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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Conmebol e Uefa negociam resgatar decisão intercontinental

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, confirmou que a entidade, juntamente com a Uefa, está organizando uma tentativa de reeditar a disputa da competição entre os campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões.



Campeão em 1992 e 1993, o São Paulo foi o último brasileiro campeão da disputa intercontinental


Campeão em 1992 e 1993, o São Paulo foi o último brasileiro campeão da disputa intercontinental

Foto: Getty Images
A partir de 2005, quando foi disputado o segundo Mundial de Clubes da Fifa entre times de todos os continentes (o primeiro foi em 2000, no Brasil), a partida entre os campeões dos torneios sul-americano e europeu era considerada a definitiva sobre quem era o campeão do mundo."Estamos conversando com a Uefa para reeditar a Intercontinental, além de uma copa entre os campeões da Liga Europa e da Copa Sul-Americana, isso a partir de agosto de 2018", anunciou o mandatário, à rádio 1080AM , do Paraguai.

Real Madrid "galáctico" venceu a edição em 2002 em decisão com o Olimpia, do Paraguai


Real Madrid "galáctico" venceu a edição em 2002 em decisão com o Olimpia, do Paraguai


Foto: Getty Images
Sobre o local em que a partida será realizada, Domínguez afirmou que ainda não há certezas. "Estamos buscando os lugares possíveis, vendo estádios e patrocinadores. Mas estamos muito entusiasmados com a ideia", finalizou o paraguaio.A última edição do Intercontinental entre América do Sul e Europa aconteceu em 2004, quando o Porto venceu os colombianos do Once Caldas nos pênaltis, após empate por 0 a 0 no tempo normal. A disputa, como acontecia tradicionalmente, ocorreu no Japão

Porto, em 2004, foi o último vencedor da disputa intercontinental ao derrotar o colombiano Once Caldas


Porto, em 2004, foi o último vencedor da disputa intercontinental ao derrotar o colombiano Once Caldas

Foto: Getty Images

Gazeta EsportivaGazeta Esportiva

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Concessão de crédito ultrapassou R$ 17,8 bilhões em Sergipe no mês de março

Concessão de crédito ultrapassou R$ 17,8 bilhões em Sergipe no mês de março

Primeiro trimestre do ano registrou queda de 2,5%.

Foto: (Divulgação)


Uma análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico com base nos dados do Banco Central, revelou que o total das operações de crédito no estado, em março deste ano, ultrapassou os R$ 17,8 bilhões.
Em termos relativos, quando comparado com o volume de crédito concedido no mês de fevereiro, notou-se pequeno aumento de 0,1%, enquanto que, em relação a março de 2016, verificou-se recuo de 2,1%.
Com os dados de março, o primeiro trimestre do ano registrou queda de 2,5%, na concessão de crédito quando comparado com o mesmo intervalo do ano passado. Todas as variações descritas são em termos nominais, ou seja, sem considerar o efeito da inflação no período em análise.

Distribuição do crédito em Março/2017

As operações de crédito de pessoas físicas ultrapassaram os R$ 12,7 bilhões, com crescimento de 4,9%, no comparativo com o mesmo mês de 2016. No confronto com o mês anterior, fevereiro último, a tomada de crédito apresentou leve crescimento de 0,3%.

Por sua vez, o crédito concedido às pessoas jurídicas retrocedeu 16,3%, em relação ao volume de crédito de março do ano passado, movimentando pouco mais de R$ 5 bilhões em operações. Sobre o mês anterior, também se verificou retração, porém menor, de 0,7%.

Inadimplência Março/2017

A taxa geral de inadimplência das operações de crédito, referente aos atrasos de pagamentos superiores há noventa dias, situou-se em 4,3% dos contratos, registrando pequena alta de 1,2%. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência ficou em 4,2%, e para as empresas, a taxa de inadimplência registrada foi de 4,5%.

