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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Deputados articulam derrubada de vetos polêmicos de Dilma


Deputados da oposição e da bancada ruralista articulam derrubar em fevereiro vetos presidenciais a pelo menos quatro projetos de lei que confrontaram Executivo e Legislativo durante sua discussão no Congresso.
Em dezembro, em meio à pressão dos parlamentares para votar vetos recentes da presidenteDilma Rousseff à nova lei que redistribui os royalties do petróleo, o ministro Luiz Fux, doSupremo Tribunal Federal, determinou que o Congresso vote antes, em ordem cronológica, mais de 3 mil vetos anteriores, que estão parados na fila.
A intenção dos parlamentares é aproveitar não só para reverter a polêmica decisão sobre os royalties. Na mira, estão também vetos relativos ao fim do fator previdenciário, à recomposição de áreas verdes determinadas pelo Código Florestal e ao investimento na saúde, previsto na regulamentação da Emenda 29.
Parlamentares cercam a vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), em dezembro, em pressão para votar ou adiar votação dos vetos à Lei dos Royalties (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que integra a bancada ruralista da Câmara, afirmou que articula aprovar a maioria dos 3 mil vetos de forma sumária, e deixar os quatro projetos polêmicos para votação à parte.
"Primeiro, vamos votar os mais polêmicos e depois, o restante, de forma global. Esse é o entendimento que vamos tentar implementar. Foram matérias aprovadas no Congresso, nas duas Casas. Se elas foram vetadas, isso não condiz com aquilo que o Congresso Nacional debateu durante tanto tempo", afirmou Caiado.
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defende a votação em ordem cronológica dos vetos. Para o tucano, vetos a dispositivos que não geram polêmica devem ser aprovados de forma sumária, sem discursos e debates. Ele disse que o partido também vai defender a derrubada dos vetos aos quatro projetos citados por Caiado.
"Acho que devemos ir pela ordem e, quando chegar a vetos importantes, eles serão considerados e discutidos. Chamaremos a atenção para a presença deles na listagem. Acho que vale cumprir o rito e estabelecer um cronograma. Esses vetos referentes a fator previdenciário, Emenda 29, e royalties são vetos que o partido vai votar pela derrubada", disse.
O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), é contra derrubar os vetos presidenciais. Segundo ele, restaurar as propostas aprovadas pelo Congresso poderá prejudicar o país economicamente.
"Tem vetos polêmicos que o governo e o PT vão fazer um acordo para não derrubar. Tem veto ao Código Florestal, à regulamentação da Emenda 29, ao fim do fator previdenciário, e esses temas têm que ser discutidos com responsabilidade. Votar sem a devida atenção e cuidado pode quebrar o país", afirmou.
O petista também criticou a proposta de votar de forma sumária os vetos que não geram polêmica. Para ele, cada um dos mais de 3.060 vetos deve ser apreciado com cautela e discussão.
"Não podemos fazer uma votação de faz de conta, mas sim uma discussão de cada veto. Não podemos votar tudo em dez minutos. Se for preciso, que demore bastante [para limpar a pauta]. Tem veto aí do governo anterior. Vamos construir uma agenda de terça a quinta. O Congresso não pode se esquivar de sua função constitucional", disse.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também se posicionou contra apreciar de uma só vez a maioria dos vetos e votar em separado os quatro projetos polêmicos. "Acho difícil acordo nessas bases. O mar não está para peixe. Você pode acabar judicializando, então é melhor não mexer com isso, não alterar o rito. A ordem é votar em ordem cronológica, então é melhor seguir."
Entenda os vetos polêmicos
O principal veto ao projeto dos royalties e que parcela dos parlamentares pretende derrubar é o que impede que a nova divisão dos recursos do petróleo seja aplicada a contratos já firmados em áreas licitadas. A proposta vetada reduzia já em 2013 os recursos repassados a Rio de Janeiro e Espírito Santo em favor de estados e municípios não produtores.
Com relação ao Código Florestal, a bancada ruralista pretende restabelecer dispositivo vetado que flexibilizava a recomposição florestal exigida de produtores rurais de médio porte. Na sanção, Dilma vetou trecho que previa reflorestamento em faixas mais estreitas em margens de rio desmatadas e editou medida provisória exigindo recomposição proporcional à largura do rio.
O outro veto que pode ser derrubado pelo Congresso é o que diz respeito à Emenda 29, projeto que definiu percentuais obrigatórios de recursos da União, estados e municípios para o setor da saúde.
Dilma vetou trecho do artigo que dizia que o governo federal deveria investir o montante do ano anterior acrescido da variação percentual do Produto Interno Bruto (PIB), que mede o crescimento da economia. O veto presidencial impede que uma eventual revisão para cima nesse percentual obrigue o governo a aplicar créditos adicionais para ajustar o valor.
O quarto veto que os deputados pretendem derrubar é o que impediu o fim do fator previdenciário. O projeto vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabava com a fórmula criada em 1999, que leva em consideração a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de vida do brasileiro para o cálculo do valor da aposentadoria.
O instrumento visa reduzir o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos, no caso de homens, ou 60, no caso das mulheres.
G1

