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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

domingo, 17 de junho de 2012

Malaco paulista vai em cana na Bahia


A presilha comeu no centro para um pombo sujo que veio lá de São Paulo pra aplicar golpes aqui na terra de Jorge Amado, seu Jatobá!
Eu tô ligado em quem é, mano Da Massa! A três por quatro do pilantroso do 171 tá na mão! Se ligue aqui! Eduardo Luiz Peloto, de 37 anos de miserê! O cara de saguim tava aplicando pra cima da turma favela dura, usando cartões de crédito clonados, hein Maricotinha?
Era isso mesmo, seu Jatobá! O vagal do Eduardo aplicou mais de uma cacetada de golpes clonando meio mundo de cartão de crédito e fez a farra por onde passou! Os canas descobriram que ele deu birro em gente nas cidades de Jequié, Milagres, Porto Seguro, Vitória da Conquista e em Pojuca, aonde acabou sendo grampeado, Da Massa!
É! ele só num contava com a equipe do bareta da delegacia de Pojuca, doutor Geovane Paranhos, que num come reggae de 171, mesmo! O cara tava se preparando para dar mais um golpe quando a presilha cantou pra cima dele!
E Eduardo é cheio de bronca, minha galera! O cara de rato responde em São Paulo por uso de documentos falsos, estelionato e formação de quadrilha! Mas, aqui na Bahia, ele achou o dele e tá na tranca!


Fotos e texto: João Kalil

PRF apreende ônibus com 146 trabalhadores escravos



Policiais Rodoviários Federais (PRF) apreenderam em Vitória da Conquista, na manhã de quarta-feira (13), três ônibus com 146 trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo. A apreensão ocorreu durante fiscalização de combate ao transporte irregular de passageiros na região.

Segundo informações da PRF, os ônibus, com placas de São Paulo e Pernambuco, que estavam em péssimas condições, transportavam os trabalhadores, dentre os quais, nove menores em companhia dos pais.

Deacordo com os trabalhadores, eles teriam sido recrutados no interior do Nordeste, na cidade de Princesa Isabel - PB e iriam trabalhar nas lavouras de cana-de açúcar em São Paulo e na colheita de café em Patrocínio - MG, em uma fazenda chamada Castelhana. ADelegacia do Trabalho de Vitória da Conquista foi acionada para as medidas cabíveis.

Desembargador determina soltura de Cachoeira, mas outro decreto o mantém preso

Por Val Gusmão16/06/2012 | 7:57
Advogados de Cachoeira tentarão reverter decisão no final de semana - Dida Sampaio/AE
Advogados de Cachoeira tentarão reverter decisão no final de semana
O juiz federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu liberdade para o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No entanto, a Justiça do Distrito Federal negou um pedido para revogar uma segunda ordem de prisão do contraventor. Por isso, ele permanecerá preso.
Os advogados de Cachoeira conseguiram derrubar o decreto de prisão referente à Operação Monte Carlo, que investiga indícios de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. No entanto, não conseguiram reverter a decisão relativa à operação Saint- Michel, que desbaratou um esquema que visava a fraudar licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do DF.
A defesa de Cachoeira tentará, ainda no final de semana, reverter essa segunda decisão e com isso colocar o contraventor em liberdade. Os advogados de Cachoeira adiantaram que pedirão novamente sua libertação durante o plantão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Tourinho Neto já havia dado decisões favoráveis a Cachoeira. Em uma delas, autorizou a transferência de Cachoeira do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para Brasília, cujo esquema de segurança é menos rígido. Na terça-feira, o mesmo juiz votou por anular todos os grampos telefônicos da Operação Monte Carlo.
Ontem, ele estendeu para Cachoeira os efeitos de uma liminar que foi concedida a outro denunciado no mesmo processo – José Olímpio de Queiroga Neto, conhecido por Careca.
De acordo com o TRF, o relator afirmou não haver mais razões para manter Cachoeira preso, pois a organização que explorava os jogos de azar foi desbaratada pela Operação Monte Carlo. As máquinas caça-níqueis também foram apreendidas e os servidores públicos suspeitos de integrar o esquema foram denunciados.

