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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Todos os senadores de Sergipe votaram a favor do impeachment


Do G1 SE

placar, votação, senado, impeachment, presidente, dilma rousseff (Foto: Reprodução/TV Senado)Senado aprovou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/TV Senado)
Todos os senadores de Sergipe votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. Eduardo Amorim (PSC), Antonio Carlos Valadares (PSB) e Maria do Carmo Alves (DEM) também fizeram os seus pronunciamentos e apoiaram a continuidade do processo (assista aos vídeos abaixo).
plenário do Senado Federal aprovou às 6h34 desta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a favor e 22 contra. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias. O vice-presidente Michel Temer deve assumir com o afastamento de Dilma.
No total, 71 senadores de todo o país se inscreveram para discursar na sessão iniciada na manhã de quarta-feira (11) e que durou mais de 20 horas. De acordo com o regimento do Senado, cada um teve o direito de se pronunciar por, no máximo, 15 minutos, por ordem de inscrição.
Depois dos discursos dos senadores, o relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, também se pronunciaram. Confira trechos dos discursos dos senadores durante a sessão:
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) (Foto: Moreira Mariz / Agência Senado)Senador Eduardo Amorim (PSC-SE) (Foto: Moreira Mariz / Agência Senado)
Eduardo Amorim (PSC-SE) - a favor
"Os crimes de responsabilidades praticados pela presidente Dilma Rousseff trouxeram as piores consequências para o país e para o povo brasileiro. O país está quebrado, está sem credibilidade e foi rebaixado inúmeras vezes pelas principais agências de classificação de risco. Mais do que isso, a população brasileira, sobretudo os mais humildes está sofrendo o descaso do Estado brasileiro."Veja vídeo
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Senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, fala na tribuna (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)Senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, fala na tribuna (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) - a favor
"A crise decorre, fundamentalmente, da desorganização do nosso sistema político." "O governo vai entregar pior o país do que recebeu. Estaremos piores na logístina, na relação externa com o resto do mundo. Governo que deixou a inflação voltar". Veja vídeo
A senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) discursa na sessão da votação do processo de impeachment da presidente Dilma no Senado, em Brasília (Foto: Beto Barata/Agência Senado)A senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) discursa na sessão da votação do processo de impeachment da presidente Dilma no Senado, em Brasília (Foto: Beto Barata/Agência Senado)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE) - a favor
"A fala de governabilidade, de grave crise econômica, atingiu a classe trabalhadora brasileira e hoje mais de 11 milhões de desempregados não sabem como voltar pra casa sem o sustento de sua familia. Estamos aqui para corrigir os erros constitucionais do nosso governo." Veja vídeo

Articulador discreto, Temer domina engrenagens do Congresso Nacional

A presidente Dilma Rousseff conversa com o vice-presidente Michel Temer enquanto eles aguardam a chegada da chanceler alemã Angela Merkel para um jantar no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Fabiano CostaDo G1, em Brasília