Boeing 787 faz pouso de emergência no Japão após problema técnico


Um problema em uma bateria provocou nesta quarta-feira (16) um pouso de emergência de um Boeing 787 Dreamliner da All Nippon Airways (ANA) no Japão, informou a própria companhia aérea.
Este é o sexto incidente com um Boeing 787 Dreamliner em 2013. Cinco pessoas se feriram levemente na aterrisagem, de acordo com o ministro porta-voz japonês, Yoshihide Suga.
"Durante o voo, o comandante observou um alerta de falha procedente de uma bateria", revelou um porta-voz da ANA, acrescentando que a companhia decidiu deixar todos os seus Boeing 787 no chão enquanto investiga o incidente.
A Japan Airlines seguiu o mesmo caminho e suspendeu os voos com o Boeing 787 Dreamliner.
O problema ocorre após a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos anunciar, na sexta-feira (11) passada, o início de uma investigação profunda sobre a segurança do Boeing 787, em consequência de cinco incidentes em apenas uma semana.
A investigação abrangerá os "sistemas essenciais" do Boeing 787, incluindo "o desenho, a fabricação e a montagem", disse em um comunicado o departamento de Transportes dos Estados Unidos, do qual a FAA depende.
Companhia All Nippon Airways decidiu deixar no chão todos os Boeing 787 Dreamliner (Foto: AP Photo/Kyodo News)
Há oito dias, em Boston, um 787 da Japan Airlines (JAL) proveniente do Japão teve um princípio de incêndio em terra. No dia seguinte, outro voo da JAL que partia de Boston foi atrasado por um vazamento de combustível.
Na quarta-feira (10) passada, um voo da All Nippon Airways realizado por outro Boeing 787 foi cancelado no país asiático por causa de um problema nos freios.
Nesta sexta-feira, também no Japão, dois incidentes aconteceram a bordo de dois Boeing 787 da ANA: um voo foi cancelado por causa de uma rachadura no vidro da cabine e outro foi atrasado por causa do vazamento de óleo.
Da France Presse

Mãe é condenada por forçar filha a fazer sexo com companheiro que ameaçava ir embora