PORTAL DA FEIRA

Estádio do Divino FC na novela Avenida Brasil é palco de jogos da Série C do Carioca



Quem acompanha a novela Avenida Brasil confere de perto os treinos do Divino FC, time que anima a trama com várias passagens curiosas. O palco das gravações é o Estádio Eustáquio Marques, em Curicica, zona oeste do Rio de Janeiro, local que sedia também vários jogos da Série C do Campeonato Carioca. Casa do Esporte Clube Marinho (afastado das competições), o campo tem sido usado pelo Barra da Tijuca e pelo Villa Rio. E jogar no gramado do Divino FC anima dos jogadores da vida real.
- É divertido, a gente até comenta em casa: “Olha lá, está sendo gravado onde jogamos”. Só que aqui não tem o Tufão né (risos). Mas é bom, é engraçado – disse o atacante Jefferson, do Villa Rio, ao site Futrio.net.
Da Silva, do América de Três Rios, elogiou o espaço:
- Eles estão de parabéns, dificilmente a gente encontra um campo desses na série C.
O próximo duelo da vida real no campo do Divino será neste domingo, entre Barra da Tijuca e Paduano. Antes, Jorginho e cia vão suar a camisa na ficção. De prefência, com a maria-chuteira Suelen na arquibancada.
O site FutRio.net transmite neste domingo Barra da Tijuca x Paduano, a partir das 15h, direto do campo do Divino FC.

Índios têm contato com o mar pela primeira vez na Cúpula dos Povos Xavantes vieram de Mato Grosso e ficaram com medo da quantidade de água. Apenas um teve coragem de molhar o pé e descobrir que o mar é salgado.


Xavantes vieram de Mato Grosso e ficaram com medo da quantidade de água.
Apenas um teve coragem de molhar o pé e descobrir que o mar é salgado.

Um grupo de índios xavantes, de Mato Grosso, tiveram contato com o mar pela primeira vez neste sábado (16), na praia do Aterro do Flamengo, onde está instalada a Cúpula dos Povos, no Rio.
O grupo se preparava para participar de um evento onde expuseram os problemas com a terra indígena Marãiwatsédé, de onde foram expulsos em 1966 pelo governo federal, em uma mobilização que teve apoio da FAB. (leia mais abaixo)


"Estamos pintados para a cerimônia que iremos participar, por isso não vou entrar", disse o xavante Arimatéia Paradzané. Passados alguns minutos de contemplação, ele não resistiu e andou em direção ao mar e parou onde a água deixava marca na areia, como se fosse uma delimitação para que ele não avançasse.
Os índios ficaram impressionados com a quantidade de água e apontavam para o horizonte, indicando que a o mar "não tinha fim". Eles ficaram perfilados olhando para a água, para o movimento das ondas e como algumas pessoas se banhavam no mar.

