Nos
dias 29 e 30 de março foi realizado na
arena da AABB de Tobias Barreto um encontro entre as melhores duplas de futevôlei do estado.
Trata-se da terceira etapa do Circuito Sergipano de Futevôlei, torneio que
reuniu 16 duplas masculinas e transformou Tobias Barreto na capital sergipana da
modalidade. A competição muito organizada e prestigiada pelo público, teve seu
encerramento no ultimo domingo, 30.
De
acordo com Alberto de Mendonça, presidente da Federação Sergipana de Futevôlei,
a terceira etapa traz duas novidades em relação às anteriores.
As
inscrições, foram até o dia 27 de março 2014 as 15h.
O
congresso técnico foi realizado na quadra da 13 de julho em Aracaju ás 17h, e o
torneio começou no sábado ás 10h da manhã.
“Primeiro,
a premiação dobrou. Dos R$ 1000 da etapa passada, passando a R$ 2, 4 mil
distribuídos para os três primeiros colocados. Alem disso, o torneio será
classificatório para as duplas sergipanas que irão participar da Copa Nordeste.
Seis parcerias irão para a competição”.
Metade das vagas já está garantida na Copa
Nordeste, que acontecerá em Umbaúba nos dias 12 e 13 de abril: segundo Alberto,
as duplas Ovelha/ Daniel; Mateus/ Tiago e Romário/Alan já têm pontuação para se
garantir no torneio. O dirigente também comentou sobre o crescimento do
futevôlei no município de Tobias Barreto. “As etapas tem acontecido aqui graças
às facilidades que temos encontrado para ter estrutura e à participação dos
atletas locais. Só na primeira etapa, tivemos seis duplas tobienses. Por essas e
outras, já confirmamos aqui a próxima etapa, que será em maio”, disse.
O
evento teve a cobertura exclusiva do site WWW.FRAMMARQUES.COM.BR e
teve partidas emocionantes que levaram a torcida ao delírio.
Semi-finais:
Semi-final 1: Romarinho e Felipe 13 x 18 Daniel e Ovelha
Semi-final 2: Hiltinho e Nando 18 x 07 Lucas e Barata
Final:
1º Set: Daniel e Ovelha 21 x 23 Hiltinho e Nando
2º Set: Daniel e Ovelha 12 x 18 Hiltinho e Nando
Disputa de terceiro lugar:
Lucas e Barata 18 x 06 Romarinho e Felipe
Premiação:
1º Lugar – R$ 1.100,00 – Hiltinho e Nando
2º Lugar – R$ 600,00 – Daniel e Ovelha
3º Lugar – R$ 400,00 – Lucas e Barata
4º Lugar – R$ 300,00 – Romarinho e Felipe
O
presidente da AABB de Tobias Barreto Felipe Andrade, agradeceu a participação de todos os atletas
e torcedores, prometendo muito mais eventos de alto nível
na AABB de Tobias Barreto.
A
AABB de Tobias Barreto é destaque no esporte, e vem promovendo muitas novidades
e entreterimento para os associados e visitantes. Os atletas ficaram muito
contente com acolhimento e a atenção dada pela equipe de Felipe Andrade e pela
equipe de Alberto.
Agora
é só aguardar os próximos eventos. Mas, enquanto isso, venha se divertir e ser
feliz na AABB de Tobias barreto.