*Com informações do Boletim Sergipe Econômico.
 Por G1 SE, Aracaju

Exportações do setor automotivo na Bahia crescem mais de 50% no último ano

                      


Os sinais de melhora da economia brasileira, previstos para o segundo semestre deste ano, devem contribuir, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), para que o setor automotivo no estado apresente crescimento de até 12%, o que resultaria no aumento dos índices de produção, vendas e contratação de mão de obra por parte das montadoras.
O mercado internacional é outro fator importante, como afirma Luiz Mário Vieira, analista da superintendência e mestre em Economia. “Para chegarmos a esse entendimento, levamos em conta as vendas, que foram muito fracas no ano passado, e também o comportamento do mercado externo, que está favorável às exportações, a exemplo da questão cambial que, neste momento, é bem competitiva para os produtos brasileiros junto ao mercado internacional”, explica Vieira.
O início da recuperação está refletido ainda no aumento das exportações em 51,76%, saindo de US$ 89,8 milhões em 2016 para US$ 136,3 milhões em 2017, em valor total de vendas para o mercado internacional. Ainda de acordo com a SEI, o segmento também contabilizou 35 novos empregos de janeiro a março de 2017.
Empresas como a montadora Ford, instalada no Polo Industrial de Camaçari desde 2001, aproveitam a infraestrutura garantida na Bahia para superar os efeitos da crise em escala nacional. A posição geográfica do estado é uma vantagem competitiva para as organizações, como destaca o gerente de Recursos Humanos da Ford em Camaçari, Vinícius Marineli.
“Dentre todos os estados que eram potenciais para a instalação, a Bahia foi o que ofereceu as melhores condições, além do fato de Camaçari ocupar uma localização estratégica, geograficamente falando, entre o Nordeste e o Sudeste. Outro fator é que, desde a década de 70, Camaçari já possuía um complexo industrial. O porto próximo, a apenas 50 quilômetros de Salvador, nos favorece com vantagens competitivas na importação e exportação”, relata Marineli.
Mão de obra local
Hoje, a planta da Ford em Camaçari é considerada uma das principais da multinacional no Brasil. O complexo possui a primeira fábrica própria de motores do Nordeste, com capacidade de produzir até 220 mil itens por ano. Os motores são produzidos para atender a fabricação do novo Ford Ka. O carro de entrada mais vendido do país em 2016, assim como o EcoSport, foi desenvolvido na Bahia desde a concepção até a homologação no Centro de Desenvolvimento de Produto (CDP), o único da América do Sul.
Na área industrial da Ford, funcionam 20 empresas fornecedoras de materiais, o que garante 7,7 mil empregados, quase a metade do número total de profissionais que atuam no Polo Industrial de Camaçari. Noventa por cento das pessoas que trabalham na planta da Ford na Bahia são mão de obra local e 60% ingressaram na empresa como o primeiro emprego.
Supervisor de manutenção e engenharia de processo industrial, Leandro Damasceno, 33 anos, teve a vida transformada com a vinda da multinacional para solo baiano. Ele é um dos funcionários mais antigos da Ford, com 15 anos de serviço. “Antes de entrar aqui, eu era apenas um jovem cheio de ambições. Na Ford, consegui crescer e me tornar um executivo, o que era um sonho. De operador, consegui virar inspetor de qualidade e auditor de qualidade. Hoje, sou supervisor de manutenção e engenharia de processo industrial. A empresa investe no funcionário e nos dá a oportunidade de evoluir”, ressalta Damasceno.
A Ford foi a pioneira do setor automotivo da Bahia. A vinda da empresa abriu a cadeia produtiva reforçada com a chegada de outras multinacionais, a exemplo das fabricantes de pneus Continental, Pirelli e Bridgestone.
“O Governo do Estado garante o apoio institucional para essas empresas. Além disso, elas encontram aqui um ambiente bem interessante, os recursos humanos são reconhecidos como muito bons. Foi feita uma revolução em termos de infraestrutura, transformando o que era o Polo de Camaçari. A região tinha dificuldades enormes no escoamento de produção até 2010, mas a duplicação do sistema BA-093 melhorou isso. As empresas reconhecem isso”, afirma o superintendente de Promoção de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Paulo Guimarães.
Ampliação
A japonesa Bridgestone, maior fabricante mundial de pneus, vem crescendo em solo baiano há dez anos, com um efetivo de 847 empregados diretos e 430 indiretos. A empresa investiu recentemente R$ 262 milhões, ampliando a capacidade produtiva de oito mil para dez mil pneus por dia.
“Em uma década, produzimos em Camaçari mais de 23 milhões de pneus de altíssima qualidade para carros de passeio e caminhonetes. A mão de obra é muito boa e tem sido um grande diferencial. Aqui a capacitação é feita em três etapas: segurança do trabalho, qualidade do produto e técnicas de máquinas. Além disso, a reciclagem é contínua. A localização da fábrica é importante já que de Camaçari a logística é simples e econômica”, afirma o presidente da Bridgestone Brasil, Fábio Fossen.
A Bridgestone possui 49 fábricas de pneus distribuídas por todos os continentes. No Brasil, a fabricação de pneus está distribuída nas unidades de Santo André (SP) e de Camaçari (BA). A companhia possui também duas fábricas de bandas de rodagem e partes de borracha para reforma de pneus, instaladas em Campinas (SP) e Mafra (SC), empregando cerca de quatro mil pessoas.
Informe Baiano