Caçula de oito filhos de uma família de imigrantes libaneses, Michel Miguel Elias Temer Lulia, 75 anos, chega ao comando do Palácio do Planalto no clímax de uma carreira política de 35 anos pavimentada na máquina partidária peemedebista.
Substituto de Dilma Rousseff durante o período de afastamento da presidente, o vice é reconhecido, por aliados e adversários, como um articulador político de bastidores que domina as engrenagens do Congresso Nacional e da federação de interesses regionais do PMDB.
Presidente nacional do partido há 15 anos, o jurista Michel Temer se elegeu vice-presidente da República, pela primeira vez, em 2010, ao lado de Dilma. À época, além de comandar o PMDB, ele presidia a Câmara dos Deputados, pela terceira vez em 13 anos.
Respaldado pelo poder que acumulava no Legislativo e na cúpula partidária, Temer impôs ao PT o próprio nome para a vaga de vice como condição para o PMDB apoiar a candidatura da afilhada política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Inicialmente, Lula resistiu e tentou obter uma lista tríplice de peemedebistas para escolher quem entraria na corrida eleitoral ao lado da candidata. Temer negou.
Embora exibisse significativa força política como presidente do maior partido do país e da Câmara dos Deputados, Michel Temer vinha de uma eleição apertada para o parlamento.
Em 2006, ao se reeleger para o quarto mandato consecutivo de deputado federal por São Paulo, não conseguiu contar apenas com os próprios votos para se manter no Legislativo.
Na ocasião, obteve 99.046 votos, menos da metade dos 252.229 votos que somou na eleição de 2002. Mas mesmo com a significativa queda de rendimento nas urnas, o peemedebista conseguiu se reeleger "puxado" pelo conjunto dos votos dos demais integrantes da coligação do PMDB.
Apesar do receio que tinha em relação ao perfil de Temer, Lula não podia abrir mão do tempo de rádio e TV dos peemedebistas na eleição em que tentaria fazer a ex-ministra da Casa Civil sua sucessora no Palácio do Planalto. Além disso, ele sabia que Dilma precisaria do apoio do PMDB no Congresso Nacional para garantir a governabilidade.
Janeiro/2015 - A presidente Dilma Rousseff recebe a faixa de presidente ao lado do vice-presidente Michel Temer durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Dilma Rousseff recebe a faixa de presidente, em janeiro de 2015, ao lado do vice-presidente Michel Temer durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Com a bênção de Lula, o casamento político entre Dilma e Temer foi consumado. A aliança acabou bem sucedida nas urnas, com a dupla derrotando José Serra (PSDB-SP) no segundo turno da eleição de 2010.
No primeiro mandato de Dilma, Temer teve um papel discreto. Fez questão de manter uma relação protocolar com a chefe do Executivo, sempre chamando-a de “senhora presidente”.
Nas ocasiões em que substituiu a petista na Presidência por motivos de viagens, fazia questão de despachar do próprio gabinete, no anexo do Palácio do Planalto, onde fica a estrutura da Vice-Presidência.
No anexo, Temer passou os primeiros quatro anos de mandato recebendo uma romaria de peemedebistas insatisfeitos com o dote que o partido havia recebido na Esplanada dos Ministérios – a legenda ocupou cinco pastas no primeiro mandato de Dilma – e com o suposta exclusão do PMDB nas decisões do governo.
À época, ele ouvia atentamente a todas as queixas dos colegas de partido, mas nunca esboçava qualquer intenção de deflagrar um motim contra a presidente.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assiste a votação do processo de impeachment no Palácio do Jaburu, sua residência oficial em Brasília (Foto: Divulgação/Reuters)Em 17 de abril, vice-presidente assistiu à votação do processo de impeachment na Câmara com aliados no Palácio do Jaburu, sua residência oficial em Brasília (Foto: Divulgação/Reuters)
Reeleição e rompimento
Em 2014, o casamento político de Dilma e Temer foi reeditado. E ao final de uma campanha presidencial intensamente disputada e agressiva, os dois se reelegeram no segundo turno, derrotando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por uma diferença de cerca de 3,4 milhões de votos.
Na segunda fase do governo Dilma, em meio aos apuros da presidente com a Câmara dos Deputados presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer foi convidado, em abril do ano passado, a assumir a articulação política do Planalto.
Ele deixou o papel de vice figurativo e entrou oficialmente nas negociações de cargos e emendas com o "varejo" do Legislativo, apoiado pelo então ministro da Aviação, Eliseu Padilha, um especialista no mapeamento de intenções de voto na Câmara.
Entre derrotas, vitórias e “pautas-bomba” no Congresso, a dupla Temer-Padilha conseguiu aprovar a base do pacote de meta fiscal do então ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Porém, quatro meses depois de se tornar o articulador político do governo, Temer abandonou o posto, reclamando de ter sido sabotado por ministros petistas nas negociações com deputados e senadores.
