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segunda-feira, 30 de maio de 2011

LIBERDADE COMO ARMA



“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e a propriedade…” (Artigo 5º. da Constituição Federal)
Antes de começar, quero declarar publicamente que sou um otimista incurável em relação ao futuro, continuo acreditando que, certamente, encontraremos todos a Estrela da Manhã.
Todavia, está ficando cada vez mais difícil de manter esse otimismo no terreno da razão. Compartilho aqui com o leitor parte das preocupações que povoam minha mente.
O Brasil já viveu diversas fases históricas, já foi o trabalhismo de Vargas, o nacionalismo de João Goulart, o desenvolvimentismo de Juscelino, a esperança e a força das Diretas Já, a luta e a conquista da redemocratização e da Anistia, a maravilha e a alegria de sua música popular.
O que é hoje? É o caso de perguntar novamente: que país é esse?
Temos um governo que traiu a esperança da maioria do eleitorado e se revelou vazio de idéias e de valores. Para completar, iniciou uma fase em que se revelou a corrupção renovada e generalizada, historicamente enraizada, mas agora mostrada de forma escancarada, desavergonhada.
Fará a sociedade brasileira alguma coisa para mudar esse estado de coisas?
O que considero mais preocupante é que, apesar da fartura de indícios do esquema de corrupção envolvendo – mais uma vez – o Chefe da Casa Civil, não houve qualquer manifestação pública de repúdio nas ruas. Ao contrário, o que se vê são atitudes coordenadas de parlamentares e ministros a favor do governo.
A inexistência de reação popular, em que pese a volta da inflação, ameaçando a estabilidade da moeda e apontando na direção da redução do crescimento da economia, tudo indica que o enriquecimento extraordinário do Pallocci (provável duto de captação da campanha da presidente), e outros esquemas de corrupção, não serão apurados nem punidos. Temo que a impunidade, se realmente vier a ocorrer, seja o coveiro do governo Dilma e, por via de conseqüência, do PT; se é que este não já está morto desde 2002, quando rasgou seus princípios para eleger Lula.
Enquanto isso, constato que os shoppings e os aeroportos continuam lotados. Anoto que a classe média está empobrecendo, mas não pára de se endividar. Desconfio também que uma bomba de efeito retardado está armada com o endividamento dos aposentados, estimulado com anúncios na televisão: tudo em até 18 prestações. O resultado pode ser uma quebradeira generalizada de grande parte dos pequenos empresários e feirantes, com aumento do desemprego e da inadimplência.
Lembro do outro Lula, o do baião, e torço para que as políticas compensatórias de combate à pobreza, através Bolsa-família, não se tornem entraves ao desenvolvimento das comunidades: Gonzagão cantava com sabedoria “Seu doutor, uma esmola, a um homem que é são; ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
Apesar de tudo, temos, entretanto, um trunfo que um dia poderá transformar a sociedade brasileira em uma nação: a Democracia. Apesar de seu fracasso em produzir governos capazes de retomar o desenvolvimento, nossa democracia está forte, nossa mídia está viva, o debate público está aberto.
Essa democracia não foi ainda capaz de fazer a reforma política necessária e não soube ainda fazer a crítica do modelo econômico, concentrador e monetarista, nem tampouco da alienação das nossas elites econômicas, políticas e intelectuais. Mas, a liberdade é vivenciada no cotidiano brasileiro, abrindo um mundo de possibilidades para as novas gerações.
Quem viveu os anos de chumbo sabe do que estou falando.
Oxalá a crise em que estamos hoje imersos nos ajude a repensar o Brasil usando intensivamente de sua própria liberdade de opinião.
Como disse um dia o poeta: “É proibido proibir”.

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NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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