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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Morre Rilza Valentim, prefeita de São Francisco do Conde

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A prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim (PT), morreu na noite desta quinta-feira (24). Segundo informações, ela estava internada no Hospital Aliança desde a segunda-feira (21) e faleceu na unidade. O vice-prefeito da cidade, Evandro Almeida (PP), deve assumir o comando do município.

No último dia 17, ela participou com outros prefeitos e com o governador Jaques Wagner da primeira reunião do Colegiado da Entidade Metropolitana da RMS.

Segundo informações do PT, a Rilza sofria de anemia falciforme. A prefeitura de São Francisco do Conde mantinha um programa de assistência aos portadores de anemia ou traço falciforme desde o início da sua gestão.

Natural de São Francisco do Conde, Rilza Valentim foi professora de Química e começou sua carreira na vida pública ao assumir a Secretaria Municipal de Educação de São Francisco do Conde. Foi vereadora por dois mandatos nos anos de 2000 e 2004. Em 2008, chegou à prefeitura e, em 2012, foi reeleita com mais de 75% dos votos. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

Fonte: Correio 24 Horas

Eleita a rainha da Vaquejada de Serrinha 2014; veja foto

A bela Naiane Oliveira, de 20 anos, foi coroada Rainha da Vaquejada de Serrinha 2014, na noite deste sábado (26), no Parque Maria do Carmo. Naiane concorreu com 40 candidatas pelo reinado da vaquejada, considerada a maior do Brasil.




















A jovem serrinhense, enfermeira por formação, disse que não esperava ser a vencedora do concurso, por conta da beleza das concorrentes, mas que ao ouvir o resultado se sentiu maravilhosa. "Estou muito feliz pelo título e acredito que vou representar muito bem minha cidade", completou.

Como premiação, a rainha levou para casa uma moto 0KM, R$2 mil reais e um book fotográfico. Além da rainha, também foram eleitos o Peão da Vaquejada e as Princesas. Felipe Boaventura Lima, de 22 anos, venceu a disputa entre os homens. Ele é modelo, reside em Conceição do Coité, e já acumula no currículo dois títulos de Mister Bahia.

Já os títulos de 1ª e 2ª Princesa ficaram com Adriele Araújo e Estefani Medeiros. Elas são de Conceição do Coité e Teofilândia, respectivamente. Os jurados avaliaram os candidatos nos seguintes requisitos: beleza, simpatia, elegância e desenvoltura.

A abertura das inscrições para candidatos de todas as cidades da Bahia foi a grande novidade deste ano na Festa da Rainha. O evento marca a abertura oficial da Vaquejada em Serrinha, que acontece de 4 a 7 de setembro.


Cleriston Silva

Mais de 80% dos hospitais filantrópicos do Brasil operam endividados

Mais de 80% dos hospitais filantrópicos do Brasil operam endividados
Hospital Espanhol sofre com problema financeiro/Foto: Reprodução
Pelo menos 83% dos 2,1 mil hospitais filantrópicos brasileiros operam no vermelho. De acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), a dívida total das instituições já supera os R$ 17 bilhões. O diretor-geral da CMB, José Luiz Spigolon, disse que, mesmo com o crescimento dos incentivos dos governos nos últimos anos, a verba que entra nas unidades de saúde não paga o valor do custo dos procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Em média, a tabela SUS só cobre 60% do gasto real do procedimento", afirmou ao Estadão. "É verdade que temos incentivos governamentais. O problema é que os incentivos não estão disponíveis para todos os tipos de hospitais e, além disso, quando o hospital faz mais procedimentos do que o previsto em contrato, ele dificilmente recebe por eles", explica. O diretor ainda informou que um dos problemas é que os hospitais filantrópicos ganham por produção, mas têm um número limite de procedimentos que são remunerados.

