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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ambulância capota, atinge três carros e enfermeira fica ferida

Ambulância capota, atinge três carros e enfermeira fica ferida em Joinville Salmo Duarte/Agência RBS
Ambulância do Samu capota em acidente em JoinvilleFoto: Salmo Duarte / Agência RBS
Um acidente registrado na manhã desta quarta-feira em Joinville deixou uma enfermeira ferida. A ambulância em que ela estava seguia para uma ocorrência no bairro Escolinha, quando o motorista perdeu o controle do veículo e acabou capotando na ruaPlácido Olímpio de Oliveira, próximo à Maternidade Darcy Vargas.

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O veículo do SAMU acabou colidindo com mais outros três carros enquanto capotava. A enfermeira ficou ferida e foi encaminhada ao Hospital São José. Ela deu entrada no  hospital por volta de 8h40. Ela sofreu uma lesão na coluna cervical, mas sem gravidade. A enfermeira foi liberada para voltar para casa no começo da tarde.

O motorista não ficou ferido e a ambulância não carregava pacientes no momento da colisão. O trânsito permanece lento no local e motoristas desviam pela rua General Sampaio.




Protesto de caminhoneiros nas rodovias catarinenses já dura uma semana

Protesto de caminhoneiros nas rodovias catarinenses já dura uma semana PRF/Divulgação
Vista aérea do protesto na BR 116 em Lages nesta quarta-feiraFoto: PRF / Divulgação
A paralisação dos caminhoneiros e agricultores completa uma semana em Santa Catarina nesta quarta-feira e chega a 20 o número de pontos com protestos nasrodovias federais catarinenses. Na maioria dos trechos, manifestantes estacionam nos acostamentos e bloqueiam apenas a passagem de caminhões com carga seca. Carros de passeio, ônibus, cargas perecíveis e veículos oficiais estão liberados.

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protesto começou no Oeste do Estado e nesta terça-feira chegou à principal rodovia catarinense, a BR 101. Manifestantes se instalaram no km 437 em Sombrio, no Sul do Estado, ocasionando formação de filas no local. Por volta das 12h00 desta quarta-feira, o trecho foi liberado.

No fim da manhã desta quarta-feira, manifestantes e PRF negociaram a liberação do km 244 da BR 116 em Nova Erechim. Já o km 138, em Santa Cecília, foi bloqueado por volta das 12h00.

A PRF segue para Cunha Porã, no km 109 da BR-158, e depois para Maravilha, no km 605 da BR-282, para negociar a liberação das vias com os manifestantes.

Conflito

Nesta terça-feira a tropa de choque da Polícia Rodoviária Federal entrou em conflito com manifestantes ao desbloquar barreira na SC-480 em Xanxerê. Cerca de 50 agentes da PRF foram mobilizados na ação inicialmente pacífica, mas que terminou em correria e com a tropa de choque da PRF avançando contra os caminhoneiros.

Assista à vídeo do conflito entre PRF e manifestante em Xanxerê:


Veja todos os pontos de bloqueio em BRs que seguem até às 14h00min desta quarta-feira, segundo a PRF:

1 - São Miguel do Oeste (trevo) - km 645 da BR-282
2 - Guaraciaba Km 87 da BR-163 (trevo de Anchieta)
3 - São José do Cedro - km 101 da BR-163
4 - Maravilha – (trevo) km 605 da BR-282
5 - Cunha Porã –- km 109 da BR-158
6 - Irani – km 64 da BR-153
7 - Palmitos – km 139 da BR-158
8 - Campos Novos – km 317 da BR-282
9 - Pouso Redondo – km 174 da BR-470
10 - Campos Novos – km 339 da BR-470
11 - Concórdia – km 97 da BR-153
12 - Papanduva - km 54 da BR-116
13 - Guaraciaba - km 83 da BR-163
14 - Trevão Irani - Km 433 da BR-282
15 - Lages - Km 244 BR-116
16 - Guarujá do Sul - Km 111 da BR-163
17 - Dionísio Cerqueira - Km 123 da BR-163
18 - Joaçaba - Km 380 da BR 282
19 - Santa Cecília - Km 138 da BR 116
20 - Mafra - km 183 da BR 280

Confira mapa atualizado pela PRF dos pontos interrompidos:
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A falta de matéria-prima, impossibilidade de obter ração para animais, postos sem combustível desde o fim de semana e dificuldades para escoar produtos para as demais regiões preocupam empresas e produtores agropecuários de Santa Catarina.