A presidente Dilma Rousseff conversa com o vice-presidente Michel Temer enquanto eles aguardam a chegada da chanceler alemã Angela Merkel para um jantar no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Na foto, Dilma conversa com o vice enquanto aguardam a chegada da chanceler alemã Angela Merkel para um jantar no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Dali em diante, a relação com Dilma, que era protocolar, se tornou ainda mais distante e fria.
Em 7 de dezembro, cinco dias após Eduardo Cunha ter acolhido o pedido de impeachment da presidente da República, Temer surpreendeu o país com uma carta enviada a Dilma na qual se ressentia do tratamento que havia recebido ao longo dos cinco anos de governo e reclamando, inclusive, de uma suposta tentativa de desvalorizá-lo, por meio da demissão de aliados próximos.
O episódio azedou de vez a relação entre Dilma e Temer. No final de março, com o aval e a articulação do vice-presidente da República, o PMDB aprovou, por unanimidade, o rompimento com o governo federal, oficializando o divórcio político.
A saída oficial do PMDB, principal sócio do PT no governo, escancarou a guerra política entre os dois partidos.
Michel Temer, então, saiu em busca de votos favoráveis ao impeachment e conseguiu atrair para o seu flanco os principais partidos da oposição e ainda as legendas do chamado "centrão", que, até então, ainda se mantinham na frágil base aliada de Dilma.
Na tentativa de neutralizar o novo adversário político, a presidente passou a acusá-lo, no Brasil e no exterior, de "golpista" e "traidor".
Temer evitou o confronto público, mas manteve as articulações de bastidores para assegurar a instauração do impeachment.
Transformado em bunker político do vice, o Palácio do Jaburu se tornou ponto de procissão de adversários de Dilma e de políticos cotados para integrar o ministério de Temer.
Lava Jato
A operação que investiga o esquema de corrupção que atuava na Petrobras também bateu às portas de Michel Temer.
Em sua delação premiada, o ex-líder do governo e senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) relatou ao Ministério Públicoo suposto envolvimento de Temer em um esquema de compra superfaturada de etanol na BR Distribuidora, subsidiária de combustíveis da estatal do petróleo.
De acordo com Delcídio, as supostas irregularidades teriam ocorrido entre 1997 e 2001, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ainda segundo o senador cassado, o operador do esquema seria João Augusto Rezende Henriques, ex-diretor da BR Distribuidora que fez, em 2011, depósitos apontados pela Lava Jato como propina para o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Delcídio afirmou aos procuradores da República que Henriques havia sido “apadrinhado" por Temer no esquema de compra ilícita de etanol que teria ocorrido durante a gestão FHC.
À época em que a denúncia do ex-líder do governo veio à tona, Temer afirmou, por meio de nota, que refutava as “insinuações” de Delcídio. 
"Não conhecia Henriques e não o poderia ter indicado. Muito menos, ter participado de suposto esquema do etanol, do qual só tomo ciência agora. Reitero que o conheci anos depois. Mantive com ele alguns poucos contatos. Repito, portanto, que jamais o apadrinhei e ele jamais solicitou esse apadrinhamento”, escreveu Temer na ocasião em um comunicado divulgado à imprensa.
Em abril, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou, a pedido da Procuradoria Geral da República, a inclusão, no maior inquérito em tramitação na Corte para investigar o esquema de corrupção que agia na Petrobras, os trechos da delação premiada de Delcídio nos quais Michel Temer é citado.
A inclusão desse trecho no processo não torna Temer investigado no caso, mas acrescenta informações no inquérito destinado a revelar como funcionava a "organização criminosa" que desviava recursos da Petrobras em benefício de partidos e políticos.
Michel Temer, na época secretário de segurança pública do estado de São Paulo, é visto ao lado do escritor e jornalista investigativo Percival de Souza em São Paulo, em 1985 (Foto: Joveci C. de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo)Michel Temer, em 1985, ao lado do escritor e jornalista investigativo Percival de Souza. À época, o peemedebista comandava a Secretaria de Segurança de São Paulo (Foto: Joveci C. de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Ingresso na política
Michel Temer nasceu em 1940, no município paulista de Tietê, a 167 quilômetros da capital. Dezesseis anos antes, seus pais March e Miguel Elias, cristãos maronitas, haviam deixado para trás o vilarejo de Btaaboura, no norte do Líbano, com três filhos a tiracolo.
Atualmente, o vice-presidente dá nome a uma rua na entrada da cidade dos antepassados e vai batizar uma praça.

