações periciadas, qualquer indício de manipulação fraudulenta”, diz o laudo de Molina. “Todas (as mídias) estão íntegras e sem descontinuidades, podendo ser consideradas autênticas para todos os fins técnico-periciais.” (O vídeo abaixo foi gravado, segundo Vanessa, em 5 de novembro de 2012, mostra o recebimento de R$ 20 mil. Ela afirma que o dinheiro era enviado por seu ex-marido por meio de José Carlos de Oliveira Franco, secretário parlamentar nomeado para o gabinete de Bethlem. A gravação recebida por ÉPOCA não tem cortes. Na edição, apenas foi retirado trecho em que Vanessa se desloca em direção à câmera para pegá-la e virá-la para o jornal, que diz ela, é daquele dia. Ela conta as notas de R$ 100.)
Bethlem, de 43 anos de idade, trilhou o caminho da política bastante jovem. Filho da atriz Maria Zilda, foi nomeado aos 22 anos subprefeito da Lagoa, bairro da Zona Sul carioca, pelo então prefeito César Maia, hoje no DEM. Alguns anos depois, assumiu a subprefeitura de Jacarepaguá, na Zona Oeste, região mais populosa da cidade. Conseguiu se eleger vereador em 2000. O sucesso político veio pelas mãos do prefeito Paes. No primeiro ano de mandato, em 2009, Paes nomeou Bethlem secretário de Ordem Pública. Sua missão era aplicar “um choque de ordem” na cidade e organizar desde estacionamentos de carros até mesas de bares que invadiam calçadas. A vitrine do trabalho foi a fiscalização nas praias, tomadas por um exército de ambulantes. As ações na orla de Ipanema, Leblon e Copacabana, bairros da Zona Sul frequentados por turistas, tiveram destaque no jornal The New York Times em fevereiro de 2010. Bethlem conquistara o apelido de “Xerife do Rio”.
Por quase 20 anos, ele foi casado com Vanessa, e com ela teve dois filhos. Somente em 2008 que eles oficializaram a união em cartório. Filha do vereador Jorge Felippe (PMDB), atual presidente da Câmara Municipal do Rio, Vanessa, de 41 anos, também seguiu o caminho da política na juventude. Bonita, loura de olhos verdes, ela foi eleita a deputada federal mais jovem do Brasil aos 22 anos, em 1994, pelo PSDB. Conquistara o eleitorado do bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio, base eleitoral do pai. Jorge se tornou braço direito do prefeito Paes no Legislativo. Vanessa afirma ter ajudado o marido a conquistar “a marca de Xerife do Rio”. Por causa da colaboração, reivindicou metade de tudo o que ele ganhava, quando discutiu o divórcio, em novembro de 2011.
Na conversa gravada, Bethlem diminui o tom da voz ao falar sobre seus rendimentos. “Por que você está falando baixo? Não tem ninguém aqui”, diz Vanessa. Ele responde que estava “paranoico”. Diz que algum “inimigo” poderia ter grampeado seu telefone e que o aparelho, mesmo desligado, tem como gravar o diálogo. Não poderia imaginar que o perigo era o gravador que Vanessa acionara às escondidas. Bethlem diz que ganhava cerca de R$ 100 mil por mês. Afirma que sua “principal fonte de renda” era dinheiro proveniente de um dos contratos da Secretaria Municipal de Assistência Social. Tratava-se de um convênio para cadastrar famílias de baixa renda e criar um banco de dados com nomes e endereço de pessoas com direito a inclusão em programas sociais, como o Bolsa Família. Bethlem não conta a Vanessa que empresa fora contratada para o serviço, mas diz que o convênio tem prazo de sete meses.