Anderson solta o verbo e ameaça se aposentar se não lutar com Romero

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Anderson Silva perdeu de vez a sua paciência com o UFC. Ainda à espera de um adversário para o UFC 212, marcado para o dia 3 de junho no Rio de Janeiro, o lutador resolveu soltar o verbo contra Dana White e cia. e prometeu até mesmo se aposentar se não encontrarem um rival adequado para ele.
“Estou aqui no Rio por um longe tempo, estou treinando. Estou muito frustrado por tudo que vem acontecendo com minha luta aqui. Os caras não falam comigo, nada acontece”, começou em entrevista ao tradicional podcast MMA Hour.
“Eu não sei o que está acontecendo, mas estou muito desapontado. Meu empresário me disse que talvez eu não lute mais. Por que? Eu perdi meu tempo, meu dinheiro treinando aqui e nada acontece! Estou cansado de dizer ‘Ok’ para o UFC. É tudo besteira”, continuou.
“Se eu não lutar no Brasil, vou parar. Estou cansado. Eu tenho meu legado. Estou muito frustrado porque é a segunda vez que não consigo lutar no meu país. Eu luto em Londres, em qualquer lugar e não consigo lutar no Brasil. Estou muito frustrado”, completou.
“Estou trabalhando há muito tempo nessa m… de emprego e nada acontece”, disse ainda em uma outra resposta.
E Anderson tem um alvo específico para o UFC do Rio de Janeiro: Yoel Romero, pelo cinturão interino dos pesos médios.

*espn

UFC oficializa última luta da carreira de Vitor Belfort

Vitor Belfort teve a despedida do MMA e do Ultimate Fighting Championship oficializada pelo UFC 212, marcado para 3 de junho, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro. O Fenômeno, de 40 anos, vai encerrar a carreira em duelo contra outro veterano das artes marciais mistas, Nate Marquardt, pelo peso médio. Será a última luta do brasileiro prevista no contrato com a organização.

CARD PROVISÓRIO:

UFC 212
HSBC Arena, no Rio de Janeiro
Sábado, 3 de junho de 2017
José Aldo x Max Holloway
Cláudia Gadelha x Karolina Kowalkiewicz
Anderson Silva x adversário a definir
Vitor Belfort x Nate Marquardt
Raphael Assunção x Marlon Moraes
Erick Silva x Yancy Medeiros
Léo Santos x Olivier Aubin-Mercier
Johnny Eduardo x Mathew Lopez
Marco Beltrán x Deiveson Alcântara
Antônio Cara de Sapato x Eric Spicely
Paulo Borrachinha x Oluwale Bamgbose
Viviane Sucuri x Jamie Moyle
Luan Chagas x Jim Wallhead
 Informe Baiano.

