Cuidando Bem da Sua Imagem

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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

" Loja Good Vibe" A moda sai de moda, o estilo jamais.

A moda passa. O estilo permanece. 


Vestimos o que pensamos!




Moda urbana, ecológica despojada, esportiva e criativa.

A moda é passado, o estilo é o presente!






A Hc3 propõe produtos para vestir com qualidade, simplicidade, conforto e arte, mix de cultura urbana, ecológica, jovem, popular e irreverente, que considera a busca pela saúde do homem e da mulher, a preservação do meio ambiente e a construção de uma sociedade sustentável.

Nossos produtos privilegiam os materiais ecológicos (100% algodão) ou reciclados (resultantes do reaproveitamento da garrafa pet), com cortes e modelos despojados e estampas diversificadas.

As estampas refletem com irreverência e humor, fatos, lugares e sonhos, e se remetem a símbolos e imagens objetos de desejo e de transcendência, que permeiam a vida cotidiana.

A criação é o resultado da necessidade de incitar idéias e ideais, expor o non sense, o real, o radical, o lúdico, expressões do individuo inserido no local, planetário e universal.

O preço é justo e acessível!

Por isso, evolua! Faça seu próprio estilo! Se envolva com hc3!!!



No final da década de 80, Michael Tomson, ícone do surf mundial, criou na Califórnia – EUA, a More Core Division of Gotcha ou “Divisão mais Radical da Gotcha”. Marca destinada a identificar entre os principais surfistas aqueles que se destacavam pela sua atitude e comportamento hardcore.
Essa sub divisão da marca Gotcha era representada pelo que existia de mais moderno e radical no mundo do surf naquela época, reunindo nomes como Dino Andino, Sunny Garcia, Derek e Michael Ho, Garry Lopes, Brock Little, Matt Archbold e Martin Potter. Surfistas que se destacavam pela sua atitude dentro d´água mas, principalmente, pelo seu comportamento fora dela.
Seus carros, tatuagens, roupas e modo de viver viraram ícones de toda uma geração de atletas que tinham e tem até hoje, o surf não só como esporte, mas também e, principalmente, como comportamento.
Logo a equipe que formava a More Core Division of Gotcha passou a ser considerada por todo o cenário do surf internacional, como a equipe mãe de todas as outras, ou “Superior Mothers” e seus membros reconhecidos como a elite do surf.
Em 1992, Michael Tomson, provando mais uma vez que era um visionário, identificou uma lacuna a ser preenchida no mercado de surfwear e decidiu separar a More Core Division da Gotcha, mantendo a Gotcha como uma marca desenvolvida para as grandes massas e criando então a MCD. Marca desenvolvida e criada pela e para a elite do surf mundial.
Uma marca de atitude forte e autêntica, baseada em valores bem definidos e com uma postura extremamente inovadora.
Em 1995, a marca MCD chega ao Brasil, exatamente com o mesmo conceito que havia sido criado na Califórnia: ser uma marca diferente, inovadora, a opção Core dentro do mercado de surfwear, oferecendo aos surfistas brasileiros um modo de viver cheio de atitude, personalidade, estilo e comportamento.
Outro marco na história da marca no Brasil, foi a criação de uma linha feminina MCD em 2005. O conceito dessa linha surge através de alguns questionamentos em relação à imagem do surfwear no País, que muitas vezes cria estereótipos de uma menina sem personalidade, limitada ao conhecimento da cultura praiana.

Vivemos em um mundo cheio de informações, diversidade de estilo, onde a cada dia sentimos que é impossível sermos alienados e vivermos com os olhos parados em um só lugar. A partir disto a MCD, polêmica e inovadora como sempre, busca fugir do óbvio e expandir este mundo do surf, mostrando que o consumidor muda, e precisa cada vez mais de uma marca que agregue conhecimento, estimule o lado artístico e transpareça liberdade de expressão e experimentação.
Os produtos MCD trazem esse conceito claramente, com peças cheias de personalidade e identidade, que sempre fazem este intercâmbio com a moda que o mundo veste e não a moda que fica só na tendência.

