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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Arquiteto da Arena diz que obras incompletas impedem novas receitas

As obras incompletas da Arena Corinthians implicam em restrição de faturamento ao clube e ao fundo criado para gerir as receitas do estádio, segundo o arquiteto Aníbal Coutinho, que projetou o local e tem a responsabilidade de acompanhar o andamento da construção.
A Odebrecht deixou o lugar com cerca de R$ 200 milhões em obras inacabadas – quase 20% do valor do contrato, de R$ 985 milhões. O custo total do estádio já chega a R$ 1,2 bilhão com o acréscimo de juros. A empresa anunciou o fim de seus trabalhos na última quarta-feira, o que surpreendeu dirigentes alvinegros, que esperam a saída para o dia 16 de outubro.
Relatório de obras inacabadas da Arena Corinthians 1 (Foto: Divulgação)Relatório aponta obras previstas no projeto que ainda não foram concluídas pela Odebrecht  (Foto: Divulgação)
De acordo com Coutinho, o estágio atual da Arena impossibilita que o Corinthians tenha condições de explorar a capacidade máxima do lugar para vender propriedades. Inacabada e com o "aspecto hospitalar" no setor Oeste, como dirigentes descrevem a área nobre do estádio, a casa alvinegra não atrai investidores.
O plano de venda do naming rights, que na concepção do projeto seria suficiente para financiar até R$ 400 milhões do estádio, ainda não foi cumprido. Os camarotes também geram dor de cabeça nos administradores, que veem os espaços subutilizados.
  Aquilo não é um estádio, é uma arena multiuso. O Corinthians ganha (dinheiro) colocando gente ali 365 dias por ano. (Os atrasos) só acentuam o descrédito. 
Aníbal Coutinho, arquiteto
– Aquilo não é um estádio, é uma arena multiuso. O Corinthians ganha (dinheiro) colocando gente ali 365 dias por ano. (Os atrasos) só acentuam o descrédito. Nada é feito por completo, tudo é incompleto – diz o arquiteto.
Toda a área ao redor do estádio está longe de replicar o projeto original. Em vez de calçamento, árvores e espelhos d'água, o que se vê é puro asfalto, que se confunde com os estacionamentos externo.
– Esse é o local onde as empresas parceiras ativam seus produtos, onde fazem promoções pré e pós-jogo. Mas elas não podem entrar lá naquele com aquele cimentão, cheio de material de construção – diz Coutinho.
Segundo relatório de acompanhamento das obras, ainda há na Arena estruturas temporárias colocadas para a Copa do Mundo de 2014. O enorme telão do setor leste, danificado durante acidente com um guindaste em 2013, ainda não foi consertado.
– (O estádio) perde valor. Há a incerteza de que aquilo ficará pronto – afirma Coutinho.
Com a saída da Odebrecht, o Corinthians agora fará uma auditoria para checar quais itens do contrato não foram cumpridos.
Questionada pela reportagem na véspera do fim das obras, a empreiteira respondeu via assessoria que "os serviços atuais faltantes não implicam na impossibilidade ou restrição de uso da Arena" e que "todo o escopo e etapas da obra foram estabelecidos de comum acordo com nosso único cliente neste contrato, o Sport Club Corinthians Paulista, de forma que não reconhecemos declarações de outras fontes". 
Já o clube informou, também em nota oficial, que "possui contrato, desde dezembro de 2011, com as empresas de Arquitetura CDC e DDG (os escritórios de Coutinho), que inclui em seu objeto o acompanhamento do cumprimento do Projeto Arquitetônico da Arena Corinthians até a entrega e aceitação do CAF (Certificado de Aceitação Final) da obra" e que está "prestes a contratar empresa(s) especializadas(s) para a verificação do efetivo cumprimento do Contrato de Construção, no que se refere às demais áreas da obra".
O Corinthians decidirá os próximos passos após avaliação. Por ora, o tom dos dirigentes é amigável. O clube fala até em retirar do projeto as áreas não concluídas para que o valor total da obra seja reduzido. Outra alternativa seria criar um cronograma para que a construtora finalizasse futuramente o que faltou. Não está descartada uma disputa judicial.
Por São Paulo

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