Temer estudou direito na Universidade de São Paulo (USP) na transição das décadas de 1950 e 1960, mas não se envolveu com a efervescência estudantil de esquerda que marcou o conturbado mandato do então presidente João Goulart. Ele, ao contrário, fazia parte de um grupo de estudantes que seguia o pensamento liberal.
Em meio ao curso de graduação, chegou a flertar com a política estudantil, elegendo-se segundo-tesoureiro do centro acadêmico da faculdade. Ele até aspirou um voo mais alto, como presidente do centro acadêmico, mas saiu derrotado da disputa eleitoral.
 
O peemedebista se formou em direito em 1964, ano em que os militares depuseram Jango. Recém-graduado, montou uma banca de advocacia com três ex-colegas da USP. Quatro anos mais tarde, retornou para a academia para lecionar direito constitucional na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Até os 28 anos, Temer escreveu quatro livros de direito. O livro “Elementos de Direito Constitucional” é, até hoje, referência nas salas de aula de faculdades de direito.

Na época em que deu aulas na PUC-SP, teve contato com o professor André Franco Montoro, que, na ocasião, já era um político experiente, com passagem pela Câmara e pela Esplanada dos Ministérios.
Quando Montoro se elegeu governador de São Paulo no início dos anos 80, a amizade dos tempos da academia abriu para Temer as portas da vida política. Em 1981, ele ingressou no PMDB, herdeiro do oposicionista MDB da época da ditadura.

Fazia pouco mais de uma década que havia sido aprovado no concurso para procurador do estado quando, em 1983, foi convidado por Montoro para assumir o comando da Procuradoria-Geral de São Paulo.

Em meio a uma profunda crise entre as polícias civil e militar, Temer foi deslocado pelo governador para a chefia da Secretaria de Segurança, cargo que viria a ocupar outras duas vezes na carreira. Ali, em meio ao fogo cruzado das polícias paulistas, ensaiou pela primeira vez o papel de articulador político.
Primeiro, apaziguou o entrevero entre delegados e oficiais da PM. Depois, chamou a atenção de Montoro ao conseguir convencer, por meio de uma conversa, centenas de estudantes a desocuparem o prédio da reitoria da USP, evitando que o Batalhão de Choque tivesse de invadir o local.
Cartaz da campanha de Michel Temer a deputado federal em 1986 (Foto: Reprodução)Cartaz da campanha de Michel Temer a deputado
federal em 1986 (Foto: Reprodução)
Ascensão em Brasília
Em 1986, Temer tentou a sorte nas urnas pela primeira vez para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Terminou a corrida eleitoral apenas como suplente, mas, dois anos mais tarde, debutava no Salão Verde da Câmara como deputado constituinte substituindo Antônio Tidei de Lima, que havia assumido o comando da Secretaria de Agricultura paulista.
À sombra de líderes históricos do antigo MDB, como Ulysses Guimarães e Fernando Henrique Cardoso, o então calouro da Câmara conseguiu aprovar o artigo 133 da Constituição, que assegura a inviolabilidade dos advogados por atos e manifestações cometidos no exercício da profissão.