Caminhões estacionados em Xanxerê nesta terça-feira Foto: Marcos Favero / Agência RBS 
Rodovias estaduaisSegundo informações da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina (PMRv), os protestos estão espalhados por diversos trechos de rodovias estaduais, a maioria no Oeste, entre eles:

Oeste
Campo Erê — SC-160, no quilômetro 0
Campo Erê — SC-305, no quilômetro 2
Iporã do Oeste — SC-386, no quilômetro 0
Quilombo — SC-157, no quilômetro 54
São Miguel do Oeste — SC-163, no quilômetro 58
São Lourenço do Oeste — SC-157, no quilômetro 1
Tangará — SC-135, no quilômetro 139
Videira — SC-135, no quilômetro 119
Videira — SC-355, no quilômetro 49
Xanxerê — SC-480, no quilômetro 90
Xanxerê — SC-480, no quilômetro 95
Norte
Itapoá — SC-416, no quilômetro 21

A paralisação

paralisação dos caminhoneiros começou no dia 18 de fevereiro e ganhou força no dia 20 do mesmo mês. Motoristas protestam contra o aumento dos combustíveis e más condições das estradas, entre vários outros itens.

O movimento é independente, liderado por caminhoneiros autônomos da região. Vilmar Bonora, um dos organizadores do protesto, afirma que eles estão dispostos a ficar até 30 dias parados, se for necessário.

Leia mais:
:: Caminhoneiro conta como deu início ao protesto no Oeste de SC


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Salino critica rotina de violência na Grécia: "Como se fosse uma guerra"

Leandro Salino no Olympiakos (Foto: Arquivo Pessoal)Leandro Salino em ação pelo Olympiakos: tensão vira violência nos clássicos (Foto: Getty Images)
O campo do estádio Apóstolos Nikolaidis no clássico de Atenas entre os anfitriões Panathinaikos e o Olympiacos, no último domingo, foi palco de um confronto entre torcedores do clube da casa e policiais. Como pano de fundo à fumaça das bombas de efeito moral arremessadas por um lado e os pedaços de paus e pedras lançados do outro, uma enorme faixa com a palavra "guerra", em inglês - um sinal claro de que o ocorrido não foi mero acaso. Mais do que isso: é uma rotina nos dérbis do futebol grego, na opinião do meia brasileiro Leandro Salino, ex-Flamengo, que atuou na polêmica partida, vencida pelos anfitriões por 2 a 1.
Leandro faz apenas sua segunda temporada na equipe grega, mas diz que já tem vivência o suficiente no país para não se assustar com a agressividade dos torcedores em jogos entre rivais. As cenas vistas no domingo, para ele, já eram esperadas, uma vez que a postura de alguns fãs nas arquibancadas não se altera.
- Medo não dá, porque não é a primeira vez. A gente já vai para os jogos na casa de Panathinaikos e PAOK mais ou menos preparados. Esse tipo de jogo não pode ser chamado de um jogo de futebol. Para eles, é como se fosse uma guerra. Não para os jogadores, mas para os torcedores. Eles vão para uma luta mesmo, para o que que der e vier. Os jogadores não, mas os torcedores, sim. Foi um confronto que não dá para imaginar. Os jogadores novos ficam assustados, mas quem está lá há mais tempo já não fica. Não dá medo, só aquela apreensão de ser atingido por alguma bomba, algo que passe perto - disse em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.
confusão Panathinaikos x Olympiacos (Foto: Divulgação / Site Oficial)"Guerra": com faixa provocativa ao fundo, torcedores invadem o gramado (Foto: Divulgação / Site Oficial)
Tudo começou quando o elenco do Olympiacos apareceu pela primeira vez no campo para uma espécie de reconhecimento do gramado, molhado por causa da chuva. Os jogadores, porém, foram expulsos por uma chuva de objetos que atingiu o meia Kasami e um membro da comissão técnica.