O cúmulo: Agentes penitenciários fazem ‘vaquinha’ para aumentar muro de presídio

Feira: Agentes penitenciários fazem ‘vaquinha’ para aumentar muro de presídio
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Agentes penitenciários de Feira de Santana, centro norte baiano, resolveram tirar do próprio bolso e custear uma reforma no Presídio local. A "vaquinha” de R$ 1,5 mil serviu para aumentar o muro da detenção, já superado e vencido por não frear as fugas constantes. Segundo o A Tarde, os agentes reclamavam que os muros originais foram projetados em três metros e oitenta centímetros de altura, o que não dava qualquer dificuldade de ser ultrapassado pelos detentos que subiam um no ombro de outro para ganhar liberdade. Na obra, os agentes acrescentaram um metro e vinte centímetros. O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) disse que a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado (Seap) teria se comprometido em fazer a reforma em 30 dias, mas avaliaram que a situação era de insegurança e resolveram por conta própria o imbróglio. Ainda segundo a reportagem de Biaggio Talento, uma nota da Seap informou que "a elevação do muro dos pavilhões 7 e 8 do Conjunto Penal de Feira de Santana trata-se de uma decisão dos agentes penitenciários da unidade em razão da necessidade imperiosa de segurança". A resposta do sindicato da categoria não foi amistosa. "Qualquer ajudante de pedreiro sem escolaridade sabe que cinco fileiras de bloco medem, em altura, pouco mais de um metro, mas para os habilidosos matemáticos da Seap, essa altura é de apenas 40 cm".

VEREADOR E QUATRO GMS SÃO PRESOS SUSPEITOS DE ROUBOS A BANCOS


Uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar, com a participação do Ministério Público Estadual (MPE/AL), através do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), está sendo deflagrada desde o início da noite desta quinta-feira (24) em várias cidades da região Sertão. A ação já resultou na prisão de ao menos oito pessoas, entre elas um vereador pelo município de Mata Grande.

A reportagem do Minuto Sertão apurou que todos os presos seriam integrantes de uma quadrilha acusada de vários roubos a bancos que agia em pelo menos três estados, entre eles Alagoas e Pernambuco, inclusive o suspeito que foi morto em uma troca de tiros com policiais, no início da noite desta quinta-feira, em Inhapi, teria participado do roubo a duas agências bancárias em Inajá – PE, ação que ocorreu no dia 2 desse mês e resultou na morte de um policial militar.

Sobre a prisão do vereador João Sérgio, que também é subgerente da agência do Banco do Brasil de Canapi, a polícia informou que existia um mandado de busca e apreensão para ser cumprido na residência dele e durante o cumprimento da ordem judicial foram encontradas no imóvel uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 38. Apesar de existir a suspeita de que o bancário seria integrante da quadrilha, a defesa do mesmo informou para nossa reportagem que o cliente dele é inocente e que o motivo da prisão teria sido apenas por posse ilegal de arma de fogo.

Além de João Sérgio, foram presos Robério Mandu de Lima, Euzébio Lima Piauí, Ismar Luz da Silva, Francisco Alencar dos Santos e José Alexandre dos Santos, além dos irmãos Iran Francisco Sá dos Santos e Robermário Francisco Sá dos Santos. Entre os citados, estão quatro guardas municipais de Canapi que teriam sido encontrados com várias munições de fuzis, durante a operação. Todos os acusados foram conduzidos para a Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada em Delmiro Gouveia, onde estão sendo ouvidos e autuados pelos crimes cometidos.

De acordo com o promotor de justiça Luiz Tenório, a quadrilha pretendia agir nessa madrugada e o alvo seria uma agência bancária na cidade de Olivença, inclusive quando houve a troca de tiros onde um bandido morreu os mesmos estariam se dirigindo para Petrolândia – PE, onde pretendiam se reunir para organizar a investida.

Na referida cidade pernambucana, policiais da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) encontraram uma caminhonete Amarok, de cor preta e placa NVL-5028/Arapiraca, que foi abandonada com as chaves na ignição. Tocas ninjas e duas bananas de dinamite foram encontradas no automóvel.