Ele se juntou aos demais, mas logo retornou ao mar quando soube que a água do mar era diferente da dos rios da região onde vive, no Mato Grosso.
 Arimatéia fez uma concha com a mão direita e esperou a água chegar até ele. Assim que percebeu que havia alguns grãos na água rasa do mar, ele chacoalhou as mãos e lambeu os dedos. "É salgada", disse ele em idioma xavante.
Assim que a primeira onda rasa se aproximou de onde estava, Arimatéia deu um desajeitado passo para frente e deixou seus pés serem molhados pelo mar. Ele disse algumas palavras em seus idioma xavante e olhou para os demais índios, que haviam ficado para trás, na parte mais alta da faixa de areia.
Arimatéia voltou para onde estavam os demais xavantes e falou sobre a descoberta, informando a salinidade da água. "É diferente", resumiu ele ao G1.
Terras Marãiwatsédé
Índios xavantes cobraram a devolução efetiva das terras Marãiwatsédé em um encontro na Cúpula dos Povos, no sábado. O território seria devolvido para eles depois de um compromisso público assumido por uma petroleira italiana na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) naRio 92. Mas a promessa não foi cumprida.
Passados 20 anos, o legado negativo da Rio 92 marcou a vida dos xavantes. “Enquanto um representante da empresa italiana dizia, no Rio de Janeiro, que iria devolver nossas terras, um grupo apoiado por essa empresa invadia nossas terras”, disse o cacique Damião Paradzané.
Este não foi o primeiro confronto entre o “homem branco” e os xavantes. Eles já tinham sido expulsos do local, em 1966, em uma ação do governo federal e que contou com apoio logístico da Força Aérea Brasileira (FAB). A corporação transportou os indígenas em aviões para a Missão Salesiana São Marcos, que fica cerca de 400 quilômetros de distância de onde viviam.
"Tiraram a gente da nossa terra. Depois prometeram durante a Rio 92 que iriam devolver, mas não fizeram isso. Não quero mais esperar outros 20 anos. Não vou desistir, já me ameaçaram de morte, nos deram comida e água envenenada, mas nós estamos aqui e queremos um novo compromisso, dessa vez de verdade", disse o cacique. (Xavante fala, em seu idioma, sobre o caso no vídeo ao lado)
Os xavantes tiveram o primeiro contato com o “homem branco” em 1950. Dezesseis anos depois, eles foram obrigados a deixar a aldeia. A mudança brusca de local fez com que 150 xavantes morressem após contraírem sarampo. A terra antes ocupada por eles, passou a ser chamada de Suiá-Missu, em 1961, quando o colonizador Ariosto Riva ocupou o local. Em seguida, o território foi vendido para família Ometto e para a Agip do Brasil S/A, filial brasileira da Agip Petroli, da Itália.
Identificação antropológicaEntre fevereiro e junho de 1992, a antropóloga Iara Ferraz participou do grupo de trabalho de identificação da terra indígena Marãiwatsédé e presenciou a invasão das terras dos xavantes enquanto os empresários e índios participavam da Rio92.
Em 1998, mais de 165 mil hectares de terra foram homologados em um decreto presidencial. Hoje, os xavantes ocupam cerca de 10% de seu território.
Devolução em 20 diasSegundo a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger, as terras indígenas terão de ser devolvidas aos xavantes em até 20 dias, conforme a revogação de uma decisão anterior da Justiça, que suspendeu a retirada de fazendeiros, posseiros e grileiros da terra indígena Marãiwatsédé.
"Não há mais diálogos entre as partes. É uma questão judicial e depende apenas dos recursos das partes. Essa devolução pode ser uma coisa rápida ou demorar mais tempo.", disse Marcia.
Ainda de acordo com ela, a nova decisão do desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região revogou, em 18 de maio deste ano, a decisão anterior do mesmo tribunal, que suspendia a retirada de todos os não índios da terra Marãiwatsédé. "Isso significa que a desintrusão está autorizada e todos os que ocupam a área deverão sair", disse Marcia.
Permuta ilegalO desembargador federal Fagundes de Deus suspendeu, em junho de 2011, a retirada dos invasores da terra indígena diante da proposta feita pelo governo de Mato Grosso de permutar a área demarcada e homologada como terra indígena por uma área dentro do Parque Nacional do Araguaia.
A procuradora Marcia Zollinger disse que vai acompanhar a elaboração de um plano de desintrusão da terra indígena, que deverá ser feita em uma ação conjunta com o governo federal, Funai, Ibama, Incra e Polícia Federal.

sábado, 16 de junho de 2012

Programa São João do Nordeste presta homenagem a Luiz Gonzaga


Eterno Rei do Baião é o grande homenageado do especial da Globo NE. 
Alcione, Elba Ramalho, Fagner e Waldonys estão entre os convidados.