- Quando entramos no campo para ver como estava o gramado, porque estava chovendo muito, fomos recebidos com vários foguetes, copos, isqueiros. E aí começaram a invadir, os policiais vieram, e nós entramos para o túnel novamente. Durante o jogo foi tranquilo, o problema é que sempre que íamos bater um escanteio, um lateral, eles começavam. Tinha que parar de cinco em cinco minutos, tinha muita fumaça... Isso não é um jogo de futebol - relatou Salino.
confusão Panathinaikos x Olympiacos (Foto: Reprodução / Site Oficial)Vítor Pereira, de gravata, foge em meio à fumaça após invasão de torcedores (Foto: Reprodução / Site Oficial)
A tensão diante do perigo de agressões começou no caminho até o estádio. Segundo Salino, o difícil acesso ao local força que as ruas sejam esvaziadas temporariamente e envolve cerca de 500 policiais para conter a ira dos torcedores - sufoco que o brasileiro garante que não é passado pelos atletas da equipe rival quando jogam na casa do Olympiacos, o Georgios Karaiskáki, que é mais moderno e conta com estrutura para receber partidas de Liga dos Campeões.

- Não entendo como a Fifa aprova um estádio daqueles. Se a gente fizesse 1 a 0, o jogo não terminaria. Com certeza iriam paralisar com uns 80 minutos, eles iriam invadir. Para sair demora, ficamos uma hora, uma hora e pouco dentro do vestiário para poder sair. Tem que esvaziar as ruas, ainda mais porque ontem (domingo) eles ganharam, aí ficaram fazendo aquela festa ali na frente. E no ano passado, quando ganhamos de 1 a 0, demoramos quase duas horas, pois a torcida invadiu o campo. Foi a mesma correria. Já é rotina quando a gente vai no campo deles. Modéstia à parte, nossa equipe é a maior, tem a maior torcida. Só que nossa torcida respeita. A torcida deles fica nervosa, aí quando a gente vai lá, eles querem nos machucar. Se pudessem pegar um jogador para bater... Não sei como a Fifa não faz nada diante disso - desabafou.
confusão Panathinaikos x Olympiacos (Foto: Reprodução / Site Oficial)Objetos atirados em direção ao banco assustam e ferem jogadores do Olympiacos (Foto: Reprodução / Site Oficial)
Leandro Salino não hesita em comparar a atuação violenta dos torcedores com os grupos organizados do futebol brasileiro que entram em confronto antes e depois de clássicos, como noduelo entre Fluminense e Vasco, também no domingo. No futebol grego, os jogos de torcida única também foram implementados para evitar episódios mais sangrentos - mas Salino acredita que a federação local, com a ajuda da Uefa e da Fifa, deveria tomar ações mais enérgicas e abrangentes.
- É como se fosse algumas organizadas no Brasil. Quando a gente vai jogar no campo deles só tem a torcida deles, pois se fossem as duas, ia ter muita briga, coisas piores. Isso para mim não é fanatismo, não é torcida. É uma cambada de vândalos. A torcida vai para apoiar o time, mas, caso vá mal, eles viram para o outro lado. Acho que falta organização aqui no país. E a Uefa tinha que ter os olhos mais abertos para isso. Nosso presidente diz que briga por isso sozinho. A Liga Grega não pune os times. Isso atrapalha. Nosso presidente falou isso, que a Grécia tem que progredir com relação à segurança. Como a gente vai jogar? Querendo ou não, o jogador não foca totalmente na partida. Temos família. Por mais que a gente tente, não consegue. Tomara que (a solução) seja breve, porque gosto do país, do Olympiacos, da nossa torcida. Seria bom para o futebol, para o país - concluiu.
confusão Panathinaikos x Olympiacos (Foto: Reprodução / Site Oficial)Policiais contém a invasão para permitir a realização da partida (Foto: Reprodução / Site Oficial)

BRASIL: Bandidos executam homem com 20 tiros e filmam ação no Ceará

Jovem ainda não identificado foi morto a tiros (Foto: Reprodução/Youtube)
Um vídeo com a execução de um jovem negro na comunidade de São Miguel, bairro de Messejana, em Fortaleza, é alvo de investigação da Polícia Civil do Ceará. A filmagem, com data de terça-feira (17), choca pelo grau de frieza dos assassinos. 