A operação

Participaram da operação vários agentes policiais da Polícia Civil, militares dos 9º e 7º Batalhões e da Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes), além da Seção de Combate a Roubos a Bancos (Serb) e Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

A ação foi coordenada pelo delegado regional Rodrigo Rocha Cavalcanti, delegado Guilherme Iusten, Capitão Winston Santana, comandante da Copes, tenente-coronel Joaz Fontes, comandante do 9ª-BPM, e delegada Ana Luiza, diretora do Departamento de Polícia Judiciária da Área 1 (DPJ-1).

Informações: Gil Santos

domingo, 27 de julho de 2014

Palmeirenses quebram cadeiras e ironizam: "Coloca na conta do Nobre"

O Corinthians avisou antes: qualquer dano causado por torcedores do Palmeiras à Arena, durante o Dérbi deste domingo, seria ressarcido pela diretoria alviverde. Pois o Verdão terá de colocar a mão no bolso. 
O setor destinado a palmeirenses teve várias cadeiras quebradas. Ainda não há números do prejuízo - normalmente, a diretoria corintiana divulga um balanço no dia seguinte. 
Algumas cadeiras, além de quebradas, estavam pichadas. Palmeirenses mais exaltados quebravam as cadeiras e diziam, irônicos:
- Coloca na conta do Nobre (Paulo Nobre, presidente do Verdão). 
Veja fotos da quebradeira:
arena corinthians cadeiras quebradas (Foto: GloboEsporte.com)Várias cadeiras foram danificadas no espaço destinado a palmeirenses (Foto: GloboEsporte.com)

arena corinthians cadeiras quebradas (Foto: GloboEsporte.com)Corinthians diz que vai cobrar os danos da diretoria palmeirense (Foto: GloboEsporte.com)


arena corinthians cadeiras quebradas (Foto: GloboEsporte.com)Alviverdes chegaram a ironizar: "Coloca na conta do Nobre" (Foto: GloboEsporte.com)

À BASE DA LUTA, FLA VENCE O BOTAFOGO NA REESTREIA DE LUXA E ENCERRA JEJUM

Não foi uma partida para ser lembrada como bem jogada a deste domingo no Maracanã. Mas a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Botafogo pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, na reestreia de Vanderlei Luxemburgo na equipe da Gávea, poderá servir para os rubro-negros como um recomeço no Campeonato Brasileiro, ainda que a equipe esteja longe, muito longe, de mostrar um bom futebol. Na verdade, a partida debaixo de forte chuva pode ter luta como palavra-chave.
Superior em boa parte do primeiro tempo, principalmente a partir dos 30 minutos, quando o time teve no argentino Mugni uma pequena luz de inspiração e em Alecsandro o faro de gol - marcou numa linda cabeçada, aos 32 -, o time acabou dominado em parte da segunda etapa por um Botafogo também lutador. Mas no lance final, quando o zagueiro rubro-negro Marcelo falhou na saída de bola, faltou estrela ao atacante Zeballos para empatar a partida - na sequência, houve até impedimento do atacante ao receber de Wallyson, mas ele poderia ter decidido na primeira conclusão, defendida por Paulo Victor. O resultado até seria mais justo pelo equilíbrio tanto na marcação forte das equipes no campo de ataque como na briga pela posse de bola no meio de campo.
O Flamengo, que encerra um jejum de oito partidas sem vencer, vai a 10 pontos ganhos. Continua na zona de rebaixamento, mas sai da lanterna e passa para o 18º lugar na tabela. Com a derrota, o Botafogo, que mostrou uma equipe insatisfeita com atrasos de salários - o time entrou com uma faixa de protesto antes da partida -, fica em 13º lugar, com 12 pontos. A equipe alvinegra melhorou sensivelmente com as alterações na segunda etapa, quando Zeballos entrou no lugar de Bollati e deixou o time mais ofensivo. Yuri Mamute, muito mal, também foi trocado por Daniel, nem tão bem. E Wallyson no lugar de Carlos Alberto - o meia foi muito bem marcado - deu mais poder de fogo à equipe, que no entanto foi muito desorganizada ao atacar.
Alecsandro gol Flamengo x Botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)De cabeça, Alecsandro marca o gol do Fla na vitória sobre o Botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