Mãe ameaçou a filha de 14 anos dizendo que a levaria para morar com o pai
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a 10 anos e seis meses de prisão uma mãe que, por medo que seu companheiro fosse embora, forçou sua filha de 14 anos a ter relações sexuais com ele. A sentença do caso, que aconteceu em 2003 na cidade de Pedreira (135 km de São Paulo), foi dada na sexta-feira (11).
A mãe (identificada como C. F. M.) ameaçou a filha, Cintia, dizendo que a levaria para morar com o pai, que é foragido da Justiça e com quem a menina não tinha boa relação, caso não aceitasse ter relações com seu companheiro (identificado como A. R. D.). Assim como a mãe, ele também foi condenado a oito anos de prisão por estupro.
De acordo com o processo, que correu em segredo de justiça, o homem manteve relacionamento amoroso com a mãe por seis anos e, por diversas vezes, tentou romper o romance, encontrando objeção por parte dela.
Em março de 2003, ele, “aproveitando-se da situação de carência por que passava C. F. M., condicionou a manutenção do relacionamento à prática de relações sexuais com sua filha. Obstinada em manter a relação, C. F. M. comprometeu-se a convencer a Cíntia”.
Segundo a denúncia, a mãe então ameaçou a adolescente, dizendo-lhe que caso não aceitasse manter relações sexuais com o companheiro, iria deixá-la morando com o pai, fugitivo de uma penitenciária, e ameaçou que se suicidaria caso o companheiro a abandonasse.
Ainda segundo a denúncia, Cíntia, sabendo que sua mãe já tentara se matar em outras ocasiões e temerosa em residir com o pai, aceitou a proposta.
Crime gravado – Após convencer a filha, a mãe levou o companheiro até o quarto da adolescente e também ligou uma câmera filmadora sem que ele percebesse. Depois dos abusos que aconteceram naquela noite, a mulher continuou a ameaçar a filha e nas duas semanas que se seguiram ainda houve outros três encontros.
À Justiça, a mãe alegou que a filha fez tudo por livre e espontânea vontade. Afirmou que falou com a adolescente sobre a proposta de seu companheiro e que, embora ela tivesse inicialmente recusado, depois aceitou, por ver a mãe triste com o provável rompimento de seu relacionamento.
Já o companheiro negou que havia tido relações com a jovem, embora ela tivesse feito a proposta. De acordo com ele, por diversas vezes a adolescente teria se insinuado andando em casa de toalha e se exibindo.
Entretanto, o testemunho de um funcionário que alugou o aparelho de filmagem usado por pela mãe e de outras duas pessoas que afirmaram ter visto a fita, convenceram os desembargadores de que houve o estupro.
A fita nunca foi apresentada em juízo. De acordo com a mãe, quando seu companheiro descobriu a existência da gravação exigiu a fita e a quebrou.
Proteção fraternal – Segundo os psicólogos judiciários que conversaram com a vítima, embora a adolescente tenha confirmado as ameaças da mãe, ela também se esforçou para convencê-los “do quanto atualmente a genitora vem desempenhando a contento as funções maternas”.
Para os médicos, o fato de a mãe correr o risco de ser condenada aumenta o sentimento de culpa da adolescente.
A defesa dos condenados ainda não foi notificada da decisão do TJ e afirmou que tentará recorrer da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Entretanto, há dúvidas se o processo possui os requisitos para ser analisado pelo STJ.
OPIPOCO
Uol

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SARGENTO DA PM ENTRA COM HÁBEAS CORPUS PEDINDO OS MESMOS DIREITOS DOS CAVALOS


FAXAJU

A indefinição da carga horária dos policiais militares do estado de Sergipe, fez com que o presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes, ingressasse com um pedido de habeas corpus preventivo, junto a 6ª- Vara Criminal da Comarca de Aracaju.

Os militares que aguardam uma definição da carga horária e por conta do reduzido numero de militares aptos ao trabalho, alegam que estão sendo sacrificados por conta da escala que segundo eles, não dá as horas necessárias para o descanso.

Essa situação complicou ainda mais neste período quando é realizado a maior prévia carnavalesca do País, o Pré-Caju. Por falta de policiais, o comando foi obrigado a interromper as férias de alguns policias para que estes possam fazer a segurança do evento. Os militares que tiveram suas férias interrompidas serão compensados ao final dos festejos.

No final da manha terça-feira (15), o sargento Edgard Menezes ingressou com um pedido de habeas corpus preventivo, e com isso se precavendo de possíveis sansões disciplinares por conta de uma possível ausência ao serviço, já que o Ministério Publico recomendou ao comando que punisse o policial militar que faltasse à escala de trabalho do Pré-Caju.

Edgard Menezes solicita da Justiça que seja dado “o mesmo direito de descanso que é dado a um cavalo da policia montada de Sergipe”. O advogado do militar alega em sua petição que “o tratamento dado pelo estado de Sergipe é pior que o tratamento despendido aos cavalos......”, explica em sua petição a assessoria jurídica da AMESE.




Confiram abaixo o teor do habeas corpus impetrado:





Munir Darrage

Menos de 1% dos projetos apresentados na Câmara em 2012 viraram lei


  • Em 2012, Câmara analisou temas importantes, mas transformou apenas 0,7% dos projetos em leis
    Em 2012, Câmara analisou temas importantes, mas transformou apenas 0,7% dos projetos em leis
Apenas 13 dos 1.841 projetos de lei apresentados em 2012 na Câmara dos Deputados viraram lei. O número equivale a 0,7% do total.  Em ano eleitoral, é normal os parlamentares se ausentarem mais para focar nas campanhas. Mas, mesmo em comparação a 2008, ano que também teve eleições municipais, o número representa uma fatia pequena -- naquele ano, que coincidentemente teve quantidade idêntica de projetos de lei propostos, 110 (ou 5,97% de 1.841) foram transformados em lei pela casa legislativa.
Comparados os dois primeiros anos da atual legislatura (2011 e 2012) com igual período da anterior, os números também são inferiores. Somados, 2007 e 2008 tiveram 4.574 projetos de lei propostos, dos quais 254 (cerca de 5%) viraram leis. Em 2011 e 2012, dos 4.985 projetos apresentados, apenas 50 (cerca de 1%) foram sancionados como lei.