Manifesto da MCD:
Core é autêntico antes de ser moda,
É puro, mas não limpo,
Uma visão não uma tendência,
Core são valores não Princípios,
Mitos não Lendas,
Core é Instinto acima do racional,
O original na frente do novo,
É um modo de viver, não um estilo de vida,
Core é Preto antes do Branco,
Core é Crú ! Core é Atitude !




A História da …Lost começou em 1987, quando Matt Biolos (Mayhem) fez sua primeira prancha. Ele trabalhava em uma loja em San Clemente – CA, em um ambiente cercado de bons shapers (Timmy Patterson, Jim Fuller, Terry Senate, Randy Sleigh para sitar alguns) e ótimos surfistas, com isso, conseguiu aprimorar ao máximo suas habilidades de shaper.
Logo com uma das primeiras pranchas que Mayhem fez, Cris Fletcher apareceu na capa da Surfing dando um aéreo animal e Mayhem começou a se destacar como shaper. Pouco a pouco, atletas profissionais começaram a fazer pranchas com ele já que os surfistas mais expressivos da Califórnia, como Cristian Fletcher e Matt Archibald, já usavam pranchas …Lost.
Mayhem também tinha um lado artístico em suas veias, que colocava nas pranchas através de desenhos personalizados. Seus amigos já diziam há anos para ele comercializar seus desenhos em camisetas, e em 1992, influenciado por Timmy Patterson e Johnny Monson, fez uma parceria com seu amigo Mike Reola e começou a produzir camisetas com sua arte e o logo …Lost.
O nome …Lost vem de uma brincadeira daquela época quando Mayhem e seus amigos não se enquadravam naquela galera que se intitulava do surf só por usar roupas de surf. Mayhem e seus amigos achavam que a filosofia do surf poderia ir muito mais além, criar um conceito, uma ideia, uma visão muito mais moderna para o surf.
Romper padrões era o principal objetivo da …Lost, e em 1993 surgiram os vídeos que desde o primeiro já divulgavam a galera pegando onda. Fosse profissional ou não, fosse patrocinado ou não, o que importava era quebrar a vala.
Atualmente a …Lost continua com o mesmo conceito. A …Lost não segue padrões, apenas transmite todo o conceito e irreverência da marca, através da sua linha completa de roupas e acessórios. Desta maneira, a …Lost ficou conhecida como a “ovelha negra”.


Globe foi fundada nos anos 80 por dois irmãos australianos apaixonados por esportes radicais. Os skatistas Peter e Stephen Hill participavam de tours e campeonatos de skate e, em 1984, decidiram criar sua própria marca, como produtos focados em qualidade, estilo, performance, durabilidade e conforto. Hoje, a Globe é reconhecida mundialmente por seu amplo mix de produtos, desenvolvidos com a participação de skatistas e surfistas mundialmente reconhecidos, resultando num projeto de rápida expansão e sucesso imediato. Graças ao constante investimento em tecnologia de ponta e inovação, a Globe já está presente em mais de 70 países ao redor do mundo. Hoje a marca patrocina e apoia eventos relacionados ao mercado e a cultura de skatistas e surfistas, como a cobiçada etapa do campeonato mundial de surf, o WTC nas ilhas Fiji, batizada de GLOBE PRO FIJI. A missão da Globe é estar entre surfistas, skatistas e praticantes de esportes radicais e seus simpatizantes ao redor do mundo, proporcionando a prática do esporte e vestindo-os com novas e exclusivas tecnologias, bom-gosto e inovação.

























Como é a cremação de um corpo humano

LOOK DONA DA SEMANA Donna Bella: POR: Mateus Avilino


    Meninas vamos iniciar uma página com dicas quentes e fortes de tendências do mundo da moda.
      Aqui você encontrará tudo á seu favor, com iniciativas feministas.
      Iniciamos o look da semana com um leve escândalo.
 Blazer que é tendência na nossa coleção Sumer 2014, que da um leve toque de glamour que você inicia o dia e termina suavizando.
A camiseta, que é característica do verão de linho, com cores alegres para alegrar seu dia.
O short, tendência total de toda estação, só que agora vem com tudo, esse look com certeza você arrasara.
 Para deixar mais rico nome look , usaremos um escândalo de sapato Egípcios que é tendência em todas as grifes de sapatos que eleva a mulher deixando o look rico e arrasador.
  Um lindo colar gravata que todas blogueiras estão  usando, para da um toque fino e mulher.