Um dos principais gargalos na operação da Petrobras, a área de refino é também o centro denúncias de corrupção e irregularidades na execução de projetos de refinarias no país. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), todos as quatro novas unidades previstas pela estatal apresentam irregularidades em sua execução, desde erros de planejamento, sobrepreço de insumos e equipamentos e superfaturamento. Os valores contestados pelo órgão nos projetos são da ordem de R$ 2,5 bilhões. Sob o comando do então diretor da estatal Paulo Roberto Costa, a área participou da compra da refinaria de Pasadena. Costa foi preso duas semanas atrás sob suspeita de receber propina ao intermediar contratos irregulares que teriam beneficiado empreiteiras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, uma das quatro unidades em construção no Brasil. O TCU identificou a contratação de serviços às empreiteiras por valores acima da prática do mercado. Na última inspeção, em 2013, o órgão identificou superfaturamento de R$ 69 milhões em um dos contratos para compra de equipamentos. Ao todo, os aditivos nos contratos somaram R$ 943 milhões e as empreiteiras ainda pleiteiam R$ 1 bilhão adicional. As divergências quanto aos valores são apontadas como uma das causas para a saída da parceira venezuelana PDVSA, que questionou publicamente os custos estimados pela Petrobras. A Petrobras diz que até o julgamento definitivo do caso o "suposto sobrepreço residual" é garantido por apólices de seguro previstas no contrato. "Não havendo que se falar, por conseguinte, em risco de prejuízo para a companhia", afirma a estatal.
Um recém nascido que nasceu no Hospital Santa Casa São Judas Tadeu, na cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, quase teve o braço esquerdo amputado por causa de um suposto erro médico no momento da coleta de sangue. De acordo com informações publicadas pelo Blog Junior Mascote, um funcionário do Laboratório Diagnóstica, localizado na Rua Silva Jardim, no centro do município, teria ido até a Santa Casa coletar o sangue do bebê na última quarta-feira (26). Após o procedimento, ele esqueceu o garrote – borracha usada durante coleta de sangue-, amarrado no braço do bebê. Ninguém teria percebido que a borracha ficou amarrada porque o braço dele voltou a ser coberto pela roupa.
No dia seguinte, quando a mãe Daniela Novaes tirou a roupinha do bebê para dar banho, viu o braço dele roxo. Os plantonistas da unidade solicitaram então a transferência dele para o a cidade de Itabuna, onde os médicos analisaram a vítima e o braço não precisou ser amputado.
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O vereador Soldado Gilvan pretende entrar com uma representação no Ministério Público contra o HSJT e o Laboratório da Diagnóstica. O Hospital Santa Casa São Judas Tadeu e o Laboratório Diagnóstica não se pronunciaram sobre o assunto.
Um menino de 10 anos foi apreendido na manhã deste domingo (30), por volta das 9h, dirigindo um veículo na BR-324, sentido Feira de Santana. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a criança mora em Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, e conduzia sozinho um Gol preto.
No momento em que o menino passava pela rodovia, uma pessoa flagrou a irregularidade e conseguiu fazer com que o garoto parasse o carro. Em seguida, o denunciante acionou a polícia rodoviária.
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Segundo a polícia, o menino confessou que pegou o carro de uma vizinha e que estaria indo para Feira de Santana visitar uma irmã que mora na cidade. Ele chegou a falar ainda que seus pais não sabiam do ocorrido.
A proprietária do veículo, que não foi identificada, foi acionada pela polícia e confirmou a versão da criança. De acordo com ela, essa foi a primeira vez que o fato aconteceu. O menino e os pais dele foram encaminhados para o Conselho Tutelar.
Estamos em clima de contagem regressiva. No Ferreirão, local da festa, a montagem do palco e camarote já estão acontecendo. E atendendo aos pedidos da galera de Caldas de Cipó, hoje, domingo, 30 de março, tem a Caravana do Churrálcool em clima de divulgação na cidade. No dia 6 de abril, domingo, a Caravana do Churrálcool estará em Cícero Dantas.
Ôôô, ôôôôôô, ôôô...Alegria, Alegria de Ivete Sangalo, o forró bom de dançar de Garota Safada e Wesley Safadão, o pagode do Guig Ghetto, o Allan Sertanejo, Dory Casa Nova, Nildo é Show e Os Piratas, são as atrações do Churrálcool 2014. Uma festa que já é sucesso garantido no Sábado de Aleluia em Ribeira do Pombal - BA, a 278 km distante da capital baiana. Comemorando os 10 anos de história, o evento será realizado no dia 19 de abril, no Complexo Esportivo Ferreirão, a partir das 19h.