A reportagem do UOL pediu entrevista ao atual presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), sobre o tema, mas não foi atendida.
 

PROJETOS DE LEI NA CÂMARA EM 2012

  • Arte/UOL
    Dos 1.841 projetos de lei que tramitaram pela Câmara em 2012, apenas 79 tiveram algum encaminhamento; os outros seguem em análise pelos deputados
  • Arte/UOL
    Dos 79 projetos encaminhados, apenas 13 foram aprovados e viraram lei

Temas complexos

O cientista político Geraldo Tadeu, diretor do Iuperj, instituto de pesquisa ligado à Universidade Cândido Mendes, pondera que não se deve olhar os números isoladamente. É preciso, diz, considerar que temas complexos demandam debate aprofundado porque as leis terão impacto decisivo na vida do cidadão.

"Leis polêmicas como a distribuição dos royalties do petróleo estão em discussão há quatro anos", exemplica. Tadeu relembra ainda o caso da união civil entre pessoas do mesmo sexo, que, devido à demora do Legislativo em analisar projeto de lei de 1995, chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), que decidiu sobre o assunto antes dos parlamentares. O texto está pronto para ser votado no plenário da Câmara, mas foi retirado da pauta em 2001.
 

Dados de 2012

Em relação aos projetos de lei apresentados em 2012, três foram enviados para apreciação no Senado, um espera sanção presidencial, 26 foram arquivados pela Mesa Diretora da Casa, 31 foram retirados pelo próprio autor e cinco foram arquivados por decisão do plenário (veja quadro ao lado). Os demais 1.762 ainda estão sob análise nas comissões temáticas ou aguardam para serem incluídos na pauta de votação.
 
No total, os deputados analisaram em plenário 81 projetos de lei no ano passado e todos acabaram aprovados, mas a grande maioria era de anos anteriores. Considerados outros tipos de proposta, como projetos de lei complementar e medidas provisórias, a Câmara aprovou 930 proposições, mas nem todas viraram lei. Esses números diferem do balanço divulgado pelo presidente Marco Maia no final de dezembro, pois, segundo o Centro de Documentação e Informação da Câmara, foram atualizados posteriormente. 
 
Em 2012, foram criadas 193 leis, incluindo sobre matérias que tramitavam havia bastante tempo no Congresso. Os dados são do Portal da Legislação, mantido pela Presidência da República.
 

Projetos de lei

 
Projetos de lei podem ser de iniciativa de deputados e até de cidadãos comuns. Em 2012, a maioria dos apresentados 1.653 foi de autoria de deputados e 14 de órgãos da Câmara, como comissões. Outros 20 vieram do Executivo, 128 foram propostos por senadores, 26, pelo Judiciário e 4, pela Procuradoria Geral da República.

Estão na fila temas como a inclusão das disciplinas de ética e direitos humanos no currículo escolar e a classificação do crime de corrupção como hediondo. Embora sejam de relevância nacional, a definição sobre essas questões pode levar muito tempo, anos até.
 
Isso porque, mesmo percorrendo todo o trâmite legal, ainda é preciso haver acordo político para entrar na pauta de votação. E, muitas vezes, em plenário, a votação é adiada por falta de consenso entre os parlamentares.

O analista político Bruno Vieira, da consultoria Arko Advice, pondera que a morosidade na votação dos projetos de lei é "saudável" e "necessária". "A morosidade é salutar, faz parte do jogo democrático. Há uma tentação de relegar o trabalho a um corpo técnico, mas ficaria faltando a legitimidade democrática." 
 
"Evidentemente que nenhuma morosidade, em nenhum poder da República é, por si só, salutar. Existe, sim, um tempo próprio no Legislativo quando se trata de legislar, que deveria implicar na maior densidade argumentativa possível no debate dos projetos", acrescenta.
 