O jogo
Foi um primeiro tempo de muita disputa e pouca inspiração o do clássico no Maracanã. O Flamengo de Vanderlei entrou mais ligado e foi superior a partir dos 30 minutos, quando Mugni começou a se livrar melhor da forte marcação - aliás, uma tônica nas duas equipes - e encontrar nas laterais a melhor posição para desenvolver as jogadas. Com os times bem ligados no meio de campo, os erros de passes prejudicaram as sequências dos lances. O Botafogo teve a sua, quando Carlos Alberto, bem marcado, conseguiu ser o garçom para Emerson Sheik bater com perigo.
O Flamengo, que já tinha tentado a bola aérea num centro de João Paulo para Alecsandro, repetiu a jogada, dessa vez com sucesso - e iniciada por Mugni - aos 32. O camisa 9 foi feliz na conclusão de cabeça. A partir daí, a equipe alvinegra afrouxou a marcação, e os rubro-negros até poderiam ter chegado ao segundo, se Luiz Antônio não tivesse batido fraco. Pelo lado alvinegro, Edílson, com chute forte de fora da área, obrigou Paulo Victor a fazer a única boa defesa na partida até então.
Na segunda etapa, o Botafogo começou em velocidade em busca do empate. Zeballos deu mais vigor ao ataque, mas as jogadas ofensivas não encaixavam bem e Carlos Alberto não conseguia ser o garçom ideal para Emerson Sheik. Vanderlei tirou Mugni para promover a estreia de outro argentino, Canteros, e com isso o time recuou muito. A entrada de Negueba no lugar de Paulinho não surtiu o efeito de aumentar a velocidade no contra-ataque.
O sufoco foi até o fim. O Botafogo, que tentou muito o jogo pela direita, não teve em Edílson um lateral eficiente. Agora, a equipe alvinegra vai buscar a recuperação no próximo sábado, diante do líder, o Cruzeiro. Ao Flamengo, cabe seguir na recuperação diante da Chapecoense, domingo, no Sul.
por GLOBOESPORTE.COM

MARROM: Aviões Privilege finalmente chega a Salvador

Aviões Privilege chega finalmente a Salvador

Muito cobrada pelos fãs baianos da banda, a festa Aviões Privilege, com a banda Aviões do Forró de um jeito que você nunca viu, finalmente chega a Salvador. O evento, exclusivo para apenas 2 mil pessoas, acontece em 9 de agosto (sábado), no Grand Hotel Stella Maris. Com uma proposta sunset, a festa começa às 16 horas. O open bar premium do Aviões Privilege terá vodca e whisky importados, cerveja, refrigerante e água. Além das três horas de show de Aviões do Forró, um DJ também estará presente, garantindo a animação da festa. Os ingressos já estão à venda na Ticketmix, Five Sport Bar e no Acqua Café. 