ÉPOCA fez uma pesquisa em contratos da Secretaria na gestão Bethlem. Com dispensa de licitação e pelo período de sete meses, o secretário Bethlem contratou, em agosto de 2011, a ONG Casa Espírita Tesloo, para cadastrar famílias de baixa renda, pelo valor de R$ 9,68 milhões. Comandada pelo major reformado da Polícia Militar Sérgio Pereira de Magalhães, a Tesloo é alvo de diversas investigações sobre desvio de dinheiro em convênios com a prefeitura, incluindo o assinado por Bethlem, hoje em análise no Tribunal de Contas do município.
Vanessa quis saber quanto o convênio rendia a Bethlem. “Em torno de R$ 65 mil, R$ 70 mil. Depende do que ele (o contratado) receber. Se prestar contas e não tiver executado todo o serviço, tem uma glosa”, diz Bethlem. Legalmente, órgãos públicos só podem pagar prestadores após a comprovação da execução do trabalho. Bethlem diz a Vanessa que ainda não embolsara o dinheiro naquele mês. “O cara não prestou contas direito. O cara é um idiota, um imbecil. Não pude pagar o cara este mês, não recebi”, afirma. Ao que tudo indica, havia uma espécie de triangulação. Bethlem mandava a Secretaria pagar a Tesloo, e, em troca, ela desviava um quinhão para seu bolso. A quantia de R$ 70 mil que Bethlem afirmou receber corresponde a 5% da parcela de R$ 1,4 milhão que a Secretaria pagava mensalmente.
Bethlem diz a Vanessa que, além do contrato, há a verba do lanche. “Que lanche?”, quer saber Vanessa. Bethlem explica que “o cara que vende lanche para todas as ONGs” era seu amigo e que ele recebia “em torno de R$ 15 mil” por mês. A Secretaria de Assistência Social tem inúmeros contratos com ONGs para prestação de serviços. Na conversa, Bethlem não dá detalhes que possam identificar como ele ganhava dinheiro com o fornecimento de alimentação às ONGs contratadas da prefeitura.
Vanessa somou as verbas do lanche e do convênio ao salário oficial de Bethlem na Secretaria, de R$ 18 mil líquidos (por ser deputado federal, ele tinha direito a manter o salário pago pela Câmara). Chegou a um ganho mensal de R$ 103 mil e queria a metade, ou R$ 51.500. No começo de 2012, o acordo de partilha parece ter sido cumprido, mas logo Bethlem reduziu o pagamento. Vanessa diz que começou a receber em casa R$ 20 mil em espécie. Sua reação foi filmar a entrega do dinheiro, feita por um emissário de Bethlem. O homem de bigode, óculos e com ar impaciente que aparece nos vídeos é José Carlos de Oliveira Franco, secretário parlamentar nomeado para o gabinete de Bethlem na Câmara. As imagens mostram Vanessa, com maços de notas de R$ 100 na mão, reclamando, diante de José Carlos, que o valor é insuficiente para pagar as contas domésticas, como tarifas de gás, água e salário de empregados.
Além de relatar ganhos suspeitos na Secretaria de Assistência Social, Bethlem ainda faz mais revelações comprometedoras na conversa de novembro de 2011. Ele relembra discussões anteriores do casal sobre a partilha de bens. Diz que, certa vez, Vanessa ameaçara revelar à polícia a existência de uma conta bancária que ele mantinha na Suíça. Vanessa nega ter feito a ameaça. Bethlem rebate: “Você por acaso não disse que, se eu não desse a metade (dos bens) para você, muita gente gostaria de saber que eu tinha conta na Suíça?”. Vanessa insiste que não fizera a acusação porque não tinha provas. Bethlem emenda: “Você está careca de saber que fui à Suíça para abrir uma conta lá... Não seja hipócrita”. Bethlem ainda diz a Vanessa que, por causa da ameaça, quase sofreu um infarto.
Manter dinheiro no exterior não configura crime nem é motivo para taquicardias, desde que o recurso seja declarado à Receita Federal. Bethlem não fez nenhuma referência a uma conta na Suíça nas declarações de bens que apresentou à Justiça Eleitoral em 2006, 2010 e agora em 2014, quando disputa a reeleição para deputado federal.
