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terça-feira, 17 de julho de 2018

SERGIPE: PF investiga aplicação indevida de recursos públicos do esporte

PF investiga a aplicação indevida de crescimentos do esporte

Aracaju/SE – A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação Sete Metros, com o objetivo de apurar a associação criminosa entre gestores da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) e de empresas privadas para a prática de irregularidades na aplicação de R$ 6 milhões repassados pela União, através do Ministério do Esporte, para a realização do Campeonato Mundial de Handebol Feminino no Brasil, em 2011, durante o ciclo preparatório para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.
Policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em 6 cidades abrangendo os estados de Sergipe e São Paulo e no Distrito Federal.
As investigações demonstraram que a CBHb, sediada em Aracaju, recebeu e continua recebendo recursos federais com fundamento na Lei Agnelo Piva, repassados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para aplicação em ações voltadas para o desenvolvimento do handebol no país.
Contudo, os indícios até aqui reunidos apontam que, na aplicação dos valores recebidos, os envolvidos fraudaram licitações, subcontrataram pessoas físicas e jurídicas impedidas de contratar com a União, superfaturaram valores de bens e serviços adquiridos, realizaram pagamentos por serviços não prestados e por bens não entregues e falsificaram documentos nas prestações de contas, incorrendo, por isso, em diversos crimes.
A operação foi batizada de Sete Metros em alusão à penalidade máxima aplicada a quem comete faltas graves nos jogos de handebol.

Comunicação Social da Polícia Federal em Aracaju/SE
E-mail: cs.srse@dpf.gov.br

BAHIA: MP recomenda que prefeito anule nomeação de servidores por conta de nepotismo

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O Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Adriano Marques, recomendou hoje, dia 11, que o prefeito de Cruz das Almas anule, no prazo de 15 dias, a nomeação de todos os ocupantes de cargos políticos não eletivos, cargos em comissão e funções de confiança ou contratados temporariamente em desacordo com a súmula vinculante 13, do Supremo Tribunal Federal, que combate o nepotismo, ou que violem os princípios da administração pública, configurando nepotismo cruzado. De acordo com o promotor, a recomendação foi expedida com base em informações que dão conta da existência de pessoas nessa situação integrando os quadros da municipalidade.

O promotor de Justiça recomendou ainda que, a partir do recebimento da recomendação, não sejam nomeados novos servidores enquadrados na mesma situação, bem como que a Prefeitura passe a exigir que os nomeados assinem declaração de que não se enquadram nas vedações da súmula. Adriano Marques orienta o prefeito no sentido de que encaminhe, no prazo de 30 dias, projeto de lei à Câmara de Vereadores estabelecendo expressamente a proibição de nomeações semelhantes, bem como a obrigatoriedade da declaração dos nomeados. O PL deve proibir ainda a contratação por dispensa de licitação e a prestação de serviços por pessoas físicas ou pessoas jurídicas na qual haja integrante que esteja dentro das situações enunciadas na súmula vinculante 13.

Nepotismo e nepotismo cruzado

A súmula vinculante 13, do STF, enquadra na situação de nepotismo a nomeação de pessoas que sejam cônjuges, companheiros ou parentes por linha direta, colateral ou afinidade, até terceiro grau, da autoridade nomeante ou de outro servidor da mesma pessoa jurídica. O nepotismo cruzado é caracterizado quando a pessoa nomeada possui relação familiar com autoridades ou servidores de outra pessoa jurídica que tenham sido designados em reciprocidade a outras nomeações ou por força de troca de favores de qualquer natureza.

Início

segunda-feira, 9 de julho de 2018

10 dicas para escrever melhor

O terror de muitos estudantes é a redação dos vestibulares. Muitas vezes até as questões objetivas assustam pelo simples fato de não se sentirem seguros na hora de escrever. Mas, para isso, existem dicas que podem acabar com esse medo e fazer dos seus textos um sucesso. Confira:

1. Leia muito

Foto: © iStock.com / LuckyBusiness
Foto: © iStock.com / LuckyBusiness
Pode parecer clichê, mas essa é a dica mais infalível. Quem lê muito tem um bom vocabulário e aprende sem perceber regras de gramática. Leia textos de diversos tipos, desde revistas de entretenimento a livros técnicos, romances e clássicos da literatura. Variar os estilos também ajuda a ampliar o conhecimento literário. Além disso, quem lê bastante aprende coisas novas todos os dias, e para elaborar um bom texto é necessário estar informado e ter conteúdo.