No entanto, Vieira defende que o Legislativo tenha um papel mais ativo. Ele critica a publicação excessiva de medidas provisórias pelo Executivo. Como, por lei, as MPs têm prazo para ser votadas, o governo federal usa esse mecanismo para apressar a aplicação de uma proposta sem precisar se desgastar com a tramitação de um projeto de lei. "Se não forem votadas após um prazo regimental específico, as MPs acabam trancando a pauta e tornam o Legislativo mais moroso."

PROPOSIÇÕES APROVADAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS (2007-2012)*

AnoProjetos de lei Outras proposições** TOTAL
 PlenárioComissõesPlenárioComissões 
201281150193506930
201139192105315651
2010211961069651.288
2009683461708491.433
200872228168314782
200739136122412709
* Inclui matérias que viraram leis e as ainda em tramitação (que aguardam análise no Senado ou sanção presidencial para virar lei, por exemplo)
**Medidas provisórias, projetos de lei complementar, propostas de emenda à constituição, projeto de decretos legislativos (exceto os de concessão e renovação de rádio e TV)
 

Tramitação


Pelo trâmite legal, tanto na Câmara quanto no Senado, um projeto de lei deve, primeiro, passar pelo escrutínio das comissões temáticas da respectiva Casa, definidas conforme o tema. Se o projeto é da área de cultura, por exemplo, passa pela Comissão de Educação e Cultura; se for de esporte, será analisado pela Comissão de Turismo e Desporto.

DÉCADAS DE ESPERA

O projeto de lei mais antigo que aguarda para ser votado na Câmara dos Deputados é de 1983 e propõe que o empregado que mover ação trabalhista tenha estabilidade durante a tramitação do processo.
O autor do projeto, o senador Nelson Carneiro (PTB-RJ), morreu em 1996, antes de ver a sua proposição aprovada.
Para ser votado no plenário, deve haver quórum mínimo de 257 deputados e o projeto pode ser aprovado por maioria simples. Com o aval da Câmara, segue para o Senado, onde percorrerá caminho idêntico: comissões e plenário. Se não houver mudança no texto, vai para sanção presidencial. Caso contrário, retorna à Câmara para que as alterações sejam analisadas. O passo final é a Presidência, que pode ainda vetar o projeto em parte ou no todo.
Dependendo do tema do projeto, porém, as comissões podem ter poder conclusivo. Isso significa que, se a matéria for aprovada nas comissões, não precisa passar pelo plenário e vai direto para o Senado, onde será analisada somente pelas comissões, sem precisar ser votada pelo plenário de lá.
Precisam necessariamente passar pelo crivo do plenário propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, de código, propostos por uma comissão, de iniciativa popular e os oriundos do Senado ou por ele emendados.
Quem determina o que será votado em plenário é o presidente da Câmara, após acordo com os líderes partidários. "Os critérios para decidir as prioridades são basicamente interesses políticos, mas eventos que demandam urgência ou causem comoção social fazem com que projetos sejam desengavetados ou propostos e a inclusão na pauta de votação é acelerada", explica Tadeu.
Exemplo disso é a lei de número 12.737, que regula sobre os crimes eletrônicos e na internet. A lei ficou mais conhecida como Lei Carolina Dieckmann, em referência à atriz que teve fotos pessoais, em que aparece nua ou seminua, vazadas na internet em maio e foi vítima de chantagem. O projeto de lei havia sido apresentado em 2011 e foi aprovado na Câmara logo após vir à tona o caso da atriz.