Procurado por ÉPOCA, Bethlem diz não se lembrar de detalhes da conversa com Vanessa e nega ter recebido propina na Secretaria de Assistência Social. Afirma que não mantém conta na Suíça e que não recebeu contribuição para sua campanha eleitoral. Bethlem diz que determinou a suspensão do contrato para cadastramento das famílias de baixa renda quando constatou que os serviços não eram devidamente prestados. Segundo ele, a ONG recebeu apenas R$ 4,5 milhões. “Se eu tivesse levado alguma vantagem, não teria rescindido o contrato”, afirma. Bethlem diz não “ter a menor ideia” sobre a que se referia quando, no trecho da conversa com Vanessa, falou sobre ter embolsado dinheiro com a venda de lanches para ONGs. Ele confirma as remessas de dinheiro vivo à casa de Vanessa, mas diz que foi a pedido dela. Segundo Bethlem, Vanessa estava com problemas de crédito e temia que o banco confiscasse a quantia se o valor fosse depositado. “Tenho dinheiro vivo por causa da minha academia de ginástica. Muitos clientes pagam em dinheiro”, diz. O assessor José Carlos afirma não se lembrar das entregas na casa de Vanessa.
Após ÉPOCA falar com Bethlem sobre a gravação, o advogado Jorge Vacite apresentou uma declaração assinada por Vanessa e um atestado médico. Os documentos têm data de 23 de julho, um dia após a entrevista de Bethlem a ÉPOCA. Foi a própria assessoria do deputado que informou sobre os papéis. Na declaração, Vanessa diz sofrer de problemas psiquiátricos e afirma que os documentos que entregou estão fora de contexto. Ela esteve duas vezes no escritório de ÉPOCA no mês de junho, entregou as gravações e detalhou minuciosamente o conteúdo do material. Houve também diversos contatos telefônicos, em que ela sempre manteve todas as afirmações e explicações dadas. Procurada novamente nesta semana, Vanessa não ligou de volta.
Bethlem e José Carlos podem ter tido apagão de memória. Mas os vídeos e o áudio estão registrados em meio a quase 1 terabyte de arquivos gravados por Vanessa. E, como atestou o perito Molina, eles são autênticos.
Revelações de um deputado
Durante uma conversa, gravada em novembro de 2011 por sua ex-mulher Vanessa Felippe, Rodrigo Bethlem (PMDB) fala de propina e conta na Suíça
Rodrigo Bethlem – Para resumir bastante o enredo... (ininteligível) Eu hoje.. Quer dizer, hoje não... porque esse mês, por acaso, deu um furo danado porque minha principal fonte de receita, que é um convênio, o único convênio que eu tenho ininteligível, o CadÚnico, o cara simplesmente prestou contas... Vanessa – Por que você está falando baixo? Não tem ninguém aqui. Bethlem - ham? Vanessa - fala baixo por quê? Betlhem – Porque eu simplesmente estou paranóico com isso. Só isso... Vanessa – Paranóico por quê? Bethlem – Telefone... (ininteligível) Vanessa – Paranóico por quê? Bethlem – Telefone. Você não sabe que esses caras entram no telefone e vira um autofalante? Vanessa – E você tem motivo para estar paranóico? Bethlem – Como todo mundo. Você acha que alguém vai te denunciar amanhã por quê? Você acha que o (ininteligível) está atrás de mim, por quê? Vanessa – Por quê? Bethlem – Porque eu sou alvo, Vanessa. Vanessa – Por que você é alvo? Bethlem – Ué, não sei. Inimigo, sei lá por quê... Bom, é... Eu hoje... Vanessa – Quanto você botou de empregada? Bethlem – Sete mil e duzentos reais Vanesa – Bom, dá cinco e quinhentos, sem colocar carteira assinada, nada disso. Bethlem – Carteira assinada é INSS (ininteligível) Vanessa _Não. Aqui