Nela, é possível ver a vítima sendo alvejada por tiros, sem chance de defesa, enquanto os autores dos disparos e da gravação se divertem com o crime. Uma mulher, já com o homem morto, pede para que o acertem na cabeça antes de reclamar um disparo. 

A identidade dos criminosos ainda é uma incógnita. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), a Polícia Civil tomou conhecimento da morte de um homem em tais circunstâncias na região na terça passada, mas ainda não conseguiu identificá-lo. 

O caso é um dos 660 crimes violentos letais intencionais registrados só nos primeiros 49 dias deste ano no Ceará (estão disponíveis estatísticas somente até dia 18 de fevereiro). Da sexta de Carnaval até a quarta-feira de cinzas, foram 76 crimes deste tipo.


CONFUSÃO: Jovem africano vai parar em Goiânia ao tentar viajar para a Guiana

Um professor africano que pretendia viajar para a Guiana, no norte do Brasil, foi parar em Goiânia, Goiás, na semana passada. Emmanuel Akomayni, de 29 anos, saiu de Gana em direção a Georgetown, capital da Guiana. De acordo com ele, a confusão ocorreu no aeroporto de São Paulo, onde pediu a um funcionário de uma agência de turismo uma passagem para o país vizinho.  
Foto: Reprodução/ TV Globo
O atendente teria confundido a pronúncia e emitido uma passagem para a capital goiana. O turista teria percebido, ainda durante a emissão da passagem, a grafia diferente do destino e alertado o funcionário - este, no entanto, teria dito que aquela era a grafia em português.
O jovem africano só percebeu que continuava no Brasil e não estava no país vizinho, quando pegou um táxi em direção a uma universidade da Guiana. Avisado pelo taxista que estava em Goiânia, Emmanuel conseguiu ajuda de funcionários e passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, para não ficar na rua.
Primeiro, ele ficou hospedado em um hotel simples da cidade, mas depois foi acolhido por uma dona de casa, que hoje faz uma campanha de arrecadação de dinheiro para ajudar o professor a seguir o seu destino, já que ele não tem dinheiro para comprar uma nova passagem.
Emmanuel, que é professor de Ciências, tinha deixado a Guiné após juntar dinheiro por dois anos atrás do sonho de estudar Medicina na Guiana, onde foi contemplado por uma bolsa de estudos. 
Em nota a empresa Visão Turismo disse que todos os seus funcionários são treinados, falam inglês e atuam há anos no aeroporto. Ainda de acordo com a empresa, o passageiro teria pedido uma passagem para Goiânia, e não para a Guiana.