Fagner, Waldonys, Alcione, Jão Cláudio, Clemilda, Elba Ramalho, Gennaro, Quinteto Violado, Marina Elali e Margareth Menezes fizeram festa do São João do Nordeste. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Fagner, Waldonys, Alcione, João Cláudio, Clemilda, Elba Ramalho, Genaro, Quinteto Violado, Marina Elali e Margareth Menezes fizeram festa do São João do Nordeste. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Fogueira, comidas típicas, bandeirolas enfeitando o terreiro e um trio pé de serra tocando forró. Tudo isso é São João, assim como Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião, sempre homenageado por todo o Nordeste, mas mais especialmente este ano, pelo seu centenário. Causos e lembranças do velho Lua foram contados por Alcione, Elba Ramalho, Margareth Menezes, Raimundo Fagner, Quinteto Violado, Waldonys, Marina Elali, Genaro e Clemilda, que se uniram para fazer uma grande festa no ‘São João do Nordeste’, programa da Globo Nordeste que vai ser exibido neste sábado (16), para todas as afiliadas da emissora na região, depois do humorístico "Zorra Total".
Programa teve clima de encontro de amigos. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Programa teve clima de encontro de amigos.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Considerado um dos maiores expoentes da música brasileira, Luiz Gonzaga nasceu em Exu, no Sertão de Pernambuco, e andou por todo o país cantando as dores e as alegrias do Nordeste. “Gonzaga sintetiza na música a alma nordestina. Ele é um analista da alma do Nordeste, da alegria, da força desse povo”, define o jornalista Chico Pinheiro, mestre de cerimônias do programa.
Na infância, o pai da cantora baiana Margareth Menzes comprava discos de Luiz Gonzaga e, nos dias de festa de São João, colocava a caixa de som na janela para todos ouvirem os sucessos do Rei do Baião. “Luiz Gonzaga é um dos esteios da MPB, ele e os contemporâneos dele literalmente pariram a Música Popular Brasileira. Ele conseguiu sair do Nordeste e ser conhecido no mundo inteiro cantando a terra dele”, admira Margareth.
Para a paraibana Elba Ramalho, a obra do Rei do Baião traz a essência da alma do Nordeste, traduzida em temas ainda recorrentes, como a relação do povo com o clima, marcado tanto pela seca e quanto pela chuva. “Ele é o maior ícone da nossa música. Ele era um compositor muito versátil. Eu lembro que peguei um violão e fui mostrar uma valsa que aprendi com meu pai, chamada 'Dúvidas'. Fui toda orgulhosa, toquei e aí ele virou para mim e contou que a música era dele”, lembra Elba.
Mais do que um compositor fantástico, a cantora ainda o vê como uma pessoa como poucas. “Gonzaga esteve comigo no dia mais importante da minha vida. Era 25 de junho de 1987. Ele me ligou para almoçar na casa da minha irmã, como já era tradição da gente. Eram 18h, quando minha bolsa estourou e ele me levou para o hospital. Eu lembro que ele segurou na cabeça do meu filho e o abençoou, foi um momento muito emocionante”, recorda Elba.
Waldonys agrade a Gonzaga carreira musical. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Waldonys agradece a Gonzaga a carreira musical.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Sanfoneiro desde a infância, Waldonys atribui o caminho trilhado na música ao Rei do Baião, que o tirou de Fortaleza e levou para tocar no eixo Rio-São Paulo. “Aprendi muito com ele. A música de Gonzaga é atemporal. A história da seca retratada por ele ainda está aí. As dores do povo são as mesmas. 'Olha pro céu meu amor' é um hino do Nordeste, do São João, do legado que ele deixou para todos nós defendermos”, acredita o instrumentista.
Tendo convivido com Gonzaga quase como um filho e gravado dois discos, o cearense Raimundo Fagner vê no Rei do Baião a referência maior do São João no Nordeste. “A música de Gonzaga vai permanecer para sempre. Quando acabam os modismos, sempre tem Luiz Gonzaga na manga para se tocar. Eu tive uma relação de muita cumplicidade com ele, eu o adorava”, diz, com carinho, Fagner.
Conviver como filho de Gonzaga foi uma das coisas que mais marcou Fagner. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Conviver com Gonzaga como filho foi o que mais
marcou Fagner. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Conhecedor da obra de Gonzaga, Fagner lembra também da importância dos parceiros de composição do pernambucano de Exu. “Zé Dantas e Humberto Teixeira tinham consciência da situação do Nordeste e fizeram Gonzaga trilhar esse caminho, ao invés de ser só mais um tocador de sanfona. Pediram para ele ir buscar as coisas dele do Sertão, por isso é bom se atribuir aos três esse legado”, defende o cantor.