cinco e quinhentos só os salários mais dois e quatrocentos de diarista, fora o Tiago da piscina e a mulher do jardim Bethlem - (ininteligível) Vanessa – Então, cinco e quinhentos é o efetivo de empregada Bethlem – Então, mas(ininteligível)sete e duzentos... Vanessa – Sem impostos, carteira, nem nada. Bethlem - Carteira é INSS só que você paga. Tá aqui. São seiscentos reais Vanessa - De uma empregada? Bethlem – De todos. Vanessa – Bom que seja,tá. Cinco e duzentos mais dois e quatrocentos. Bethlem – O que é dois e quatrocentos? É trezentos e vinte por... Vanessa – Trezentos e cinqüenta Bethlem – Trezentos e vinte que tava pagando Vanessa – Ah é? Enquanto quanto é que dá? Bethlem – Dá mil e duzentos. Vanessa - Tem mês que são cinco, tem mês que são quatro. Bethlem – Bota mil e quinhentos, pronto Vanessa – Não. Botei mil e quatrocentos, botei menos. Bethlem - (ininteligível)Bom de qualquer forma dá menos de sete e duzentos, dá seis e oitocentos, seis e seiscentos. Vanessa – Dá sete e seiscentos. Bethlem – Por que sete e seiscentos Vanessa – Cinco e duzentos e mais dois e quatrocentos, que tem a outra diarista de mil reais. Bethlem – Que diarista de mil reais Vanessa – Tem uma cozinheira e tem uma diarista da casa. Bethlem – Então ficou uma empregada só aqui? Vanessa – Porque a gente não encontra empregada. Eu tô louca atrás de empregada Betlhem – (ininteligível) Vou ser bastante prático, bastante direto Vanessa – (ininteligível) Não quero ficar brigando por centavo não Bethlem – Não, não vamos ficar brigando por centavos. Porque minha tese é outra. Minha tese é o seguinte. Eu ganho hoje, Vanessa, entre... é... o que eu tenho hoje de receita, esse mês, infelizmente, furou porque o cara não prestou contas e eu, efetivamente (...)(ininteligível)... mandei (ininteligível) até o cara prestar contas. Por isso que estou fodido desse jeito, minha principal receita Vanessa – Espera aí (ininteligível), Rodrigo... Só um minutinho. R$ 7.600 (ininteligível) empregados. Bethlem - Tá, então você aumenta mais R$ 400 naquela conta que te dei. Vanessa – Então, você escreve aí... Dá R$ 24.850, é isso? Bethlem – Isso. Bom, deixa eu concluir pra você... Vanessa – Você estava falando do, do... do treco... Bethlem - É... prestou contas... (ininteligível) Vanessa - do negócio de... de... Qual é o nome do negócio? Bethlem - Quando isso? Vanessa - É um negócio de, sei lá..Um trecho que você estava falando da... da Secretaria Bethlem – É um convênio que eu tenho, cadastro único. Vanessa – Hã, o que que tem isso? Bethlem – É minha principal fonte de renda hoje. O cara não prestou conta direito, o cara é um idiota, um imbecil. Não pude pagar o cara este mês, não recebi. Tava prestando conta, prestou agora, enfim. Também é uma receita que eu tenho até... certa até fevereiro, até março, porque é um convênio de sete meses. É... outra coisa que eu quero te dizer é o seguinte... Vanessa – E quanto dá isso.... E quanto dá isso por mês? Bethlem – Eu tenho... eu tenho de receita é cerca de R$ 100 mil por mês. É o que eu tenho tudo junto. Vanessa – Quanto dá CadÚnico por mês? Bethlem – Em torno de uns R$ 65, R$ 70 mil. Depende do que ele receber, entendeu? Se tiver alguma glosa. Se ele prestar contas, se não tiver executado todo o serviço, tem uma glosa. Fora isso, tem o lanche e meu salário. Vanessa – Lanche? Que lanche? Bethlem – O lanche que é servido pro... O cara que vende lanche para todas as ONGs é meu amigo. Vanessa – Ah, achei que era lanche