O Churrálcool monta pela quarta vez o Camarote Vip, um espaço sofisticado com equipe treinada prezando pelo conforto e segurança dos foliões. O Camarote oferece uma áreavip em frente ao palco e o serviço All Inclusive (Whisk, Vodka, Big Apple, Água de Coco, Cerveja, Refrigerante e Água, além de Salgados, Frios e Caldos).
A localização do evento é privilegiada, com fácil acesso e estacionamento para veículos. A estrutura foi dimensionada para atender a mais de 20 mil pessoas, contando com palco gêmeos, sonorização e iluminação moderna, telão, praça de alimentação, bares, sanitários e equipe de segurança, além do posto médico.
Após o assalto, a cantora recebeu a ajuda de um vendedor de flores na rua (Foto: @robertamiranda/
Instagram/Reprodução)
Roberta Miranda compartilhou em seu perfil no Instagram um momento tenso que viveu nesta sexta-feira (28). Durante um assalto à mão armada, sofrido enquanto dirigia na região central de São Paulo, ela deu um CD e um DVD para o ladrão presentear a mãe dele. Após o assalto, a cantora recebeu ainda o apoio de um vendedor de flores, com quem tirou uma foto.
“Poxa! Este é o DAVI.. Meu querido florista da trav 9 de julho.. Aonde fui assaltada. Ele viu e ouviu tudo mas disse ´dona Roberta se acalme me perdoe n pude fazer nada ele estava armado´ eu fiquei estática”, contou a sertaneja ao postar uma foto em que aparece ao lado do vendedor.
“Passou na minha cabeça a VIDA!! Em segundos, minha carreira, meu palco, amigos, família… Por mais calma q me mantive… Lembro q retirei os óculos de sol e fiz um pedido a ele (poxa cara!! Não me MATE, sou Roberta Miranda eu só faço o bem com o meu canto… Ainda pedi calma e dei DVD e CD pra ele dar para mãe dele. Não pensem pq sou Roberta Miranda é q nada me aconteceu.. Foi pq me mantive calma.. E pedi para minha mãe e Deus”, desabafou.
Ativa nas redes sociais, Roberta costuma dividir com seus seguidores vários detalhes de seu cotidiano.
Para 68% dos brasileiros, a corrupção no País é maior hoje do que na época da ditadura, segundo pesquisa do Datafolha publicada pela Folha de S.
Paulo neste domingo. O regime democrático, porém, “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo” dizem 62% dos brasileiros. Apenas 16% afirmam que “tanto faz se for uma democracia ou uma ditadura”, enquanto que 14% acreditam que “em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura”. O Datafolha também perguntou aos entrevistados como avaliam o funcionamento da democracia no País atualmente. Para 61%, há “grandes problemas”. Apenas 3% disseram que o Brasil vive uma situação democrática plena. A satisfação com o regime também não é garantida: 9% afirmam estar “muito satisfeitos”, enquanto que 59% se sentem “um pouco” satisfeitos. O Datafolha ainda apurou que 75% dos brasileiros acreditam que há pouca ou nenhuma chance de uma nova ditadura ocorrer no País. O instituto ouviu 2.614 pessoas nos dias 19 e 20 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A poucos dias de trocar o governo de Pernambuco pelo palanque presidencial, Eduardo Campos aproveitou o final de semana para realizar um périplo por municípios do interior do seu Estado. Em Afogados de Ingazeira, a cerca de 385 km de Recife, ele falou a emissoras de rádio. Deu-se neste sábado (29). Campos espinafrou Dilma Rousseff. Elogiou Lula e FHC. E vacinou-se contra o boato de que poderia tramar contra o Bolsa Família se virasse presidente.