2. Escreva sobre coisas que gosta

Uma maneira muito divertida e leve de exercitar a escrita é escrevendo sobre o que gosta. Seja sobre o seu dia-a-dia, sua banda preferida ou sua série de ficção favorita. Antes de partir para o treino das redações de vestibular ou tentar escrever um artigo científico, exercite a sua escrita descompromissadamente. O ato de escrever se aprimora como qualquer outra atividade: com bastante treino você escreverá cada vez melhor.

3. Escreva corretamente na internet

Nós sabemos que na internet o compromisso com a língua não é tão levado a sério, mas às vezes nos acostumamos a escrever de forma abreviada ou errada, e isso reflete na hora que vamos escrever. Escrever corretamente em qualquer situação faz com que isso se torne natural, reduzindo suas dúvidas e tornando a escrita algo prazeroso e simples.

4. Faça um blog ou diário

Como já disse na dica 3, escrever sobre coisas que gostamos facilita a atividade. Você pode criar um blog, para falar de coisas que gosta para outras pessoas, ou simplesmente escrever um diário, falando do seu dia a dia, do que fez, do que gostaria de fazer, são formas de exercitar a sua capacidade de escrita de forma descompromissada e divertida.

5. Seja objetivo

Um bom texto não tem enrolação, não “enche linguiça”. Fale diretamente o que você deseja, com conteúdo e apresentando as informações de forma clara. Não faça muitas citações, pois isso dá a entender que você não tem conteúdo a apresentar.

6. Não use palavras difíceis/rebuscadas

Um bom texto é simples. Palavras bonitas e completamente desconhecidas não agregam valor ao seu texto, e o tornam de difícil compreensão para qualquer leitor. O importante é ter um vocabulário amplo, saber várias palavras com o mesmo significado para evitar repetições, pois elas empobrecem o texto. Porém, precisam ser palavras utilizadas no dia-a-dia, que permitam que o seu texto deixe claro todo o conteúdo que possui.

7. Leia seus textos em voz alta

Às vezes os textos podem conter palavras repetidas ou cacofonias e rimas não intencionais. Lendo em voz alta você consegue ouvir todos estes possíveis erros e corrigi-los. Além disso, muitas vezes lendo o texto percebemos que podemos melhorar alguns pontos dele, e fica muito mais simples corrigir a acentuação.

8. Exercite a pontuação e acentuação

Um bom texto tem leitura fluida, e para isso a pontuação é crucial. Aprender a empregar a vírgula e os pontos ajuda muito na qualidade do seu texto. A acentuação também é de suma importância. Muitas palavras da nossa língua têm sentidos diferentes com e sem acento, por isso atenção redobrada nestes detalhes.

9. Evite exemplos em excesso

Como já dito anteriormente, a objetividade é a grande qualidade de um texto. Portanto, encher a sua redação com exemplos diversos torna a leitura cansativa e provoca dúvidas acerca do seu conhecimento. Exemplifique apenas quando necessário e de maneira sucinta. Assim o seu texto fica fluido e agradável.

10. Evite palavras estrangeiras

Este é um problema dos tempos de globalização. Com todas as informações circulando o mundo, às vezes adotamos palavras de outros idiomas, principalmente do inglês, para o nosso vocabulário. No entanto, isso torna o texto confuso, e pode pegar algum leitor desprevenido. Procure sempre alguma palavra ou expressão em português equivalente ao estrangeirismo. Somente utilize quando não houver opções.
Estas são regras simples, que podem melhorar a qualidade da sua escrita. Escrever é como praticar um esporte ou jogar um videogame: com bastante treino é possível se tornar um expert. Siga as dicas e sucesso!