mesmo... E quanto é de lanche? Bethlem – Em torno de R$ 15 mil, hoje. O cara tá vendendo metade do que deveria vender Vanessa – Até quando? Bethlem – Claro, até quando existir o convênio... Até quando ele (ininteligível) Vanessa – E por que que o tal do treco é até fevereiro? Bethlem – Porque o convênio acaba, tem prazo fixo, que é só para fazer o cadastro de todos os que estão faltando. Vanessa – Hum... salário? Bethlem- (inaudível)Bom, outra coisa que quero te dizer é o seguinte. Eu estou com o firme propósito, obviamente, vou ter que ver lá na frente como é que eu vou fazer, mas eu pretendo me desligar da secretaria. Estou tendo ver se consigo me... me ajustar um pouco financeiramente. Eu pretendo me desligar da secretaria em abril ou maio. Aproveitar (...) fico mais livre pra campanha, sou mais útil agora livre e coisa e tal e efetivamente começar a me reposicionar. Se eu não fizer isso não vou fazer... a política (...) cada vez é maior. Então, é.. (...). A minha intenção era deixar com você por mês R$ 45 mil Reais
A conta na Suiça Bethlem- Se você quer saber, olha, eu, em termos de mágoa, eu acho que a eu que tive com você dificilmente você vai ter uma igual comigo. Vanessa - Tá, tá bom... Bethlem - Dificilmente Vanessa - Caramba... (...) Bethlem - Dificilmente... Acho pouco provável Vanessa – Você tem uma amante um ano e meio, faz e acontece, fala de mim para meio mundo, eu não abro a boca para falar de você. E você que tem mágoa de mim? Bethlem – Mas eu nunca cheguei para você e disse: “olha, se você sair desse sofá aqui de casa, eu vou na Polícia Federal contar que você ficou aqui pegando dinheiro um ano da sua assessora... Você vai (ter de ir lá) pra devolver o dinheiro Vanessa – Eu falei isso para você? Bethlem - O que que você disse pra mim, Vanessa? (ininteligível) Você guarda tão bem as coisas (...) Vanessa - Espera aí, de quem você pegava dinheiro, que assessora? Bethlem – Você por acaso não disse que eu ia... Vanessa - Que assessora que você pegava dinheiro? Bethlem - Você por acaso não disse que se, por acaso eu não desse a metade para você, muita gente ia gostar de saber que eu tinha conta na Suíça? Vanessa – Quando... Eu disse isso onde? Bethlem - Aqui. Eu sentado ali e você aqui. Vanessa – Que... que conta na Suíça?... Deixa eu te explicar uma coisa... Que conta na Suiça?... E como é que eu poderia dizer isso... primeiro, pra eu dizer isso, eu tenho que, no mínimo, pra dizer tem que provar. Provar que você tem uma conta na Suiça. Bethlem – Vanessa você disso isso (...) Eu não passei mal à toa, Vanessa. Eu não sou débil mental. Bethlem _ Então, vou narrar para você, para você refrescar a sua mente. Você virou para mim e começou a falar que você tinha que ter metade do que tinha. Eu falei assim: “bom, tudo bem, então quero saber se eu vou ter metade do que você vai ter também, porque se você me ajudou a ser a pessoa que eu sou, eu imagino que eu tenha contribuído na sua vida para você ser a pessoa que você é também (ininteligível). Agora você me escuta... Vanessa – Não. Você tem que abrir um parêntese aí Bethlem – Abre parêntese não, agora você vai me escutar.. Você acabou de falar, você acabou de falar? Vanessa – Fala o que você quer dizer. Bethlem – Aí você começou com essa conversa ((ininteligível), que você teria direito a metade do que eu ganho Vanessa - Eu sou casada com comunhão de bens total. Bethlem – Num momento de raiva, que você não lembra, você lembra sempre os que outros