Blazer e short: Ellus Second Floor.
       Camiseta: Contão
          Sapato: Schutz
            Colar: Morena Rosa

  POR: Mateus Avilino









terça-feira, 3 de dezembro de 2013

AGRICULTORES DE PARIPIRANGA E ADUSTINA COLHEM SAFRA RECORDE DE MILHO

São mais de 40 mil hectares de lavoura em pleno semiárido.

Na região de Paripiranga e Adustina, no sertão da Bahia, os coqueiros dividem espaço com um milharal a perder de vista. As chuvas foram regulares entre abril e agosto, época de plantio e desenvolvimento das lavouras. Acima de 700 milímetros, bem distribuídos. Uma condição excepcional,  diferente da maior parte do semi-árido, castigado pela seca.

Em Aracajú, o meteorologista Overland Amaral explica essa condição particular de clima. “Essa região está mais próxima do litoral e recebe mais facilmente a umidade que vem do oceano”.
Paripiranga deve colher até janeiro 260 mil toneladas de milho. A safra é recorde no município. Um alívio para os agricultores que no ano passado sofreram com a seca e colheram apenas 30 mil toneladas.

Em 2012, choveu menos da metade do normal para essa região. Eraldo Carvalho, agricultor que vai colher 19 mil sacas de milho em 150 hectares, quer esquecer a safra passada, mas não perde o bom humor. “Ano passado não teve, 2012 foi perda total, milho pequeno e espiga feia”.

O cultivo do milho ganhou força na região de quatro anos pra cá, quando os agricultores passaram a investir em tecnologia: melhoraram a adubação do solo e usaram sementes selecionadas.

A produtividade média passa de sete toneladas por hectare. O agrônomo da empresa baiana de desenvolvimento agrário, Jobson Peixoto, observa outra mudança.  “Muito produtor que vinha plantando feijão agora ta passando a plantar o milho por vários fatores. Na colheita do feijão necessita muito da mão de obra,  que está muito cara e escassa”.

Nem todos os produtores de milho conseguem comprar máquinas, mas se viram pra fazer a colheita. “Aqui a maioria é agricultura familiar só que eles não tem a máquina. Os maiores vão colher a roça dos pequenos, cobram 1,50 por saco”, diz José Hildo Santana, presidente do sindicato rural da região. É mais um custo para os agricultores, que reclamam do preço da saca, vendida em média por R$ 24.

Essa super produção expõe outro problema: a falta de armazéns. Quando a safra é boa, muitos agricultores não tem onde guardar o milho, e o grão que é colhido vai direto pra carreta. Em quase toda a roça tem um caminhão sendo carregado para seguir viagem.

É tanto movimento que em um posto de combustíveis, entre Paripiranga e Adustina, ganhou o nome de rota do milho. Lá os caminhoneiros pesam as cargas e descansam. Motoristas de todo o Nordeste, acostumados a cruzar o país em busca do grão, economizam com a safra farta na Bahia.

A produção de milho mexe com o comércio. Em Paripiranga, não tem lojista que não fique de olho lá no campo. No centro de Adustina uma imagem que chama a atenção é a praça, que virou um depósito a céu aberto, onde o milho fica debaixo do sol pra perder a umidade.

Genílsondo Nascimento é agricultor, e também trabalha como intermediário: compra pra revender. Ele é dono de um dos sete depósitos ao redor da praça. “Como não cabe o milho nos depósitos, cada um coloca um pouquinho na praça”, diz.

O armazém da Conab mais próximo fica em Ribeira do Pombal, também na Bahia, a cerca de 80 km de distância. O transporte é difícil e os agricultores, preferem ter alguém que compre em sua porta, mesmo pelo preço abaixo de mercado, do que ter mais gasto para vender à Conab. 