'Ostentação é incompatível com dívidas', diz juiz sobre caso Eike

Como um homem que até três anos atrás era dono da sétima maior fortuna do mundo, acaba no banco dos réus e todo endividado? Esta semana, a Justiça manda para leilão o primeiro lote de bens do ex-bilionário, empresário fracassado, Eike Batista. Entre esses bens está uma Lamborghini 2012. Lance mínimo: R$ 1,2 milhões; valor de mercado: R$ 2,5 milhões. Quem dá mais?
Em 2012, Eike Batista tinha quase R$ 100 bilhões. Em 2012, em uma entrevista ao Fantástico, ele marcava data para chegar ao topo da lista dos mais ricos do mundo: 
Eike Batista: 2015, 2016.
Fantástico: Tão rápido?
Eike Batista: Você acha rápido?
Eike Batista chegou a 2015 como o primeiro bilionário negativo: devendo quase R$ 3,5 bilhões.
A face visível da queda vertiginosa foi há poucos dias, quando a Polícia Federal apreendeu os bens em nome de Eike, dos filhos, da ex-mulher, Luma de Oliveira, e de Flávia Peixoto, mãe do terceiro filho dele. Da casa de Eike, os policiais tiraram dinheiro, relógios e joias, obras de arte, um piano de cauda e seis carros. Entre eles, uma Lamborghini.
“Por que ele não vendeu a Lamborghini e pagou dívidas? Os filhos dele continuam viajando para o exterior, hospedando-se em hotéis cuja diária chega a R$ 5 mil e, entretanto, não pagam, por exemplo, dívidas dos carros deles, não pagam as multas de trânsito, não pagam o IPVA dos veículos. Então, eles continuam numa ostentação que é totalmente incompatível a quem tem dívidas bilionárias”, destaca o juiz federal Flávio Roberto de Souza.
Parte desses bens vai a leilão já na próxima quinta-feira (26). Segundo o juiz, para evitar que eles percam valor. No lote, está o que parecia ser um ovo Fabergé, joia russa que vale muitos milhões, mas é uma réplica, de R$ 200.
Serão leiloados também cinco carros. A estrela do leilão deve ser um carro esportivo de luxo, um dos mais caros do mundo. Eike Batista guardava a Lamborghini na sala de visitas da casa dele. Já com alguns anos de uso foi avaliada pela Justiça em R$ 2,5 milhões, mas no leilão o lance inicial é de apenas R$ 1,2 milhão.
Um luxo para poucos no mundo. O Lamborghini Aventador, modelo de 2014, um pouco mais novo do que o de Eike Batista, custa em uma loja de Nova York US$ 500 mil, o equivalente a R$ 1,440 milhão.
O repórter Jorge Pontual deu uma voltinha para mostrar como ele é. Não foi bem um teste porque nas ruas de Nova York não é permitido correr. O Aventador vai de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos, e chega a 350 km/h. Como todo carro esporte, não é muito confortável: tem apenas dois assentos bem estreitos.
 
Em março, devem ir a leilão outros carros, uma lancha, três motos aquáticas e um iate digno de realeza. Fabricado na Itália, tem 35 metros de comprimento e pode hospedar 20 pessoas. Estimado em R$ 100 milhões, tem lance inicial de R$ 30 milhões.
“As apreensões que foram feitas, tiveram várias razões. Uma das razões foi o fato de ele estar se desfazendo, melhor dizendo, já ter se desfeito, de grande parte do patrimônio dele. Justamente no momento mais crítico do Grupo X, entre 2012 e 2013, ele fez vultosas doações de imóveis a parentes e a terceiros, como também fez vultosas doações em dinheiro a parentes e a terceiros”, afirma o juiz federal.
Segundo o processo, essas doações chegaram a R$ 200 milhões.
Os advogados de Eike Batista e de Luma de Oliveira foram procurados pelo Fantástico, mas não quiseram gravar entrevista. Eles entraram com pedido de suspensão do leilão e aguardam o resultado de outro pedido: o de afastamento do juiz federal que cuida do caso. De três desembargadores, dois já votaram a favor do afastamento do juiz.
Fantástico: O senhor se considera isento e imparcial para julgar esse caso?
Flávio Roberto de Souza, juiz federal: Eu me considero absolutamente isento e imparcial, porque eu não tenho nenhum interesse em condená-lo ou em absolvê-lo. Eu tenho interesse, sim, em conduzir o processo da forma mais legítima possível.
Os processos envolvem duas empresas do chamado Grupo X, que reúnem companhias de energia, mineração, logística e petróleo.
Na onda do pré-sal, Eike captou dinheiro no Brasil e no exterior para fundar a OGX, a primeira petrolífera privada nacional. A OGX conseguiu uma marca histórica. Registrou a maior captação em uma abertura de capital do mercado brasileiro: R$ 6,7 bilhões.
A aposta era alta e os lucros prometidos também. Em outubro de 2012, Eike assinou uma garantia, conhecida como cláusula Put - ele bancaria até US$ 1 bilhão da fortuna pessoal para recuperar a empresa se algo desse errado. Os campos produziram pouco e logo foram fechados.
O advogado João Carlos Castellar representa uma empresa que se uniu ao Ministério Público Federal na acusação contra Eike. Com sede em um paraíso fiscal, pertence a um brasileiro, que comprou R$ 10 milhões em títulos da OGX, confiando na tal cláusula Put, que nunca foi cumprida.
“O senhor Eike não só não aportou esse um bilhão, como vendeu suas ações pouco tempo depois da OGX. Ele mesmo se desfez do seu lote de ações. E partir daí é que a empresa foi à bancarrota”, avalia o advogado.
Essa negociação exemplifica bem os crimes de que Eike Batista é acusado. Manipulação de mercado, quando usa uma informação falsa para fazer subir ou baixar o preço de ações, visando lucro. Informação privilegiada - o chamado insider trading – quando a pessoa utiliza uma informação de dentro da empresa a que o público não teve acesso, para comprar ou vender ações, em prejuízo dos outros acionistas.

