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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Hospitais do Rio sofrem sem médicos, remédios e macas


Cena triste. Severina dos Santos, de 86 anos, é carregada pelo filho, para ser atendida no Albert Schweitzer, onde faltavam maqueiros - Agência O Globo



RIO - Quem procurou unidades da Rede Municipal de Saúde nos últimos dias conferiu de perto um retrato da precariedade. No Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, faltam macas e cadeiras para transportar, até a emergência, pacientes que chegam sem conseguir andar. Drama semelhante vive o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, onde faltam médicos e produtos de limpeza.

Nesta terça-feira, o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) fez vistoria em outra unidade municipal que sofre com a crise, o Hospital Municipal Rocha Faria. O órgão entrou com ação na Justiça contra a prefeitura, alegando situação de calamidade na unidade.

Para entrar no Albert Schweitzer, Severina dos Santos, de 86 anos, teve que ser carregada. Com falta de ar, glicose alta, pressão oscilando, ela não tinha forças para andar e foi levada nos ombros pelo filho Alcides, de 51 anos. A cena triste chamava a atenção de quem estava na emergência:

— Fui falar com o segurança quando cheguei, mas ele disse que não tinha nada aqui. Então pensei: “dou meu jeito” — contou o comerciante Alcides. — Trouxe minha mãe ontem (anteontem). A meu ver, não deveria ter sido liberada. Olha a idade dela! Mas fazem nebulização e mandam embora.
Hugo Luís Torres, de 62 anos, precisou ser carregado pelos filhos até a entrada do hospital. O homem teve um AVC há um mês e vinha se recuperando, mas há dois dias voltou a apresentar sintomas.

— Ele começou a babar e a ficar torto e foi levado para a UPA de Padre Miguel. Lá, aplicaram uma injeção e o liberaram. Hoje, caiu “do nada”, e o trouxemos para cá. Mas falta muita coisa. Os profissionais não têm culpa, atendem bem. O culpado é o governo — reclamou Nádia Ferreira, mulher de Hugo.
No Pedro II, em Santa Cruz, a idosa Aldina Serra, de 76 anos, precisou ser amparada pela neta Camila Serra e pelo marido da jovem, Victor Luiz Cunha, para entrar no hospital:
— Chegamos e perguntamos se tinha cadeira (de rodas). A menina da recepção disse para ver no corredor, mas não tinha — contou Camila.

E os problemas se sucedem. Verônica Carvalho levou o filho Jean, de 8 anos, pela segunda vez, ao Pedro II ontem. Saíram sem atendimento, por falta de médicos:
— Ele caiu em cima do braço. Ontem (anteontem), o médico disse que precisaria operar, mas no Natal não tinha como. Voltei hoje e ele disse que também não pode, pois é o único médico.

Na mesma unidade, a limpeza também é crítica e funcionários tiram do próprio bolso dinheiro para produtos de higiene:


— No quarto do meu sobrinho, o chão está muito sujo, tem teia de aranha, excreção na parede. Dizem que as funcionárias estão trazendo até material de casa para limpar — disse Shirlei da Silva, que acompanhava o sobrinho Ezequiel, de 13 anos.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, seus hospitais não recusam pacientes. “Devido à demanda aumentada dos últimos tempos, alguns setores podem funcionar com lotação acima da ideal, sobrecarregando maqueiros”. Já a direção do Pedro II informa que não faltaram ortopedistas no plantão de ontem.



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