Na propriedade de Ivo, sacos de milho viram paredes. Ele usou a criatividade, e com a ajuda do filho Tarcísio, de 16 anos, está montando piscinões de lona para guardar o grão.

Quando a colheita terminar, o agricultor Ivo Andrade vai encher cada piscinão com o equivalente a três mil sacas de milho. “Vou guardar porque a gente precisa ganhar um pouco mais. Como o preço agora a gente acha que não está suficiente para as contas, vamos guardar o milho, esperar janeiro pra que a gente possa ganhar um pouco mais”.

Globo Rural

TCM REJEITA CONTAS DE 50% DAS PREFEITURAS DA REGIÃO

Metade dos gestores da região tiveram contas do exercício de 2012 rejeitadas

tcm
Conforme pesquisa feita no site do TCM em relação à situação de 24 prefeituras da  região que tiveram contas 2012 julgadas até segunda-feira, 1° de dezembro 2013, encontramos um total de 50% de gestores que tiveram suas contas rejeitadas e 50% aprovadas com ressalva:

Contas 2012 de 12 prefeituras que foram rejeitadas: Antas, Cícero Dantas, Itapicuru, Jeremoabo, Paripiranga, Pedro Alexandre, Quijingue, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Sítio do Quinto, Tucano, Monte Santo.
Contas 2012 de 12 prefeituras aprovadas com ressalvas:  Adustina, Banzaê, Euclides da Cunha, Glória, Inhambupe, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paulo Afonso, Santa Brígida,  Fátima, Heliópolis. Não foram julgadas as contas 2012 das prefeituras de Caldas de Cipó e Coronel João Sá. 
Por Joilson Costa, Rádio Pombal FM, com pesquisa no site do TCM- Bahia.

BANDIDOS EXPLODEM AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL DE RIBEIRA DO AMPARO-BA


Nesta madrugada de terça feira 03-12-2013 o Banco do Brasil de Ribeira do Amparo foi assaltado, desta vez cena de filme, segundos as testemunhas chegaram homens encapuzados fortemente armados em uma caminhonete ainda desconhecida cor branca, fizeram de refém 2 pessoas, um guarda municipal e um adolescente que passava nas proximidades. Por volta das 02h10min da manha ouviram uma explosão que veio a danificar os caixas do Banco provavelmente causado por dinamites. Os meliantes se evadiram do local levando com eles quantia ainda não revelada e os dois reféns que foram soltos em uma estrada saindo de Ribeira para Raspador. Os meliantes ainda colgaram na estrada que liga Ribeira a Cipó barreiras de grampos que furaram as primeiras viaturas que tentaram chegara ao local.
Graças a deus nenhuma vitima só o susto por partes dos moradores que convive sem segurança. 
Segurança 0% 
Matéria: www.ribeiradoamparo.blogspot.com.br


 Populares relatam que foi uma cena de guerra. Segundo informações até o momento não houve vítimas, apenas um susto por parte dos moradores, principalmente pelos vizinhos ao banco.Informações de que só nesta madrugada foram assaltado 4 agências (Humildes, Sítio do Conde, Ribeira do Amparo, Barra) e agora a pouco Várzea Nova.
A qualquer momento mais informações.