Arquivado em: EducaçãoRedação

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domingo, 8 de julho de 2018

Transtorno Psicótico - Por InfoEscola



Diferentemente das outras doenças emocionais, que podem ser comparadas às experiências humanas, a psicose ou transtorno psicótico não encontra base de analogia com nenhuma vivência pessoal, e não é semelhante nem ao sonho mais irreal. Este estado mental indica uma perda de contato com o real. A pessoa que atravessa uma crise psicótica pode ter alucinações, delírios, mudanças comportamentais e pensamento confuso. Estes sintomas estão aliados a uma carência de visão crítica que leva o indivíduo a não reconhecer o caráter estranho de seu comportamento. Assim, ele tem sérias dificuldades nos relacionamentos sociais e em executar as tarefas cotidianas.
O grau desta perda de contato com a realidade depende da intensidade da psicose. Quando não estão em crise, os pacientes cuidam de si mesmos, preocupam-se com sua qualidade de vida, alimentam desejos sexuais, desempenham bem seus papéis sociais, interagindo com o outro sem problemas. A psicose em si tem início quando a pessoa começa a se relacionar com objetos irreais, modificando suas atitudes, idéias e visões de mundo em função desse relacionamento. A partir daí a realidade vai perdendo o significado para o paciente. Ele pode cismar com situações absurdas ou com pessoas que não existem, embora continue a viver no mundo real.

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Uma reação psicótica pode ser provocada por uma grande quantidade de stressores do sistema nervoso. As pessoas podem passar por experiências transitórias de alucinações, por exemplo, sem que se caracterize uma psicose permanente, com conseqüências para a vida toda. Elas podem inclusive aproveitar essas vivências como inspiração artística ou como revelação divina. Assim, alguns autores dizem que se deve lidar com a psicose como uma continuidade do estado de consciência. Segundo o DSM – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, guia de diagnósticos utilizado amplamente nos EUA -, a psicose é considerada um sintoma de uma perturbação mental, mas não como uma doença em si mesma. De acordo com este mesmo Manual, a psicose é dividida em dois tipos – funcional, como a esquizofrenia e as doenças afetivas, e orgânica, como resultado de uma demência ou de intoxicações.

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Sintomas
Os psicóticos agem de um modo bizarro, assumem posturas estranhas, vestem-se de uma forma excêntrica, têm alucinações, idéias falsas e arrebatadoras, confundem os acontecimentos. São quase sempre impulsivos e estão constantemente em risco, pois distorcem a realidade e agem baseados nesta percepção ilusória; eles não têm uma clara consciência de si mesmos e do ambiente em que se encontram. Os pensamentos sem coerência e carentes de um mínimo de organização refletem-se na fala do paciente; a memória também é seriamente comprometida, tanto no registro, quanto na detenção das lembranças e no seu resgate. Sua orientação temporal fica igualmente prejudicada e as emoções vão da apatia e da depressão ao medo e à raiva.
Esta doença psíquica pode ter como causas uma tendência genética ou elementos orgânicos externos provocados por fatores ambientais e psicossociais, que desencadeiam os sintomas acima descritos. O paciente pode até mesmo deixar de se cuidar, seja na esfera da alimentação ou na da higiene. Teóricos como Freud e Lacan abordaram a psicose em suas pesquisas. O primeiro a associou à neurose, enquanto o segundo a ligou a uma forclusão – mecanismo presente na teoria lacaniana que garante à psicose sua condição essencial, a falta, distinguindo-a assim das neuroses. Trata-se de um significante, o Nome-do-Pai, parte integrante do campo do real. Para Lacan, o psicótico sofre justamente da carência desse elemento - uma ponte para a realidade, que passa pela castração simbólica, experiência ausente no processo mental deste paciente; assim ele se vê muitas vezes cotejado com a castração real.
O psicótico pode, em crise, ser considerado um perigo para si mesmo e para os outros. Quando ele ou seus familiares procuram o atendimento de emergência, os médicos devem estar atentos a qualquer sinal de violência, mesmo nos pacientes que parecem mais racionais. Qualquer indício de irascibilidade deve ser levado a sério e contido, seja pela redução dos estímulos externos, pela diminuição das trocas na equipe de atendimento, por uma atitude calma e tranqüila do médico, ou até mesmo através de uma demonstração de força, quando o paciente deve visualizar os seguranças do pronto-socorro, inclusive para que ele organize melhor seus pensamentos e retome o controle de suas emoções. O medicamento deve ser evitado na avaliação do psicótico, pois complica essa investigação médica, a não ser que o comportamento do paciente se torne tão agitado e violento que impossibilite o prosseguimento do exame e exija uma sedação.