Oxente!!! WhatsApp fica fora do ar




Na tarde desta quarta-feira (3), o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, apresentou instabilidade e saiu do ar para alguns usuários. Com o servidor fora do ar, torna-se impossível o envio e recebimentos das mensagens instantâneas. Além do Brasil, países como Itália, Austrália, Uruguai, Reino Unido, EUA, Honduras, entre outros, também ficaram sem acesso ao aplicativo.


 Informe Baiano.

Jovem Tobiense é assassinado covardemente dentro de condomínio em Águas Claras por suposto policial

Trabalhador assassinado covardemente dentro de condomínio em Águas Claras por suposto policial


Jhonatan dos Reis Lima, 27 anos, conhecido pelo apelido de Pato, foi morto covardemente na noite de segunda (01/05), por volta de 21h55, na Rua Dr. Jorge Costa Andrade, no Conjunto Eunice Weaver, no bairro de Águas Claras. Ele foi baleado no pescoço com um tiro de pistola ponto 40.
Em contato com o Informe Baiano, uma testemunha que presenciou toda situação e pediu reserva, disse que a vítima estava com um amigo em um bar, que fica próximo a Churrascaria Bode na Brasa, quando um rapaz, que é filho de um policial, “cismou que Jonathan estava olhando para sua namorada”.
“A dona do bar alertou Jhonatan para ele ir embora, que não queria problema no local. Jonathan nem sabia o que estava acontecendo, mas atendeu. Quando ele estava chegando com o amigo na moto, o rapaz já estava esperando ele e deu um soco no rosto. Ele caiu no chão. Em seguida surgiu um outro homem com uma pistola, que é vizinho do agressor e deu um tiro no pescoço de Jonathan”, revelou.
Ainda segunda a testemunha, a vítima correu na direção oposta com o objetivo de tentar escapar, enquanto populares conversavam com o atirador.
“Foi aí que Jhonatan, vendo que estava sangrando muito, retornou para sua moto em busca de socorro e caiu ao chão agonizando. Ele foi amparado pelo seu amigo, mas não resistiu. Os assassinos, então, adentraram o condomínio, pegaram um veículo e fugiram em alta velocidade. O atirador morava no condomínio e o pessoal aqui disse que era policial”, afirmou.
Os nomes dos autores do crime não foram revelados pela testemunha. Jhonatan trabalhava como motorista em uma fábrica de plástico na BR-324 e morava com o pai, um idoso com problemas cardíacos. Sua família é de Tobias Barreto, no estado de Sergipe. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local do crime e acompanha o caso.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

EXCLUSIVO: Apadrinhados dos deputados Valadares Filho, Jony e Adelson perdem cargos nesta terça-feira



O presidente Michel Temer (PMDB) planeja fazer publicar nesta terça-feira, 2, no Diário Oficial da União, a exoneração de apadrinhados dos deputados considerados ¨infiéis¨, aqueles que votaram contra a reforma trabalhista.

Em Sergipe, perderão os cargos os indicados pelos deputados federais Valadares Filho (PSB), Jony Marcos (PRB) e Adelson Barreto (PR).

Valadares Filho - Dnocs e Iphan
Adelson Barreto - DNIT e Ibama
Jony Marcos - INSS e Conab

A exoneração de apadrinhados de Valadares Filho não atingirá a relação política do senador Antônio Carlos Valadares (PSB) com o governo federal.