Indagado sobre as estocadas que vem desferindo em Dilma, Campos disse ter “respeito” por ela. Mas julga-se no “direito de discordar”. E não planeja maneirar: “Temos problemas. Por mais que a gente respeite ela, por mais que a gente goste de muita gente que está junto com ela, a gente não pode passar a mão na cabeça. A gente tem que tomar conta do Brasil, tomar conta das conquistas.”
Campos disse ter votado em Dilma para que ela melhorasse o país. Acha que ocorreu o contrário. “Ela teve toda liberdade, todo o apoio da imprensa, apoio da classe política, apoio do próprio presidente Lula. E a gente viu a economia desacelerar, a inflação de alimentos aumentar. Quem é assalariado sabe que, hoje, o dinheiro está dando para menos coisa do que dava ontem.”
Expressando-se na língua simples do sertanejo, Campos prosseguiu: “Os brasileiros se endividaram demais da conta. Hoje, o dinheiro mal dá para pagar a fieira de empréstimo, uma fieira de prestação, um bocado de coisa que tem que fechar as contas. E a gente viu: inflação pra cima, crescimento pra baixo, juros pra cima.”
Na visão de Campos, Dilma tornou-se uma espécie de Midas ao contrário. Mexeu “numa série de setores. E começou a dar problema”. Foi assim na Petrobras, no setor elétrico “e outros setores”. Como consequência, disse o ex-aliado do petismo, o Brasil desenvolveu um desejo novo, “o desejo de fazer a mudança”.
Campos lembrou que, em 2010, quando Dilma se elegeu, “de cada cem brasileiros 77 queriam continuidade”. Em 2014, houve uma virada. “Hoje, no Brasil, de cada cem brasileiros, entre 67 e 73 querem mudança.” Confiante, o ainda governador pernambucano disse que terá “uma vitória no plano estadual e no plano nacional”. O neo-adversário de Dilma diz que não disputa por disputar. Se cultivasse um projeto meramente “pessoal”, dispunha de três alternativas “mais tranquilas”.
Poderia concluir o mandato de governador, candidatar-se a senador ou aceitar o “convite” que lhe fizeram Lula e o PT para que aguardasse até 2018 para disputar o Planalto. Resolveu entrar na briga agora porque não obteve resposta para uma pergunta singela: eles diziam que “o Eduardo é bom para 18. O que eles não conseguiram responder é: por que é bom para 18 e não é bom para 14? A única coisa que eles não conseguiram responder é isso.”
Campos disse que vai às urnas agora por estar preocupado com o risco de retrocesso. “O Brasil vinha melhorando”, disse. Destoando do PT, atribuiu a cada César, o do PSDB e o do PT, aquilo que lhe é de direito. “Fiz oposição ao presidente Fernando Henrique. Mas eu não posso abusar da inteligência alheia e deixar de reconhecer que ter posto fim à inflação lá atrás, no Real, foi uma coisa boa para o Brasil.”
Prosseguiu: o controle da inflação “foi bom pro Brasil. Não é porque eu não fiz parte do governo do homem que eu tenho que dizer que foi tudo ruim. Não existe isso. Como nós vimos muitas pessoas do lado de Fernando Henrique que reconhecem que o presidente Lula fez muita coisa pelo Brasil.” Quanto a Dilma, Campos acha que ela não deu conta da tarefa de “botar o país dali para melhor.”
No dizer de Campos, todos sabem, inclusive Lula e o PT, “os riscos” que o Brasil corre hoje. Como assim? “Todo mundo sabe o que é que está sendo adiado para depois da eleição. Agora mesmo fizeram um movimento para adiar o aumento da energia elétrica para depois da eleição —quase 30%, nas barbas de todo mundo. Tiraram um empréstimo e rolaram o negócio pra depois da eleição.”
Ele insinuou que Dilma não se porta com decência. “Tem uma série de situações que precisam da nossa atitude. Atitude serena de oferecer ao povo um caminho novo, um jeito de fazer as coisas com decência, com respeito. Eu acho que isso é o que a sociedade defende.”