Fotos: Divulgação

De cinta protetora, Neymar se diverte ao lado de Bruna e de amigos

O traje de banho, sunga branca e uma cinta protetora, destoa dos demais que curtem o sol de Ibiza, na Espanha, mas ainda assim o jogador Neymar tem achado um jeito de curtir as férias. Mesmo com a cinta na lombar por ordens médicas após a lesão durante a Copa do Mundo, o jogador continua se divertindo cercado pela namorada, a atriz Bruna Marquezine, familiares e por amigos, como Gil Cebola, que publicou no Instagram fotos da turma.
Neymar com amigos (Foto: Reprodução/ Instagram)
Neymar e amigos (Foto: Reprodução/Instagram)
Neymar posta foto com os amigos em Ibiza (Foto: Reprodução/Instagram)

Tabelinha | Marcelo Lomba

Fernanda Varela
Líder nato, Marcelo Lomba é um dos jogadores mais admirados pela torcida do Bahia no atual elenco. Xodó desde que chegou ao clube, em 2011, o arqueiro tem uma identificação tão grande com o torcedor que o fato de ser um “paredão” no gol, em algumas vezes, acaba ficando em segundo plano.
Claro, ser um bom goleiro é fundamental para o sucesso de um time de futebol, mas Lomba é muito mais do que isso. A doação dentro de campo encanta. Os gestos, batidas de luvas e gritos de incentivo que não param durante um minuto sequer da partida acabam contagiando cada torcedor que colore as arquibancadas de vermelho, azul e branco. Difícil não encontrar um tricolor orgulhoso e empolgado com tanto entusiasmo. Lomba, que carrega com orgulho o faixa de capitão do time, sabe contagiar como poucos.
Intenso, o goleiro abriu mão de criar asas e voar para bem longe do Fazendão. Ele escolheu crescer junto com o Bahia e, como não sabe viver nada “pela metade”, o carioca de sotaque forte se doa de corpo e alma para aquilo que escolheu como profissão. Na cabeça, Lomba leva basicamente duas coisas: o filho João, de 3 anos, e o Bahia.
Conectado a tudo o que acontece com o clube, Marcelo Lomba sabe que pode ajudar. Ele sonha alto, espanta qualquer discurso de fragilidade e promete dedicação ao que se propôs a fazer. Junto a tudo isso, ele espera fazer com que os olhos dos tricolores brilhem na mesma intensidade das duas estrelas que carregam no peito.
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Como começou a sua relação com o futebol?