6 coisas que você deveria saber antes de postar seus comentários políticos na internet

Você caiu nesta página.
E a partir desse clique quase imperceptível num pedaço de plástico é possível dizer que você é desses que se importam com o debate político no seu país. Mais do que isso: muito provavelmente você não anda nada satisfeito com a forma como esse debate é conduzido por aqui.
É, eu entendo.
Política é um negócio complicado – essencialmente identidade de grupo. Em geral, é mais do que a aceitação de uma coleção de ideias ou um convencimento da necessária aplicação – ou ausência – de ações públicas que melhorem o padrão geral da humanidade. Identidade política é também estética, estilo, sensação de pertencimento, target mercadológico.
E é aqui, nesse ponto abstrato, no meio dessas nuvens cinzas subjetivas todas, que a razão sai de campo para dar lugar à emoção. É aqui que tudo embaralha. Tudo isso vira mero futebol, religião, paixão. Vira novela mexicana. Quase sem perceber, nós abandonamos a sensatez criteriosa que exigimos dos nossos adversários e passamos a abraçar cegamente a estupidez dos nossos cúmplices ideológicos. 
Essa é a principal razão pela qual esse artigo foi escrito. Não como um manual de comportamento – longe de mim dizer como você deve ou não se comportar. Mas com a pretensão de estabelecer certos limites racionais para a prática do bom debate, independentemente do seu lado nessa batalha.
Há pelo menos seis pontos, descritos no decorrer desse texto, que todo mundo deveria saber antes de postar seus comentários políticos na internet. E se você se sente um pouco perdido nesse jogo, no meio de um tiroteio de hashtags e gritos de ordem sem sentido, acredite – você não está sozinho nessa.
É hora de esclarecer, não de confundir.

1. Não existe mídia imparcial.

Se você caiu de paraquedas por aqui, sem problema, eu explico. Essa publicação que você está lendo adota assumidamente uma linha editorial liberal. Cada análise produzida aqui parte do pressuposto de que o país construiu, ao longo de sua história, instituições extrativistas que alimentam toneladas de burocracia, uma legislação tributária incompreensível, insegurança jurídica, pouca receptividade à propriedade privada e uma participação inexplicável do Estado na economia – responsável direto pela criação de uma cultura predominantemente clientelista e patrimonialista, pela construção de uma horda de parasitas econômicos, de oligopólios, lobistas e metacapitalistas, e pela transferência histórica de renda dos mais pobres para os mais ricos, catalisador da desigualdade.
Esta publicação também acredita que esse arranjo institucional colaborou ao longo dos anos para criar um ambiente econômico de pouca competitividade, baixa produtividade e tímido crescimento.
Outras publicações, você certamente deve reconhecer, adotam posições diferentes, algumas com visões de mundo completamente antagônicas à nossa. E esse é o grande ponto: não há nada de errado com isso. Motivações ideológicas fazem parte da pluralidade de imprensa e conectam diferentes veículos ao redor do mundo: ora mais à esquerda (como o The Guardian e o The Huffington Post), ora mais à direita (como o Le Figaro e a Fox News), ora mais liberal (como a The Economist e a Reason Magazine). É do jogo.
Claro, tudo isso não apaga o fato de que há uma série de veículos, da grande imprensa aos ditos independentes, compromissados exclusivamente em defender os interesses de governos, partidos e grandes empresas, como folhetins corporativos – muitas vezes de forma criminosa. E essa é outra história. Essas relações não apenas prostituem a isenção na apuração das suas matérias e artigos de opinião, como devem ser questionadas pelo público. Independentemente de suas visões ideológicas.
Mesmo aos isentos, no entanto, aos compromissados com a boa prática jornalística, não existe neutralidade. Existem veículos transparentes com seus leitores em relação às suas preferências políticas e os que fingem uma imparcialidade mandrake. E a análise a respeito de cada um deles deve ser realizada mediante os fatos e os argumentos apresentados em seus conteúdos.
Toda vez que você torce o nariz para uma publicação apenas por ela estar alinhada a uma visão de mundo diferente da sua e deixa de argumentar contra as razões apresentadas em suas matérias, apontando suas falhas conceituais, você perde por w.o., abre mão do jogo, reforça o outro lado.
Tapar os ouvidos para o que o outro está dizendo não é exatamente um bom argumento.