Fontes:
http://www.psiquiatriageral.com.br/emergencia/urgencia.htm
http://www.psicosite.com.br/tra/psi/psicose.htm
http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/F/forclusao.htm

5 deputados que farão você sentir (ainda mais) vergonha do Congresso Nacional

Com 61 parlamentares investigados pela Operação Lava Jato, sentir vergonha da Câmara dos Deputados não é nenhuma excentricidade. Segundo o Índice de Confiança Social (ICS), calculado anualmente pelo IBOPE desde 2009, o Congresso nunca esteve entre as instituições dignas de confiança do povo brasileiro. Porém, a última medição do indicador, de 2017, assusta: em uma escala de 0 a 100, os ilustres legisladores tiveram a proeza de marcar somente 18 (dezoito!) pontos de confiança, à frente apenas dos partidos políticos (17) e do presidente da República (14).
Diante desse cenário, o Legislativo se distancia cada vez mais dos cidadãos. O voto popular obrigatório, por sua vez, perde seu poder de controle sobre a classe política, uma vez que dois a cada cinco brasileiros não se lembra em qual candidato votou para deputado federal em 2014, segundo uma pesquisa realizada apenas dois meses após as eleições. Ao mesmo tempo, três quartos do eleitorado declaram que não irão reeleger os congressistas que votaram a favor da rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer.
O fenômeno produz alguns resultados insólitos. O primeiro deles é que a conta não fecha e, a cada ciclo de quatro anos, as queixas sobre a (baixa) qualidade do Congresso voltam à imprensa. O outro, mais do que evidenciado pelos pronunciamentos na sessão do impeachment, é a mistura de atividade parlamentar com atividade circense (apesar de render ótimos memes). Abaixo, listamos cinco parlamentares que farão você ter (ainda mais) vergonha da política brasileira.