REPRODUÇÃO: FACEBOOK TEREZINHA MACEDO

ARILDO LEONE

Seca obriga moradores do RN a gastar bolsa família com água potável

Moradores de Ipueira precisam fazer fila para conseguir água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
O Rio Grande do Norte enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos, com estiagem que já dura mais de um ano em diversos municípios. A falta de água mudou a rotina de milhares de famílias carentes do sertão, que são obrigadas a gastar boa parte do dinheiro que recebem de programas sociais para poder beber, cozinhar e tomar banho.
No dia 19 de setembro, a governadora Rosalba Ciarlini decretou “situação de emergência por seca” em 150 dos 167 municípios do estado. Em novembro, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que nove municípios permanecem em colapso no abastecimento. A Caern admitiu que não tem condições de abastecer a cidade e suspendeu a emissão de faturas aos moradores.
Durante três dias, o G1 percorreu mais de 1.200 quilômetros de estradas de terra e asfalto para ver quais são as dificuldades enfrentadas pelos moradores de Ipueira, Carnaúba dos Dantas, Equador, São José do Seridó, Antônio Martins, Água Nova, João Dias, Pilões e São Francisco do Oeste. Além da morte de animais e da destruição de lavouras, foi possível ver que os moradores travam uma luta diária pela própria sobrevivência, em busca de água potável.
MAPA SECA RIO GRANDE DO NORTE (2/12) (Foto: Editoria de Arte/G1)
No domingo (1°), o “Fantástico” mostrou como funcionam os programas que combatem a seca no Nordeste com caminhões-pipa. O principal responsável pela distribuição no semiárido do Brasil é o Exército, que paga até R$ 15 mil mensais para cada um dos 6 mil pipeiros responsáveis por levar água a 835 cidades, em nove estados, para quase 4 milhões de pessoas. Só em 2013, o governo já gastou mais de meio bilhão de reais no programa. Em dois meses de investigação, a reportagem encontrou tanques imundos, água contaminada e entregas que nunca foram feitas.
‘Há dois anos só tomo banho de cuia’
Com o nível dos reservatórios muito baixos, a companhia estadual não consegue distribuir água em todas as cidades. Por conta disso, suspendeu a cobrança das contas em nove municípios, que dependem da chegada de caminhões-pipa. “Ninguém mais dá bom dia na rua. Primeiro a gente pergunta se tem água na caixa”, disse a dona de casa Marina Medeiros, de 40 anos. Moradora de Ipueira, na região Seridó, ela busca água todas as manhãs nas caixas comunitárias abastecidas pelos caminhões.
Robéria Danielle Dantas há dois anos só toma banho de cuia (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Robéria Danielle Dantas há dois anos só toma
banho de cuia (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A produtora de vendas Robéria Danielle Dantas, de 27 anos, mora em Carnaúba dos Dantas e conta que teve que readaptar a vida por conta da escassez de água. A maior mudança, segunda ela, é não ter conforto para tomar banho. “Não sei mais o que é tomar um banho decente. Há dois anos, só tomo banho de cuia.”
Nas cidades visitadas, o G1 ouviu várias histórias de sofrimento por conta da seca. Brigas e ameaças na disputa por um lugar na fila dos chafarizes públicos e das caixas d’água comunitárias já viraram casos de polícia. Sem água nas torneiras, o pouco líquido que restou em poços e barragens é barrento e tem mau cheiro, impróprio para o consumo humano. Quem se arrisca e bebe, adoece facilmente. Os mais frágeis, como crianças e idosos, sofrem com diarreia e desidratação.
O comércio de água é o único beneficiado. Há relatos de quem largou a profissão para vender galões e barris a moradores. O vaivém de caminhões e motocicletas adaptadas para transportar água já faz parte da paisagem há quase um ano. Quem tem cisterna também precisa gastar dinheiro para encher os reservatórios. Quem não tem improvisa com baldes e barris. Vasilhas decoram as calçadas.
Ana Santana acorda cedo e faz várias viagens até o chafariz da cidade para pegar água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Ana Santana acorda cedo e faz várias viagens até o
chafariz atrás de água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Carnaúba dos Dantas