Sempre gostei muito de esportes e participava de tudo: futebol, handebol, vôlei. Mas a minha paixão sempre foi o futebol. Eu gostava de jogar na linha, como um jogador normal, mas quando eu ia para o gol acabava me destacando, porque era acima da média. Quando o time da minha escola (Sagrado Coração de Maria, em Copacabana) tinha alguma competição, enfrentava outro colégio ou participava de disputas entre colégios católicos, eu sempre ia para o gol. A galera gostava e se sentia mais segura. A partir daí foi se criando um rótulo. Um dia, um professor da minha escola me chamou para ir para um clube de futsal chamado Hebraica e foi quando eu comecei a jogar de forma mais séria. Sempre amei futebol, ia ver jogo de futebol no estádio, e foi assim que começou essa paixão que dura até hoje.
E quando você decidiu que futebol seria a sua profissão?
Comecei a jogar por prazer. Quando fui para essa equipe de futsal, comecei a ter gosto pela adrenalina de jogo, de disputa. Quem me ajudou muito a tomar essa decisão de seguir no esporte foi o meu pai, que era muito presente, me levava para cima e para baixo. Ele me ajudou a passar por muitas dificuldades. O futsal, na verdade, foi o meu primeiro passo. Éramos um time pequeno, mas conseguimos nos destacar e, com isso, acabei indo para o CFZ (time do ex-jogador Zico), que é um time pequeno comparado aos grandes do Rio, porque não tem concentração, contratações de gente de fora, nada disso, mas é um time que disputa competições. Em um desses campeonatos fomos campeões, nem sei como, mas fomos. Aí o Zico, até pela proximidade que tem com o Flamengo, chamou quatro atletas para jogar lá. Fui um deles. Foi aí que comecei a virar goleiro de verdade.
E quando você conseguiu fazer o seu primeiro jogo como profissional. O que passou pela cabeça?
Não passa nada. Meu primeiro jogo como profissional foi um amistoso entre Flamengo e Roraima, fora de casa. Tinha muita torcida no estádio, foi muito bom. Foi o Ney Franco quem me deu a minha primeira oportunidade como profissional. Lembro que estava nervoso. Vocês não têm noção da responsabilidade que um goleiro tem (risos). Você está ali tranquilo para jogar, mas ciente de que é um peso grande. Aí você olha para o atacante e o cara está ali tranquilão. Ser goleiro é difícil. A experiência te dá esse controle de saber que pode acontecer de falhar, como pode acontecer de não falhar. Mas no fim das contas deu tudo certo. O Flamengo ganhou e o Ney Franco me elogiou muito. A partir dali, as coisas deram certo para mim.
O que foi mais difícil nesse caminho até chegar onde você chegou?
Eu estudava em um colégio tradicional e vim de uma família de classe média alta, o que no próprio futebol não é muito comum. Então, ao escolher esse caminho eu precisei sair da escola onde estudava e onde as minhas duas irmãs se formaram. E quando você vive em uma sociedade de classe média alta, existe muita cobrança do tipo: ‘você vai se formar em que lugar?’, ‘vai estudar que curso?’. Para ser jogador, eu abri mão da escola boa que estudava e fui para um colégio de nível muito mais baixo. Abri mão de tudo o que a minha família tinha traçado para apostar no futebol como profissão e muita gente não entendeu isso.
Você se arrepende de ter tomado essa atitude?
Não. Eu me formei e entrei na faculdade. Fiz Educação Física até o 4º semestre e só parei porque não tinha mais como conciliar com a vida de goleiro. A minha família cobrava muito de mim que eu fizesse o meu curso e eu realmente gostava, porque sou apaixonado por esportes, mas foi uma escolha que eu fiz. Eu não me arrependo de ter largado, mas claro que seria legal ter concluído a faculdade. Embora tenha seguido outro caminho, eu procuro me diferenciar. Eu sei falar inglês e sempre que posso tendo exercitar. Não sei se vou voltar à faculdade para concluir a graduação, porque depende muito do objetivo que eu tenho quando acabar a carreira, mas penso em aprender algum outro idioma, porque ajuda muito. Tenho alguns planos. Acho que em toda a minha carreira, meu único arrependimento é quando lembro da infância, porque perdemos muita coisa. Desde cedo somos inseridos nessa rotina de jogo todos os finais de semana e acabamos perdendo o elo com os amigos. É uma parte da vida que não vai mais voltar. É difícil quando tem festa em família ou quando todos viajam e você não pode ir, mas foi um escolha que eu fiz.
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Marcelo Lomba e o pai, Rubem (Foto: Arquivo Correio)