1. Wladimir Costa (SD-PA): o deputado que cassou o Brasil

O trovão do “meu Tapajós amado” gosta de ser chamado de “Wlad”, tem 53 anos, nasceu e cresceu em Belém, naturalidade que carrega com muito orgulho e paixão. Ele, que além de ter votado pelo impeachment de Dilma Rousseff, “cassou o Brasil em nome do Pará” e estourou um rojão de confetes no plenário. Tudo isso aconteceu no mesmo pronunciamento, em nome do Brasil – sim, ele cassou o Brasil em nome do Pará e do próprio Brasil –, de sua “mãezinha”, de seus filhos e dos seus amigos do Solidariedade.
O “Federal do Povão”, está em seu quarto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados: os três primeiros pelo PMDB e o atual pelo SD. Ele entrou para a política após fazer sucesso como locutor de rádio, cantor local e apresentador de um programa sensacionalista na RBA TV, emissora de Jader Barbalho (cacique do PMDB paraense), na qual promovia denúncias e ataques a adversários políticos. Em 2014, em pleno ano eleitoral, apresentou o vespertino “Balanço Geral”, na TV Record Castanhal. Em seu currículo, carrega, por exemplo, uma defesa apaixonada da inocência de Eduardo Cunha no processo que culminou na cassação do ex-presidente da Câmara. Na hora H, inclusive, Wlad votou contra o peemedebista carioca.
Verdadeiro profissional da micagem, Wlad Costa ganhou destaque nacional mais pela caricatura do que por sua atuação parlamentar, visto que esteve ausente em mais de 35% das sessões deliberativas de 2017, 45% das de 2016 e 84% das de 2015. O ápice de sua popularidade, segundo o Google, coincide com a votação da primeira denúncia do Ministério Público Federal contra o presidente Michel Temer. Isso porque o nobre deputado fez uma tatuagem em homenagem ao presidente da república, que dias depois admitiu ser falsa, mas que foi uma pequena retribuição aos mais R$ 7 milhões em emendas que recebeu de Temer. No mesmo período, em audiência da CCJ para discussão da denúncia, chamou de “burro” o relator do caso, Sérgio Zveiter (então do PMDB-RJ, hoje no Podemos).
Além de bons memes, o episódio da tatuagem rendeu uma denúncia do PSB em desfavor de Costa no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Isso porque, durante uma entrevista, ele foi acusado de assediar a repórter da CBN Basília Rodrigues, que tinha dúvidas sobre a veracidade da tatuagem e pediu para ver o desenho. Como resposta, Wlad disse que, para ela, só mostra “se for o corpo inteiro”. Também afirmou que teria outra tatuagem em partes íntimas do corpo. Demais parlamentares que assistiram à cena ficaram chocados e pediram desculpas à repórter.
Em um post no seu perfil no Facebook, Wladimir expôs fotos de Basília. Escreveu que ninguém acreditaria na acusação de assédio sexual da jornalista, “pois basta ver as fotos da mesma e todos irão ver que ela foge totalmente dos padrões estéticos que, supostamente despertaria algum tipo de desejo em alguém” (sic). Se deu mal: o relator do caso, Laerte Bessa (PR-DF), acreditou na denúncia e recomendou, em seu parecer, a continuidade do caso e a instauração de processo por quebra de decoro contra Costa.
Naquela semana, em especial, ele estava inspirado; se envolveu na terceira polêmica consecutiva e pediu música. Aliás, pediu nudes: durante a sessão de votação da primeira denúncia contra Temer, foi flagrado pelo fotógrafo Lula Marques em conversas pouco decorosas com uma mulher desconhecida pelo WhatsApp, pedindo para que ela enviasse uma foto íntima.
O dep. da tatoo do Temer Wladimir passou parte da sessão q discutia a denúncia contra o Temer em conversas nada republicanas pelo whatsapp.
Mas não é só isso. O deputado sem medo de polêmica não vive só de micagem. Sua capivara na justiça é extensa: vai desde caixa 2 até desvio de dinheiro público por meio de uma ONG, passando ainda por um esquema de contratação de funcionários fantasmas pela Câmara.
— Lula Marques (@LulaMarques) 2 de agosto de 2017
Mas não é só isso. O deputado sem medo de polêmica não vive só de micagem. Sua capivara na justiça é extensa: vai desde caixa 2 até desvio de dinheiro público por meio de uma ONG, passando ainda por um esquema de contratação de funcionários fantasmas pela Câmara.
Julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, teve seu mandato cassado em julho do ano passado, condenado por não ter registrado mais de R$ 400.000,00 de gastos em sua última campanha de reeleição. Ele só manteve o cargo porque recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e ainda aguarda decisão sobre sua cassação.
Em outro processo, que corre no STF, ele e seu irmão são réus pelo crime de peculato. Segundo a PGR, a denúncia se dá pela contratação de três assessores fantasmas, que entregavam seus salários ao deputado e seu irmão. O esquema era bem simples: os fantasmas, ao receberem suas remunerações, sacavam o valor integral em espécie e entregavam o dinheiro ao irmão de Wlad, que então colocava o dinheiro na conta do deputado.
Pouco sofisticado em seus métodos de corrupção, Costa foi também denunciado pelo Ministério Público do Pará, que o apontou como líder de um esquema de desvio de verbas estaduais destinadas à realização de um projeto de aulas de canoagem em 2012, em parceria com o Instituto Nossa Senhora de Nazaré, uma ONG chefiada por seu testa de ferro. Os R$ 210 mil nunca chegaram ao destino final, nem nunca ensinaram ninguém a remar. O dinheiro foi sacado de uma vez e, para justificar a despesa, foram apresentadas notas fiscais frias de – pasmem – 240 quilos de carne, 420 quilos de arroz, 690 quilos de frango congelado e 800 cadernos.