“Se ele tinha essa informação e fez a negociação, esse tipo de negociação, por mais que possa parecer uma venda normal de ações, ela se torna um crime”, explica o procurador da República José Maria Panoeiro.
Quebrada a petrolífera, foi o fim do império X. Algumas empresas faliram, outra foram vendidas e o Ministério Público Federal agora investiga essas vendas para saber se houve remessa ilegal para o exterior e lavagem de dinheiro. Mas acredita que será difícil recuperar o suficiente para pagar as dívidas.
“Eu diria a você aqui: esse processo dele reforça a minha convicção pessoal de que esse tipo de criminoso só há um tipo de resposta: é a prisão”, diz o procurador.
Uma situação difícil para quem dizia ter uma ambição maior do que o dinheiro. “Meu objetivo é ser respeitado. Ter respeito”, disse Eike em entrevista para o Fantástico em 2012.

BRASIL: 'Se temos o maior espetáculo do planeta, agradeça à contravenção', diz Neguinho

  • Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Intérprete da escola de Samba Beija-Flor e um dos sambistas mais famosos do País, Neguinho da Beija-Flor afirmou que o dinheiro sujo organizou o Carnaval do Rio de Janeiro. A declaração foi dada ao vivo, por telefone, na manhã desta quinta-feira à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, do Grupo RBS. "Se não fosse a contravenção meter a mão no bolso, organizar, estaríamos ainda naquele negócio de arquibancada caindo, desfile terminando duas horas da tarde, cada escola desfilando duas, três horas e a hora que quer. E a coisa se organizou", afirmou. Em seguida, falou em tom irônico: "Se hoje temos o maior espetáculo audiovisual do planeta, agradeça à contravenção".
O cantor foi questionado sobre a polêmica que envolveu o título da Beija-Flor este ano, de que, ao comemorar a cultura africana, homenageou Guiné Equatorial, país que vive em uma ditadura há 35 anos. Neguinho minimizou o fato, dizendo que a Europa tem histórico de exploração de negros, mas que comumente é celebrada nos desfiles.
Sobre o fato de que a Beija-Flor teria recebido um patrocínio de R$ 10 milhões do governo do ditador Teodoro Obiang, Neguinho declarou não ter conhecimento, mas disparou: "Deixa falar. Deu mídia. Deixa falar". E emendou: "A Portela também teve um patrocínio muito forte. O governador do Rio de Janeiro, o Pezão, queria que a Portela ganhasse. Vai dizer que ele não fez investimento? O prefeito é portelense doente. Vai dizer que não colocaram dinheiro na Portela?".
Neguinho foi questionado em seguida sobre a contribuição de contraventores, como milicianos, donos de bancas do bicho e até de traficantes às escolas. Nesse momento, disse: "Se não fosse dinheiro da contravenção, hoje não teríamos o maior espetáculo audiovisual do planeta. Eu sou do tempo que desfile de escola de samba era a maior bagunça. Terminava duas, três horas da tarde. Chegou a contravenção e organizaram. Hoje eles batem no peito e dizem com o maior orgulho 'a maior festa audiovisual do planeta'. Agradeça à contravenção".


NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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