2. A maioria esmagadora das pessoas acredita estar defendendo o lado certo da história. Inclusive quem discorda de você.

Parece difícil acreditar nisso, mas salve uma minoria de autoritários com identidades políticas torpes bem definidas – capazes de manipular a opinião pública, inventar factoides e criar um exército militante lobotomizado – a vasta maioria das pessoas com opiniões políticas acredita estar defendendo o lado certo da história. Mais do que isso: tomam suas posições a partir de pressupostos morais que julgam ser os melhores possíveis.
E isso, evidentemente, não significa que elas estejam necessariamente certas. É perfeitamente compreensível que grupos ideológicos distintos travem batalhas em torno de seus ideais e que, a partir disso, rejeitem pressupostos políticos e econômicos equivocados com argumentos racionais. A defesa das boas ideias, afinal, nasce também no combate a ideias equivocadas.
Ao longo de décadas, no entanto, a discussão política ao redor do mundo vem sendo travada considerando uma batalha épica entre o bem e mal, como se a força motriz por trás de todas as diferenças fossem desvios irreconciliáveis de caráter onde nenhum indivíduo é capaz de abraçar uma visão de mundo distinta da nossa sem ser tratado como um pulha irreparável.
E nada disso acontece sem razão. Como o economista Friedrich Hayek – vencedor do Nobel – apontou em sua magnum opus, O Caminho da Servidão:
“Quase por uma lei da natureza humana, parece ser mais fácil aos homens concordarem sobre um programa negativo – o ódio a um inimigo ou a inveja aos que estão em melhor situação – do que sobre qualquer plano positivo. A antítese ‘nós’ e ‘eles’, a luta comum contra os que se acham fora do grupo, parece um ingrediente essencial a qualquer ideologia capaz de unir solidamente um grupo visando à ação comum. Por essa razão, é sempre utilizada por aqueles que procuram não só o apoio a um programa político mas também a fidelidade irrestrita de grandes massas.”
Apontar falhas de raciocínio, falácias, lacunas na construção de pensamentos lógicos, falta de rigor nas análises socioeconômicas e rachaduras na compreensão do mundo é o que torna qualquer embate de ideias possível. E tudo isso é saudável. Toda vez, no entanto, em que pessoalizamos o debate, condenando figuras à sarjeta apenas por pensarem diferente da gente, como se não houvesse discussão longe dos pontos de vista das nossas janelas, colaboramos apenas para construir uma caça às bruxas moralista injustificável.
Há certamente grupos que precisam de tais artifícios para maquiar a falta de sustância de suas ideias. Mas, de uma vez por todas, você não precisa fazer parte deles.

3. Questione sempre todo mundo. Especialmente as pessoas que concordam com você.

Na tentativa de transformar tudo numa luta do bem contra o mal, é comum acabarmos adotando um comportamento de torcida organizada na hora de lançarmos nossa opinião política. E o ódio pode facilmente se transformar em amor cego.
Nenhuma visão política se estabelece com maturidade sem uma boa dose de ceticismo.
Por isso, questione sempre. Não importa o lado. Não importa quem. Lula, Bolsonaro ou João Doria. Globo, Fox News ou BBC. Spotniks, Veja ou Carta Capital. Olavo de Carvalho, Jean Wyllys ou o cara por trás desse texto. Ninguém é dono da verdade. Ninguém acerta o tempo todo. Ninguém erra o tempo todo.
E nada disso é estar em cima do muro. Você pode perfeitamente ter predileção por uma ideologia, um veículo de informação ou um partido político. Não há nada de errado com isso. Você pode morrer crente que abraçou o melhor conjunto de ideias que foi permitido à raça humana.
Não seja escravo das circunstâncias.
Entenda que o seu grau de responsabilidade pelas ideias que você defende termina onde começa o campo de ação dos demais defensores dela. Abrace a independência. Se é possível nos enganarmos a respeito daquilo que defendemos – e muitas vezes passarmos a abraçar ideologias completamente opostas, em alguma fase da vida – como raios podemos botar a mão no fogo pela ação de terceiros, como os agentes políticos?
Você está em 2017. Ligue a televisão. Abra o jornal. Digite Lava Jato no Google. A chance de você estar sendo enganado por uma figura interessada apenas em seu voto – e na sua carteira – é consideravelmente real.