Sem mencionar o nome de Aécio Neves, Campos esboçou um enfrentamento que terá de fazer em algum momento. À sua maneira, o presidenciável do PSB apresentou-se como uma pessoa mais talhada para conduzir as mudanças do que o candidato tucano.
“A gente às vezes pode mudar pra pior ou pode mudar pra melhor. Você pode mudar pra uma casa melhor. Mas você pode mudar também pra uma casa pior. Nós queremos mudar pra melhor. Mudar pra melhor é preservar os acertos que aconteceram e poder olhar os erros com humildade. É claro que houve erros. Você viu o povo brasileiro indo às ruas, como foi no ano passado. E foi por quê? Porque o povo brasileiro começou a sentir que as coisas não melhoraram.”
Para governar Pernambuco, Campos coligou-se basicamente com legendas que, em Brasília, dão suporte congressual a Dilma. A despeito disso, ele sustenta que a primeira coisa que precisa mudar “é a política”. Referiu-se à formação do blocão partidário que impôs derrotas a Dilma no Congresso como um “cerco que deram na presidente.”
Caprichando no sertanês, a língua dos seus conterrâneos mais humildes, Campos descreveu a cena: “Quem domina tudo lá em Brasília é a política. [...] Você sabe, todo mundo sabe, quem olha Brasília de longe não se reconhece lá. É um outro mundo, as pessoas falam uma outra língua.”
Para chegar a Dilma, Campos engatou uma segunda: “Enquanto a gente tá vendo aqui o povo ralando pra pagar as contas, lutando com um bocado de coisa, a gente aqui saindo de uma seca que ainda está presente nas marcas da destruição da base da economia rural, a reforma agrária desacelerou no governo da presidenta Dilma.”
Campos engatou uma terceira marcha: “As obras estratégicas, como a Transnordestina, nós vimos: teve 8 mil funcionários. E foi a zero. Ou seja: nós temos problemas.” Esqueceu de realçar outra obra que é cara ao nordestino e também caminha a passos de tartaruga paraplégica: a transposição das águas do Rio São Francisco. Campos talvez tenha silenciado sobre esse empreendimento porque o fiasco traz as digitais de Fernando Bezerra, o apadrinhado que ele mantinha no Ministério da Integração Nacional até setembro do ano passado, quando desembarcou do governo Dilma.
Atento ao perfil dos ouvintes das emissoras de rádio que o entrevistavam, Campos aproveitou para vacinar-se contra um veneno que o PT costuma inocular nas candidaturas de todos os que ousam desafiar os seus interesses. “Ninguém nesse país —eu desafio quem tenha coragem— vai mexer no Bolsa Família. [...] O que nós temos que fazer é garantir que todo mundo receba o Bolsa Família, porque tem milhares e milhares de brasileiros precisando sem receber.”
De novo, Campos distribuiu os méritos entre os césares: “O Bolsa Família foi uma conquista importante da democracia brasileira. Foi uma evolução de um programa criado pelo presidente Fernando Henrique, que o Lula melhorou. No tempo do Fernando Henrique tinha o Bolsa Gás, o Bolsa Escola… Era para menos gente. O Lula, em vez de desmanchar, aproveitou o alicerce e fez a casa ainda maior.”
Campos abriu um parêntese para mencionar o “sonho de que as filhas do Bolsa Família de hoje tenham escola de qualidade para poder ir bem longe nos estudos, ter condições de botar seu próprio negócio, e não ser as mães do Bolsa Família de amanhã.” Fechou os parênteses.
E emendou: “Mas enquanto tiver uma mãe precisando do Bolsa Família pra adquirir os mantimentos dentro de casa, [...] o país tem que tirar dos ricos e botar no Bolsa Família. Esse é um dever do Brasil com os pobres”. Para enfatizar a imutabilidade do programa, Campos comparou-o a outro direito consagrado: “Quando Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo, teve muita gente contra. Mas isso virou um direito. [...] E ninguém mais mexeu com o salário mínimo, é um direito do trabalhador.”