No final da década de 1980, quando FHC, Serra e Mário Covas se desligaram do PMDB para fundar o PSDB após romperem com Orestes Quércia, Temer optou por ficar nas fileiras peemedebistas, aproveitando a abertura de espaço gerada pela debandada de caciques históricos da legenda.
A decisão se mostrou acertada nos anos que se sucederam. Pegando carona no vácuo de lideranças, Michel Temer ascendeu rapidamente na estrutura peemedebista. Eleito para a Câmara com 70.969 votos na eleição de 1994, ele conseguiu, já no ano seguinte, ser escolhido pelos colegas para a vaga de líder do partido.
Temer se sentiu à vontade nos carpetes verdes da Câmara. Lá, se especializou nas negociações de bastidores e nas articulações políticas.
O então presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer é visto de mãos dadas com Antônio Carlos Magalhães durante confraternização de natal no Congresso Nacional, em Brasília, em dezembro de 1998 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Arquivo)Na primeira vez que comandou a Câmara dos Deputados, no final da década de 1998, Temer teve duros embates públicos com o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Em 1997, ele disputou pela primeira vez a presidência da Câmara. Com o apoio do então PFL (atual DEM), conseguiu se eleger derrotando um candidato tucano. No comando da casa legislativa, se tornou um fiel aliado do governo FHC. Dois anos mais tarde, candidato único, reelegeu-se presidente da Câmara, posto que voltaria a ocupar novamente em 2009.
A rápida ascensão de Temer gerou atrito com outras lideranças políticas do Congresso. Nos quatro anos consecutivos em que presidiu a Câmara no final dos anos 90, ele protagonizou duros embates públicos com o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (antigo PFL-BA), que morreu em 2007.
Mais tarde, seu principal rival político seria outro presidente do Senado, o colega de partido Renan Calheiros (PMDB-AL). Até hoje, os dois rivalizam espaço dentro do PMDB.
Janeiro/2015 - Michel Temer é visto ao lado de sua mulher, Marcela Temer, e da presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de posse da presidência no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: José Cruz/Agência Brasil)Marcela Temer (à direita) fez raras aparições públicas desde que o marido foi eleito vice-presidente da República. Na foto, cerimônia de posse de Dilma e Temer em janeiro de 2015  (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Vida pessoal discreta
Discreto, formal e cerimonioso, Michel Temer tem obsessão em preservar a família de sua vida pública. Ele está em seu terceiro casamento e tem cinco filhos.
A atual mulher, Marcela Temer, é 42 anos mais jovem do que ele. Os dois se conheceram quando ela tinha 18 anos e ele, 60. Temer tem um filho com Marcela: Michelzinho, de 7 anos.
Do primeiro casamento, com Maria Célia, o presidente em exercício teve três filhas: Maristela, Luciana e Clarissa. Temer tem também um filho que nasceu de um relacionamento com uma namorada, em Brasília.
Auxiliares próximos do presidente em exercício contam que ele fala pouquíssimo sobre a família no ambiente de trabalho. Desde que ele assumiu a Vice-Presidência, em 2011, Marcela fez raríssimas aparições públicas.
Ainda que Temer passe a maior parte da semana em Brasília, a mulher e o filho mais novo continuaram vivendo em São Paulo. Ele, no entanto, costuma viajar nos finais de semana para a capital paulista a fim de ficar com a família.
Temer costuma usar as horas de folga e as viagens de avião para ler. Segundo interlocutores, é um leitor contumaz.
Pessoas que trabalham diretamente com o presidente em exercício o definem como um "gentleman" no trato pessoal com os subordinados, mas ressaltam que é extremamente detalhista, a ponto de corrigir, pessoalmente, até mesmo as vírgulas dos textos de auxiliares. Também cultiva, entre pessoas próximas, a fama de pão-duro.
Aos 75 anos, procura fazer caminhadas matinais de cerca de meia hora para manter a saúde. Em regra, faz os exercícios físicos acompanhado de sua equipe de seguranças e de um ajudante de ordens, que fica responsável por atender ao celular enquanto ele está praticando as caminhadas.
Marcela Temer, mulher do vice-presidente Michel Temer, chega ao Palácio do Jaburu no dia da votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)Mulher do vice-presidente Michel Temer desembarcou em Brasília nesta quarta-feira (11) e foi direto para o Palácio do Jaburu no dia da votação do processo de impeachment de Dilma no Senado (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)

Senadores votam pelo afastamento da presidente Dilma

CORREIO DA BAHIA
com agência (redacao@correio24horas.com.br)