É o legado de Zé Dantas, o médico que compôs músicas como ‘Xote das Meninas’ e ‘Sabiá’, que a neta e cantora Marina Elali pretende manter. “Eu faço essas músicas do meu jeito. Em todos os meus shows, eu o homenageio, desde que eu era criança, em Natal. Sempre que posso, falo dele. Agora, estou trabalhando em um DVD em homenagem a Gonzaga e a vovô, a releitura da obra deles”, adianta Marina.
Foi interpretando as músicas de Gonzaga e de seus parceiros que os pernambucanos do Quinteto Violado definiram sua sonoridade. “Nosso encontro, logo no início da carreira, com Luiz Gonzaga foi muito importante. Fizemos o circuito universitário, viajando o interior de São Paulo, com ele e Dominguinhos. Aprendemos muito com eles”, conta Marcelo Melo, um dos fundadores do grupo.
Quinteto Violado definiu sua sonoridade a partir de obra do Rei do Baião. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Quinteto Violado definiu sua sonoridade a partir da
obra do Rei do Baião. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Porém, uma das maiores lembranças do Rei do Baião foi uma viagem de carro do Recifeaté Natal. “Ele me contou a vida toda dele, os problemas que passava. Foi uma pena que não tinha um gravador. Ele fez um verdadeiro desabafo, foi um momento indescritível. Luiz Gonzaga era uma dessas pessoas predestinadas”, acredita Marcelo..
Vinda do Maranhão, onde o São João é bumba meu boi, tambor de crioula, além do forró e quadrilha, Alcione mostrou que não é só de samba que entende. “A gente já cresceu ouvindo Luiz Gonzaga. Ele foi uma das vozes do Nordeste e ainda era um pacificador. Eu o admiro muito por ter conseguido pacificar Exu, onde tinha briga de família. Ninguém era mais simpático que Gonzaga”, conta a Marrom.
Clemilda no palco com Cezzinha. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Clemilda no palco com Cezzinha.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Aos 75 anos, a cantora e compositora alagoana Clemilda se lembra com carinho de quando conviveu com Luiz Gonzaga, os dois morando no Rio de Janeiro. Quem a vê no palco, cantando as músicas que marcaram seus mais de 40 anos de carreira e também as canções do Rei do Baião, não imagina que ela precisou de ajuda para subir ali. “Todo forrozeiro que se preze tem que cantar música de Gonzaga. Ele tinha um jeito bem caipira, sertanejo mesmo, a gente almoçava junto vez por outra. A música dele é como ele, imortal”, acredita a cantora.
Assim como todo forrozeiro tem que tocar Gonzaga, todos eles acabam se conhecendo, de um jeito ou de outro. “Uma das primeiras músicas que aprendi a tocar foi 'Saudade Propiá', que Clemilda gravou. Eu aprendi a tocar com músicas dela e hoje estou aqui, com ela. Cresci ouvindo ela, Gonzaga, Marinês... E tive a honra de tocar com eles”, conta o sanfoneiro Genaro.
Do Rei do Baião, a lembrança mais marcante para o músico vem de um show em Barro, no Ceará. Na época, Genaro fazia parte do Trio Nordestino e ia em uma caminhote F1000, enviada pelo ‘dono da festa’. Gonzaga logo perguntou por que tinham deixado o banco da frente para ele. “Explicamos que tínhamos deixado o lugar para ele ir mais confortável. Gonzaga era muito esperto, muito vivo. Tinha o pensamento muito rápido. 'Vocês esquecem que quem vai na frente, abre a porteira', disse ele. Então a gente disse que abriria as porteiras”, lembra, bem humorado.
João Claudio contribuiu para clima descontraído. (Foto: Katherine Coutinho/G1)João Cláudio contribuiu para clima descontraído.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Quem também contribuiu com o clima descontraído do programa foi o humorista piauiense João Cláudio, de Piripiri. “Esse programa é uma grande reunião de amigos. Eu me lembro da Marina [Elali] ainda criança! Fazia muito tempo que não via o Gennaro. Fiquei até surpreso de ter sido convidado, eu não sou famoso nem onde eu nasci”, diz João Cláudio - ele exemplifica a falta de fama com uma história sobre um grupo de amigos que, vindo de São Paulo, chegou procurando por ele em Piripiri, mas ninguém sabia informar onde o músico morava.
Com um dom para imitar as pessoas, João Cláudio faz o Rei do Baião parecer vivo no palco do São João do Nordeste. Basta fechar os olhos, porque até a voz é parecida. “Onde quer que Luiz Gonzaga esteja, deve estar muito feliz. Na verdade, ele nunca esteve tão vivo quanto agora. Foi ele quem deu o modelo de festa que conhecemos, padronizou a melodia que hoje a gente chama de forró”, defende o humorista.
Mais do que padronizar uma melodia, Gonzaga deixou os moldes de uma ‘família’ para os músicos que seguem seus passos. “Forró é parceria, é um lutando pela causa do outro. Gonzaga é uma inspiração para todos os brasileiros que querem cantar a alma e a cultura do povo. A obra é grandiosa, mas simples, daquelas que tocam o coração das pessoas”, finaliza o sanfoneiro pernambucano Cezzinha Thomaz, um dos mais promissores músicos nascidos e criados no rastro da sanfona de Gonzagão.