Você fala muito do seu pai…

Ele foi um dos que mais me apoiou. Ele se esforçou muito para que eu realizasse o meu sonho. Lembro que, quando eu estava de férias e ia me apresentar no Flamengo, ele chegou a pagar um personal, gastou dinheiro para que eu fizesse treinos específicos e à parte para chegar melhor no time. Ele nunca foi rico, trabalhava como analista de sistemas, mas nunca deixou de fazer nada por mim. Ele fez muitos sacrifícios para que eu conquistasse as coisas.
E o que te desanima no futebol?
Concentração! É uma coisa muito chata. Minha maior luta não é nem acabar a concentração, porque ela é importante em alguns momentos, mas nem sempre é necessária. Em alguns momentos você vê a vida passando. Quando você quer ir para um almoço de família e não pode, por exemplo. Muita gente olha para jogador, acha que ganha bem e tem vida fácil. Quando escolhemos essa profissão, abrimos mão de muita coisa. É difícil, por exemplo, trabalhar todos os dias dos pais. Quando tem uma coisa na escola do meu filho, não posso ir.
O seu filho, João, vai fazer 3 anos, mas já gosta de futebol. Você aconselharia ele a ser jogador ou fugir dessa profissão de jogador?
Eu vou deixar o João à vontade, mas se ele quiser ser jogador, vou deixar claro que é muito difícil. A gente não faz apenas o que gosta e muitas horas, por mais que façamos por prazer, temos que trabalhar por obrigação mesmo. Vou deixar claro que é um caminho de muitas dificuldades, principalmente no início, quando você não tem o lado financeiro, onde a estrutura é muito pior e a chance de chegar onde deseja é remota. Vi muitos amigos meus ficando para trás por lesão, momento, competitividade das equipes. Não posso dizer que não gostaria que ele fosse jogador de futebol, mas eu não queria ter a decepção, como pai, de ver o meu filho tentar e não conseguir. Sei o quanto o meu pai fez por mim, sabe? E vi o quanto foi duro chegar aqui. Tenho esse medo como pai, mas se ele quiser ser jogador vai ter todo o meu apoio. Se for, espero que não seja goleiro (risos).
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Paizão assumido, Lomba brinca com o filho na Arena Fonte Nova (Foto: Marina Silva/Correio)
Você é um dos ídolos da nova geração de torcedores do Bahia. Como é lidar com o assédio?
Peço a Deus todos os dias que permita que eu seja uma pessoa humilde, porque o carinho que o torcedor tem por mim é muito grande. Eu tenho que ter a humildade de agradecer, parar, tirar foto, dar autógrafo e, às vezes, algumas pessoas não enxergam isso. É uma coisa extremamente prazerosa, mas em alguns momentos invade a privacidade. Tenho que passar por cima disso, porque é uma coisa que me deixa feliz, é um trabalho reconhecido. Tento ser o mais atencioso possível e dar atenção a todos, porque é uma coisa muito legal. Quando eu vou à escola do meu filho, por exemplo, é muito legal, porque as crianças nos dão um carinho imenso. É muito divertido.
Você recebe muitas manifestações positivas e críticas em redes sociais. Como lidar com isso?
A única coisa que me deixa chateado é quando as pessoas me criticam não como goleiro, mas de forma maldosa. Me criticar porque soltei uma bola ou falhei em um gol é normal, mas algumas pessoas criticam de uma forma pesada e esquecem todo o carinho que eu tenho pelo Bahia, esquecem que em um momento de folga eu sempre procuro dar atenção a todo mundo. Mas o problema é que eu estou antenado a tudo, eu gosto de ver, acompanho bastante. Tem horas que eu me canso e desligo tudo mesmo, mas adoro acompanhar. Vejo muitas opiniões interessantes e dicas. Vejo coisas que me fazem crescer e que são boas para o clube.
Você não consegue se desligar do Bahia? Nem nas férias?
Não dá. Até rola uma pressão em casa, porque não consigo me desligar disso. Nas férias de fim de ano eu viajei para fora do país e, de lá, eu ficava acompanhando quem o Bahia estava contratando, quem seria o novo técnico ou qual ia ser o novo diretor de futebol. Eu valorizo muito a minha profissão e tento ser muito presente no que eu faço. Quero sempre dar o meu melhor e isso acaba me desgastando um pouco. Eu participo muito e de tudo. Eu sei que sou referência para alguns jogadores, sei que tenho um papel de liderança. Muitas vezes eu faço a ponte de comunicação com a comissão técnica, com reivindicação com a diretoria, ou quando eles precisam de mim para cobrar coisas dos jogadores, além de defender funcionários também. Eu gosto de participar, de estar junto.