O Senado decidiu nesta quinta-feira (12) pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff. Por 55 votos a 22, os senadores concluíram que Dilma deve ser afastada do cargo para que se dê prosseguimento ao processo de impeachment.
O afastamento tem prazo de 180 dias, para, então, votar novamente e decidir se ela deve sofrer impeachment. O parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) era favorável à continuidade do processo, entendendo que há vários indícios de que Dilma praticou crime de responsabilidade.
O parecer da votação foi proclamado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), às 6h33. Logo após a votação, ele anunciou uma reunião para às 16h. Ao logo do dia a presidente Dilma será notificada do afastamento e, em seguida, o vice-presidente Michel Temer também será notificado para assumir a presidência da república interinamente.
Para o afastamento de Dilma, era necessário voto da maioria simples dos senadores presentes. Já para o impeachment, é preciso voto de 2/3 dos senadores. Se considerada culpada, a presidente é afastada de modo definitivo. Se absolvida, reassume imediatamente sua posição. A presidente terá oportunidade de oferecer sua defesa.
(Foto: ABr)
A decisão será pública no Diário do Senado desta quinta-feira (12) e somente após isso o primeiro-secretário Vicentinho Alves (PR-TO) levará a notificação à presidente. O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que não havia necessidade de nenhuma cerimônia especial para a posse, já que Temer prestou juramento à Constituição junto com Dilma, em 1º de janeiro de 2015, quando ela assumiu.
A assessoria da Presidência informou que Dilma Rousseff falará com a imprensa às 10h desta quinta, no Planalto. Ela também gravou um vídeo nesta quarta já comentando a decisão pelo seu afastamento. Depois da fala de Dilma, o vídeo será divulgado nas redes sociais. A decisão de escolher as redes sociais e não convocar cadeia de rádio e TV repete uma estratégia já utilizada pela presidente. Segundo interlocutores, Dilma foi aconselhada pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, a não usar as rádios e televisões para evitar possíveis questionamentos jurídicos. Além disso, segundo interlocutores, no formato de vídeo pelas redes sociais, Dilma “terá mais liberdade” para fazer críticas a seus opositores. 
Sessão invadiu madrugadaA expectativa de Renan Calheiros era de concluir a votação até as 22h desta quarta, mas foi frustrada pela falta de um acordo para encurtar os discursos dos senadores. Com 70 inscritos para falar e tempo de 15 minutos máximo para cada, era impossível a sessão não invadir a madrugada. No total, foram 21 horas de sessão.
Em plenário, o líder do DEM na Casa, Ronaldo Caiado (GO), disse que Teori deixou claro na sua decisão que cabe ao Senado o papel de tribunal de “instância definitiva” e o processo corre dentro da lei. “É o cala-boca definitivo”, afirmou o oposicionista. Para o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a posição era esperada porque os ministros do STF já haviam dito que o assunto era do Congresso. A aposta de aliados de Dilma agora é anular o pedido na análise do mérito.
Conjunto da obra 
Durante a sessão, os senadores que se manifestaram favoráveis à abertura do processo contra Dilma citaram muito mais que as irregularidades que embasam o pedido de afastamento. Não só as pedaladas fiscais e a assinatura de decretos orçamentários em 2015, mas “o conjunto da obra” serviu de argumento na tribuna. Houve quem evocasse o abuso no emprego de recursos do BNDES, o superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena (EUA), o enfraquecimento político do governo, o retrocesso na economia, a pressão das ruas e a corrupção generalizada.
Magno Malta (PR-ES)  mencionou o “conjunto da obra” e comparou o país a um paciente febril. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que a marca dos governos populistas é que sempre agem com irresponsabilidade e quando fracassam usam o discurso de “nós e eles”. Derrotado por Dilma em 2014, ele elogiou o parecer do aliado Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao afastamento. “Foi a irresponsabilidade da presidente da República e do governo que está fazendo brasileiros voltarem às classes D e E”, criticou.
O impeachment teve o apoio de senadores que integraram o primeiro escalão dos governos petistas desde 2003. Os aliados do passado fizeram discursos vacinados contra questionamentos de incoerência ideológica. Um deles foi Cristovam Buarque (PPS-DF), demitido por Lula em 2004. “Por incrível que pareça, voto pela admissibilidade. Não fui eu que mudei, foi a esquerda que envelheceu. A esquerda que está há 13 anos no poder, o que demonstra um desapego à democracia, manipulando, cooptando, criando narrativas em vez de análises, com a preferência pelo assistencialismo em vez de uma preferência pela transformação social.”
O senador Roberto Requião (PR), peemedebista, a favor da manutenção de Dilma, disse que o impeachment é uma “monumental asneira”. E criticou o vice. “Meu amigo Michel Temer assume suportado por série de ideias da 'Ponte para o Futuro' e reveladas em entrevistas por auxiliares que são as da utopia neoliberal com corte de gastos, a mesma proposta que fracassou em outros Países”, afirmou.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Grade cede, e torcedores do São Paulo caem no fosso do Morumbi