A primeira parada do G1 foi em Carnaúba dos Dantas. A cidade fica na região Seridó, a 220 km de Natal. No caminho, a movimentação de carros-pipa já deu sinais do quanto a ajuda é necessária. A maioria dos veículos faz parte da Operação Pipa, programa de responsabilidade do Exército brasileiro.
Apesar de não tomar banho de chuveiro há dois anos, Robéria não é beneficiada pela Operação Pipa. Ela diz que a água trazida pelos militares não é boa para o consumo e que por isso prefere ligar para os entregadores e comprar a água que usa para beber, tomar banho e fazer as atividades domésticas, como lavar roupa, cuidar da limpeza da casa e cozinhar.
Aguá servida para os moradores de Carnaúba dos Dantas, no Seridó do RN, é esverdeada e cheira mau (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Aguá servida para os moradores de Carnaúba é
verde e cheira mal (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Esse não é o caso da dona de casa Ana Santana, de 45 anos. Mãe de três filhos, ela acorda cedo e faz várias viagens empurrando um carrinho de madeira até o chafariz público da cidade para pegar água. “Essa água verde que eu pego é fedida e não presta pra beber. Mesmo assim, é com ela que eu cozinho, dou banho nos meninos e preparo a nossa comida”, relatou.
Segundo o coronel Marcelo Pellense, coordenador do programa no Rio Grande do Norte, em 113 municípios do estado caminhões foram contratados para levar água aos desassistidos pela seca. “Toda a água que o Exército fornece é potável, vem da própria Caern e é apropriada para o consumo. Nas cidades em que a Caern não tem de onde tirar água, são os municípios que indicam os mananciais. A cada 30 dias, as prefeituras precisam nos enviar relatórios de análise da qualidade da água”, ressaltou o oficial.
De acordo com o coronel Josenildo Acioli, coordenador da Defesa Civil no Rio Grande do Norte, o estado mantém caminhões-pipa em 24 municípios que não fazem parte da lista dos 113 que já são assistidos pelo Exército. Segundo ele, a água oferecida à população também é apropriada para o consumo.
Ainda de acordo com Acioli, a água que é fornecida gratuitamente para essas 24 cidades (incluindo João Dias, Pilões e São Francisco do Oeste) pode acabar. Para evitar que isso ocorra – uma vez que só há recursos para garantir o fornecimento até o fim de janeiro de 2014 – o órgão está apelando ao governo federal.
“Protocolamos em outubro, junto à Secretaria Nacional da Defesa Social, um pedido de mais recursos. Ainda não tivemos resposta, mas precisamos prorrogar nosso programa de atendimento por pelo menos mais seis meses. Para isso, são necessários R$ 9,2 milhões”, afirmou Acioli.
Aldo Dantas deixou de ser marceneiro para trabalhar como entregador de água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Aldo Dantas deixou o trabalho de marceneiro para
fazer entrega de água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
‘Tive dor de barriga, diarreia’
Ana Santana contou que certa vez, sem dinheiro para comprar água potável, precisou beber a água que apanhou no chafariz. “Tive dor de barriga, diarreia. Fui bater no posto de saúde. Lá em casa, todo mundo adoeceu”, disse a dona de casa.
Apesar da situação caótica, há quem lucre com a falta d’água. Aldo Dantas, de 35 anos, trabalha desde a adolescência como marceneiro. Porém, faz dois anos que trocou de profissão. “Com madeira, eu trabalhava para os outros e ganhava um salário mínimo. Com os descontos, ficava com uns R$ 500 para passar o mês. Agora, como entregador de água, sou meu próprio patrão e ganho R$ 800 livres de desconto”, revelou.
Aldo diz que não faltam clientes na cidade. O único gasto é abastecer sua motocicleta. Ao veículo, ele adaptou um reboque para puxar uma carroça que leva um galão com 240 litros de água, que ele diz ser de Natal e comprado de um atravessador. “É boa, quase mineral. Se a entrega for aqui na cidade mesmo, custa R$ 18. Se for na zona rural, mais afastada, cobro R$ 23″, contou.
Ipueira
Em Ipueira, cidade que também fica no Seridó potiguar, os problemas com a falta d’água se repetem. O colapso no abastecimento levou a prefeitura a instituir um “cartão vale água”. Com ele, cada residência tem direito a 120 litros de água potável por semana. O controle passou a vigorar há três meses e já virou caso de polícia. Osawa Brasil, servidor público que controla a distribuição de água potável, já foi ameaçado de levar uma surra por um morador.
Ipueira está com colapso no abastecimento desde agosto. A Caern diz que o abastecimento só será normalizado quando tiver capacidade de retirar água das barragens da região.
São José do Seridó

