Proprietária do D’Rosa Atelier, no Bompreço de Armação, Rosa Cal Veloso, de 56 anos, vende de tudo: desde panos de prato, camisas, bolsas e até canetas. Ao longo do ano, ela mescla o próprio artesanato com uma infinidade de produtos industrializados, que atraem clientes de todos os tipos. As vésperas do fim de ano, o Papai Noel já bate na porta dela, e as vendas do estabelecimento já aumentaram cerca de 50%.
Assim como Rosa Cal, lojistas e empreendedores entraram na onda do Natal e buscam estratégias para atrair clientes, aumentar as vendas e garantir um dinheiro extra. Mesmo com o baixo crescimento da economia, R$ 31,7 bilhões devem ser movimentados no Brasil durante o Natal de 2014, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já a movimentação do comércio baiano deve ter um crescimento de até 1,5%, de acordo com o Sindicato dos Lojistas do Estado da Bahia (Sindilojas/BA).
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Foto: Evandro Veiga
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Para aproveitar o período e garantir um melhor rendimento no ano, diversos fatores podem ajudar. “Qualidade de atendimento, preço, produtos e serviços devem estar em harmonia”, afirma o analista do Sebrae Bahia, Fabrício Barreto, lembrando que o décimo terceiro eleva a renda do período em até 60%.
Ele acredita que ainda há tempo para quem quer ganhar dinheiro no período. Uma recomendação é que o microempreendedor faça uma amostragem para testar o produto. Depois que houver retorno a pessoa pode aumentar a produção de acordo com a demanda.
Foi assim que Rosa Cal, há sete anos, começou a venda de seu artesanato natalino. “Sempre fiz peças artesanais. Na época comecei a fazer bonecos de neve personalizados e vender na loja e os clientes foram gostando e me pedindo mais”, conta.
Ela desenvolve estratégias ao longo do ano para fidelizar e atrair clientes. “Esse Natal comprei vários brindes para dar e criei o cartão fidelidade. Em outros momentos, como o Dia das Crianças, faço algumas ações”, acrescenta.
As ações fora dos pontos físicos são diferenciais na hora de concretizar a venda e conquistar o consumidor. “Apesar de fazermos anúncios, o grande diferencial é esse contato com o cliente”, diz um dos sócios da Loja Closet, Paulo Barbosa.
De acordo com o empresário, a loja foi pioneira na utilização do Whatsapp para vendas. “Já chegou cliente aqui com foto do nosso produto. Lançamos uma coleção nova, postamos fotos nas redes, e logo as pessoas vão compartilhando”, conta.
Com loja virtual e um quiosque no Salvador Shopping, além de usar as redes sociais para interagir com o cliente, a Loja Salve Terra utiliza práticas sustentáveis no dia a dia. “Mostramos a marca de uma forma mais humana para fidelizar o cliente pelo conceito”, afirma o empresário e ambientalista Guilherme Menezes dos Santos, proprietário da loja. Mesmo sem ações específicas para o Natal, a previsão da loja é de aumentar em 30% as vendas, o que equivale a um crescimento em R$ 120 mil.
Segundo o diretor executivo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL Bahia), Carlos Machado, para aproveitar as vendas na época o lojista pode desenvolver uma série de ações. “O lojista pode criar um sistema de desconto por quantidade, ou até mesmo desenvolver um sistema de pontuação para fidelizar o cliente no Natal”, recomenda. Para ele, o comércio nas lojas pode ser alavancado também através de promoções online. “Facebook e twitter podem ser usados com promoções. Por exemplo: caso a pessoa curta e compartilhe algo, ganhará algum tipo de desconto. Ou então caso ela faça ‘check in’, ganha algo”, diz.
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