Por São Paulo


São Paulo Atlético Libertadores grade (Foto: Marcelo Prado)Acidente ocorreu na comemoração do gol marcado por Michel Bastos (Foto: Marcelo Prado)
Uma grade no setor térreo do Morumbi cedeu no momento da comemoração do gol do São Paulo e provocou a queda de vários torcedores no fosso do estádio. O duelo contra o Atlético-MG, válido pelas quartas de final da Taça Libertadores da América, foi imediatamente paralisado, aos 35 minutos do segundo tempo. 
O atendimento aos torcedores foi rápido. Policiais ajudaram a carregar alguns feridos. Uma ambulância também se dirigiu ao gramado para prestar os primeiros socorros. Após cinco minutos, o árbitro Wilmar Roldán recomeçou a partida. 
Com a bola rolando, médicos e policiais seguiram atendendo os feridos. Uma segunda ambulância foi utilizada. Um menino, com um corte no rosto, recebeu os cuidados médicos no ambulatório do Morumbi. 
São Paulo Atlético Libertadores grade (Foto: Marcelo Prado)Ambulância entrou no gramado para os primeiros socorros aos torcedores (Foto: Marcelo Prado)

Em março, a produção de Petróleo ultrapassou 1 milhão de barris em Sergipe

Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostrou que a produção de petróleo no estado, em março de 2016, foi superior a 1 milhão de barris equivalentes de petróleo (BEP), ficando 6,3% acima da produção do mês anterior, fevereiro último. Já no comparativo anual (março/2015), houve recuo de 13,9% na produção.
No primeiro trimestre de 2016 a produção ficou em 2,9 milhões de bep, um recuo de 13,7% em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, quando o mesmo atingiu um montante de 3,4 milhões de bep.
Em março, a produção de Petróleo ultrapassou 1 milhão de barris em Sergipe. (Foto: Reprodução/ANP)
Em março, a produção de Petróleo ultrapassou 1 milhão de barris em Sergipe. (Foto: Reprodução/ANP)
Foram produzidos mais de 242,5 mil bep em mar, um aumento de 4,6% em comparação com o mês imediatamente anterior, fevereiro de 2016, já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 25,1%. A produção em mar respondeu por 24% da produção total. Já a produção em terra, que responde pelos 76% restantes, foi de 761,4 mil bep, ficando 6,8% acima da produção do mês anterior (fevereiro/2016) e 9,6% menor que a do mês março de 2015.
Produção de Gás
A produção de gás natural totalizou, no primeiro trimestre do ano, 1,5 milhões de bep, recuando 8,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de março de 2016 a produção ultrapassou os 506 mil bep, mostrando um aumento de 2,5%, na comparação com o mês imediatamente anterior, fevereiro último. Porém, no comparativo anual, a produção de gás natural apresenta queda de 8,2%, em relação ao mesmo período de 2015.
A produção em Mar segue como a principal forma de exploração do gás natural em Sergipe, com uma produção superior aos 464 mil bep, responsável por 91,8% do total produzido no estado. Enquanto a produção terrestre ficou em 41,6 mil bep, o que representou apenas 8,2% da produção.

ACIDENTE GRAVE DEIXA UM FERIDO E UM MORTO EM NOVA SOURE-BA


Por volta das 23:00hs de domingo, 08, policiais militares de Nova Soure-BA, distante a 40 quilômetros de Ribeira do Pombal foram informados a respeito de um acidente automobilístico na BA 084, sendo que um dos ocupantes do veículo teria entrado em óbito ainda no local.
Os militares foram até o local indicado onde encontraram um veículo GM Corsa de cor branca, placa policial JNW 6374, com licença de Feira de Santana-BA. Com o impacto do acidente, o referido veículo se partiu ao meio, e ao lado de parte do que restou do veículo foi encontrado o corpo de Luciano Mamona Santos, que se encontrava sem os sinais vitais. De acordo com informações de testemunha, o outro ocupante que se identificou como Elisandro dos Santos Souza, e que teria afirmado ser ele o condutor do carro, foi socorrido até o Hospital Municipal da cidade.

Fonte: Pombal Alerta
Postagem: Brankinho Mendes  / ARILDO LEONE

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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