PROJETOS DE LEI PROPOSTOS EM 2012 QUE VIRARAM LEI

Projeto de leiVirou a leiAutorO que diz
3331/201212.653/2012ExecutivoTorna crime exigir cheque-caução como garantia para fornecer atendimento médico-hospitalar emergencial. Prevê pena de prisão de três meses a um ano e multa. A pena dobra se a falta de atendimento resultar em lesão corporal grave e triplica se resultar em morte
3538/201212.706/2012ExecutivoAutoriza a criação da empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A, vinculada ao Ministério da Defesa. Entre as suas responsabilidades estão desenvolver tecnologias para atividades nucleares e acompanhar a construção de submarinos
[3754/201212.696/2012Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO)Altera artigos do Estado da Criança e do Adolescente relativos aos conselhos tutelares
4024/201212.681/2012Senador Magno Malto (PR-ES)Cria o Sinesp (Sistema Nacional de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas) para reunir e uniformizar dados nacionais sobre segurança pública e criminalidade
4230/201212.762/2012STJ (Superior Tribunal de Justiça)Cria três varas federais no Estado do Amapá e cargos efetivos no STJ
4362/201212.773/2012Procuradoria Geral da RepúblicaFixa salários para os servidores do Ministério Público da União
4363/201212.774/2012STF (Supremo Tribunal Federal)Fixa os salários dos servidores do Poder Judiciário da União
4367/201212.763/2012ExecutivoCria cargos de defensor público federal
4368/201212.772/2012ExecutivoTrata da estruturação do plano de carreira de professor de universidades e institutos federais
4369/201212.778/2012ExecutivoTrata da remuneração de servidores federais de diversos setores
4371/201212.775/2012ExecutivoTrata da remuneração de vários cargos, incluindo procurador-geral da União e diplomata
4682/201212.761/2012Manuela D'Ávila (PCdoB-RS)Cria o vale-cultura
4682/201212.779/2012SenadoReajuste o valor da tabela de salário de servidores do Senado
 Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília

Em 2012, Câmara teve mais projetos de lei para fazer homenagens do que para educação ou saúde




No ano passado, os deputados federais apresentaram mais projetos de lei com propostas de homenagens do que em importantes áreas sociais, como educação ou saúde.
De um total de 1.653 projetos, 106 sugerem a criação de datas comemorativas, mudanças de nome de trechos de rodovia, viadutos e aeroportos ou a concessão do título de "capital nacional" de alguma coisa para municípios. Os números dos que contemplam as áreas de educação e saúde foram menores: 94 e 95, respectivamente.
O tema que mais recebeu atenção dos parlamentares foi relativo ao setor do trabalho e emprego (137 projetos de lei). Em seguida, aparecem propostas nas áreas de desenvolvimento urbano e trânsito (124), administração pública (123), tributação (118) e direitos humanos (114). Veja tabela completa no final.
 
O levantamento foi feito pelo UOL com base em dados fornecidos pela Câmara dos Deputados. A divisão por temas também foi passada pela Casa. Os projetos estão em diferentes estágios de tramitação e a maior parte não virou lei ainda. 
 

Exemplos de proposta

As propostas de homenagem incluem a criação de datas para celebrar, por exemplo, o cicloturismo, o açaizeiro, a inclusão telefônica e os blogueiros e blogueiras. Outras proposições de data pretendem chamar a atenção para problemas de saúde, como a cardiopatia congênita e o câncer bucal.
 
Algumas são curiosas, como a que defende a instituição do Dia Nacional da Eubiose em 10 de agosto. No seu projeto, o deputado William Dib (PSDB-SP) justifica que esse é o dia de fundação da Sociedade Brasileira de Eubiose, organização religiosa que prega a vida "em perfeita harmonia com as leis universais", segundo o site da entidade.
 
Entre os projetos de lei para reconhecer a primazia de determinado município em algum aspecto, há propostas para conferir à cidade paulista de Orlândia o título de "Capital Nacional do Futsal" e à paranaense Terra Roxa o mérito de ser a "Capital Nacional da Moda Bebê". Nenhum deles virou lei ainda.
 

Educação

Na área de educação, foram propostos no ano passado 94 projetos de lei, entre eles um que torna obrigatório o ensino de libras (Língua Brasileira de Sinais) na formação inicial e continuada dos professores da educação básica. Outro propõe o uso do saldo do FGTS para pagar curso de ensino superior. Também tramita na Câmara um projeto que determina que quem se forme em universidade pública preste serviços à sociedade durante um ano.

Saúde

Em relação à saúde, os deputados trouxeram 95 projetos à Câmara. Um deles trata da venda fracionada de medicamentos em clínicas veterinárias e pet shops. Outro estabelece que os locais de realização de prova de vestibular e concurso público tenham postos de atendimento médico.
Um terceiro trata da obrigação de haver o consentimento dos dois cônjuges antes que um se submeta a procedimento de esterilização. Há ainda a proposta de obrigar as unidades de saúde a instalarem câmeras de segurança em unidades de terapia intensiva neonatal, berçários e maternidades.
Projeto que chama a atenção é o que dispõe sobre a criação do "Programa Segunda Sem Carne", que propõe que toda segunda-feira a carne e seus derivados fiquem fora do cardápio dos restaurantes dentro de órgãos públicos, incluindo escolas.
 