Você já chegou a receber muitas propostas. Por que nunca deixou o Bahia?
O Bahia atravessa um momento de transição entre o passado recente o futuro grandioso. Vejo o time nesse meio termo e aposto que vamos conseguir levar o Bahia de volta à tradição, um time que brigava para ser campeão brasileiro. Só que isso requer dedicação e eu quero participar desse momento. Estou no clube há três anos e já vi o Bahia evoluir muito. Hoje já somos mais respeitados e não entramos no Brasileiro como um dos times que certamente vão cair. Além disso, conquistamos dois estaduais desde que cheguei aqui, o que não acontecia há 11 anos. Na ponta do lápis, o Bahia tem evoluído bastante e eu sonho em fazer parte dessa mudança. A minha maior alegria é fazer parte desse legado. É uma coisa que está marcando a minha história e eu faço questão de, quando aparecem outras boas propostas para outros times, valorizar o clube. Faço questão de lembrar o que o time já fez por mim. Se não fosse o Bahia, eu acho que não teria toda essa proporção nacional. No Flamengo eu era apenas mais um da base, aqui eu sou o Marcelo Lomba.
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Você sonha em se tornar um ídolo como o Rogério Ceni foi para o São Paulo ou como o Marcos foi para o Palmeiras? É o seu desejo no Bahia?
Eu tenho construído meu caminho aqui passo a passo. Claro que a cada ano eu avalio os meus planos, que é melhor para a minha carreira, mas hoje eu analiso o momento do clube. Eu sinto a necessidade de estar presente, porque quero construir esse futuro que está sendo construído. Renovei meu contrato até 2017 porque quero participar dessa história, quero ser importante para o Bahia, ajudar o clube a crescer ainda mais.
Qual o seu maior sonho como jogador?
Hoje, o meu maior objetivo dar um passo a mais com o Bahia, seja no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana. A minha história anda junto com a do Bahia. Está faltando a gente chegar junto. Já pensou o Bahia na final de uma Copa do Brasil? O Atlético-PR, que tem uma estrutura parecida com a nossa, chegou. Meu maior sonho é ser campeão nacional com o Bahia. Quero viver esse sentimento de conquista, de entrar no estádio lotado em uma final com o peso da nacional. É isso que me consome diariamente para trabalhar. Eu podia falar “ah, quero ir para a Seleção Brasileira”, mas não é isso que me motiva. Eu penso a curto prazo.
Você tem um brilho no olhar quando fala do Bahia…
Eu me empolgo muito mesmo (risos). E eu tento passar isso para os jogadores. Tento mostrar como a gente pode fazer o clube crescer. Não quero passar na história do Bahia, eu quero fazer história no Bahia. Eu estou aqui para vencer. Por isso que esse discurso de que clube nordestino é pequeno me incomoda. Tem que ter grandeza. Não é porque vou jogar com Cruzeiro, Flamengo e Corinthians que vou jogar com medo de perder.
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Raça e entrega em campo de Lomba encantam o torcedor tricolor
Você é um atleta jovem, mas muito maduro…
Futebol não é idade, é postura. Influencia muito o que você fala, o que pensa, como você enfrenta as coisas. Hoje eu tento ter postura e equilíbrio para me posicionar contra ou a favor de determinadas situações. É o que vai te dando respeito e tranquilidade para trabalhar.
E o que te ajuda a manter esse equilíbrio?
Eu sempre digo que a minha esposa é o meu ponto de equilíbrio. Ela é muito tranquila, muito zen. Ela prefere não se envolver muito. O Bahia ganhando ou perdendo, ela fica tranquila. Isso é importante, porque eu já me envolvo muito com tudo. Quando eu estou sufocado, começo a falar tudo para ela e vejo a tranquilidade no rosto dela, eu tento voltar a ser uma pessoa normal, não o goleiro que tem um jogo importante ou que perdeu um jogo que não podia ter perdido. Ela me dá muito equilíbrio.
E quais são seus planos para depois da carreira?
Eu sou do tipo que acompanha tudo no futebol. Vejo os programas esportivos, comentários, críticas, várias coisas, até porque pretendo continuar no esporte no futuro da minha carreira. Quero participar como comentarista, empresário, diretor de futebol, alguma coisa. Acho que na hora do estudo, soube abrir mão na hora certa. Na hora de investir na minha carreira, também.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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