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terça-feira, 5 de julho de 2011

As estrelas precisam piscar mais violentamente numa tela de computador


 O universo, tão ricamente construído, já não satisfaz o ser humano,
com os efeitos que Deus lhe deu.
Precisa de efeitos especiais.
     Você, ou qualquer coisa sua, para ter valor hoje em dia,
tem que explodir, brilhar ou soltar faíscas.
     Os rios, precisam de fortes correntezas
para que fiquemos contentes e os chamemos de “back animado”.
Plácidos e sonolentos, correndo mansamente em seus leitos,
já não têm valor algum.
     As estrelas precisam piscar mais violentamente
numa tela de computador, para que sejam elogiadas.
Penduradas no céu,
contrastando maravilhosamente com a noite escura,
nem sequer são vistas.
     E a lua, covardemente usurpada do seu lado poético e belo,
sequer a vêem os passageiros apressados desse mundo rápido.
     Mas quando as desvendamos com um clic ou um enter,
eis que ela surge poderosa como sempre,
encantando jovens e velhos.
     Por falar em jovens...
ah, quanta saudade das jovens de pele de pêssego e olhar profundo!
     Hoje, a pele é pouco para satisfazê-las e furam-na por todo lado,
ora pendurando argolas, ora incrustando brilhos.
Efeitos especiais...
     E os olhos, portadores antigos das mais belas mensagens de amor,
hoje ocultam-se atrás de lentes coloridas,
como se fossem culpados,
meros condenados por uma corte de efeitos especiais.
     E não para por aí...
     Em 1968, o Sr. Nório, professor de Ciências ,
provocava-nos muitas exclamações,
ora de admiração, ora de medo, por seus constantes devaneios,
com os quais ajudava a empurrar as horas,
encharcadas de aguardente.
     Em um desses devaneios,
sem jamais duvidar de si próprio,
ele nos dizia que no ano 2000, seríamos nós,
o remanescente da raça humana,
porque a partir daí, todos seriam feitos em laboratório.
     Ele errou por pouco...
     Mesmo não considerando os cães assassinos
que foram criados nos laboratórios de homens,
para a destruição do próprio homem,
vemos ainda seres humanos, homens e mulheres,
praticamente “feitos” de silicone, ao custo de milhares de dólares.
     E não digam que é exagero,
porque algumas das mais belas atrizes,
se colocadas num aparelho eliminador de silicone,
muito pouco sobrará delas.
     Enquanto isso, crianças morrem de fome,
num maravilhoso mundo novo...
de efeitos especiais.
     E os velhos, pelos quais os efeitos especiais pouco podem fazer,
vão sendo relegados cada vez mais,
à marginalização e ao esquecimento.
Encaixotados em asilos ou casinholas na praia,
sob a falsa alegação de provocar-lhes bem estar,
como se a solidão pudesse ser chamada de bem estar.
     Não há lugar para eles, num mundo de efeitos especiais...
     E não podemos nos esquecer das assinaturas,
antes traços fortes indicando decisão e maturidade,
ou traços delicados, indicando romantismo,
hoje, nada mais que falsificações.
Que não chegam a ser grotescas, mas fogem muito da verdade,
pois fadinhas de cintura fina e bonequinhas que jogam beijinhos, representam mulheres que já passaram e muito, da idade das bonecas.
     Mas pelo menos alguma coisa, ainda estamos preservando,
mesmo que seja ao acaso, sem querer... o amor!
      Ah, o amor!!!
     Não há laboratório ou química, em canto nenhum desse mundo,
capaz de criar o amor.
     Esse sentimento gostoso,
que brota dentro da gente,
que sentimos por pessoas que não foram escolhidas por nós,
mas sim, pela alma ou coração,
quem há de saber ao certo?!
     Esse desejo impaciente de fazer loucuras,
de encarar desafios, desejo de correr, voar,
ou simplesmente se deixar ficar...
desde que seja na companhia de alguém,
especificamente alguém.
     Isso é amor!
Puro e belo como Deus o criou,
sem os famigerados...
efeitos especiais!!!

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NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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