Outras áreas

Também há um projeto de lei que proíbe o uso de cerol em pipa e outro que faz modificações na legislação sobre licitação para incentivar a contratação de pessoas com mais de 50 anos. Há ainda um que determina a internação compulsória para tratamento médico de estupradores contumazes, com opção de castração química, e outro que proíbe o uso de algemas em mulheres antes, durante e depois do parto.
 
No total, a Casa recebeu 1.841 projetos, mas nem todos foram de deputados: 14 vieram de outros órgãos da Casa, como comissões; outros 20, do Executivo; 128, do Senado; 26, do Judiciário; e 4, da Procuradoria Geral da República.
  • Arte UOL
  • Fernanda Calgaro
    Do UOL, em Brasília

É OU NÃO É NEPOTISMO?


O prefeito do município do Macaúbas, nosudoeste baiano, José João Pereira (PSB), nomeou para o cargo de secretário de Administração do município o seu filho Orlando Kleber Rêgo Pereira, prática que pode se configurar como nepotismo. Em Heliópolis, no semi-árido baiano, Beto Fonseca, filho do prefeito Ildinho Fonseca (PSC), também foi nomeado secretário de administração. O vice-prefeito de Heliópolis, Gama Neves, não vê problema, já que se trata de um CNE (cargo de natureza especial). Também é muito comum ver esposas de prefeito assumir cargos de secretária de assistência social ou de educação, como em Ribeira do Pombal, na gestão anterior (Zé Grilo nomeou Cecilia Rodrigues) e na atual (Ricardo Maia nomeou Marla Viana Cruz).
 
Em Ribeira do Amparo, a prefeita Teti Brito nomeou o esposo, ex-prefeito Marcelo Brito, como Secretario de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. Em Banzaê a prefeita Patrícia Almeida nomeou o cunhado Marcos Andrade Alves, conhecido como Marcão, esposo de Jailma Gama, ex-prefeita do município, como Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, alem da cunhada Lindaura Andrade Alves (Aninha) como Secretária Municipal de Finanças. O prefeito Helanio Calazans Oliveira de Cicero Dantas nomeou a filha Regina Calazans de Macedo para a Secretaria Municipal de Saúde. Almirinho, prefeito de Quijingue, nomeou a irmã, Milena Abreu, para a Secretaria de Assisência Social.
 
Em Jeremoabo, a prefeita Anabel de Tista nomeou o irmão Arquimedes para a Secretaria do Meio Ambiente e os primos Junior e Lula para as Secretarias de Saúde e de Administração. No município de Barrocas, no nordeste da Bahia, o prefeito José Almir Araújo Queiroz nomeou sua esposa, Patrícia Carneiro de Souza, para o cargo de secretária de Administração e Finanças. Em Teolândia, no sul baiano, o gestor Lázaro Andrade de Oliveira colocou também a sua mulher, Renata Lívia Sampaio França, no comando da Secretaria de Educação e Cultura; a sua irmã Zaira Andrade de Oliveira foi nomeada secretária de Saúde do município e o primo Antônio Moacir de Almeida Souza para a Secretaria de Assistência Social.

De acordo com a 13ª súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), de agosto de 2008, e ainda não revisada pela Corte, proíbe a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança (cargo político), de comissão e de função gratificada no serviço público. O prefeito de Macaúbas afirmou que a nomeação foi feita com o aval da Procuradoria Geral do Município.“O que o setor jurídico me informou é que apenas um secretário não tem problema”, disse.
A interpretação da súmula do STF tem gerado discussões no meio jurídico e especialistas apontam que o entendimento de que a restrição não se aplica aos cargos políticos de natureza especial não está consolidado. "Eu entendo que não pode. O problema é que a súmula não tem sido aplicada ao extremo. Eu vejo pelo interior muito prefeito nomeando filhos e parentes. Se o Ministério Público ou alguém movesse uma ação popular, ia dar trabalho. Mas acontece que ninguém tem contestado", ponderou o advogado eleitoralista, Jarbas Magalhães.

SÍTIO NEWS
 
Informações do www.bahianoticias.com.br e do Joilson Costa, Rádio Pombal FM.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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