São João salgado: com a seca no Estado, milho e amendoim dobram de preço


Estiagem frustra safras baianas e produtos estão vindo de fora. A pouca oferta fez os preços desses alimentos dispararem.



O milho e o amendoim dobraram de preço. E os outros produtos típicos do São João acompanharam a alta: massa para fazer o bolo de carimã, o aipim e a laranja também subiram. Com a seca que assola a Bahia, o produtor não conseguiu atender a demanda da época e a pouca oferta fez os preços desses alimentos dispararem.

Quem tem milho e amendoim para vender está trazendo o produto de fora. O milho está vindo do Ceará, de São Paulo e parte de Juazeiro, que tem parte de sua produção irrigada.
Já o amendoim está vindo de Alagoas e de cidades espalhadas na Bahia que atendem um pouco da demanda, com Santo Antônio de Jesus e São Felipe. “Se o produtor antes vendia de 10 e 15 sacas, este ano ele negocia duas sacas para a gente”, conta Glauco (apelido), que trabalha na Feira de São Joaquim.

Com a seca no Estado, o galão do amendoim está custando até R$ 18 na Sete Portas. Milho também subiu

A alta do preço também se traduz em poucos vendas para os feirantes. “Se você vinhesse aqui no ano passado, eu não ia parar para falar com você de tanto cliente que tinha atender. Agora, está assim. Sem ninguém”, conta Jaci Fernandes, feirante da Sete Portas.

O amendoim, com 3,5 litros, que Jaci vendia no ano passado por R$ 6, este ano sai por R$ 12. Tem galão (com oito litros) sendo vendido por até R$ 18. Já o milho, que ela chegou a vender em 2011 a três por R$ 2 está por R$ 1 a espiga. Para a feirante Debora Barros é bom o cliente se apressar, pois o milho pode chegar a R$ 1,50, com a proximidade do São João. “Já o amendoim, acredito que não tem como subir mais”.

Fonte: Pesquisa realizada nesta sexta-feira (15) pelo Jornal CORREIO

Bolos
A mesma alta foi sentida pelo feirante Pedro da Paixão, que trabalha há 11 anos na Feira de São Joaquim. “No ano passado, vendia a massa de bolo de carimã e de aipim por R$ 1,50. Este ano, está R$ 2,50 e por R$ 3”, diz.
Apesar dos feirantes serem unânimes sobre a queda do movimento, chegando a estimar até 80% menos de procura, o consumidor que vai comprar já preparou o bolso e sabe que a alta é por causa da seca que prejudicou a produção.
A dona de casa, Jocimar Barbosa, aproveitou a tarde de ontem para levar o milho, o amendoim, a laranja e a massa de carimã. “Os preços estão mais ou menos. Mas o que a gente pode fazer é levar um pouco de cada coisa”, conta.
O comerciário Humberto Santana também acha que os preços estão caros, mas conta sua filosofia: “o negócio é comer”. Em contrapartida, Santana elogia a qualidade do produto. “Este milho vindo de São Paulo, está de qualidade”, diz o cliente na Sete Portas.
Já quem preferir comprar no supermercado deve ficar atento a forma de tabelar os alimentos. O milho é vendido em bandejas, o amendoim e o jenipapo por quilo. Agora, é tempo de pular essa fogueira!

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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