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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Polícia Civil identifica suspeito de lançar rojão que matou cinegrafista


O suspeito foi reconhecido por fotografia e em vídeos veiculados pela imprensa pelo tatuador Fábio Raposo
A Polícia Civil do Rio informou nesta segunda-feira, 10, que pediu a prisão temporária por 30 dias do suspeito de ter acionado o rojão que atingiu na quinta-feira o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, cuja morte cerebral foi declarada na manhã de ontem. O suspeito foi reconhecido por fotografia e em vídeos veiculados pela imprensa pelo tatuador Fábio Raposo, preso no domingo sob acusação de envolvimento no crime. O reconhecimento foi feito na Penitenciária Bandeira Estampa, em Bangu, na zona oeste do Rio, para onde Raposo foi transferido. No fim da noite, a Justiça do Rio aceitou e expediu o pedido de prisão temporária do suspeito.
“Já tínhamos informações de inteligência sobre o suspeito. Com a ajuda do advogado de Raposo, chegamos à identificação dele. Ainda precisávamos que Raposo fizesse um reconhecimento do suspeito por foto, o que ocorreu nesta tarde. Temos convicção de que o suspeito é quem acionou o rojão”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Maurício Luciano de Almeida, da 17.ª DP, em São Cristóvão. A polícia já levantou o endereço do suspeito, que ainda não teve o nome divulgado.
Assim como Raposo, o suspeito foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar), agravado pelo uso de explosivo e pelo crime de explosão. As penas podem chegar a 35 anos de prisão. A defesa do tatuador disse que vai tentar enquadrar seu cliente no crime de lesão corporal seguida de morte (4 a 12 anos de reclusão). Ao ser ouvido na cadeia, Raposo disse, segundo o delegado, que o suspeito de acender o rojão tem perfil violento: “Além do grande porte físico, ele se envolveria constantemente em brigas durante as manifestações”, afirmou o delegado.
“Ao utilizarem o rojão na manifestação, os dois pretendiam atingir as forças policiais. A intenção era ferir ou matar. Infelizmente, o cinegrafista foi colocado na linha de tiro com a deflagração do rojão. Se, durante as investigações, ficar provado que os dois se uniam de forma estável e duradoura para praticar crimes nos protestos, eles também poderão ser indiciados por organização criminosa”, acrescentou o delegado.
Cinegrafista foi atingido durante manifestação no Rio de Janeiro (Foto: Agência O Globo)
O policial criticou a legislação atual, que permite a qualquer maior de 18 anos comprar rojões do tipo que matou o cinegrafista, conhecido como treme-terra ou rojão de vara. “Este artefato é letal.” Em relação à oferta do presidente Dilma Rousseff de colaboração da Polícia Federal na investigação, o delegado disse que não teria problema em aceitar a ajuda, mas ressaltou que a Polícia Civil “cumpriu o seu trabalho”.
Defesa
Raposo se entregou à polícia no sábado e foi preso no domingo, sob suspeita de tentativa de homicídio e crime de explosão. Seu advogado, Jonas Tadeu Nunes, afirmou ter repassado à polícia o nome, codinome e CPF do suspeito de ter acendido o artefato. Ele disse ter chegado ao nome do deflagrador por meio de “pessoa muito íntima” de seu cliente.
Esse intermediário estaria tentando convencer o rapaz a se entregar à polícia. “Quando esteve na delegacia, Raposo estava muito cansado, com fome. Ele não conseguiu se lembrar do nome. Aí, ele lembrou de uma terceira pessoa, que conhece o rapaz e poderia ajudar a localizá-lo”, disse o advogado.
O suspeito que teve prisão decretada ainda não se apresentou. A partir das 5h desta terça-feira, a polícia pode fazer buscas para cumprir o mandato e prendê-lo.

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