Campos deixará o governo pernambucano na próxima sexta-feira (4). Dali a dez dias, formalizará sua parceria com Marina Silva, recepcionando-a, finalmente, na segunda posição da chapa. Marina vai virar candidata a vice num ato político que acontecerá em Brasília, a cidade que “fala uma outra língua”.
- Serviço: pressionando aqui, você chega ao áudio do trecho mais relevante das declarações que Eduardo Campos fez em Afogados de Ingazeira.
Os remorsos históricos nunca são imediatos. As grandes expiações sempre chegam tarde.
Mas os responsáveis pelos excessos da ditadura militar brasileira exageram. Passado meio século, eles ainda não atingiram o estágio da crise de consciência. A fase da contrição talvez chegue um dia. Mas virá quando já não adiantar mais nada.
Há três dias, numa audiência pública no Senado, perguntaram ao ministro Celso Amorim (Defesa) se o governo não iria dizer alguma coisa sobre o caso do ex-deputado Rubens Paiva, moído na pancada e assassinado no Doi-Codi, no Rio. Ele deu uma resposta subdividida em três partes:
1. “O Estado brasileiro, ao pagar as indenizações já, de certa maneira, pediu desculpa por tudo que ocorreu.”
2. “Agora cabe, sim, esclarecer a verdade. Estamos plenamente de acordo e cooperando nisso em tudo o que podemos.”
3. “As Forças Armadas de hoje não têm nada a ver com aquilo”.
Amorim soou injusto, inverídico e inútil. Foi injusto porque, ao reduzir tudo a uma questão financeira, converteu vítimas em cifrões e sonegou aos criminosos até mesmo a saída mais cínica de gozar duas vezes —uma com o crime e outra com a expiação.
Foi inverídico porque, sempre que procuradas para esclarecer alguma coisa, as Forças Armadas reagem com o silêncio. É como se insinuassem que calam porque as “infâmias” dirigidas à corporação não merecem resposta.
De resto, Amorim soou inútil porque sua desconversa não tem nenhuma serventia para o pedaço mais moço das Forças Armadas. Enquanto não forem desfeitas mentiras como as que converteram Rubens Paiva de cadáver estatal em prisioneiro resgatado por “terroristas”, todo militar fica sujeito a ser chamado de culpado ou conivente.
Costuma-se dizer que a história pertence aos vitoriosos. Nem sempre. Embora tenha esmigalhado seu o inimigo doméstico, as Forças Armadas não podem fazer barulho em torno do que chamam de triunfo.
Certos militares da velha-guarda afirmam que a demolição do Muro de Berlim provou o despautério da ideologia que levou a esquerda brasileira às armas. Nessa versão, a ditadura salvou o Brasil da insanidade dos seus radicais.
O diabo é que o silêncio das Forças Armadas grita há 50 anos que os militares brasileiros prevaleceram numa guerra de porão —com muito sangue e pouco método. Empregaram práticas das quais não podem se vangloriar no alto do caixote, em praça pública.
Como qualquer repartição pública, as Forças Armadas são custeadas com o dinheiro dos impostos. Aceitar com naturalidade o silêncio perpétuo sobre a tortura e o sumiço de compatriotas equivaleria a tratar todo cidadão em dia com o fisco como cúmplice da barbárie.
O silêncio dos militares é o ruído rouco de um passado que não passa. É o barulho de uma história que tem início e meio, mas não tem fim. O silêncio impede que os desaparecidos desapareçam. Eles sobrevivem no inconformismo de viúvas, mães e parentes privados do direito de enterrar punhados de ossos sobre os quais possam derramar lágrimas e depositar flores no Dia de Finados.
Caprichoso, o destino providenciou para que o cinquentenário da ditadura caísse no governo da ex-torturada Dilma Rousseff. Em qualquer administração, o silêncio dos responsáveis pelos excessos da ditadura militar brasileira soaria mal. Sob Dilma, o mesmo velho silêncio torna-se gritante.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...