2. Silvio Costa (Avante-PE): bravateiro e desbravador

Ele já invadiu uma rádio ao vivo, grita com quem ousa discordar, defende o ex-presidente Lula com unhas e dentes e engrossou as fileiras que gritavam o discurso do golpe no impeachment de Dilma Rousseff. Seu nome é Silvio Costa, do Avante. Recentemente, disse que “devem existir” casos de tortura nos acordos de delação premiada no âmbito da Lava Jato, “mas não tem como provar”. Assim como Wlad Costa – mas no campo ideológico oposto –, gosta de levantar a voz para demonstrar sua indignação com a corrupção na base do governo Temer, se orgulha de não ser alvo de nenhum processo, mas acha que Lula é inocente e Dilma é uma mulher limpa e honrada.
O parlamentar é pernambucano, natural de Rio Formoso. Político profissional, já foi vereador de Recife por dez anos – de 1992 a 2002 – e deputado estadual entre 2003 e 2007, antes de assumir, como suplente, a titularidade do mandato na Câmara de José Chaves (PTB-PE), em fevereiro de 2007. À época, Chaves havia voltado para Recife para assumir a Secretaria Estadual do Turismo; nove meses depois, retomou sua vaga no Congresso, quando Silvio Costa Filho (PTB-PE), deputado estadual, foi nomeado para a pasta turística.
Em 2008, o Ministério do Turismo firmou dois convênios com a Secretaria de Turismo pernambucana, para apoiar a realização de eventos turísticos. Os recursos deveriam ter sido usados para contratação de uma produtora, que ficaria responsável por contratar artistas locais, e de empresas para prestação de serviços como locação de equipamentos, filmagem e segurança. Porém, a CGU identificou irregularidades na realização dos convênios, além da não aprovação da prestação de contas. Em 2015, o Ministério Público Federal conseguiu, em decisão liminar, bloquear os bens de Costa Filho, quando o dano ao erário era de mais de R$ 700 mil, em valores atualizados.
O escândalo veio à tona em 2009 e levou à renúncia do secretário no final daquele ano. No ápice das críticas da oposição, dois dias após a demissão do filho, Silvio Costa teve um ataque de fúria: invadiu o estúdio da Rádio Jornal para defender sua cria dos ataques da oposição ao governo Eduardo Campos e pedir a prisão de um prefeito então apontado como suspeito no caso.
Não foi a primeira nem a última bravata do “Costão”, como é conhecido por seus conterrâneos. Em 2012, durante a CPI do Cachoeira, ele protagonizou uma discussão acalorada com o Senador Pedro Taques (PDT-MT). Ao direcionar questionamentos a Demóstenes Torres, que exerceu o direito do silêncio ao ser interrogado, Costa perdeu a paciência e passou a atacar o colega da câmara alta, mas foi interrompido por Taques, que fez uma questão de ordem para defender a dignidade do interrogado, que foi acolhida. Irritado por ter sido interrompido, o pernambucano teve um acesso de nervos e usou o restante de seu tempo de fala para atacar o matogrossense, que retrucou. Um verdadeiro “pega-pra-capar” jaboticabal.
Como se não bastasse, o deputado do Avante parece gostar de usufruir dos privilégios da Câmara dos Deputados. Entre 2014 e 2016, por exemplo, o pernambucano comprou quase 3 toneladas de papel A4 e 16 mil lápis escolares por cerca de R$ 120 mil, de acordo com relatório da Operação Política Supervisionada, tornando-se o “rei da papelaria”. Em 2014, sem ter declarado nenhuma despesa com telefonia em sua prestação de contas da campanha eleitoral, registrou gastos acima da média nesta rubrica de sua Cota Parlamentar, que chegou a bancar sete contas de telefone no período da disputa. A verba é destinada a cobrir gastos exclusivamente vinculados ao mandato de deputado.

No ano passado, ele desembolsou a bagatela de R$ 120 mil com o aluguel de quatro veículos por mês – dois VW Gol, um VW Up! e um sedã de luxo (Toyota Corolla ou Ford Fusion) –, todos na cidade do Recife, a quinta menor capital brasileira. Esse dinheiro seria suficiente para comprar quatro modelos Volkswagen Up! (zero km) iguais ao alugado pelo parlamentar, segundo a tabela FIPE de janeiro de 2016. Para abastecer sua frota particular, o deputado deixou ainda uma conta salgada de R$ 55.374 para o contribuinte, completando o tanque sempre no Posto São Sebastião.
Curiosamente, o posto fica num lugar fora de mão para o parlamentar, em um bairro afastado de seu escritório e de sua residência. Com todo esse dinheiro, foi possível adquirir: 230 litros de gasolina aditivada, 14,6 mil litros de gasolina comum, 127 litros de óleo diesel (mesmo sem nenhum carro a diesel alugado) e 123 litros de etanol. E que gasolina cara! Considerando as médias mensais de preços praticados pelos postos recifenses, o deputado pagou mais caro pela gasolina comum em 10 dos 12 meses. Chama a atenção ainda o valor pago em maio: R$ 3,05 pelo litro, mais barato até que o preço mínimo praticado pelas distribuidoras recifenses naquele mês (R$ 3,10).
Utilizando como base as tabelas de eficiência energética do Inmetro, calculamos a distância que poderia ser percorrida com um Volkswagen Up! Take semelhante ao alugado pelo deputado, com média de consumo de 14,7 km/l na gasolina e 10,1 km/l com etanol. Para os abastecimentos a diesel utilizamos como base o consumo médio de uma picape Hilux SW4 (9.6 km/l), visto que não sabemos qual carro foi abastecido. O resultado é surpreendente: o deputado poderia ter rodado 220.983,76 km, o equivalente a 69 vezes o tamanho da malha rodoviária pernambucana, ou então 51 vezes o percurso de ida e volta de Recife a Brasília de carro. Eis aqui Silvio Costa: um desbravador do território brasileiro.
Atualização às 19h42: Ao Spotniks, Silvio Costa afirmou que todas as notas e respectivos quantitativos foram analisados e aprovados pela Controladoria da Câmara Federal. No entanto, o Ato da Mesa nº 43/2009, que disciplina a Cota Parlamentar, diz que a Câmara “fiscalizará os gastos apenas no que respeita à regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória, cabendo exclusivamente ao Deputado responsabilizar-se pela compatibilidade do objeto do gasto com a legislação, fato que o parlamentar atestará expressamente mediante declaração escrita”.