4. Na dúvida, fique em silêncio.

Foi o grande Abraham Lincoln quem disse:
“É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.”
E se há algum lugar em que essa frase faz sentido é na internet. No Facebook você pode acordar especialista em execução orçamentária, almoçar discutindo engenharia aeroespacial, jantar debatendo bioética e ir dormir crítico de cinema.
Mas cá entre nós: ninguém domina tantos assuntos assim, não é mesmo? Com a política não é diferente.
A livre expressão é um direito constitucional. Seu, meu, de quem pensa igual, de quem pensa diferente. Mas você não é obrigado a ter opinião sobre tudo. Não é obrigado a entender sobre todos os assuntos. Não é obrigado sequer a responder perguntas que você desconhece.
E é exatamente por isso que fica tão feio quando você aborda um assunto sem entender patavinas do que está falando. Todo mundo percebe. É só uma tentativa de impressionar. E nem sempre isso é possível da forma como você esperava.
Na dúvida, fique em silêncio. Estude. Aprenda. Tenha humildade para reconhecer os seus limites.

5. Bolhas ideológicas estão condenadas ao fracasso.

As opções estão na mesa.
Você pode excluir todos os seus amigos que pensam diferente de você. Pode menosprezar todas as publicações que levantam pontos de vista distantes do seu. Pode fugir do diálogo como se o que dividisse você dos demais que abraçam bandeiras contrárias à sua estivesse necessariamente preso a um julgamento moral. Pode até criar zonas de espaço seguro em universidades, protestando contra palestrantes e cerceando a liberdade de expressão alheia. Você só não pode esperar ser ouvido por outras pessoas enquanto se tranca dentro de uma bolha ideológica.
Se há algo a dizer a respeito das últimas eleições ao redor do mundo é que bolhas ideológicas estão condenadas ao fracasso. Não adianta lutar contra. Quanto mais você se isola, mantendo o seu diálogo restrito entre aqueles que pensam iguais você, menos você convence aquela parte da humanidade que não concorda com você. E acredite: essa parte não apenas sequer reconhece que tipo de ideias você defende, como pode perfeitamente construir uma visão a respeito delas completamente diferente da sua.
E nesse ponto do texto você pode até fingir que não tem qualquer relação com isso, pedante a ponto de acreditar que conseguirá passar imune à ausência do debate de ideias, como se as suas ideias pertencessem à classe das verdades inquestionáveis – e todo resto estivesse relegado aos comunistas comedores de criancinhas, aos neoliberalóides inimigos da classe trabalhadora ou aos fascistas destruidores de minorias – mas, lamento dizer, você é o principal culpado pelo fracasso na aceitação das suas ideias.

6. Não perca tempo discutindo com quem não está disposto a ouvi-lo.

Por fim, você pode estar do outro lado dessa história. Progressista, liberal, conservador, tanto faz. Disposto a ouvir, disposto a apresentar seus argumentos, disposto a seguir o caminho da razão. E ainda assim, encontrar pela frente gente interessada em qualquer coisa, menos em levar a sério o que você tem a dizer.
Não se iluda. Eles questionarão sua inteligência, seu bom senso, suas fontes, suas intenções, seu senso de justiça, seu discernimento entre o certo e o errado. Questionarão a tua capacidade de se importar com o próximo. Te associarão aos piores sentimentos do mundo. E não há nada que você possa fazer a respeito.
Nessa hora, tenha a humildade de cair fora, de abrir mão. Contente-se com o fato de que tudo que você tem a receber pela frente é bobagem. E a respeito desse assunto, nunca é demais lembrar da primeira regra do debate político.
A quantidade de energia necessária para refutar uma bobagem é uma ordem de magnitude maior que para produzi-la.
Tenha isso sempre em mente. Você já sabe tudo que precisa para publicar as suas opiniões políticas.
Spotniks

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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