dizem. Num momento de raiva, quando eu virei para você e disse: “Bom, Vanessa, se você quer ter metade de tudo o que eu tenho pelo resto da minha vida...” Vanessa – Rodrigo, eu sou casada com você com comunhão total de bens. Bethlem – Sim. Até o momento que a gente se separa, Vanessa. Daqui para frente, não é mais. Vanessa – Meu Deus do céu! Bethlem – Daqui para frente não existe mais vínculo. Se você ganhar na loteria, R$ 20 milhões daqui a (ininteligível) Vanessa – Eu não jogo na loteria, Rodrigo. Bethlem – Se você supostamente ganhasse R$ 20 milhões, R$ 20 milhões seriam seus, não são dez meus e dez seus, porque meu vínculo acabou com você e você comigo... Mas, tudo bem, essa é sua tese. Aí eu fui... falei assim, tudo bem, eu quero dizer o seguinte: o que você ganhar metade também é meu? Porque se eu sou o que eu sou hoje e você me ajudou a ser quem eu sou hoje, eu imagino que tenha tido influência na sua vida do que você é hoje, para o bem ou para o mal Vanessa - (ininteligível) Bethlem – Deu eu acabar de falar. Vanessa - (ininteligível) Bethlem – Aí eu falei isso para você. Aí você disse: “não, mas é diferente porque agora que estou começando meu negócio. Você está saindo da minha agora, eu estou começando meu negócio, coisa e tal”. Não diferente não... A gente começou o bate-boca por aí. E eu disse a você: “não, eu não concordo”. Aí você falou assim: "você vai ter por bem ou por mal" Vanessa – Eu disse isso? Bethlem – Disse e “vai ter que colocar no papel”. Eu falei: “Vanessa, no papel eu não vou colocar porque não há condições de colocar isso no papel. Eu assinar isso significa que vou fazer a confissão de um crime, que eu não fazer nunca”. Aí você virou e falou o seguinte: “Não, você vai assinar o papel, você sabe por quê?... porque eu tenho certeza, crime por crime, eu tenho certeza que muita gente ia gostar de saber que você tem uma conta na Suíça”. Vanessa – Rodrigo, como é que eu posso ter dito uma coisa dessas. Eu não teria nem como provar que você tem uma conta na Suíça. Bethlem - Então, Vanessa, eu tive... eu tive uma ilusão... Vanessa - Só um minutinho... Bethlem - Então, Vanessa... Vanessa - O que que eu, Vanessa, sei de conta na Suíça, pra provar que você tem uma conta na Suiça? Me diga. Bethlem – Você está careca de saber que fui à Suíça para abrir uma conta lá. Vanessa - Não, só me diga uma coisa... Bethlem - Não seja hipócrita...
O suplemento proteico para atletas, sabor baunilha, da marca Super Whey 3W, da empresa Integralmédica, teve a distribuição e comercialização do lote 003522 2 suspensa pela Anvisa.
Em resolução publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26), a Anvisa explica que o produto foi proibido após análise laboratorial detectar quantidade de carboidratos superior, em mais de 20%, ao valor declarado no rótulo do produto. O suplemento tem data de validade até abril de 2015.
Em 27 de fevereiro de 2014, a agência já havia determinado a proibição deste lote, mas a empresa comprovou ter solicitado perícia de contraprova dentro do prazo previsto em lei. Após essa contraprova, o produto passou por uma terceira análise, a de testemunho.
O laudo, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, comprovou o resultado insatisfatório para a concentração de carboidrato, de acordo com a agência. O suplemento apresentou 3,65 gramas de carboidratos na porção — mais que o valor de 2,2 gramas declarado na rotulagem.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...