3. Aníbal Gomes (PMDB-CE): o fantasma do Linha Direta

Ao contrário de Silvio e Wladimir Costa, Aníbal Ferreira Gomes não possui trajetória política assentada na micagem. Outro político profissional, vive de eleições desde 1989, quando assumiu a prefeitura de Acaraú (CE), onde permaneceu no cargo até 1993. Atualmente em sua sexta legislatura, é deputado federal desde 1995. No entanto, apesar de todo esse tempo, Gomes também não se destaca pela sua atuação legislativa: desde seu primeiro mandato, subiu na tribuna do plenário apenas dez vezes, uma delas em 2017, para votar a favor da rejeição da denúncia contra Michel Temer. Antes disso, sua última aparição havia sido há 13 anos. Nem para votar ele aparece: em 2016, faltou a 60,6% das sessões deliberativas sem nenhuma justificativa.
No final do ano 2000, ele pediu a palavra para repudiar a exibição de uma edição do programa Linha Direta, da Rede Globo, que o acusou do assassinato de seu primo e então prefeito de Acaraú, João Jaime Ferreira Gomes Filho, morto em maio de 1998. O inquérito policial apontou ainda como mandantes do crime o irmão de Aníbal, o então deputado estadual Manoel Duca da Silveira Neto (“Duquinha”) e o próprio vice-prefeito de Acaraú, Amadeu Ferreira Gomes Filho (“Amadeuzinho”). Todos eles eram filiados ao PSDB cearense à época.
Em 1992, João Jaime gravou uma fita para denunciar os três primos por desvios de verba pública, corrupção e homicídios. “Se acontecer algo comigo de violência sejam responsabilizados os meus primos que eu nem os considero mais, o Aníbal, o Duquinha e Amadeuzinho. São esses três. Se algo acontecer, não só comigo, mas com vocês, eles serão responsabilizados. Peguem essa gravação e levem para autoridades confiáveis”, afirmou.
Na gravação, o médico acusa os primos do assassinato do empresário Afonso Fontes, que tinha a intenção de se candidatar a deputado federal em 1986, o que dividiria os votos com Aníbal Ferreira Gomes. Além da fita, João deixou uma pasta, entregue à polícia, com documentos que comprovariam supostas irregularidades cometidas por Aníbal durante a sua gestão na prefeitura de Acaraú. Segundo a Polícia Civil, João teria recusado também financiar a campanha pela reeleição de Aníbal à Câmara com verba do Ministério dos Transportes. No STF, o processo contra o deputado foi arquivado por falta de provas, de acordo com recomendação do Procurador Geral da República Geraldo Brindeiro, chamado à época de “engavetador-geral”.
A ficha de Aníbal, porém, é mais extensa. Ele é réu no STF, no âmbito da Operação Lava-Jato, acusado de corrupção ativa e passiva e também de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia da PGR, aceita em dezembro do ano passado, o parlamentar é investigado por ter solicitado ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em 2008, que negociasse uma pendência do Sindicato dos Práticos, que trabalhavam na empresa, em troca do pagamento de propinas no valor de R$ 800 mil, que, segundo a delação de Costa, nunca foram pagas. Em nota ao Estadão, Gomes nega as acusações, dizendo que “não entregou e nem prometeu recursos para ninguém”. De acordo com a Revista Congresso em Foco, o deputado é o membro da Câmara que mais deve explicações por suspeita de ter praticado corrupção. São cinco inquéritos e uma ação penal em seu desfavor.
A fama de corrupto rendeu ao parlamentar um atrito com eleitores cearenses no Aeroporto Internacional de Fortaleza, em dezembro do ano passado. Um grupo de manifestantes xingou o político de “ladrão”, “corrupto” e “vagabundo”, e um deles chegou a ser agredido pelo motorista de Aníbal. Um dos presentes gravou a confusão:

4. Carlos Marun (PMDB-MS): dancinha da ascensão

Amigo fiel de Eduardo Cunha, foi um dos únicos a defender o ex-presidente da Câmara do início ao fim em seu processo de cassação e o único a discursar a favor do político carioca no Plenário. Amigo mesmo! Tão amigo que usou verba da Cota Parlamentar para visitar o companheiro encarcerado em Curitiba. Com a prisão de Cunha, o peemedebista logo encontrou um novo ídolo: o presidente Michel Temer. Quando a Câmara engavetou a primeira denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente por obstrução de justiça, Marun não conseguiu disfarçar a alegria. Em frente a jornalistas, ele comemorou com uma de suas mais famosas micagens, a “dancinha da vitória”. Desde a queda de Cunha, o sul-mato-grossense vem ganhando espaço com o presidente.
No Congresso, é relator da CPMI da JBS e da Reforma da Previdência. Sua atuação nessas comissões, especialmente na dos irmãos Batista, tem sido objeto de destaque na imprensa do Mato Grosso do Sul, graças à gorda despesa de sua verba de gabinete destinada à divulgação de suas atividades, que vem sendo usada para comprar matérias a seu favor. Somente em 2017, foram mais de R$ 98 mil destinados à compra de 48 matérias na mídia local.
Marun, que também já foi vereador de Campo Grande e deputado estadual em seu estado, é alvo de uma denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, aceita pela Justiça, na qual é acusado de causar dano ao erário avaliado em R$ 16,6 milhões, da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab), em conjunto com outros 13 réus.
Membro fiel da tropa de choque do governo, o deputado é cotado para uma vaga deixada pelo PSDB na reforma ministerial que o presidente vem promovendo. Marun chegou a ser anunciado pelo Planalto como novo ministro da Secretaria de Governo, no lugar de Antonio Imbassahy, mas uma articulação de Aécio Neves com Temer segurou o tucano no ministério.

5. Vicente Cândido (PT-SP): o autor da emenda Lula

Experimente conversar com alguns petistas paulistas, especialmente da região do ABC, sobre seus correligionários. Certamente, serão ouvidos milhares de elogios sorridentes ao ex-presidente Lula. No entanto, basta mencionar o nome de Vicente Cândido que a reação da maioria será semelhante à do Coronel Fábio, de Tropa de Elite 2, nesta cena:
Considerado “pragmático”, foi escolhido como relator da Reforma Política por seu bom relacionamento com diversos setores, especialmente com colegas governistas. Graças à sua articulação, foi possível aprovar o Fundão público para financiamento de campanhas eleitorais. E tem mais: com pouquíssimo alarde, ele incluiu em seu relatório um artigo que buscava impedir, a partir da eleição de 2018, a prisão de candidatos até oito meses antes do sufrágio, numa tentativa explícita de viabilizar a candidatura de Lula, que pode ser preso no ano que vem em caso de uma segunda condenação no caso do triplex do Guarujá. Depois de descoberto, a manutenção do artigo se tornou insustentável, forçando sua retirada do texto final. A isso tudo, some-se o empenho do parlamentar em aprovar a anistia aos crimes de caixa 2.
Cândido é também conhecido cartola no mundo do futebol e integra a chamada “bancada da bola” no Congresso. Com salário de R$ 35 mil mensais, ocupa atualmente o cargo de Diretor de Assuntos Internacionais da CBF. Já foi também sócio de Marco Polo del Nero, atual presidente da Confederação, em um escritório de advocacia, mas a parceria foi desfeita depois de Del Nero passar a ser investigado pelo FBI por suspeita de receber propina em negociações envolvendo direitos de TV.
Na lista de beneficiários de propina da Odebrecht, Cândido era o codinome “Palmas”. Segundo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior — executivos da empresa que assinaram delação premiada –, o petista recebeu R$ 50 mil para ajudar a erguer o estádio do Corinthians, em 2010, na época em que era candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados. Nos últimos anos, descontada a inflação, o patrimônio de Cândido cresceu nove vezes. A declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral pelo político saiu de R$ 170 mil em 2006 para R$ 2,12 milhões em 2014.
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NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
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