Quatro quilômetros é a distância que separa a população de São José do Seridó do sonho de acabar com a constante falta d’água. A tubulação do novo sistema adutor da cidade era para ter sido entregue no dia 19 de novembro do ano passado, mas um erro no projeto atrasou a conclusão da obra. Segundo a Caern, o novo sistema de captação, adução, tratamento e reservação do sistema de abastecimento de São José deve ser concluído em setembro de 2014.
Placa na entrada da cidade de São José do Seridó, RN, mostra que obra de adutora já deveria ter sido concluída (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Placa na entrada da cidade mostra que obra tinha
que estar concluída (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A Caern explicou ao G1 que, durante a execução do projeto, a empresa contratada observou que a geologia do solo, bastante rochoso, impedia o andamento do plano original. Por isso, em setembro, a obra foi suspensa para uma readequação. As modificações foram enviadas à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável pela análise e liberação dos recursos, em novembro do ano passado.
Essa readequação vai custar R$ 400 mil a mais na obra. “Originalmente, os recursos tinham a ordem de R$ 2,7 milhões, e com a readequação foram para R$ 3,1 milhões, tendo sido executado R$ 1 milhão na construção de uma adutora por gravidade, que está hoje 70% concluída. O dinheiro a ser liberado será usado para finalizar essa adutora e, ainda, a execução de dois reservatórios elevados, uma Estação de Tratamento de Esgotos e uma adutora por recalque”, diz a Caern em nota emitida por sua assessoria de imprensa.
Adutoras, barragens, cisternas e dessalinizadores
A assessoria de comunicação do governo do estado informou que a governadora Rosalba Ciarlini preside o Comitê Gestor de Avaliação e de Combate à Seca, que semanalmente se reúne para monitorar a execução das ações estratégicas realizadas com o apoio das secretarias estaduais, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Dentro das ações, está a construção de mais de 700 quilômetros de adutoras, 3.400 barragens submersas e 17 mil cisternas, além da recuperação de 60 dessalinizadores e da perfuração de mais de 200 poços em vários municípios.
A comunicação do governo citou como exemplo um incremento de mais 22 quilômetros de adutora. A perfuração de outros 12 poços no Sistema Adutor Monsenhor Expedito deve passar a fornecer, nos próximos meses, uma oferta de 750 metros cúbicos a mais de água por hora, um aumento de aproximadamente 50% na produção, que deverá beneficiar mais de 240 mil pessoas em 30 municípios da região central e agreste do Rio Grande do Norte.
Quando entrar em operação, a adutora Monsenhor Expedito deve fornecer 2.200 metros cúbicos de água por hora, dobrando sua capacidade. A previsão é que neste mês a obra inicie sua fase de testes e seja inaugurada em janeiro de 2014.
No dia 28 de novembro, foi publicada no Diário Oficial da União a transferência de R$ 13,5 milhões do governo federal para o estado poder contratar obras da adutora de engate rápido em Pau dos Ferros, na região oeste. Com a publicação, o governo afirmou que será iniciado o processo de contratação da empresa que vai realizar as obras da adutora em caráter emergencial. “Os recursos serão liberados pelo Ministério da Integração, através da Defesa Civil Nacional, para uma conta específica da Defesa Civil Estadual, que é vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc)”, diz a assessoria do Caern.
“Pelo projeto, a captação da água será na cidade de Itaú, a partir da adutora do alto oeste, do subsistema Santa Cruz-Apodi. A adutora, que terá 43 quilômetros de extensão, levará água até o município de Pau dos Ferros, beneficiando diretamente 28 mil pessoas residentes na cidade e indiretamente 200 mil pessoas dos municípios vizinhos, que também usufruem da água de Pau dos Ferros”, acrescentou a assessoria.
Ozawa Brasil mostra dessalinizador que a prefeitura de Ipueira, RN, ganhou para tratar a água que é servida à população (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Ozawa Brasil mostra dessalinizador que a prefeitura de Ipueira ganhou para tratar a água que é servida à população (Foto: Anderson Barbosa/G1)
G1

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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